Em reunião realizada nesta quinta-feira, dia 25, entre representantes do Ministério Público Estadual, através da Curadoria do Consumidor, e o Procon Estadual, foi definida a realização do boicote aos postos de combustível já a partir desta sexta-feira (26). Na ocasião ficou decidido que os consumidores devem abastecer apenas nos postos de bandeira das distribuidoras Ello e Ipiranga.
O curador do Consumidor, Demétrius Cruz, informou que a realização do boicote foi definida após os órgãos de defesa do consumidor avaliar que as distribuidoras repassem a gasolina aos postos com uma variação de R$ 2,14 a R$ 2,22.
Isso significa aque os donos dos postos estão tendo um lucro de até 30%. O preço considerado "aceitável" seria de R$ 2,64, o litro. Se isso ocorresse, o consumidor economizaria em média R$ 0,10 por litro.Já o coordenador do Procon Estadual, Odon Bezerra, relatou que os preços praticados pelos postos de João Pessoa estão muito acima dos verificados no interior do Estado.
O Conselho de Estudantes vai distribuir panfletos de orientação á população com a relação de postos indicados pelo Procon e pelo MP. A distribuição deve começar na próxima segunda-feira (29).
Demetrius informou que ao longo da campanha de boicote, os postos que reduzirem o preço terão o nome publicado pelos órgãos de Defesa ao Consumidor.
Fonte: Jornal do Norte online
Certificado Lei geral de proteção de dados
terça-feira, janeiro 30, 2007
Adoçantes e bebidas light podem ser prejudiciais à saúde
O alerta é do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor. É preciso atenção ao usar adoçantes. Substâncias como os edulcorantes e o ciclamato sódico, presentes em todos produtos dietéticos, podem comprometer a saúde do consumidor, provocando alterações genéticas e atrofia dos testículos.
As embalagens não trazem informações importantes, como por exemplo, o limite de consumo. Portanto, ao não informar o índice de Ingestão Diária Aceitável, os fabricantes de adoçantes e produtos diets e lights ferem o código de defesa do consumidor.
O ciclamato sódico, por exemplo, é contra-indicado também para hipertensos e portadores de problemas renais. No Brasil, ele é encontrado em vários refrigerantes, como Coca-Cola Light e Lemon, Sprite Zero, Dolly Guaraná Diet, Guaraná Diet e Soda Limonada Diet da Antarctica, entre outros.
Consultar um médicoPesquisas revelam que 35 por cento das famílias brasileiras consomem algum tipo de produto light ou diet, sendo os mais freqüentes adoçantes, refrigerantes e sucos. Quem tem o hábito de usar adoçantes deve consultar um médico quanto à utilização, principalmente as gestantes.
Também é importante calcular sua ingestão diária para cada edulcorante, conforme a fórmula apresentada, jamais ultrapassando a Ingestão Diária Aceitável recomendada para cada uma dessas substâncias.
Outra dica para o consumidor é diversificar o uso desses produtos como forma de evitar reações adversas decorrentes de possíveis acúmulos no organismo, além de dar preferência às marcas de alimentos e adoçantes que informam as quantidades de edulcorantes utilizadas. Fonte: Site Patrociniohoje
As embalagens não trazem informações importantes, como por exemplo, o limite de consumo. Portanto, ao não informar o índice de Ingestão Diária Aceitável, os fabricantes de adoçantes e produtos diets e lights ferem o código de defesa do consumidor.
O ciclamato sódico, por exemplo, é contra-indicado também para hipertensos e portadores de problemas renais. No Brasil, ele é encontrado em vários refrigerantes, como Coca-Cola Light e Lemon, Sprite Zero, Dolly Guaraná Diet, Guaraná Diet e Soda Limonada Diet da Antarctica, entre outros.
Consultar um médicoPesquisas revelam que 35 por cento das famílias brasileiras consomem algum tipo de produto light ou diet, sendo os mais freqüentes adoçantes, refrigerantes e sucos. Quem tem o hábito de usar adoçantes deve consultar um médico quanto à utilização, principalmente as gestantes.
