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sexta-feira, fevereiro 02, 2007

Morte de taxista reacende o debate sobre o uso de Viagra

Aumenta o número de jovens e adultos que compram o medicamento sem receita


Carmen Azevêdo
Amorte do taxista Edson Bispo Klein, que pode ter sido causada pela combinação de medicamento para disfunção erétil e bebida alcoólica, reacendeu os debates sobre o uso destas substâncias e suas contra-indicações. Segundo especialistas no assunto, o Brasil é o segundo maior consumidor das substâncias no mundo: um comprimido de Viagra é consumido a cada quatro minutos – o que demonstra o aumento da demanda do medicamento, principalmente entre adolescentes e jovens adultos. Mas o uso não tem sido acompanhado dos devidos cuidados. As farmácias vendem os medicamentos sem receita médica e alguns já são encontrados no comércio informal da Avenida Sete de Setembro, no centro.
Segundo o urologista e chefe do departamento de andrologia do Hospital das Clínicas, Eduardo Lopes, o Viagra é um vasodilatador e pode causar efeitos colaterais, como calor na face, dilatação do esfíncter do esôfago e cefaléia. Se combinado com bebida alcoólica (que também dilata os vasos) ou outras drogas, tem seu efeito potencializado. “Com isso, a pressão do indivíduo pode ir a zero, ele pode sofrer infarto, desmaios, ou bater a cabeça no chão e ser vítima de um traumatismo craniano”, explica Lopes.
Outra situação recorrente, segundo o especialista, é o uso do medicamento por pacientes que apresentam deficiências cardíacas. “Eles sentem-se estimulados com a ereção causada pelo remédio e dão início a uma atividade física que não suportam. Com isso, podem infartar”, emenda. Não só as cardiopatias são contra-indicadas para o uso das substâncias contra a disfunção erétil, mas também o uso do cetoconazol, um antifúngico. Quando combinados, o indivíduo pode sofrer alterações no sistema imunológico, além de problemas auditivos e visuais.
Por causa disso, os médicos alertam para a necessidade de se consultar um especialista e evitar a automedicação, facilitada pela ausência de fiscalização do poder público. “Hoje, quem vai a uma farmácia sem receita médica consegue comprar o remédio. O Pramil, que veio do Paraguai, é vendido nos camelôs”, denuncia o urologista.
Caso o paciente não possa combinar o remédio para disfunção erétil com outro medicamento, a primeira medida adotada é tentar substituir o segundo por outra substância. Também existem drogas que podem ser injetadas na base do pênis, como o Alprostadil, no momento da relação sexual. Outra saída é a colocação da prótese de pênis, normalmente utilizada em indivíduos que não respondem ao tratamento medicamentoso ou apresentam qualquer contra-indicação ao medicamento.
Outra alternativa é o tratamento homeopático que, segundo especialistas na área, não tem efeitos colaterais. No entanto, não há fórmula de tratamento – cada indivíduo toma um remédio específico. “Como as causas são diversas – sistema nervoso, emocional, fraqueza do músculo, os tratamentos também variam”, explica a homeopata Maria Amélia Soares da Cunha. Segundo ela, cerca de 90% dos casos que atende no consultório são causados por ansiedade e estresse. Também há indivíduos que apresentam contra-indicações aos medicamentos alopáticos. “No caso da homeopatia não interessa se o indivíduo toma um medicamento sem receita médica, porque não há contra-indicação. O problema é que também não vai curar”, arrematou.
***Terapia com plantas
Terapias com plantas também têm sido adotadas por alguns homens que sofrem de disfunção erétil. Segundo o médico clínico Fernando Hoisel, que estuda há cerca de 30 anos os benefícios das plantas para a saúde, o primeiro passo é descobrir a origem do problema. “Ela pode ser física, como a hipertrofia benigna da próstata, ou emocional”, reforçou. Segundo o naturalista, existem plantas medicinais usadas para o tratamento da próstata ou para estimular a energia sexual.
Na América do Sul, existe a maca ou lepidium meyenni, que ajuda, entre outras coisas, a melhorar o desempenho sexual, tanto no homem, como na mulher. “Ela é uma espécie de tônico, que diminui os estados de depressão”, pontua. A planta é encontrada em farmácias naturais e de manipulação. Outra opção é o ginseng coreano, que tem ação semelhante à maca. Cada uma das plantas também devem ser usadas mediante acompanhamento médico, pois apresentam contra-indicações. “Mas é importante ressaltar que elas só são usadas enquanto a causa do problema não foi descoberta ou curada. Não adianta usar paliativos, como os Viagras, que causam dependência e não resolvem a origem”, concluiu.
Uma das causas da disfunção erétil é o estresse. Indivíduos estressados liberam uma maior quantidade dos hormônios adrenalina e noradrenalina, que impedem a ereção. Preocupações com auto-estima corporal também contribuem para a disfunção erétil. O que as substâncias alopáticas fazem é bloquear a liberação das substâncias inibidoras da ereção. Já a hipertrofia benigna da próstata representa o crescimento de um tumor benigno, em uma das partes da glândula.
***MEDICAMENTOS
Veja os principais remédios alopáticos utilizados
Viagra – Tem efeito entre quatro e seis horas. Apresenta mais efeitos colaterais, como cefaléias e rubores. Não pode ser associado com determinadas substâncias, como a cimetidina – usada para tratamentos de úlceras e gastrites – e bebida alcoólica. O indivíduo tem que ministrar o medicamento com o estômago vazio.
Levitra – Duração do efeito de oito a dez horas. O indivíduo pode ingerir bebida alcoólica, com limitação. E pode ingerir o remédio com o estômago cheio. Um dos efeitos colaterais é dor no estômago.
Cialis – É semelhante ao Levitra, com duração maior dos efeitos (entre 24 e 36 horas). Ele dá um pouco mais de dor nas costas e ela pode durar o mesmo período do efeito do remédio.
Vigamed – Os efeitos duram em média oito horas. Tem ação semelhante à do Levitra.
Pramil – Os efeitos duram entre quatro e seis horas, com ação semelhante ao Viagra. O Pramil é uma versão paraguaia, mais barata e proibida do Viagra.
Fonte: Correio da Bahia

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

RAIO LASER

Aperto
A diferença de 16 votos entre o nome vitorioso à presidência da UPB, Orlando Santiago (PFL), e Carlos Brasileiro (PT) surpreendeu negativamente o comando pefelista, que esperava, pessimisticamente, 30 votos de frente para seu candidato, mas assustou governistas mais tensos, temerosos de uma contaminação na Assembléia Legislativa.
Susto passageiro
A chamada ala genuína da bancada de oposição respirou aliviada com a decisão dos deputados Elmar Nascimento e Ângelo Coronel, do PR, de defenderem abertamente o voto em Marcelo Nilo (PSDB) para a presidência da Assembléia, mas anunciarem que a postura não significava que iriam aderir ao governo.
Joio do trigo
Cotado para liderar na Assembléia a partir de amanhã o PFL, espécie de partido líder do grupo oposicionista, o deputado Gildásio Penedo fez questão de destacar a importância de separar o apoio ao candidato do governo da adesão à bancada governista entre os parlamentares da oposição que optaram pelo nome do tucano Marcelo Nilo.
Paralela
Apesar de ter dirigido críticas à proposta de apoio a uma chapa de consenso à presidência da Assembléia Legislativa na reunião que as oposições realizaram na terça-feira, o capitão Fábio Santana encontrou-se sigilosamente com a prefeita petista Moema Gramacho, no mesmo dia.
Entre os vices
Se não acontecer tropeço maior até à noite, Jota Carlos (PT) caminha para emplacar a segunda-vice-presidência da Assembléia Legislativa na eleição de amanhã com o apoio quase unânime na bancada petista e aval dos demais partidos que integram a base de sustentação do governo.
O que Geddel mais teme na vida
Do blog de Noblat, ontem: Quero falar com o ministro Geddel Vieira Lima - disse há pouco por telefone depois de discar para o celular do deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA).- Aqui não tem nenhum ministro. Esse número é do deputado Geddel Vieira Lima - respondeu Geddel sem reconhecer minha voz. Depois que reconheceu, brincou: - Quem eu quero que me chame de ministro ainda não me chamou. Geddel é candidato a ministro com o apoio do governador da Bahia Jaques Wagner (PT) e da maioria do PMDB. Mas se você quiser irritá-lo, toque no assunto. - Não há nada que eu mais tema na vida do que o ridículo - dispara Geddel. Em seguida, muda de assunto.
Na mídia
Para felicidade da equipe de Eduardo Salles, presidente da Câmara de Comércio Brasil-Portugal na Bahia, organizadora do encontro do governador Jaques Wagner com empresários portugueses em Lisboa, há uma semana, o Diário Econômico de Portugal, equivalente ao Valor Econômico brasileiro, classificou o evento como um sucesso.
Pão e água
Novo pupilo de Geddel Vieira Lima, Marcelo Guimarães Filho maturou com a família a decisão de sair do PFL em direção ao PMDB por mais de um mês. Por fim, prevaleceu o sentimento “doméstico”de que, se os pefelistas quisessem mesmo que permanecesse, teriam lhe dado melhor tratamento durante a campanha.
CURTAS
* Respaldo - Foi na condição de líder do PR escolhido na manhã de terça-feira pela própria bancada que Elmar Nascimento participou à tarde da reunião das oposições em que defendeu a composição com o governo para a eleição da mesa diretora da Assembléia Legislativa, abrindo uma fenda na estratégia da ala oposicionista que proclamava a todo custo o voto no deputado Jurandy Oliveira, candidato de Severiano Alves e de parcela do PDT à presidência da Casa. * Nova TV - Além de entregar o diploma dos deputados hoje, em ato simples preparatório da solenidade de posse amanhã, a Assembléia Legislativa inaugura o Canal Assembléia - que passará a compartilhar no canal 20, da NET, com a Câmara Municipal de Salvador -, na presença dos parlamentares, familiares e convidados. . * Por acordo - Defensor da candidatura de Marcelo Nilo à presidência da Assembléia, o deputado estadual eleito Leur Jr. (PMDB), que circulou nos últimos três dias pela Casa, acalentava até ontem a expectativa de que as bancadas de oposição e situação acabariam construindo o consenso para a sucessão. * Disputa - Trabalhada diretamente por caciques pefelistas como ACM, Paulo Souto e José Ronaldo, a região de Feira de Santana deu vitória folgada para Orlando Santiago na disputa pela presidência da UPB, confirmando a expectativa que os líderes do PFL alimentavam desde o início da disputa. * Empenho - Braço direito da candidatura do PT à presidência da União das Prefeituras da Bahia (UPB), o ex-deputado Josias Gomes teve seu trabalho em favor da eleição de Carlos Brasileiro reconhecido até pelos adversários mais ferrenhos do prefeito de Sr. do Bonfim. * Garra - Como operador político de Carlos Brasileiro, Josias Gomes teria caído para cima dos prefeitos com fúria de leão, prometendo o céu para quem votasse no prefeito de Senhor do Bonfim, motivo porque os números obtidos pelo petista na sucessão foram, em boa medida, atribuídos a ele ontem. * Campanha - Com o slogan “Com fome não se brinca”, foi lançada ontem, às 17h, na sede das Voluntárias Sociais da Bahia, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), a Campanha Carnaval sem Fome 2007.
Fonte: Tribuna da Bahia e equipe

