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sábado, julho 02, 2011

Fim dos ‘lixões’ em 2014: uma meta factível

"A erradicação dos 'lixões' é um tema que julgamos de extrema relevância para elevarmos o nível do Brasil no cenário internacional em relação à destinação final de resíduos de forma ambientalmente correta"

Tadayuki Yoshimura*

Após discussões que se prolongaram por mais de 20 anos, foi aprovada em agosto e regulamentada em dezembro do ano passado a Lei 12.305, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). A nova norma legal estabelece os princípios de responsabilidade compartilhada sobre a destinação dos produtos ao final de sua vida útil.

O objetivo da legislação é garantir uma adequada gestão integrada dos resíduos sólidos, estabelecendo a responsabilidade compartilhada e fazendo com que toda a cadeia responsável pela produção de um bem ou produto de consumo se responsabilize pela destinação final do material, seja com o objetivo de reciclá-lo, reutilizá-lo ou rejeitá-lo, este último somente caso não haja mais como aproveitá-lo para uma finalidade produtiva. Assim, produtores, fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, consumidores e os agentes de serviços e gestão da limpeza pública têm responsabilidade sobre a adequada destinação dos produtos que tiveram seu período de utilização encerrado.

Foi e está sendo discutido o estabelecimento de metas para que o Brasil tenha uma política de destinação de resíduos sólidos ambientalmente responsável. Elas incluem prazos para reduzir o percentual de resíduos reutilizáveis e recicláveis enviados para os aterros sanitários, com o objetivo de diminuir o volume de material para ampliar a vida útil desses ambientes adequados de acomodação de resíduos e estimular o reaproveitamento de substâncias; para a adoção de sistemas de logística reversa, destinada a garantir o manejo e a destinação de materiais de descarte delicado, como pilhas, lâmpadas e pneus; para a viabilização de sistemas eficazes de coleta seletiva, e para a adequação dos ambientes em que são depositados os rejeitos sólidos, isto é, os materiais que não têm mais como serem reutilizados ou reciclados.

Sobre o último item, decidiu-se como meta que, até agosto de 2014, todos os “lixões” (depósitos de lixo a céu aberto que não dispõem de sistemas de proteção ambiental adequados) sejam erradicados do país e substituídos por aterros sanitários, instalações ambientalmente adequadas para o manejo e depósito de rejeitos.

Para contribuir na busca de soluções, a ABLP (Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública) já apresentou aos ministérios de Meio Ambiente e das Cidades um plano técnico de erradicação dos ”lixões” no país num prazo de quatro anos, com a implantação de 256 aterros sanitários regionais e de 192 aterros sanitários de pequeno porte, com um investimento total de R$ 2 bilhões de recursos federais para a aquisição de terrenos, projetos, licenciamentos e instalação de células para acondicionamento de resíduos e rejeitos por um prazo de cinco anos. Todos os investimentos necessários para a operação, manutenção e ampliação dos aterros por um prazo de 20 anos partiriam da iniciativa privada. O plano prevê a formação de consórcios de municípios e o regime de contratação por PPPs (parcerias público-privadas) para a gestão dos aterros.

A entidade trabalha atualmente na formulação de uma proposta de abordagem jurídica para viabilizar o projeto sugerido de erradicação dos “lixões”. Esta proposta deve ser encaminhada como sugestão ao governo nos próximos dias, para dar base ao plano inicial. O que é certo é que, havendo vontade política e recursos federais no montante acima mencionado, o plano é plenamente viável, e permitirá que o Brasil entre em uma nova fase na gestão responsável de seus resíduos e rejeitos.