Também é importante calcular sua ingestão diária para cada edulcorante, conforme a fórmula apresentada, jamais ultrapassando a Ingestão Diária Aceitável recomendada para cada uma dessas substâncias.
Outra dica para o consumidor é diversificar o uso desses produtos como forma de evitar reações adversas decorrentes de possíveis acúmulos no organismo, além de dar preferência às marcas de alimentos e adoçantes que informam as quantidades de edulcorantes utilizadas. Fonte: Site Patrociniohoje
segunda-feira, janeiro 29, 2007
RAIO LASER
Sem consenso
Presidente regional do PMDB, o deputado federal Geddel Vieira Lima jogou a toalha com relação à possibilidade de construção de um consenso para a sucessão da União das Prefeituras da Bahia (UPB), cujos candidatos mais competitivos são um pefelista, Orlando Santiago, e um petista, Carlos Brasileiro.
Resultado
O líder peemedebista deve confirmar sua posição em reunião que realiza hoje com a comissão formada pelos cinco prefeitos peemedebistas designados pelo partido para conversar com Orlando Santiago e Carlos Brasileiro e buscar uma saída que evitasse o bate-chapa.
Daqui não saio
Nas conversas que manteve com os principais candidatos à presidência da UPB a comissão de prefeitos peemedebistas pode constatar que remover a candidatura do petista Carlos Brasileiro era mais difícil do que empurrar vaca atolada no brejo. Detalhes do encontro devem ser relatados hoje ao presidente Geddel Vieira Lima.
Liberou geral
Com o fracasso das conversas em torno de um candidato de consenso para a sucessão na UPB, dificilmente o PMDB marchará em bloco para este ou aquele candidato. O mais provável é que a direção da legenda, numa atitude de respeito aos compromissos assumidos pelos seus gestores, libere-os para votar em quem acharem melhor.
MST I
O governador Jaques Wagner prestigiou a reunião da Confederação Nacional do MST, realizada ontem, durante todo o dia, no Clube Recreativo Campomar, da qual participaram ainda o presidente regional do PT, Marcelino Galo, o secretário estadual Valmir Assunção e o líder petista Yulo Oiticica.
MST II
Além de Jaques Wagner, prestigiaram o evento do MST o senador eleito João Durval (PDT), o secretário estadual Rui Costa (Relações Institucionais) e o deputado federal petista Sérgio Carneiro. Todos se derreteram nas conversas com João Pedro Stédile, uma das lideranças do Movimento no País.
Pedra no sapato I
Com grandes chances de ser escolhido candidato da oposição à presidência da UPB, caso Jurandy Oliveira (PDT) não assegure votos dos pedetistas ao seu nome, o deputado Roberto Muniz (PP) precisará remover um obstáculo na corrida sucessória: o correligionário Elmar Nascimento, do PR.
Pedra no sapato II
A correligionários, Elmar Nascimento já teria anunciado que não há quem o faça retirar sua candidatura a presidente da Assembléia Legislativa em favor de nenhum outro nome da ala oposicionista, cenário que se constitui numa grande probabilidade de disputa interna no âmbito das oposições na Assembléia.