Acordo na Assembléia deve sair hoje

Duas longas reuniões, ontem, na Assembléia Legislativa, deixaram praticamente encaminhado um acordo para a eleição da Mesa da Casa, que será realizada amanhã, em sessão plenária a ser iniciada às 14h30. Não foram definidos os nomes que integrarão a chapa, o que deverá ocorrer hoje, após novo encontro entre o candidato à presidência da base governista, Marcelo Nilo (PSDB), e deputados dos partidos de oposição, marcado para as 13 horas. O dia começou tenso, com informações de bastidores indicando que o candidato Jurandy Oliveira (PDT), que no dia anterior havia recebido o apoio formal da oposição para um bate-chapa, havia desistido da disputa em favor do líder do PP, Roberto Muniz. Às 16 horas, pouco depois de Muniz negar a mudança, começou uma reunião dos parlamentares do PFL, maior bancada do bloco oposicionista. Inicialmente pouco concorrida, a reunião começou a ganhar participantes, chegando ao total de dez pefelistas. Por volta das 17h30, incorporaram-se ao grupo dois deputados do PP, o próprio Muniz e Luiz Argolo. Uma hora depois, chegou o candidato Jurandy, que não tinha sido localizado e, indagado sobre a suposta desistência antes de entrar na sala, negou-a, dizendo que “só se o PFL, PP e PR desistiram”. Nenhum representante do PR, partido ao qual se atribuiu posição firme pelo acordo, participou do encontro, que terminou às 20h15, quando o deputado Marcelo Nilo foi convidado pelos oposicionistas para nova discussão. Dessa etapa, porém, não participaram o candidato Jurandy nem o deputado Tarcízio Pimenta (PFL), este último contrário a um acordo desde o início das negociações, preferindo um confronto com as forças governistas. A essa altura, estava claro que foi um dia de concessões mútuas. A oposição chamava o adversário para conversar depois de dar apoio a outro candidato, enquanto Nilo recuava de sua afirmativa da terça-feira, quando disse que, em razão do enfrentamento, nada teria a tratar com a oposição e que cuidaria de compor sua própria chapa. Somente às 22h30 foram concluídos os entendimentos. O líder da oposição, Paulo Azi (PFL), ressalvando que ainda precisaria, hoje, “conversar com o deputado Jurandy, para ver o que ele pensa”, disse que Nilo assumiu compromissos do interesse da oposição, como “votar projetos independentemente de que partidos ou deputados sejam, garantir o acordo feito com o governador para aprovar emendas de parlamentares e aperfeiçoar a estrutura de funcionamento das comissões técnicas”. Outro compromisso assumido por Nilo foi o de não alterar o item do Regimento da Assembléia que dá a cada deputado o direito de falar durante 20 minutos nas discussões de projetos. Isso é especialmente importante porque permite à minoria usar o recurso da obstrução, isto é retardar com longos discursos a votação de projetos quando não lhe interessar a aprovação, no sentido, pelo menos, de emendá-los segundo suas conveniências. O deputado Marcelo Nilo, por sua vez, reafirmou a disposição de “organizar uma chapa plural, respeitando a proporcionalidade das bancadas” e manifestou a certeza de que, ouvidos o deputado Jurandy e demais deputados oposicionistas, será obtido “um acordo muito bom para o Poder Legislativo e, com certeza, para a Bahia”. Nilo, que ontem anunciou o apoio do deputado Ronaldo Carletto (PP) a sua candidatura, disse que hoje, se consumado o acordo, deverão ser definidos não só os nomes da oposição na chapa, como também os representantes governistas. (Por Luis Augusto Gomes)
Câmara reabre trabalhos legislativos
A Câmara de Salvador, apesar de ter findado o ano em harmonia com o Executivo, somando 38 projetos aprovados por unanimidade, retoma suas atividades hoje, com a leitura da mensagem do prefeito João Henrique, e com a promessa de confronto entre situação e ?=â??E??????¹?????????¹??oposição. O impasse gira em torno da aprovação, em dezembro passado, do Código Tributário Municipal, que retorna a Casa com vetos a serem apreciados prioritariamente. No entanto, caso não seja votado, conforme o regimento interno, trancará a pauta. O que significa que nenhum outro projeto em tramitação poderá ser apreciado. E, no que depender do bloco oposicionista (PFL, PTN e PTC) , que conta agora com o apoio do PSDB e até mesmo de alguns vereadores da própria base de sustentação, a possibilidade de derrubar a votação do Código não está descartada, segundo afirma o vereador pefelista Paulo Magalhães. “Vamos sentar à mesa hoje e decidirmos qual será o nosso posicionamento. Embasamento legal nós temos. Do jeito que a última sessão terminou, não resta dúvida que foi aprovado de forma ilegal, que o regimento foi ferido para agradar o Executivo. A precipitação ficou ainda mais clara com os vetos”, declarou. Sondado como futuro líder do prefeito João Henrique (PDT) naquela Casa, o pedetista Gilberto José, também admite que a legislatura na Câmara deve começar “quente”. (Por Fernanda Chagas)
Arthur Maia filia-se ao PMDB e garante maioria governista na mesa
O deputado estadual Arthur Maia, que estava sem partido - ele deixou o PSDB recentemente - se filiou ontem ao PMDB. O ato, que estava programado somente para o mês de março, foi antecipado em função de exigências burocráticas e também para garantir que os governistas consigam emplacar a maioria dos cargos da Mesa Diretora da Assembléia Legislativa, cuja eleição ocorrerá amanhã. Mesmo com a ausência do presidente estadual do partido, deputado federal Geddel Vieira Lima, que está em Brasília e não pôde participar do evento de filiação, Arthur Maia fez questão de retratar o quanto é grato a ele pelo convite, além de frisar que entra para a legenda como um “soldado”, a fim de lutar pelos interesses partidários, já que por enquanto não ocupa nenhum cargo. A cerimônia aconteceu ontem, às 17 horas, na sede do partido. A necessidade da filiação do deputado com mais rapidez também está relacionada à quantidade de deputados na base do governo. A matemática funciona da seguinte forma: existem oito vagas na mesa da Assembléia Legislativa e 63 deputados. Dividindo o número de vagas na mesa pelo de deputados, o resultado é uma fração. Multiplicando esta fração por 35 deputados (número de deputados que até o início da tarde de ontem compunham a base aliada ao governo) o resultado é outra fração, (4,4444...) que, por um princípio matemático, obrigaria o arredondamento para baixo, ficando quatro cadeiras para o governo e quatro para a oposição. Com a filiação de Arthur Maia, o número de deputados da base aliada sobe para 36, e a multiplicação resulta em uma fração (4,57) o que possibilita arredondar para 5, o número de cargos na mesa reivindicado pelos governistas. Maia lembrou que ao longo da campanha para as últimas eleições, o PSDB nacional declarou apoio ao candidato tucano Geraldo Alckmin, mas o partido estadual defendia a candidatura do atual presidente Lula. “Esse posicionamento do partido, impulsionou minha decisão de me aliar a posição a nível estadual e federal. Ficou claro que a base tinha uma preferência por Lula e Jaques Wagner. Particularmente senti a necessidade de fazer a defesa do governo. Mas quero deixar bem claro que saí do PSDB levando saudade e extremamente feliz”, pontuou o novo peemedebista. Marcelo Nilo, que participou da filiação “com muito orgulho”, fez questão de afirmar sua simpatia pelo PMDB. “Espero nunca sair do PSDB, mas o único partido que eu me filiaria caso isso acontecesse, seria o PMDB”, declarou o parlamentar. Ele disse ainda que Maia tem um trabalho legislativo e executivo de grande importância para a mesa e se revelou um dos maiores tribunos da casa. Maia foi líder do PSDB na Assembléia e prefeito de Bom Jesus da Lapa. É a terceira filiação de peso ao partido nesta semana. Na última quarta-feira, em Brasília, os deputados federais Colbert Martins e Raimundo Veloso, do PPS baiano, entraram no PMDB, que deve ganhar nos próximos dias mais um reforço: o também deputado federal Marcelo Guimarães Filho, atualmente no PFL. O PMDB também tem sido a legenda que mais filiou prefeitos depois das eleições 2006. De 14 prefeitos, ele já conquistou mais 16 e está em conversação com outros 23 gestores municipais. Entre as autoridades que estiveram presentes para prestigiar a nova filiação estavam os deputados estaduais Leur Lomanto Júnior, Virnia Hagge, Otamar Ferreira, Luciano Simões, que deve ser eleito primeiro secretário da Assembléia Legislativa, Lúcio Vieira Lima, vice-presidente do PMDB baiano, Afrísio Vieira Lima, presidente da Junta Comercial da Bahia, Roberto Maia, prefeito de Bom Jesus da Lapa e mais uma dezena de prefeitos de todo o interior. Comentário ontem veiculado pelo jornalista Josias de Souza, no seu blog, dá conta de que “ o deputado Geddel Vieira Lima (BA) consolidou-se como o preferido da bancada de deputados do PMDB para tonificar a presença do partido na Esplanada dos Ministérios. O nome dele será levado formalmente ao Planalto assim que Lula declarar aberta a temporada de negociação ministerial. Algo que o presidente promete fazer depois da eleição dos presidentes da Câmar?=â??E??????¹?????????¹??a e do Senado, nesta quinta-feira”. A independêncI de Geddel foi um ponto decisivo para a escolha. Em um trecho do blog consta: “Em público, os líderes do PMDB desconversam. Em privado, confirmam a intenção de indicar Geddel para integrar a equipe de Lula. Há uma preferência pela pasta dos Transportes. Mas o partido se diz aberto a aceitar outro ministério, desde que seja considerado compatível com o poderio do PMDB, maior partido do consórcio governista. Geddel é um neo-lulista. Amigo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o deputado fez renhida oposição a Lula durante o primeiro mandato. Em maio de 2003, quando os senadores Renan Calheiros (AL) e José Sarney (AP) lideraram a adesão de uma ala do PMDB ao novo governo, Geddel vociferou contra. Tachou a negociação de fisiológica. Comparou-a às composições políticas feitas na era FHC, tão criticadas pelo petismo. “Não vejo nenhuma diferença”, disse Geddel, em entrevista a Andrei Meirelles, veiculada em 19 de maio de 2003. “Os métodos são absolutamente os mesmos (...). É bom registrar que nós éramos tachados de fisiológicos, mas, quando o PT faz a mesma coisa, uma parte importante da mídia brasileira diz que é ideológico”. (Por Priscila Melo)
Orlando Santiago vence Brasileiro e dirige UPB
Nem mesmo a tentativa de impugnação da chapa encabeçada pelo petista Carlos Brasileiro, prefeito de Senhor do Bonfim, por parte da Comissão Eleitoral da União dos Municípios da Bahia, (UPB), faltando menos de 24 horas para o pleito, evitou que se reeditasse a polarização entre PT e PFL. No entanto, diferente das últimas eleições baianas, quando o resultado foi favorável ao Partido dos Trabalhadores, por 16 votos de diferença (179 X 163), a vitória foi parar nas mãos do pefelista Orlando Santiago, prefeito de Santo Estêvão. Para o candidato derrotado, que conseguiu uma liminar na Justiça e garantiu a sua permanência como candidato ao cargo - a comissão alegou que a impugna-ção se deu pelo fato de cinco prefeitos que compõem a chapa petista não estarem adimplentes com a UPB há 12 meses ininterruptos - , o processo eleitoral é sempre passível de vitória ou derrota. Ele contabilizava no mínimo 154 votos a seu favor, com perspectiva que se estendesse a 180. Brasileiro, declarou ainda que “resultado de eleição só dá para prever, quando as urnas são abertas. Não posso negar que foi uma surpresa, já que tinha apoio de grandes partidos como o PMDB, consegui compor com Íris Gomes, prefeita de Várzea Nova, que retirou a sua candidatura em favor da minha e até mesmo de pefelistas”, desabafou, ressaltando que o episódio que chegou a impugnar sua candidatura é uma prova de que houve perseguição. “Eles (comissão da UPB) sonegaram informações. Nós pedimos uma lista dos prefeitos que não podiam votar, mas eles só divulgaram a lista dos que não podiam ser eleitos. Isso foi um desrespeito a nossa história”, reforçou. Por sua vez, o candidato pefelista, que apesar de ter errado nas contas era só sorriso - dias antes ele afirmou que venceria Brasileiro com mais de cem votos de vantagem. “Erramos na conta, mas levando em consideração o número de prefeituras somente do PFL que soma 141, mais os pedidos de apoio feitos pelo senador Antonio Carlos Magalhães e o ex-governador Paulo Souto, não tinha como se cogitar uma derrota”, comemorou. Na opinião de grupos carlistas, a vitória foi ainda mais significativa, por que foi possível comprovar a lealdade entre os pefelistas e sua base aliada. Segundo eles, a máquina estadual e algumas estatais tentaram, em vão, reverter votos para o candidato petista. A chapa encabeçada por Santiago terá como candidato a primeiro vice-presidente o prefeito de Taperoá, Ito Meireles (PRP); o gestor de Gavião, Joaquim de Oliveira Cunha (PFL), como segundo vice-presidente; Eduardo de Oliveira Pontes (PFL), de Cândido Sales, como primeiro secretário; Deusdete Fagundes de Brito (PFL), de Igaporã, como primeiro tesoureiro; e Mário Paulo Fernandes Ribeiro (PP), de Santanópolis, como segundo tesoureiro. (Por Fernanda Chagas)
Fonte: Tribuna da Bahia