A erradicação dos “lixões” é um tema que julgamos de extrema relevância para elevarmos o nível do Brasil no cenário internacional em relação à destinação final de resíduos de forma ambientalmente correta. Portanto, é com convicção que afirmamos que a questão da gestão e destinação adequadas dos resíduos sólidos gerados no Brasil será bem equacionada com a participação conjunta e solidária dos vários representantes de nossa sociedade. Com educação, conscientização crescente e investimentos adequados e viáveis para a formação das infraestruturas necessárias, em poucos anos poderemos afirmar decididamente que nosso país terá condições de ser classificado como desenvolvido no trato de seus resíduos sólidos.

*Engenheiro e presidente da ABLP – Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública

Fonte: Congressoemfoco

Histórias de Jequié, Lomanto e Getulio

Sebastião Nery

Pálido, os olhos tristes e a alma cansada, Getulio Vargas desceu em Belo Horizonte, na tarde de 12 de agosto de 1954, a convite do solidário governador Juscelino Kubitschek, para inaugurar a siderúrgica Mannesman. O Rio pegava fogo com o inquérito da Aeronáutica (a “Republica do Galeão”) contra os que tentaram matar Lacerda.

Liderados pelos comunistas e udenistas, nós estudantes, com lenços amarrados na boca, impedimos que Vargas atravessasse a cidade pela Avenida Afonso Pena, sendo o cortejo presidencial obrigado a seguir pela Avenida Paraná e tomar a Avenida Amazonas até a Cidade Industrial.

No palanque, ao lado do governador e dos colegas jornalistas, vi bem suas mãos trêmulas mas a voz forte. Vargas deu seu recado aos inimigos:

- “Advirto aos eternos fomentadores da provocação e da desordem que saberei resistir a todas e quaisquer tentativas de perturbação da paz”.

Da inauguração, Getulio foi direto para o palácio das Mangabeiras. Não conseguiu dormir, segundo confessou depois a Juscelino. Depois do café da manhã, antes de voltar para o Rio, de pé, sorrindo discretamente, com seu indefectível charuto, ao lado de JK, Getulio nos cumprimentou, um a um, e disse algumas palavras aos poucos jornalistas ali presentes.

Eu era o mais novo, fiquei na ponta. Achei sua mão gordinha e fria:

- É muito jovem. De que Estado você é?

- Da Bahia, presidente. De Jaguaquara.

- Onde fica?

- Entre Salvador e Ilhéus, perto de Jequié.

Ele parou, pensou um pouco :

- Jequié, Jequié. Conheci o jovem prefeito de lá. Conversamos, me deixou uma boa impressão. É um rapaz de futuro.

- É o Lomanto, presidente.

- Pois é, um rapaz de futuro.

Despediu-se com seu discreto e distante sorriso e a mão gordinha e fria.

***
NEWTON PINTO E LAFAIETE

Lafaiete Coutinho, paraibano, grande, simpático, médico, udenista baiano, deputado estadual e duas vezes federal pela UDN da Bahia (de 47 a 59), secretario de Segurança do governo Balbino e secretario da Agricultura do governo Juracy, estava em uma solenidade no Fórum de Salvador quando o tambem médico Newton Pinto, ex-prefeito de Jequié e deputado estadual, sábio, doutor em misterios, viu a palma de sua mão:

- Lafaiete, você é um homem de coragem? Posso dizer uma coisa?

- Pode, Newton. O que você quiser. Lá vem você com sua quiromancia (Aurélio : “Adivinhação pela leitura das palmas das mãos”).

- Então arrume sua vida,porque você só tem poucas semanas de vida.

Lafaiete deu uma gargalhada.

***

Era 1959, o presidente Juscelino Kubitschek e o governador da Bahia, Juracy Magalhães, estavam empenhados em arranjar um candidato que unisse a UDN, o PTB e até mesmo o PSD, para impedir que a UDN lançasse Jânio para presidente. Juscelino e Juracy achavam que podia ser Juracy,mas aceitavam Osvaldo Aranha,do PTB, amigo dos dois e de Jango.