CURTAS
* Tributo - Num exemplo inédito de rio que corre para o próprio leito, a polêmica e milionária exposição de rua do baiano Sérgio Guerra, intitulada Salvador Negroamor, pretensamente um tributo à raça negra da capital baiana, é composta também de um livro que pode ser adquirido a R$ 40 e é revertido para a ONG que cuida do trabalho. Com patrocínio de instituições públicas como a Petrobras, até há cerca de três semanas atrás a ONG não havia colocado o nome da estatal no site que também divulgava a exposição. * Recompensado - Aliado de primeira hora do governador Jaques Wagner (PT), o ex-deputado Eujácio Simões (PR) assumiu posto importante na estrutura da Secretaria de Agricultura do Estado, numa atitude clara de reconhecimento à ala do Partido Republicano que se aliou ao candidato do PT na campanha. . * Distante e meio - Depois de se esmerar na campanha de Jurandy Oliveira (PDT) à presidência da Assembléia Legislativa, dificilmente Maurício Trindade (PR), deputado estadual eleito federal, vai conseguir abrir ponte de contato com o novo governo, advertem petistas atentos ao movimento do parlamentar na Casa. * Fantasma - Valdir Gomes Barbosa, delegado baiano envolvido no rumoroso caso dos grampos no governo passado, não assumirá o comando do Depin, conforme anunciado na semana passada. Ao tomar conhecimento da notícia, o governador Jaques Wagner mandou suspender a designação. * Destaque - Conhecido após o episódio em que o deputado federal ACM Neto recebeu uma facada, o delegado titular da Pituba, Wilson Gomes, está sendo agora alvo de homenagens da comunidade local. Uma comissão de moradores do bairro prepara abaixo-assinado solicitando sua permanência no cargo, em reconhecimento "à sua competência e ao bom relacionamento com a sociedade". * Segundo turno - A entrada do tucano Gustavo Fruet (PR) na briga pelo comando da Câmara pulverizou os votos e deve empurrar a disputa, na quinta-feira, para o segundo turno. O candidato do PT, Arlindo Chinaglia (SP), desponta à frente dos adversários Aldo Rebelo (PCdoB-SP) e Fruet, segundo enquete com 416 dos 513 deputados (81%), mas não tem apoio para vencer no primeiro turno da eleição. Chinaglia obteve 174 votos (41,8%), seguido por Aldo, com 113 (27,2%), e Fruet, com 80 (19,2%). Para se eleger será necessário atingir a maioria absoluta de 257 votos - metade dos deputados mais um. No segundo turno vale maioria simples. * Shopping - O prefeito de Salvador, João Henrique Carneiro, compareceu ao café da manhã do Salvador Shopping, quando o presidente do Grupo JCPM, João Carlos Paes Mendonça, entregou aos lojistas os espaços comerciais para instalação de suas unidades. Na oportunidade, o prefeito parabenizou o empresário pelo empreendimento.
Fonte: Tribuna da Bahia
Presidente regional do PMDB, o deputado federal Geddel Vieira Lima jogou a toalha com relação à possibilidade de construção de um consenso para a sucessão da União das Prefeituras da Bahia (UPB), cujos candidatos mais competitivos são um pefelista, Orlando Santiago, e um petista, Carlos Brasileiro.
Resultado
O líder peemedebista deve confirmar sua posição em reunião que realiza hoje com a comissão formada pelos cinco prefeitos peemedebistas designados pelo partido para conversar com Orlando Santiago e Carlos Brasileiro e buscar uma saída que evitasse o bate-chapa.
Daqui não saio
Nas conversas que manteve com os principais candidatos à presidência da UPB a comissão de prefeitos peemedebistas pode constatar que remover a candidatura do petista Carlos Brasileiro era mais difícil do que empurrar vaca atolada no brejo. Detalhes do encontro devem ser relatados hoje ao presidente Geddel Vieira Lima.
Liberou geral
Com o fracasso das conversas em torno de um candidato de consenso para a sucessão na UPB, dificilmente o PMDB marchará em bloco para este ou aquele candidato. O mais provável é que a direção da legenda, numa atitude de respeito aos compromissos assumidos pelos seus gestores, libere-os para votar em quem acharem melhor.
MST I
O governador Jaques Wagner prestigiou a reunião da Confederação Nacional do MST, realizada ontem, durante todo o dia, no Clube Recreativo Campomar, da qual participaram ainda o presidente regional do PT, Marcelino Galo, o secretário estadual Valmir Assunção e o líder petista Yulo Oiticica.
MST II
Além de Jaques Wagner, prestigiaram o evento do MST o senador eleito João Durval (PDT), o secretário estadual Rui Costa (Relações Institucionais) e o deputado federal petista Sérgio Carneiro. Todos se derreteram nas conversas com João Pedro Stédile, uma das lideranças do Movimento no País.