Informe da Bahia

Vexame da prefeita
Oprefeito de Senhor do Bonfim, Carlos Brasileiro (PT), não foi o maior derrotado na eleição para a presidência da União dos Municípios da Bahia (UPB). A pecha cabe como uma coroa à prefeita de Várzea Nova, Maria Iris Gomes (PP), primeira vice-presidente na chapa do petista. Primeiro, a gestora se colocou como candidata para favorecer a campanha de Brasileiro e tentar dividir os votos do vencedor, o prefeito de Santo Estêvão, Orlando Santiago (PFL). Espalhou por toda a Bahia que tinha mais de 170 votos. Disseminou outdoors por Salvador. Investiu pesado em propaganda, sempre com mais maquiagem do que conteúdo programático. Mas passou o primeiro vexame ao não ter força política para, sequer, formar uma chapa, que obrigatoriamente deve conter a assinatura de 48 colegas. Raivosa, decidiu aderir à chapa petista, a quem prometeu levar os 170 eleitores que contabilizava como garantidos. Exigiu a primeira vice-presidência. Telefonou para as prefeituras, fez novas promessas, manteve toda a propaganda. Fez boca-de-urna com a certeza absoluta da vitória. Não esperava passar pelo segundo e maior vexame: a derrota. A cada voto contado a favor de Orlando Santiago, Iris Gomes, sentada logo na segunda fila do auditório da Fundação Luís Eduardo Magalhães, onde ocorreu a eleição, se doía por dentro. Manteve, no entanto, o orgulho, e nenhuma lágrima derramou. Iris deve guardar como consolo o fato de ter se tornado um pouco mais conhecida na cidade, por conta dos outdoors que espalhou.
Traição
O PMDB oficialmente havia fechado o apoio à candidatura do prefeito de Senhor do Bonfim, Carlos Brasileiro, à presidência da UPB. Ontem, no entanto, os gestores peemedebistas votaram no prefeito de Santo Estevão, Orlando Santiago (PFL), o vencedor. A orientação partiu da cúpula do partido no estado, que estrategicamente não quer ver o PT muito fortalecido.
Desolados
O prefeito de Alagoinhas, Joseildo Ramos (PT), estava desolado com a derrota na eleição para o comando da UPB. Outro desolado foi o deputado estadual Zé das Virgens (PT). Ao contrário, o deputado estadual Sandro Régis (PR) era uma festa só.
Convênios
Alguns prefeitos foram convidados ontem para assinar convênios na Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza. Ao chegarem lá, no entanto, segundo contam alguns, receberam a informação de que os convênios estariam em mãos do prefeito de Senhor do Bonfim, Carlos Brasileiro (PT), candidato derrotado à presidência da União dos Municípios da Bahia (UPB).
Filiação
O deputado estadual Arthur Maia, ex-PSDB, se filiou ontem ao PMDB.
Coletivas
O governador Jaques Wagner (PT) realiza hoje, às 15h, na Governadoria, uma entrevista coletiva para falar sobre a participação do estado no Carnaval de Salvador. Antes, às 11h, o presidente da Empresa de Turismo da capital (Emtursa), Fernando Ferrero, fala também à imprensa sobre a realização da festa deste ano. A coletiva será realizada na sede do órgão, no Dique do Tororó.
Posse
Tomam posse hoje, na Câmara Municipal do Salvador, os vereadores Paulo Câmara (PSDB), Walnilton dos Santos (PSB), Pastor Dórea (PTN) e Virgílio Pacheco (PDT). Eles ocupam as vagas deixadas pelos quatro vereadores eleitos deputados estadual e federal.
Desempenho
O diretor geral da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), Geraldo Reis, apresentou ontem para o secretário do Planejamento, Ronald Lobato, os números que comprovam o esforço do ex-governador Paulo Souto (PFL) para incrementar o desenvolvimento da economia do estado. Em 2006, as exportações da Bahia cresceram 13%, enquanto as importações tiveram um incremento de 35% em relação a 2005.
Educação
A gestão do PCdoB à frente da Secretaria de Educação e Cultura de Salvador desagrada a outros partidos da base de sustentação do prefeito João Henrique Carneiro (PDT). Fontes do Palácio Thomé de Souza informam que pedidos de demissão já chegaram ao prefeito, acompanhados de novas indicações políticas para a pasta.
Baixa
Voz destoante entre os governadores da bacia do Rio São Francisco, por conta da posição favorável ao projeto de transposição do Velho Chico, o governador baiano Jaques Wagner (PT) começa sua gestão com prestígio em baixa no Nordeste. Tanto que ele nem representa a região em reuniões com outros governadores. Os representantes são Cássio Cunha Lima (PMDB), da Paraíba, e Marcelo Dedá (PT), de Sergipe.
Inviabilidade
O deputado federal Jairo Carneiro (PFL) avalia que o governo do presidente Lula não tem segurança de que a transposição do Rio São Francisco vá gerar os resultados que o Planalto anuncia. O parlamentar pondera que pesquisas apontam para a inviabilidade do projeto e, mesmo assim, o governo federal não se dispõe a aprofundá-las. Carneiro se mantém no posicionamento contrário ao projeto adotado pelo senador Antônio Carlos Magalhães (PFL) e pelo ex-governador Paulo Souto (PFL).
Fonte: Correio da Bahia