Juracy mandou Lafaiete ao Rio Grande do Sul perguntar a João Goulart, vice-presidente de Juscelino e líder absoluto do PTB, se aceitava Osvaldo Aranha como candidato de união nacional, com apoio de JK.

Na véspera da viagem, jornalista politico de “A Tarde”, ao lado da secretaria da Agricutlura, ali na praça Castro Alves, entrei no gabinete de Lafaiete, que me contou a conversa com Newton Pinto e me interrogou :

- Você, que passou oito anos no seminário e estudou essas coisas todas, acredita em quiromancia, o destino traçado nas linhas das mãos?

- Nem acredito nem desacredito. Mas não me meto.

Ele deu uma gargalhada:

- Então estou a caminho da morte. Vou a amanhã a Porto Alegre e, de lá, pegar um aviãozinho qualquer para chegar à fazenda do Jango, em São Borja. Não gosto de avião pequeno. Mas não tem outro jeito.Vou em missão política do Juracy, não posso dizer nada, na volta te conto.

***

Lafaiete foi, conversou, voltou em um sábado, e do aeroporto de Salvador seguiu direto para o palácio da Aclamação, comeu uma feijoada com Juracy, e lhe contou a conversa toda, inclusive a resposta de Jango :

- Diga ao governador Juracy que gosto muito do doutor Osvaldo Aranha, amigo fiel do ex-presidente Vargas até o ultimo instante e meu amigo também. Mas a política do Rio Grande é um terreiro, que só dá para um galo só. Se ele se elege, me aposenta, acabou minha liderança.

Lafaiete pegou o carro oficial e foi para casa, na Graça.

Quando tocou a campainha, caiu morto na varanda.

Newton Pinto sabe da vida e da morte.

Fonte: Tribuna da Imprensa

Aloísio Mercadante, ator de Ionesco no teatro do absurdo

Pedro do Coutto

Ao depor na tarde de terça-feira na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado sobre as acusações que lhe foram imputadas em 2006, revividas agora pela revista Veja que está nas bancas, episódio da falsificação do dossiê dos aloprados, o ministro Aloísio Mercadante, sem dúvida, tornou-se um ator do teatro do absurdo de Ionesco. As peças do autor francês, de origem romena, foram traduzidas no país nas décadas de 50 e 60 por Millor Fernandes. Brilhantemente traduzidas, reconheceram os que dominavam o tema e a língua pela extrema complexidade de seu conteúdo.

Vamos por partes. Em primeiro lugar o dossiê dos aloprados. Um documento falso negociado através de quadros do PT com o objetivo de favorecer Mercadante na disputa contra José Serra pelo governo de São Paulo. Em vão porque a tentativa fracassou e Serra venceu por larga margem de votos. Alguns envolvidos ocupavam cargos de confiança no Planalto. Lula os demitiu e a eles atribuiu a classificação de aloprados.
Portadores do dinheiro para o ato imundo foram presos pela Polícia Federal. Chantagem, partindo da compra e uso equívoco de ambulâncias, de cujas transações sujas saiu a comissão para o suborno. A quem interessava o crime? Perguntaria Sherlock Holmes.

Mercadante, então senador, negou sua participação. Mas agora um diretor do Banco do Brasil, Expedito Veloso, do Partido dos Trabalhadores, entrevistado pela Veja, acusa frontalmente o ministro da Ciência e Tecnologia. Na ocasião, 2006, uma outra revista semanal, que não a época, recebeu a tarefa de publicar a denúncia falsa. Fez isso. Sua tiragem desabou e ela não se recuperou até hoje. Ficou no passado.

No presente o fato voltou à tona. Mercadante resolveu se defender e rechaçar o texto da Veja. Excelentes reportagens de Jailton de Carvalho, O Globo e Breno Costa da Folha de São Paulo, edições de quarta-feira 29, reproduziram seu depoimento em 2011. Eugene Ionesco puro. Farsa total. Não senso absoluto. Acossado fortemente por Francisco Dornelles, Mercadante reconheceu a falsificação mas a retirou de sobre si mesmo. Culpados foram os outros. Quais? Indagou Dornelles.