Pedra no sapato I
Com grandes chances de ser escolhido candidato da oposição à presidência da UPB, caso Jurandy Oliveira (PDT) não assegure votos dos pedetistas ao seu nome, o deputado Roberto Muniz (PP) precisará remover um obstáculo na corrida sucessória: o correligionário Elmar Nascimento, do PR.
Pedra no sapato II
A correligionários, Elmar Nascimento já teria anunciado que não há quem o faça retirar sua candidatura a presidente da Assembléia Legislativa em favor de nenhum outro nome da ala oposicionista, cenário que se constitui numa grande probabilidade de disputa interna no âmbito das oposições na Assembléia.
CURTAS
* Tributo - Num exemplo inédito de rio que corre para o próprio leito, a polêmica e milionária exposição de rua do baiano Sérgio Guerra, intitulada Salvador Negroamor, pretensamente um tributo à raça negra da capital baiana, é composta também de um livro que pode ser adquirido a R$ 40 e é revertido para a ONG que cuida do trabalho. Com patrocínio de instituições públicas como a Petrobras, até há cerca de três semanas atrás a ONG não havia colocado o nome da estatal no site que também divulgava a exposição. * Recompensado - Aliado de primeira hora do governador Jaques Wagner (PT), o ex-deputado Eujácio Simões (PR) assumiu posto importante na estrutura da Secretaria de Agricultura do Estado, numa atitude clara de reconhecimento à ala do Partido Republicano que se aliou ao candidato do PT na campanha. . * Distante e meio - Depois de se esmerar na campanha de Jurandy Oliveira (PDT) à presidência da Assembléia Legislativa, dificilmente Maurício Trindade (PR), deputado estadual eleito federal, vai conseguir abrir ponte de contato com o novo governo, advertem petistas atentos ao movimento do parlamentar na Casa. * Fantasma - Valdir Gomes Barbosa, delegado baiano envolvido no rumoroso caso dos grampos no governo passado, não assumirá o comando do Depin, conforme anunciado na semana passada. Ao tomar conhecimento da notícia, o governador Jaques Wagner mandou suspender a designação. * Destaque - Conhecido após o episódio em que o deputado federal ACM Neto recebeu uma facada, o delegado titular da Pituba, Wilson Gomes, está sendo agora alvo de homenagens da comunidade local. Uma comissão de moradores do bairro prepara abaixo-assinado solicitando sua permanência no cargo, em reconhecimento "à sua competência e ao bom relacionamento com a sociedade". * Segundo turno - A entrada do tucano Gustavo Fruet (PR) na briga pelo comando da Câmara pulverizou os votos e deve empurrar a disputa, na quinta-feira, para o segundo turno. O candidato do PT, Arlindo Chinaglia (SP), desponta à frente dos adversários Aldo Rebelo (PCdoB-SP) e Fruet, segundo enquete com 416 dos 513 deputados (81%), mas não tem apoio para vencer no primeiro turno da eleição. Chinaglia obteve 174 votos (41,8%), seguido por Aldo, com 113 (27,2%), e Fruet, com 80 (19,2%). Para se eleger será necessário atingir a maioria absoluta de 257 votos - metade dos deputados mais um. No segundo turno vale maioria simples. * Shopping - O prefeito de Salvador, João Henrique Carneiro, compareceu ao café da manhã do Salvador Shopping, quando o presidente do Grupo JCPM, João Carlos Paes Mendonça, entregou aos lojistas os espaços comerciais para instalação de suas unidades. Na oportunidade, o prefeito parabenizou o empresário pelo empreendimento.
Fonte: Tribuna da Bahia
Informe da Bahia
Candidato da oposição
A definição sobre o candidato da oposição à presidência da Assembléia Legislativa deve sair entre hoje e amanhã. O processo vai afunilar para a escolha entre três nomes: Jurandy Oliveira (PDT), Roberto Muniz (PP) e Elmar Nascimento (PR). A eleição ocorre na próxima sexta-feira, após a posse dos parlamentares eleitos em outubro, e o candidato do governador Jaques Wagner (PT) é o deputado Marcelo Nilo (PSDB). “Acredito que vamos chegar a um nome que tenha mais chances de derrotar o governo. Vai haver consenso”, disse ontem Roberto Muniz. O deputado Fábio Santana (PRP) fez as contas e acredita que os oposicionistas podem vencer pelo placar de 34 a 29. “Estou confiante na vitória. Mas tudo ainda depende de articulações”, ressaltou.