Informe da Bahia

Vexame da prefeita
Oprefeito de Senhor do Bonfim, Carlos Brasileiro (PT), não foi o maior derrotado na eleição para a presidência da União dos Municípios da Bahia (UPB). A pecha cabe como uma coroa à prefeita de Várzea Nova, Maria Iris Gomes (PP), primeira vice-presidente na chapa do petista. Primeiro, a gestora se colocou como candidata para favorecer a campanha de Brasileiro e tentar dividir os votos do vencedor, o prefeito de Santo Estêvão, Orlando Santiago (PFL). Espalhou por toda a Bahia que tinha mais de 170 votos. Disseminou outdoors por Salvador. Investiu pesado em propaganda, sempre com mais maquiagem do que conteúdo programático. Mas passou o primeiro vexame ao não ter força política para, sequer, formar uma chapa, que obrigatoriamente deve conter a assinatura de 48 colegas. Raivosa, decidiu aderir à chapa petista, a quem prometeu levar os 170 eleitores que contabilizava como garantidos. Exigiu a primeira vice-presidência. Telefonou para as prefeituras, fez novas promessas, manteve toda a propaganda. Fez boca-de-urna com a certeza absoluta da vitória. Não esperava passar pelo segundo e maior vexame: a derrota. A cada voto contado a favor de Orlando Santiago, Iris Gomes, sentada logo na segunda fila do auditório da Fundação Luís Eduardo Magalhães, onde ocorreu a eleição, se doía por dentro. Manteve, no entanto, o orgulho, e nenhuma lágrima derramou. Iris deve guardar como consolo o fato de ter se tornado um pouco mais conhecida na cidade, por conta dos outdoors que espalhou.
Traição
O PMDB oficialmente havia fechado o apoio à candidatura do prefeito de Senhor do Bonfim, Carlos Brasileiro, à presidência da UPB. Ontem, no entanto, os gestores peemedebistas votaram no prefeito de Santo Estevão, Orlando Santiago (PFL), o vencedor. A orientação partiu da cúpula do partido no estado, que estrategicamente não quer ver o PT muito fortalecido.
Desolados
O prefeito de Alagoinhas, Joseildo Ramos (PT), estava desolado com a derrota na eleição para o comando da UPB. Outro desolado foi o deputado estadual Zé das Virgens (PT). Ao contrário, o deputado estadual Sandro Régis (PR) era uma festa só.
Convênios
Alguns prefeitos foram convidados ontem para assinar convênios na Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza. Ao chegarem lá, no entanto, segundo contam alguns, receberam a informação de que os convênios estariam em mãos do prefeito de Senhor do Bonfim, Carlos Brasileiro (PT), candidato derrotado à presidência da União dos Municípios da Bahia (UPB).
Filiação
O deputado estadual Arthur Maia, ex-PSDB, se filiou ontem ao PMDB.
Coletivas
O governador Jaques Wagner (PT) realiza hoje, às 15h, na Governadoria, uma entrevista coletiva para falar sobre a participação do estado no Carnaval de Salvador. Antes, às 11h, o presidente da Empresa de Turismo da capital (Emtursa), Fernando Ferrero, fala também à imprensa sobre a realização da festa deste ano. A coletiva será realizada na sede do órgão, no Dique do Tororó.
Posse
Tomam posse hoje, na Câmara Municipal do Salvador, os vereadores Paulo Câmara (PSDB), Walnilton dos Santos (PSB), Pastor Dórea (PTN) e Virgílio Pacheco (PDT). Eles ocupam as vagas deixadas pelos quatro vereadores eleitos deputados estadual e federal.
Desempenho
O diretor geral da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), Geraldo Reis, apresentou ontem para o secretário do Planejamento, Ronald Lobato, os números que comprovam o esforço do ex-governador Paulo Souto (PFL) para incrementar o desenvolvimento da economia do estado. Em 2006, as exportações da Bahia cresceram 13%, enquanto as importações tiveram um incremento de 35% em relação a 2005.
Educação
A gestão do PCdoB à frente da Secretaria de Educação e Cultura de Salvador desagrada a outros partidos da base de sustentação do prefeito João Henrique Carneiro (PDT). Fontes do Palácio Thomé de Souza informam que pedidos de demissão já chegaram ao prefeito, acompanhados de novas indicações políticas para a pasta.
Baixa
Voz destoante entre os governadores da bacia do Rio São Francisco, por conta da posição favorável ao projeto de transposição do Velho Chico, o governador baiano Jaques Wagner (PT) começa sua gestão com prestígio em baixa no Nordeste. Tanto que ele nem representa a região em reuniões com outros governadores. Os representantes são Cássio Cunha Lima (PMDB), da Paraíba, e Marcelo Dedá (PT), de Sergipe.
Inviabilidade
O deputado federal Jairo Carneiro (PFL) avalia que o governo do presidente Lula não tem segurança de que a transposição do Rio São Francisco vá gerar os resultados que o Planalto anuncia. O parlamentar pondera que pesquisas apontam para a inviabilidade do projeto e, mesmo assim, o governo federal não se dispõe a aprofundá-las. Carneiro se mantém no posicionamento contrário ao projeto adotado pelo senador Antônio Carlos Magalhães (PFL) e pelo ex-governador Paulo Souto (PFL).
Fonte: Correio da Bahia

Wagner é derrotado na eleição para o comando da UPB

Orlando Santiago vence o bate-chapa com candidato petista e é o novo presidente da entidade