Foi obra de uma militância com a qual eu não mantinha contato – afirmou singelamente Mercadante – e que via no ato (de falsificar) a missão heróica de destruir a corrupção (de quem?) e romper a blindagem que existia na imprensa em relação ao governo Lula.

Inacreditável, digo eu. Mas está nas páginas de O Globo e da FSP, além de nos arquivos do Senado Federal. Mercadante não disse coisa com coisa. Se o grande Millor não estivesse internado, certamente relembraria os personagens de Ionesco, como a Cantora Careca e O Rinoceronte e incluiria Aloísio Mercadante no elenco vago da ruptura do autor com sua própria história e com os limites narrativos de sua complexa obra. Mas este é outro ângulo da questão.

Deixando o plano da irrealidade e passando para o da verdade, coube ao senador Francisco Dornelles desmascarar a ópera bufa. O episódio dos aloprados, sustentou o parlamentar do PP, não constitui um caso político. Não cabe no Senado. O caso dos aloprados é um caso de polícia – acrescentou . Dornelles surpreendeu Mercadante, na medida em que mudou rapidamente de tratamento em relação a ele. E cobrou coerência ao rememorar: lembras-se das acusações contra dois senadores com base em reportagem na imprensa? Chegou a pedir suas cassações. Agora chegou sua vez de ser acusado também através da imprensa. Não há nada – concluiu – como um dia após o outro. Foi um corte no tempo, digo eu. O autor da peça virou-se contra o personagem. Ionesco, ele próprio, desceu as cortinas.

Fonte: Tribuna da Imprensa

Um senador sem meias palavras

Carlos Chagas

Quem jogou barro no ventilador, ontem, foi o senador Roberto Requião. Discursando na sessão matutina do Senado, ele bateu firme na decisão do governo de construir o trem-bala, disse que capitalismo é esperteza, que a esquerda brasileira descumpre seus compromissos históricos, e a portuguesa também, ao aceitar as ditas medidas de austeridade impostas pelo FMI, que mais esfolarão o trabalhador. Confessou-se entusiasmado com o governo Dilma, mas não consegue esquecer as promessas de campanha e não entende a aliança entre o PMDB e o PT. Verberou a criação de licitações secretas, como no caso das obras nos estádios de futebol, e não poupou o empresariado, para ele sempre preferindo que o governo assuma riscos e arque com as despesas de obras públicas, para depois receber as concessões para sua exploração.

Requião costuma remar contra a maré. Talvez por isso foi três vezes eleito governador do Paraná e duas vezes senador pelo seu estado, ainda que também por isso seu partido, o PMDB, tenha torpedeado por duas vezes sua candidatura à presidência da República.�

***
QUER SAIR MAS VAI FICANDO

Antes de viajar para Santa Catarina, ontem, Dilma Rousseff recebeu o ministro Nelson Jobim, no palácio do Planalto. De novo o titular da Defesa pediu para sair, conforme conversa anterior, mas, outra vez, foi convencido a ir ficando. A presidente não quer nem ouvir falar da hipótese de substituí-lo num setor que vem dando certo, sem problemas de espécie alguma.

Não se sabe se durante o despacho Dilma referiu-se aos elogios feitos por Jobim, na véspera, a Fernando Henrique Cardoso, quando acentuou que o ex-presidente jamais levantou a voz nem criou tensionamento para seus assessores. O sociólogo, conforme o ministro, nunca disse nada que levasse seus auxiliares a ficarem constrangidos. E mais, que só os inseguros são autoritários.

