O prefeito de Ilhéus, Valderico Junior, decretou situação de emergência na saúde pública do município. A medida expõe o estado de abandono em que a Secretaria de Saúde foi entregue pela gestão anterior e autoriza ações imediatas para garantir o atendimento à população.
O prefeito de Ilhéus, Valderico Junior, decretou situação de emergência na saúde pública do município. A medida expõe o estado de abandono em que a Secretaria de Saúde foi entregue pela gestão anterior e autoriza ações imediatas para garantir o atendimento à população.
Publicada por meio do Decreto nº 150, de 8 de janeiro de 2025, a decisão considera a calamidade administrativa e financeira da Secretaria de Saúde, apontando problemas graves, como o estado precário da frota de ambulâncias – atualmente, apenas duas estão em funcionamento –, o esvaziamento dos almoxarifados da Secretaria e das unidades de saúde, o desabastecimento generalizado de medicamentos, os débitos milionários com pessoal e a ausência de contratos vigentes para serviços de lavagem e abastecimento de veículos.(Veja aqui o Decreto)
A administração também relata que as contas bancárias vinculadas à Secretaria de Saúde possuem um saldo total de pouco mais de R$ 4 mil, enquanto há atrasos no pagamento de servidores efetivos e de prestadores de serviços (médicos).
Para viabilizar o atendimento de saúde à população, o decreto autoriza a cessão de veículos entre as secretarias, contratações emergenciais – casos os veículos cedidos sejam insuficientes -, aquisição de peças e serviços para manutenção da frota, além de apurar a responsabilidade das causas que ensejaram a situação de emergência e encaminhar aos órgãos de controle externo, principalmente Tribunais de Contas, Ministério Público e Câmara Municipal.
A situação de emergência tem validade inicial de 90 dias, podendo ser prorrogada se os problemas persistirem
https://ipolitica.blog.br/ilheus-prefeitura-decreta-situacao-de-emergencia-na-saude-publica/
Nota da redação deste Blog - Estado de Emergência: Um Chamado à Reflexão em Jeremoabo
Recentemente, o prefeito de Ilhéus, Valderico Junior, decretou situação de emergência na saúde pública do município. A decisão evidencia o estado de abandono em que a Secretaria de Saúde foi deixada pela gestão anterior e possibilita ações imediatas para resgatar a dignidade do atendimento à população. Este ato, embora drástico, revela coragem e compromisso em enfrentar a realidade e buscar soluções.
Em Jeremoabo, a situação é ainda mais alarmante. A cidade enfrenta problemas generalizados em diversas áreas, especialmente na saúde e educação, onde a negligência da gestão anterior deixou marcas profundas. Diante desse cenário, cabe ao prefeito Tista de Deda considerar a decretação de um estado de emergência que vá além da saúde pública, abrangendo também uma reflexão coletiva sobre os erros do passado e os caminhos para o futuro.
O Papel dos Vereadores e a Conivência com o Descaso
Não se pode ignorar o papel dos vereadores da situação na perpetuação desse caos. Durante seis anos, eles aplaudiram e parabenizaram secretários responsáveis por desmandos evidentes, tanto na saúde quanto na educação. Essa postura de complacência não apenas alimentou a ineficiência, mas também reforçou um ciclo de abandono e descaso com a população.
A "Academia de Saúde", um projeto que deveria promover bem-estar e qualidade de vida, tornou-se o retrato do abandono. Hoje, devido à sujeira e ao descuido, não serve nem mesmo para abrigar animais, quanto mais para atender à população. É uma situação que exige não apenas medidas práticas, mas também um pedido de desculpas aos cidadãos de Jeremoabo.
Uma Reflexão Necessária
A decretação de um estado de emergência em Jeremoabo seria também um ato simbólico, um convite à indignação e à reflexão. É hora de avaliar o impacto de anos de omissão e conivência. Que lições podem ser aprendidas com a experiência de Ilhéus? O que é necessário para reverter o quadro de abandono e reconstruir a confiança da população?
Se o descaso foi tamanho que até a NASA poderia se interessar em estudar a passividade dos vereadores, então o problema transcende a política local: é uma questão de valores, ética e compromisso público. Talvez seja hora de chamar não apenas cientistas, mas também educadores, líderes comunitários e todos os cidadãos para participar de um esforço conjunto de reconstrução.
Um Chamado à Ação
O prefeito Tista de Deda tem a oportunidade de marcar um novo capítulo na história de Jeremoabo. Ao decretar um estado de emergência, ele pode iniciar um movimento de transformação, priorizando a transparência, a eficiência e a dignidade no serviço público. Mais do que uma medida administrativa, seria um gesto de respeito e responsabilidade para com a população que já sofreu tanto.
Que essa emergência seja também um grito por mudanças estruturais e um alerta para que os erros do passado jamais se repitam. Afinal, Jeremoabo merece mais do que promessas: merece ações concretas que devolvam a esperança e a dignidade ao povo.