O prefeito de Santo Estevão, Orlando Santiago (PFL), venceu a máquina dos governos estadual e federal e foi eleito ontem presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB). Ele desbancou o prefeito de Senhor do Bonfim, Carlos Brasileiro (PT), candidato do governador Jaques Wagner (PT) – que, em apenas um mês no cargo, sofre a primeira derrota política. Em uma das eleições mais disputadas e concorridas da UPB, o pefelista derrotou o petista pelo placar de 179 votos a 163. Dois gestores anularam o voto. Houve 344 votantes, sendo 56 por procuração.
O candidato petista só pôde concorrer por conta de uma liminar concedida na Justiça, pois a chapa encabeçada por ele – chamada Independência e respeito – havia sido impugnada anteontem porque possuía prefeitos em situação irregular com a entidade. Um deles, o de Ibiassucê, Manoel Adelino Gomes de Andrade (PT), não era sequer filiado à entidade. Os cinco nomes que estavam irregulares foram trocados por outros gestores.Concedida a liminar, durante todo o dia de ontem, assessores, parlamentares do PT, figuras ligadas a Wagner e ao governo federal tentaram cooptar os prefeitos, inclusive por telefone, para garantir a vitória de Carlos Brasileiro, que chegou a ser dada como certa até por aliados ao gestor de Santo Estêvão, em função do uso da máquina pública para pressionar o eleitorado.
O deputado federal Josias Gomes (PT) entrou em campo, e passou o dia no local da eleição, ocorrida na Fundação Luís Eduardo Magalhães, no Centro Administrativo da Bahia (CAB). Nelson Santos, petista amigo do governador desde os tempos do Sindicato dos Químicos e Petroleiros, também articulou a favor da chapa petista. Segundo informações de dois prefeitos que preferiram manter o anonimato, o sindicalista negociava em nome da Petrobras, principalmente patrocínios para o Carnaval e o São João dos municípios do interior.
A uma prefeitura da Chapada Diamantina, teriam sido oferecidos R$200 mil por petistas ligados ao governo federal em troca do voto em Carlos Brasileiro, que negou qualquer espécie de interferência da máquina pública no processo. Entretanto, segundo os prefeitos, até o nome da Caixa Econômica Federal (CEF) e a Bahiatursa, órgão oficial de turismo do governo baiano, teriam sido utilizados para favorecer a chapa petista.
“Não ocorreu nada disso. E eu não atribuo a minha derrota a uma derrota do governador. Acredito, inclusive, que, como ele seria meu parceiro, ele também será parceiro do candidato que venceu a eleição”, declarou Carlos Brasileiro, após a anúncio do resultado. Para os prefeitos presentes, no entanto, o resultado do pleito representou uma derrota vexatória para Wagner – que encarregou até o vice-governador, Edmundo Pereira Santos (PMDB), para articular em favor de Carlos Brasileiro, principalmente entre os gestores peemedebistas – e uma vitória do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL), que uniu, ao lado do ex-governador Paulo Souto (PFL), a oposição em favor de Orlando Santiago.
Além disso, segundo o comentário de prefeitos e dirigentes da UPB, Wagner teria entrado em campo para a concessão da liminar, dada pelo juiz plantonista Marcelo Brito, irmão da desembargadora Telma Brito, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ). De acordo com os mesmos comentários, após a impugnação da candidatura petista, anteontem, o governador teria ligado para o desembargador Carlos Alberto Dultra Cintra, ex-presidente do TJ, para pedir ajuda pois, na UPB, não caberia mais recurso à decisão proferida de forma unânime pela comissão eleitoral da entidade.
A liminar foi concedida anteontem mesmo, às 23h, menos de seis horas após a divulgação da decisão da comissão eleitoral da UPB. Wagner e Cintra mantêm uma relação muito próxima. O governador, inclusive, nomeou como secretário da Administração um pupilo do magistrado: Manoel Vitório da Silva Filho, ex-superintendente do Instituto Pedro Ribeiro de Administração Judiciária (Ipraj).
Fonte: Correio da Bahia

Buemba! Ronaldo é galinhático!

Por: José Simão

BUEMBA! BUEMBA! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Direto do País da Piada Pronta! Ronaldo sai do Real e vai pro Milan! E vai vestir a camisa 99. O único jogador que tem o peso na camisa. Rarará! Não pertence mais aos Galácticos do Real Madri. Deixou de ser galáctico, mas continua galinhático. Agora, quem quiser comer o Ronaldo tem que ser à milanesa! E quando ele era casado com a Cicarelli, o apelido dele era "O Elefantinho da Cica"! O Ronaldo só conseguiu ficar magro quando seguia a dieta dela: "Emagreça comendo a Cicarelli". Rarará! Só comia ela, mais nada. E tem um amigo meu que diz: "eu só queria ser mulher pra me casar com o Ronaldo!". Pra pegar pensão. Porque casamento é sempre assim: começa em motel e termina em pensão. Rarará! E continuo com a gripe Kassab: aquela que te leva pro buraco. Aliás, eu acho que peguei essa gripe no SP Fashion Bicha: foi muita frescura. Rarará! E a foto do Lalau deitado na maca? Mais parecia o Ramsés 3. Embalsamaram o juiz Lalau! Ele agora tá uma mistura de Havelange com Ramsés 3! E, de tanto deslocamento, vai ficar preso no engarrafamento. Vai ser o único lugar em que ele vai ficar preso: no engarrafamento! Pena prevista para ele: cinco anos preso no engarrafamento. E o chargista Novaes já tá chamando o Lula de Lulinha, PAC e Amor! E corre por aí que o Lula vai lançar um novo PAC: Programa de Ajuda ao Corinthians! Por falar nisso, diz que eles vão aproveitar aquele buraco pra fazer o novo estádio do Coringão. É só dar um tapa nas arquibancadas e esperar o capim crescer. Rarará. É mole? É mole, mas sobe! Ou como diz o outro: é mole mas, se provocar, ressuscita! Antitucanês Reloaded, a Missão. Continuo com a minha heróica e mesopotâmica campanha Morte ao Tucanês. Acabo de receber mais um exemplo irado de antitucanês. É que um amigo estava dirigindo pela rodovia dos Bandeirantes quando viu o outdoor de uma banda de axé chamada PINTADA NA CARA! Rarará. Mais direto, impossível. Viva o antitucanês. Viva o Brasil! E atenção! Cartilha do Lula. Mais um verbete pro óbvio lulante. "Duvidosa": ereção de companheiro véio! Rarará! O lulês é mais fácil que o inglês. Nóis sofre, mas nóis goza. Hoje, só amanhã. Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno! E vai indo que eu não vou!

Mudanças vão dar mais transparências a previdência, afirma ministro

"Acho muito importante que tenhamos contas claras sobre previdência por que colocam a discussão sobre as mesmas bases", afirmou o ministro da Previdência Nelson Machado
31/01/2007 19:11 A mudança no cálculo da previdência rural vai dar mais transparência para as contas públicas, defende o ministro da Previdência Nelson Machado. “Acho muito importante que tenhamos contas claras sobre previdência por que colocam a discussão sobre as mesmas bases”, afirmou o ministro nesta quarta-feira, após reunião com ex-representantes da pasta para discutir o Fórum Nacional da Previdência Social. A proposta anteriormente apresentada por Nelson Machado é de não computar como despesas da previdência o que o ministro chama de receitas potencias. Essas receitas são as renúncias fiscais que contribuem para o déficit. As renúncias previdenciárias que no ano passado foram de R$ 18 bilhões, deixariam de ser computadas como despesas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e passariam a ser computadas como despesas do Tesouro Nacional. Também contribuiria para reduzir o déficit a entrada dos recursos da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) que soma cerca de R$ 8 bilhões. Machado defende a prestação de contas separadas entre a previdência urbana e rural. No caso da rural onde as contribuições cobrem 11,8% dos gastos, o ministro lembra que ela é encarada como um subsídio coberto pelo Tesouro Nacional já que faz parte da política de proteção social do país e será mantida dessa forma. “Ele não é contributivo da mesma forma que é o urbano, tem uma diferença que é e será coberta pelo Tesouro”. De acordo com ele, em grande parte dos países a previdência rural apresenta déficit. Na Alemanha chega a 55% e na Espanha e Itália é de 50%. Na urbana, é onde estão as receitas que o ministro chama de potencias e afirma que foram renunciadas não por políticas previdenciárias, mas por políticas públicas globais. Nesse caso o ministro cita como um exemplo as renúncias de entidades filantrópicas como hospitais que tem o objetivo de melhorar o atendimento à saúde no país. “Em condições normais todos deveriam contribuir, se não contribui é por que está querendo incentivar aquele setor de saúde, portanto, isso deveria estar contabilizado como despesa da saúde e não ficar pesando no meu déficit”. Segundo o ministro os novos critérios de contabilidade vão permitir diferenciar déficit de investimento social.
Agência Brasil