***
ONDE JÂNIO QUADROS QUEBROU A CARA

No próximo 25 de agosto completam-se cinquenta anos da renúncia de Jânio Quadros, episódio que quase levou o país à guerra civil. Só depois de eleito com votação espetacular é que a opinião pública percebeu que o homem era doido, apesar de brilhante. Na chefia do governo, adotou iniciativas tão inexplicáveis quanto absurdas, paralelas a ações louváveis e necessárias.

Entre as primeiras, estava a proibição de brigas de galo e de desfiles de biquíni em todo o território nacional, bem como a limitação das corridas de cavalo, só permitidas aos sábados e domingos. Substituiu o terno e gravata por um uniforme parecido com o que se usa na Índia, logo apelidado de “pijânio”. Quebrou a cara, também, ao acabar com o horário corrido de trabalho para o funcionalismo público federal, exigindo dois turnos. Atrapalhou a vida de meio mundo e foi obrigado a recuar, tornando a emenda pior do que o soneto.

Dividiu o Rio de Janeiro num muro imaginário onde, do lado de lá, por ser longe das repartições, vigorava o horário corrido, e do lado de cá, mais perto do centro da cidade, os servidores precisavam trabalhar de manhã, ir em casa almoçar e retornar à tarde. Um pandemônio desfeito meses depois por Tancredo Neves, escolhido primeiro-ministro e chefe do governo, depois da crise.

Por que se lembra essa última história? Porque o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, acaba de suspender a decisão do Conselho Nacional de Justiça que estabelecer dois horários para os funcionários, juízes, desembargadores e ministros do Poder Judiciário, em vez do horário corrido. Agiu com sensibilidade, porque a mudança iria perturbar muita gente, discutindo-se sua eficácia para tornar a Justiça mais ágil.

***
ADEUS AO IDEAL SOCIALISTA

Assistimos esta semana uma série de inserções do PPS nas telinhas e auto-falantes, durante o horário de propaganda partidária gratuita. Com todo o respeito aos serviços prestados ao país pelo presidente do partido, Roberto Freire, não dá para ficar calado. O PPS substituiu o antigo Partido Comunista Brasileiro e parece que relegou e renegou todos os antigos ideais socialistas. Quem escutou as mensagens do deputado e ex-senador espantou-se por ele ter-se apresentado como o irmão mais novo de Fernando Henrique Cardoso, elogiando privatizações, neoliberalismo e heresias parecidas, para quem durante tantos anos seguiu a linha do “partidão”. O mundo mudou, é evidente, mas nem tanto assim…

Fonte: Tribuna da Imprensa

Otan enfrentará "catástrofe" se não parar ataques, diz Kadafi

Os soldados de Kadafi estão travando uma guerra contra os rebeldes, apoiados pela Otan, que querem a saída dele do poder

01/07/2011 | 18:22 | Reuters

Muamar Kadafi fez um pronunciamento por telefone para milhares de simpatizantes que se reuniram na Praça Verde de Trípoli nesta sexta-feira, prometendo permanecer no poder e alertando que a aliança comandada pela Otan sofrerá uma "catástrofe" caso não suspenda seus ataques aéreos.

"Aconselhamos a vocês que recuem antes de sofrer uma catástrofe", disse Kadafi a uma multidão de simpatizantes, que acenavam bandeiras verdes e cartazes do líder líbio.

Os soldados de Kadafi estão travando uma guerra contra os rebeldes, apoiados pela Otan, que querem sua saída do poder.

"Eu aconselho a vocês para que pousem seus aviões... e realizem discussões com o povo líbio", afirmou Kadafi, que criticou o mandado de prisão contra ele emitido na segunda-feira pelo Tribunal Penal Internacional.

Fonte: Gazeta do Povo

Descumprir PNBL pode custar até R$ 25 milhões a operadoras

O Plano Nacional de Banda Larga prevê que o pacote de internet rápida a R$ 35 pode ser ofertado tanto por meio de redes fixas, quanto por redes de telefonia móvel

01/07/2011 | 16:41 | Agência Estado

Se as operadoras de telefonia descumprirem o acordo que firmaram com o governo para o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), estarão sujeitas a multas de até R$ 25 milhões por ano. Se o cronograma de implantação do serviço tiver atraso, a concessionária terá que implantar o serviço no dobro de cidades que deixou de atender na fase anterior, somadas às metas da fase seguinte.

Se essa antecipação de metas, contudo, for desrespeitada, a empresa será punida por meio de multas. "Se não fez, faz o dobro que faltou fazer. E essa multa não irá para o cofre público; será revertida em universalização (do serviço)", destacou o secretário-executivo do Ministério das Comunicações, Cezar Alvarez.

Em caso de descumprimento das metas de varejo, a operadora estará sujeita a uma multa diária de R$ 20 mil, limitados a R$ 25 milhões por ano. Se as penalidades ultrapassarem o limite, a empresa perde o direito de converter em investimento e o governo poderá acionar a Justiça para cobrar da empresa. Para ofertas de venda de capacidade de rede no atacado, a multa é de R$ 10 mil por dia e R$ 25 milhões anuais. "Esse foi uma tema bastante controverso, por ser uma oferta voluntária", admitiu Alvarez.

Os planos de internet com velocidade de 1 megabit (MB) por segundo a R$ 35 para o PNBL têm metas de aumento da franquia de tráfego de dados e para baixar arquivos (download) até junho de 2013. No acordo assinado pela Telefônica, por exemplo, o limite de download da banda larga fixa, que inicialmente é de 300 Megabytes (MB), passará para 600 MB e chegará em junho de 2013 a 1 Gigabyte (GB). Na banda larga móvel, é a metade: 150 MB, 300 MB e 500 MB, respectivamente.

No caso da Oi, o limite de download ofertado para internet fixa começa com 500 MB e termina com 1 GB, sem patamares intermediários. Para a banda larga móvel, a franquia inicia com 150 MB, sobre para 200 MB e alcançará 300 MB em junho de 2013.

Caso o usuário baixe muitos vídeos e filmes, por exemplo, e ultrapasse a franquia de download, nada poderá ser cobrado além dos R$ 35 mensais. Porém, a velocidade de conexão pode cair. Se o consumidor quiser garantir a velocidade contratada mesmo depois da franquia de download, porém, as empresas poderão cobrar uma taxa adicional. Não há previsão, contudo, dos patamares mínimos a que a velocidade pode cair, nem um limite de quanto pode ser cobrado por uma franquia extra para baixar arquivos com a velocidade inicial.

Oferta

O PNBL prevê que o pacote de banda larga a R$ 35 pode ser ofertado tanto por meio de redes fixas, quanto por redes de telefonia móvel. As empresas, no entanto, não são obrigadas a ter disponíveis as duas opções por esse valor. A regra é a seguinte: por serem concessionárias de telefonia fixa, as companhias, têm que, necessariamente, ter uma oferta disponível com essa tecnologia nas áreas onde atuam. Mas se a empresa oferecer um pacote de internet móvel por R$ 35, ela poderá vender a banda larga fixa ao preço máximo de R$ 65 pelo combo. Se o usuário quiser ter só a internet fixa, porém, ele terá direito ao serviço por um valor inferior a R$ 65, mas a empresas não têm a obrigação de comercializá-lo pelo preço do PNBL.

"Todo e qualquer cidadão, nos termos de atendimento mínimo por cidade (pelas operadoras), tem direito de pagar R$ 35 e ter acesso à internet. Venda casada é crime", ressaltou Alvarez. Ele explicou que as vinculações de serviços de banda larga e telefone fixo no PNBL são combos.

A venda de banda larga nessas condições estará disponível em 90 dias. A implantação do PNBL ocorrerá de forma gradativa até 2014 quando 100% dos municípios terão acesso ao serviço. A oferta abrangerá, inicialmente, o mínimo de 15% da base de assinantes de telefonia fixa da concessionária que tem ali na primeira fase. Cada fase tem a duração de 12 meses.