Valério desiste de delação premiada e dificulta ação da PF

BRASÍLIA - O empresário Marcos Valério Fernandes de Souza voltou atrás no acordo de delação premiada que seus advogados negociaram com a Polícia Federal e o Ministério Público, recusando-se ontem a colaborar no inquérito que investiga o chamado valerioduto mineiro. Mesmo assim, o inquérito está sendo concluído pelo delegado Luiz Flávio Zampronha para ser enviado possivelmente ainda esta semana ao Supremo Tribunal Federal (STF).
O esquema teria sido montado pelo empresário para financiar a campanha de políticos do PSDB de Minas em 1998, entre os quais a do ex-presidente do partido, senador Eduardo Azeredo, ao governo do estado. Uma das principais conclusões da PF é de que houve uso de dinheiro público no esquema. As investigações levantaram evidências de que Valério cometeu crimes de peculato e lavagem de dinheiro, mas a PF decidiu não fazer indiciamentos nesta fase, deixando para o MP a responsabilidade de oferecer denúncia contra o empresários e os demais acusados.
De novo visual - com cabelos pretos rodeando a careca e óculos escuros para disfarçar os traços marcantes -, Valério conversou por mais de duas horas com Zampronha, mas se manteve irredutível na decisão de não colaborar. Tratado com deferência, ele entrou e saiu pela garagem privativa das autoridades da PF, evitando a imprensa. Livre da antiga imagem, marcada pela cabeça raspada à máquina zero, ele não foi reconhecido sequer no aeroporto, nem incomodado por populares no tempo que circulou em Brasília.
A expectativa da PF era que, livre de indiciamento, Valério colaborasse com pistas valiosas sobre a origem do dinheiro e o envolvimento dos políticos mineiros no esquema, em troca de benefícios jurídicos e redução da possível pena futura. Valério já foi denunciado pelo Ministério Público por participação no caso do mensalão federal e no caixa 2 que beneficiou políticos do governo petista. No caso do valerioduto mineiro, ele é investigado como suspeito nos crimes de peculato (desvio de dinheiro público) e lavagem de dinheiro (transformar em ativos com origem aparentemente legal dinheiro ganho ilegalmente, fruto, por exemplo, de corrupção).
No rastreamento financeiro realizados pela PF, os investigadores conseguiram detalhar a origem do dinheiro que teria sido utilizado para pagar campanhas eleitorais. Os elementos reunidos reforçam as evidências de que a verba, no caso do valerioduto mineiro, saiu dos cofres públicos de Minas.
A CPI dos Correios revelou que, em 1998, Marcos Valério tomou dois empréstimos junto ao Banco Rural no total de R$ 11,3 milhões. Segundo o próprio empresário, os empréstimos teriam sido feitos a pedido do então tesoureiro da campanha de Azeredo, Cláudio Mourão.
A CPI identificou R$ 1,6 milhão em repasses via DOC ou depósitos em dinheiro para 82 políticos ou pessoas ligadas à campanha da coligação tucana naquele ano. Ao mesmo tempo, as empresas de Valério receberam dinheiro decorrente de contratos de publicidade com o governo de Minas. Estatais como a Companhia Mineradora de Minas Gerais (Comig) e a Companhia de Saneamento de Minas (Copasa) pagaram pelo menos R$ 3 milhões à SMP&B, pertencente a Valério, por conta de serviços de publicidade em eventos esportivos.
A PF aprofundou as investigações sobre o destino das movimentações a partir da quitação dos dois empréstimos, feita por Valério em agosto de 1998 e abril de 2003. Com isso, foi possível fechar o circuito percorrido pelo dinheiro até seu destino final.
Fonte: Tribuna da Imprensa

Delegado admite que não há provas contra viúva

Apesar de a polícia ter indiciado a ex-cabeleireira Adriana Almeida, de 29 anos, como principal suspeita do assassinato de seu ex-marido, o milionário da Mega Sena René Senna, o promotor de Justiça responsável pelo inquérito, Guilherme Macabu Semeghini, admitiu ontem que "não possui elementos suficientes para oferecer eventual denúncia contra ela".
Na quarta-feira, chefe de Polícia Civil, Gilberto Rodrigues, afirmou que era certa a participação de Adriana no crime, faltando esclarecer em que grau isto teria ocorrido.Macabu deixou claro que no inquérito ainda "não existem provas suficientes para que possamos identificar os executores do crime, mas apenas indícios da participação de algumas pessoas na empreitada criminosa".
A polícia, a procuradoria e a juíza do município de Rio Bonito, Renata Gil de Alcântara, não revelam quem são as quatro pessoas suspeitas cujas prisões temporárias foram decretadas junto com a de Adriana, levada para o presídio na tarde de quarta-feira. Informações que circulam entre policiais do Rio falam de ex-seguranças do milionário - soldados PMs e do Corpo de Bombeiros - que teriam sido cooptados pela viúva suspeita de ser mandante do crime.
Ontem, a investigação do assassinato, ocorrido no dia 7 de janeiro, no município de Rio Bonito - que tem cerca de 55 mil habitantes e fica a 74 quilômetros da capital - foi transferida da 119ªDP, naquela cidade, para a Delegacia de Homicídios na capital. A justificativa do delegado que presidia a investigação Ademir Oliveira, foram os problemas de saúde que o levaram ao hospital na terça-feira e que lhe exigirão "uma série de exames".
Mais do que o estado de saúde de Oliveira, a transferência da investigação foi provocada pela possível conexão do caso com o assassinato do PM David Vilhena Silva, de 35 anos. Ele foi morto com dois tiros em 4 de setembro, na Estrada das Canárias, Ilha do Governador, Zona Norte. Vilhena era segurança de René Senna e foi chamado mais cedo do que de costume para render seus colegas em Rio Bonito, quando sofreu uma emboscada.
Devido a esta transferência as investigações foram paralisadas ontem. Policiais da 119ª DP se consideravam livres da história, enquanto os da Delegacia de Homicídios diziam que ainda não tinham recebido o inquérito. Não se teve notícias de buscas dos demais suspeitos cujas prisões foram decretadas.
Já a defesa de Adriana esteve na Vara Criminal de Rio Bonito atrás da decisão da juíza Renata Alcântara, para poder impetrar Habeas-Corpus em favor da ex-cabeleireira. Como há quatro mandados de prisão não cumpridos, a juíza só entregou ao advogado Alexandre Dumans a parte relacionada à sua cliente. Ele recorre hoje ao Tribunal de Justiça. Adriana, que foi presa em um hotel cinco estrelas, no qual pagava diária de R$ 343, passou sua primeira noite na carceragem feminina da Polinter, no município de São Gonçalo, no Grande Rio, dormindo em um colchonete velho, ao lado de outras presas e se alimentando de sopa e pão.
Fonte: Tribuna da Imprensa

Os pontos de interrogação

Por: Carlos Chagas

BRASÍLIA - Adiantará o quê, a vitória de Chinaglia, Aldo ou Fruet, hoje, em termos de recuperação da imagem e de afirmação da Câmara dos Deputados como expressão maior do Poder Legislativo?
Para os otimistas, tudo, porque, afinal, os três não possuem os vícios explícitos que marcaram, por exemplo, Severino Cavalcanti. Nem os vícios ocultos do antecessor, João Paulo Cunha.
Não há notícia de que Chinaglia se tenha envolvido num único desvio do mensalão, muito menos no escândalo dos sanguessugas ou no dossiê armado contra José Serra. Se existe no PT um parlamentar íntegro, é o candidato favorito nas eleições desta tarde. Ele rejeitou até insinuações de que patrocinaria projeto de anistia, destinado a restabelecer os direitos políticos de José Dirceu.
Aldo Rebelo tem a seu favor um passado de parlamentar sóbrio, fiel às suas origens marxistas, apesar de ter sido surpreendido diversas vezes apelando para Deus. Nascido e criado como lavrador, em Alagoas, mandou-se para São Paulo e lá conseguiu, além do diploma universitário, sobressair-se na política estudantil e passar dela para a política partidária. Jamais teve outro partido senão o PC do B, foi perseguido pela ditadura e cultivou a ética e a paciência quando ministro da Coordenação Política, primeiro, e presidente da Câmara, depois.
Quanto a Gustavo Fruet, trata-se de uma das melhores expressões da sadia renovação política dos últimos anos. Reeleito pelo PSDB do Paraná sem lançar mão de expedientes, doações e ligações com cabos eleitorais, é daqueles chamados deputados de opinião, que chegam à Câmara sem dever nada a ninguém, exceção do seu eleitorado consciente.
O reverso da medalha
Sob esse aspecto, assim, qualquer dos três que se eleja hoje dispõe de todos os requisitos para levar a Câmara a patamar superior àquele ocupado na Legislatura ontem encerrada, uma das mais lamentáveis da história do Legislativo.
Agora o reverso da medalha. Chinaglia exprime a sede de poder do PT, partido mais do que os outros empenhado em ocupar espaços políticos sem dispor de um projeto nacional ou um plano de governo. Foi o que se viu no primeiro mandato do presidente Lula, constituindo uma injustiça supor que tudo se deveu a desvios de conduta de Dirceu e Delúbios. Se não tivessem respaldo do PT, não teriam chegado aonde chegaram: nas profundezas da corrupção - seja por que motivo for, nenhum maior do que assenhorear-se do poder.
Conseguirá o deputado por São Paulo livrar-se da carga que, de uma forma ou de outra, levará para a presidência da Câmara, mesmo contra as diretrizes iniciais de Lula? Será um líder do governo na presidência da casa ou um aríete interessado em arrombar as novas portas do Planalto, agora erigidas com argamassa de outros partidos? Tudo para o PT, até manter Lula sob tutela?
Aldo Rebelo, quando ministro da Coordenação Política, engoliu sapos do tamanho de elefantes, não sapos barbudos, mas sapos ficando carecas, como José Dirceu. Foi massacrado pelo então chefe da Casa Civil. Recuperou-se, depois da defenestração de Dirceu, recebeu do presidente Lula a compensação, ao se apresentar como candidato do governo à sucessão de Severino Cavalcanti, mas, em termos práticos, seu maior mérito foi ter retirado os holofotes da presidência da Câmara.
Melhor não fazer nada do que fazer bobagens, deve ter sido o seu lema. Escorregou quando encampou a esdrúxula tese do reajuste de 91% para parlamentares, tendo recuado a tempo, mas saiu respingado.
Já Gustavo Fruet aparece como uma revelação ainda não completada, índio no meio dos caciques do PSDB. Ou andorinha esvoaçando sobre o ninho dos grão-tucanos. Terá condições de superar a condescendência de FHC, Serra, Tasso, que se consideram donos do partido e mestres cujas lições devem ser executadas sem ponderações? Pertence ao grupo renovador do PSDB, mas disporá de sangue frio e experiência para rejeitar tutelas? E, sendo do Paraná, como enfrentará os paulistas?
Se for para exaltar qualidades dos candidatos, há material suficiente. Mas se for para cultivar dúvidas, encontraremos prateleiras cheias. As eleições de hoje estão em escala ética bem superior às de dois anos atrás. Não há fisiologismo nem gaiatice. Mas, sim, pontos de interrogação.

quarta-feira, janeiro 31, 2007

Viúva do ganhador da Mega-Sena é presa após escutas telefônicas

A cabeleireira Adriana Almeida, 29 anos, viúva de Renné Senna, 54 anos, o ganhador da Mega-Sena assassinado, foi presa um hotel em Camboinhas, Niterói (RJ). Ela é suspeita de envolvimento na morte do ex-marido, que ficou milionário em 2005. A prisão de Adriana foi pedida com base na investigação do crime e em escutas analisadas pelos policiais. A juíza Renata Gil, da 2ª Vara Criminal de Rio Bonito, que decretou a prisão de Adriana, também determinou o bloqueio da conta conjunta que a viúva mantinha com Renné, e da pessoal. Outras pessoas também tiveram o pedido de prisão decretado, mas os nomes não foram divulgados pela juíza, pois isso poderá atrapalhar o cumprimento dos mandados de prisão. Após a prisão, a viúva foi levada ao Instituto Médico-Legal para fazer exame de corpo de delito e, em seguida, passou na Polinter do Centro para assinar o mandado de prisão temporária. Durante todo o trajeto, Adriana permaneceu algemada e chorou muito. Ao sair da Polinter, a viúva foi levada para a carceragem feminina da 72ª DP (Centro de São Gonçalo), onde mais de 200 pessoas gritavam do lado de fora da delegacia. “Vagabunda, vagabunda, vagabunda”, berravam. Em seguida, ela foi transferida para a Delegacia de Homicídios, no centro do Rio. “Sou inocente”, disse ela, que evitou comentar detalhes sobre a prisão. Renné Senna foi assassinado dia 7 de janeiro em Rio Bonito (RJ), onde morava com Adriana em uma fazenda. O delegado Ademir de Oliveira, que investiga o caso, descobriu dois supostos amantes de Adriana. O primeiro caso extraconjugal de Adriana veio à tona na noite de sábado, quando o motorista de transporte alternativo Robson de Andrade Oliveira, 25 anos, confessou ter tido um caso com ela por seis meses há três anos e reatado em setembro do ano passado. O segundo namorado seria um policial militar que trabalha como segurança na fazenda onde o casal morava. Em depoimento, ele teria negado o envolvimento com Adriana. De acordo com o delegado, a descoberta dos dois casos extraconjugais foi o motivo para o pedido de prisão temporária, por 30 dias. O prazo ainda pode ser prorrogado por mais 30 dias, de acordo com Oliveira. O objetivo da prisão é impedir que a viúva fuja ou acabe atrapalhando as investigações. O advogado de defesa de Adriana, Alexandre Dumans, deve entrar na Justiça nas próximas horas solicitando um habeascorpus. Nesta manhã, o delegado Oliveira, que está na capital fluminense, passou mal, possivelmente pela alta carga de trabalho que vem tendo desde o início das investigações. Ele foi medicado e liberado em seguida.
Fonte: Tribuna da Bahia

Excesso de velocidade e de lotação mata seis

Por Priscila Melo
Seis pessoas morreram na BR-101 em acidentes diferentes, porém com características parecidas, como o excesso de velocidade e a quantidade de passageiros além da capacidade. Ao todo, nove pessoas ficaram feridas, sendo que quatro delas em estado grave. Em um dos acidentes, um veículo Marajó, placa JMN 0259, Bahia, capotou após o condutor, que trafegava em alta velocidade e com nove pessoas a bordo, perder a direção. A tragédia aconteceu entre os municípios de São Gonçalo e Conceição da Feira, no Km 197, na altura da Usina Hidrelétrica Pedra do Cavalo. Todos os passageiros foram projetados para fora do veículo e quatro pessoas morreram na hora, três adultos e uma criança. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que todos os ocupantes do carro estavam sem cinto de segurança. O condutor Raimundo Freitas da Silva Santos, 68 anos, e os passageiros Romário Costa Conceição, 29, Tiago Alexandrino Conceição, 11, Tatiana Alexandrino Conceição, 12, e Gledson Alexandrino Santos, 17, tiveram ferimentos leves e foram encaminhados ao Hospital de São Félix. Flávio Gonçalves Alexandrino, 70, Jailton do Carmo Silva Júnior, 20 , Aurelice Silva Souza, 69 e João Pedro de Jesus Lima não resistiram ao impacto e morreram. Horas depois, a uma distância de 10 quilômetros do local, aconteceu outra tragédia. No Km 187, uma colisão frontal deixou dois mortos e quatro gravemente feridos. A Polícia Rodoviária Federal informou que um ônibus de placa de Salvador tentou fazer uma ultrapassagem em local proibido e se chocou contra um Palio de placa JOG 3125, Bahia, que fazia transporte de pacientes da cidade de Elísio Medrado para Salvador. Assim como no acidente anterior, o Palio também trafegava com lotação acima da capacidade de passageiros: seis pessoas. Morreram no local o condutor, Francisco Cardoso de Oliveira, e o passageiro Gilvandro Barnabé Bitencourt. Os outros quatro passageiros, Maria Aparecida de Jesus, 32, Carlos Eduardo de Jesus, 2, Graciete Barreto Bitencourt, 40, e Elizete Barreto Lima, 36, ficaram gravemente feridos e foram encaminhados ao Hospital de São Félix. Apesar de o ônibus ter provocado o acidente com a ultrapassagem, a polícia Rodoviária Federal do Posto de Humildes, onde o caso foi registrado, lembrou que outros fatores também ocasionaram o acidente e aumentaram a gravidade, como o fato de todos os passageiros do veículo estarem sem o cinto. Ou seja, nos dois a cidentes houve imprudência dos condutores e passageiros.
Ação preventiva da polícia evita assalto a banco
; Um assalto ao Banco do Brasil planejado para ontem, em Iramaia, na microrregião de Jequié, no Centro-Sul do Estado, sob o comando do conhecido bandido Clênio Dias da Silva, foi evitado pela polícia baiana graças ao trabalho feito pelos policiais da Superintendência de Inteligência da Secretaria da Segurança Pública. Com o apoio do Centro de Operações Especiais (COE) da Polícia Civil e da Companhia Especial da Região Cacaueira (Caerc) da Polícia Militar, foi descoberta no último domingo, dia 28, numa fazenda no município de Coaraci, a quadrilha, integrada por cinco pessoas. Na oportunidade, “Clênio”, autor de dezenas de assaltos a bancos e de seqüestros, foi preso, além de apreendidos uma caminhonete Hilux – roubada uma semana antes em Catu para utilização no assalto – camisas da Polícia Federal, dois ímãs com logomarca da PF para serem colocados no veículo, um giroflex e um rádio de comunicação da Polícia Militar, material que tinha como objetivo dificultar a ação policial. Interrogado, “Clênio” prestou informações que serviram para elucidar diversos crimes cometidos na Bahia e em outros estados nordestinos, como os vizinhos Sergipe e Alagoas. A Superintendência de Inteligência contou também com a ajuda de um helicóptero da PM no trabalho de busca – que ainda continua na região – dos quatro outros bandidos que fugiram pela mata que cercava o esconderijo da quadrilha. Esta ação, segundo ressaltou o secretário da Segurança, Paulo Bezerra, demonstra a importância do trabalho de inteligência e de integração das polícias Civil e Militar no combate ao crime, notadamente no enfrentamento às quadrilhas de assaltos a bancos, cargas e tráfico de drogas. “Utilizaremos, sempre que forem necessários, todos os meios disponíveis, inclusive equipamentos de última geração na área de investigação policial, além de helicópteros e policiais de grupos especiais”, afirmou.
Fonte: Tribuna da Bahia