O valor da assinatura de R$ 35 será reajustado a cada 12 meses, a partir de 30 de junho, pelo Índice de Serviços de Telecomunicações (IST), que é um índice de reajuste calculado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Fonte: Gazeta do Povo

Novo estudo contraria elo entre celular e câncer

Uma grande revisão de estudos anteriores, feita por um comitê de especialistas da Grã-Bretanha, Estados Unidos e Suécia, concluiu que não há evidência convincente de ligação com nenhum tipo de câncer

01/07/2011 | 21:03 | Reuters

Apesar das recentes iniciativas para classificar os telefones celulares como possivelmente cancerígenos, as evidências científicas cada vez mais afastam a possibilidade de um elo entre o uso dos aparelhos e tumores cerebrais, segundo um estudo a ser divulgado no sábado (2).

Uma grande revisão de estudos anteriores, feita por um comitê de especialistas da Grã-Bretanha, Estados Unidos e Suécia, concluiu que não há evidência convincente de ligação com nenhum tipo de câncer.

O estudo notou também que não há mecanismos biológicos estabelecidos pelos quais os sinais de rádio usados nos celulares poderiam desencadear tumores.

"Embora reste alguma incerteza, a tendência pelo acúmulo de evidências é cada vez mais contra a hipótese de que o telefone celular possa causar tumores cerebrais em adultos", escreveram os especialistas na revista Environmental Health Perspectives.

Há dois meses, no entanto, a Agência Internacional de Pesquisa do Câncer (AIPC), ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS), decidiu que o uso do telefone celular deveria ser classificado como "possivelmente cancerígeno para humanos."

Anthony Swerdlow, do Instituto Britânico de Pesquisa do Câncer, que comandou o novo estudo, disse à Reuters que as duas posições não são necessariamente contraditórias, já que a AIPC precisava colocar os celulares em uma categoria de risco pré-definida.

"Estamos tentando dizer em linguagem clara qual acreditamos que seja a relação. Eles (AIPC) estavam tentando classificar o risco segundo um sistema de classificação pré-estabelecido", disse Swerdlow.

Outras coisas qualificadas pelo AIPC como possivelmente cancerígenas incluem itens tão díspares quanto o chumbo, os picles e o café.

Há cerca de 5 bilhões de celulares em uso no mundo, e o maior estudo sobre sua correlação com o câncer, publicado no ano passado, examinou quase 13 mil usuários ao longo de dez anos.

Swerdlow e seus colegas disseram que esse estudo não apresentava uma resposta clara e tinha vários problemas metodológicos, pois se baseava em entrevistas, pedindo aos usuários que se lembrassem do uso dos aparelhos feito anos antes.

Os pesquisadores da nova revisão acrescentaram que outros estudos feitos em diversos países não indicaram aumento na incidência de tumores cerebrais depois de transcorridos 20 anos do lançamento dos celulares, e dez anos da sua popularização.

Para os cientistas, provar a ausência de correlação é sempre mais difícil do que provar sua existência, e Swerdlow disse que nos próximos anos deve ficar bem mais claro se existe ou não um vínculo entre celular e câncer.

Fonte: Gazeta do Povo

Máquina

Nova cara

Ford Ka tem mudanças necessárias

Divulgação
Ford Ka perdeu a grade com frisos e ganhou uma tampa com pequena fenda; carro custa R$ 24.500
Ford Ka perdeu a grade com frisos e ganhou uma tampa com pequena fenda; carro custa R$ 24.500

Compacto da Ford recebe leves mudanças para a linha 2012, que chega em agosto

A Ford nunca conseguiu fazer do Ka um campeão de vendas. A segunda geração do modelo, lançada no fim de 2007, vendeu bem mais do que a primeira, mas nunca chegou a incomodar os líderes de mercado. Agora, a marca americana promove uma leve reestilização no modelo. Será a última alteração antes do lançamento da terceira geração do Ka, que sai até 2014.