Filhos de olho grande no dinheiro do aposentado

Por: Lilian Machado
Motivados pela apropriação indevida do dinheiro de uma pensão ou aposentadoria, cada vez mais, filhos e parentes maltratam e negligenciam idosos em Salvador. O caso do primeiro flagrante de cárcere privado com a idosa Elenita Fagundes dos Santos, 84 anos, no bairro de Canabrava, é apenas mais um, entre as milhares de denúncias de maus tratos contra idosos que chegam à Delegacia do Idoso, nos Barris. De julho de 2006 até este ano foram registradas 1.200 ocorrências de violência e constrangimento contra idosos na capital. A chegada da velhice que supostamente significaria o período de tranqüilidade tem se transformado em um tormento para alguns idosos. De olho nos benefícios, parentes e até mesmo filhos deixam idosos em condições desumanas. Esse foi o caso da aposentada Elenita que era mantida em cárcere privado pela própria filha Clarice dos Santos Batista. Segundo testemunhas, Clarice e o marido Raimundo Conceição Moreira estavam desempregados e se sustentavam com os R$ 2 mil de aposentadoria e pensão recebidos pela idosa. De acordo com a delegada assistente da Delegacia do Idoso, Susy Brandão, há declarações de que eles andavam curtindo, inclusive nas festas de fim ano e nos freqüentes passeios à praia, enquanto a aposentada permanecia trancada em casa, sem comida e cama para dormir. “É lamentável, pois eles que devem ter cuidado não têm”, enfatiza. Clarice que foi autuada em flagrante pela delegada titular Márcia Telma está custodiada na Delegacia de Homicídios, onde permanece à disposição da Justiça. Conforme a delegada assistente, Raimundo Moreira será investigado e a Delegacia tem até dez dias, a partir do flagra para entregar o inquérito policial à Justiça.
Família é a culpada
Somente este ano já foram centenas de denúncias, incluindo como principais: cinco casos de abandono, 69 lesões corporais, 30 de apropriação indébita, 44 de perturbação a tranqüilidade, 28 de estelionato, 65 de constrangimento, 82 de injúrias e 300 ameaças. A delegada Susy Brandão confirma que a maioria dos maus tratos e da apropriação indébita do dinheiro do idoso são praticados por alguém da família. “Eles próprios dificultam a investigação”, diz, enfatizando que há muitas denúncias, mas poucas viram flagrantes, já que as famílias impedem. Segundo Brandão, é comum famílias motivadas pela ganância brigarem para ficar com o idoso. “Raros são os casos de parentes que querem ficar com a pessoa para realmente cuidar bem dela”, afirma, lembrando a história de duas irmãs que entram constantemente em conflito para ficarem com a guarda da genitora. “Tem uma pessoa que aparenta desequilíbrio e que liga todos os dias acusando a irmã de maltratar a mãe. Vamos investigar essa situação”, completa. A promotora do Ministério Público (MP), Itana Viana, destaca que não há política pública efetiva para o idoso na Bahia. “A área social da administração do município e do estado ainda não se manifestaram em situações como essa. Não existe política de abrigamento dos idosos que precisam de acompanhamento social e de espaços de convivência para atividades lúdicas que os mantenham em situação saudável. Há necessidade de uma política de proteção para compensar as deficiências naturais da idade”, ressalta. Segundo a promotora, o MP ainda não está atuando no caso da aposentada Elenita Fagundes dos Santos, “mas caso haja necessidade, o órgão irá prestar amparos à idosa, como atendimento de saúde e abrigo fora do ambiente em que ela morava” . Ela diz ainda que muitas denúncias de agressão contra idosos têm chegado ao MP. “Houve até o caso de um filho que deixava o pai preso em um quarto e com um cão de raça agressiva na porta. Nesse casos a pessoa é processada e entra-se em acordo para que o idoso fique aos cuidados de um outro parente”, explica. O Estatuto do Idoso lançado em 2003 surgiu como um avanço para a Constituição Brasileira. A Lei 10.741 fixa os direitos dos idosos e determina penas para o abandono, agressões físicas, apropriação indébita, entre outras práticas consideradas crimes. (Por Lilian Machado)
Garantido o fornecimento de água no Litoral Norte e ilha
As populações do Litoral Norte e da Ilha de Itaparica voltaram a ter fornecimento regular de água, depois de uma semana com problemas. Na Ilha, a falta de água foi resultado apenas de problemas técnicos, que já foram solucionados. Já no Litoral Norte, as medidas adotadas pela Embasa devem garantir o abastecimento durante este verão, enquanto é concluído um projeto mais definitivo, cujas obras serão realizadas no decorrer de 2007. Segundo o superintendente de Operações da Embasa para a região metropolitana, Rogério Cedraz, o projeto definitivo compreende a perfuração de mais dois poços e o reforço de adutoras, o que deve atingir os R$4 milhões. “Com certeza, até o verão de 2008 estas obras terão resolvido definitivamente o problema de abastecimento em todo o Litoral Norte”, garantiu. Cedraz afirmou que o Litoral Norte é dividido em dois sistemas, chamados Orla Norte e Orla Sul. “O Norte, que atende da região de Imbassaí até Jacuípe, acabou de receber uma ampliação definitiva e está operando há cerca de um mês. Agora estamos fazendo o estudo para a ampliação do Orla Sul, que pega de Abrantes até Arembepe, onde foram desenvolvidos alguns trabalhos de emergência para minimizar os problemas sucessivos que vêm acontecendo nesta região”. Segundo ele, durante esta semana, no Litoral Norte, está sendo recuperada uma bomba que apresentou defeito e outra bomba nova está sendo instalada, para aumentar a vazão do sistema de Machadinho, que abastece a região. “Assim, além de recuperar os 20% que estavam deixando de ser abastecidos, estamos aumentando mais 10% no fornecimento de água”, contabilizou. Outra ação que está sendo implementada é a interligação de Lauro de Freitas a Busca Vida, Vila do Joanes e Abrantes. “Com isso, a gente reduz as vazões necessárias e melhora a oferta de água”, afirmou. Ele disse que já foi assentada boa parte das tubulações e a obra deve estar pronta antes do Carnaval. Na Ilha de Itaparica, os problemas apresentados durante a semana passada não demandam ampliação do sistema de abastecimento, informou o superintendente de Operações da Região Sul da Embasa, Luiz Sampaio. “Foi apenas uma variação de tensão que causou danos nos equipamentos, que já estão consertados”, falou.
Fonte: Tribuna da Bahia

Oposição apóia Jurandy Oliveira

Reunida durante mais de cinco horas, a bancada da oposição na Assembléia Legislativa decidiu, ontem, que irá apoiar a candidatura do deputado Jurandy Oliveira (PDT) à presidência da Casa, na eleição que ocorre na sexta-feira. Pelo placar de 14 a nove, foram vencidos os deputados que defenderam a composição com o candidato do governo, o deputado Marcelo Nilo (PSDB). Mesmo assim, a oposição se reunirá com o tucano e com a liderança da maioria para exigir os três cargos na Mesa Diretora aos quais tem direito, inclusive a segunda cadeira mais importante do colegiado: a primeira secretaria.
“Os partidos da oposição – PFL, PP, PR, PRP e PTN –, decidiram que não terão candidato próprio e que irão votar em bloco na candidatura de Jurandy Oliveira, que é do PDT, partido da base do governo. Vamos sentar, agora, para negociar com o candidato do governo os cargos na Mesa, até porque não estamos lançando nome próprio e temos direito à proporcionalidade. Estamos apoiando o nome avulso de um partido do bloco do governo”, disse o deputado Paulo Azi (PFL), que coordenou a reunião.
Ele informou que PFL, PP (que formou um bloco com o PRP, com sete parlamentares) e PR (que se uniu ao PTN, compondo um bloco com seis deputados) negociarão cargos na Mesa Diretora. Caberá ao PFL, maior partido na Casa, a escolha da cadeira mais importante depois da presidência. “Vamos definir qual será esse cargo”, afirmou Azi. Se não for a primeira secretaria, cobiçada pelo PT e PMDB, os pefelistas deverão ficar com a primeira vice-presidência, posto já oferecido à oposição por Marcelo Nilo.
Azi disse que, apesar de contar atualmente com 27 votos, acredita na vitória de Jurandy Oliveira. “A eleição é secreta e vemos parlamentares insatisfeitos na bancada do governo. Tudo pode acontecer”, frisou. Para vencer a eleição, em um colegiado de 63 deputados, o candidato terá que obter 32 votos. Na reunião, o deputado Roberto Muniz (PP) abriu mão da candidatura, “em um gesto grandioso, que visou principalmente a união do grupo político”, avaliou Azi. O deputado Elmar Nascimento (PR) não se colocou como candidato, como havia feito em reunião na semana passada – ocasião em que a oposição havia decidido que lançaria candidatura própria –, e lutou abertamente pela composição com Marcelo Nilo. O comportamento de Elmar Nascimento foi seguido pela maioria dos deputados do PR.
“Temos o direito de ter candidato. Não podemos aceitar as ameaças de retaliação de Marcelo Nilo”, rebateu o deputado Tarcízio Pimenta (PFL), a favor do bate-chapa. Ele disse que o tucano ameaçou retirar cargos de parlamentares da oposição na Casa, caso houvesse o confronto.
A reunião foi tensa e longa por conta das discussões entre o grupo que defendia a composição e o que apoiava a candidatura de Jurandy Oliveira, presente ao encontro. O PP chegou a trabalhar com as duas possibilidades. O deputado progressista Luiz Argolo chegou a se colocar como interlocutor do partido junto a Marcelo Nilo, em caso de composição.
Os deputados Carlos Gaban (PFL) e Gilberto Brito (PR) não compareceram à reunião, mas foram consultados por telefone e defenderam o apoio a Jurandy Oliveira, que sinalizou que disputaria a presidência mesmo sem o apoio oficial da oposição. O PFL também decidiu que irá convidar os deputados Reinaldo Braga e Paulo Câmera, que aderiram ao novo governo, para se desfiliarem da sigla. Caso contrário, poderão ser expulsos.
Ontem, Marcelo Nilo disse que garantiria a proporcionalidade na composição da Mesa Diretora da Assembléia. Ele afirmou ainda que oferecerá à oposição a indicação do ouvidor da Casa e de um diretor. Na Mesa, os cargos que pretende oferecer são a primeira vice-presidência e segunda e terceiras secretariais. Ele não anunciou a chapa ontem por conta da reunião da oposição. O tucano afirmou que só anunciará a chapa no dia da eleição.
Fonte: Correio da Bahia

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