Leia esta reportagem completa na edição impressa do Agora deste sábado, 2 de julho,
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As "Tchecas do Brazil" estão na capa da "Playboy" Policiais fazem churrasco e bebem no fundo de batalhão da PM na zona sul Churrasco da PM regado a cerveja e a som alto em batalhão em Santo Amaro
Lojistas da região da 25 de Março protestam contra fiscalização da GCM Comerciantes chineses enfrentam PM durante manifestação na avenida Paulista Taxistas enfrentam fila para fazerem inscrição para concorrer a 1.200 alvarás

2 são presos por destruir cartas no RS

Folha.com

Funcionários de uma agência dos Correios de Teutônia (RS) foram presos em flagrante ontem tentando destruir 14 mil correspondências que deixaram de ser entregues aos moradores da cidade.

Os funcionários foram flagrados pelo gerente da agência, acompanhado da Polícia Militar, quando estavam prestes a queimar as correspondências no forno industrial de uma empresa.

Segundo a Polícia Federal, a suspeita da destruição das cartas veio após reclamações de clientes da agência. As correspondências que deixaram de ser entregues não eram registradas na unidade, o que dificultava a comprovação da postagem por parte dos remetentes. Os envolvidos se beneficiavam com a diminuição do serviço.

Os suspeitos também violaram correspondências e se apropriaram de outras, segundo a PF. Envelopes de remetentes estrangeiros, principalmente da China, com produtos comprados via internet, foram furtados.

Os dois presos devem ser encaminhados para o presídio de Lajeado (RS) e foram indiciados pela tentativa de destruição das cartas, por violação de correspondência e por peculato.

Fonte: Agora

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Estado de saúde de Itamar é grave, diz hospital

UOL e Folha.com

O estado de saúde do senador e ex-presidente Itamar Franco (PPS-MG), 81 anos, que está internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, é grave. Itamar respira com a ajuda de aparelhos, segundo um boletim médico divulgado ontem.

Segundo o hospital, Itamar "encontra-se sob ventilação mecânica com necessidade de baixo fluxo de oxigênio".

O senador está hospitalizado desde 21 de maio, quando foi diagnosticado pelos médicos com leucemia e começou a ser submetido a um tratamento de quimioterapia.

Itamar Franco desenvolveu pneumonia durante sua internação e não há data para ele deixar a UTI. Segundo o hospital, o senador está sendo tratado com corticoesteróides em "altas doses".

Em relação à leucemia, o boletim médico afirma que o ex-presidente responde bem ao tratamento e que houve "remissão total", ou seja, a doença está sob controle.

Itamar Franco pediu afastamento temporário de suas atividades no Senado. Pelo regimento da Casa, o suplente de Itamar só assume a cadeira do senador se ele se afastar da Casa por um período superior a 120 dias.

Itamar foi eleito vice-presidente de Fernando Collor de Mello em 1990 e acabou assumindo a Presidência da República após o impeachment do alagoano, ficando no cargo por dois anos.

Fonte: Agora

Justiça dá mais atrasados em revisão por invalidez

Luciana Lazarini
do Agora

A Justiça Federal do Paraná aumentou os atrasados de um segurado do INSS que tem direito à revisão da aposentadoria por invalidez concedida entre 2001 e 2009.

Os atrasados são a bolada paga aos segurados pela correção dos benefícios de anos anteriores ao pedido da ação. Tradicionalmente, são levados em conta os cinco anos antes de a Justiça ser acionada.

Porém, na decisão da Justiça, foi entendido que esse prazo pode ser maior porque o INSS reconheceu, por meio de um memorando de 15 de abril de 2010, o direito à revisão de todos esses segurados.

Leia esta reportagem completa na edição impressa do Agora neste sábado

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