Apagão
Setores do governo do estado não escondem a preocupação com o Carnaval de Salvador. O temor é que um novo apagão aéreo possa comprometer a folia momesca. Apesar do silêncio do ministro da Defesa, Waldir Pires, sobre o assunto, é esperado que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) anuncie nos próximos dias uma força-tarefa para atuar no período. A intenção é evitar a repetição dos atrasos e cancelamentos de vôos que ocorreram no ano passado, em aeroportos de todo o país.
Cide
Tramita na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado o projeto de lei do senador César Borges que restabelece o percentual mínimo da arrecadação da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) destinado à conservação, recuperação e ampliação da malha de transportes. De acordo com a proposta, a aplicação dos recursos em programas de investimento na infra-estrutura de transporte será realizada em percentual igual ou superior a 35% de sua arrecadação, sem riscos de contigenciamento pelo governo.
Desembargadora
O pleno do Tribunal de Justiça da Bahia escolheu na última sexta-feira a juíza Zaudith Silva Santos como a nova desembargadora da corte. Pelo critério de antigüidade, a magistrada vai ocupar a vaga deixada pelo desembargador José Bispo de Santana, após aposentadoria. Na mesma sessão, o desembargador Sinésio Cabral foi eleito para a vaga de juiz substituto do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), na classe de desembargador. Já a desembargadora Maria José Sales Pereira foi indicada para substituir o recém aposentado Raimundo Queiroz, na vaga de suplente da desembargadora Sílvia Zarif, no Conselho da Magistratura.
Instável
A instabilidade do prefeito João Henrique Carneiro (PDT) incomoda até os aliados mais próximos no Palácio Thomé de Souza. Dessa vez, ele anunciou que vai revogar o Decreto 17.128, publicado no Diário Oficial do Município, que reajustou o preço e estabeleceu novo horário para o estacionamento na orla de Salvador. Segundo comunicado oficial do Executivo, o prefeito irá encaminhar hoje um novo decreto revogando o anterior até a fixação de outra tarifa.
Shoppings
A prefeitura de Salvador perdeu, até agora, todos os recursos impetrados contra a cobrança de estacionamento nos shoppings da cidade. Há três anos, os estabelecimentos ganharam na Justiça o direito de cobrar pelo serviço e o único recurso, agora, é encaminhar o processo ao Supremo Tribunal Federal (STF). Se a cobrança for implementada, só os quatro maiores shoppings da cidade arrecadarão mais de R$3 milhões.
Fonte: Correio da Bahia
A definição sobre o candidato da oposição à presidência da Assembléia Legislativa deve sair entre hoje e amanhã. O processo vai afunilar para a escolha entre três nomes: Jurandy Oliveira (PDT), Roberto Muniz (PP) e Elmar Nascimento (PR). A eleição ocorre na próxima sexta-feira, após a posse dos parlamentares eleitos em outubro, e o candidato do governador Jaques Wagner (PT) é o deputado Marcelo Nilo (PSDB). “Acredito que vamos chegar a um nome que tenha mais chances de derrotar o governo. Vai haver consenso”, disse ontem Roberto Muniz. O deputado Fábio Santana (PRP) fez as contas e acredita que os oposicionistas podem vencer pelo placar de 34 a 29. “Estou confiante na vitória. Mas tudo ainda depende de articulações”, ressaltou.
Apagão
Setores do governo do estado não escondem a preocupação com o Carnaval de Salvador. O temor é que um novo apagão aéreo possa comprometer a folia momesca. Apesar do silêncio do ministro da Defesa, Waldir Pires, sobre o assunto, é esperado que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) anuncie nos próximos dias uma força-tarefa para atuar no período. A intenção é evitar a repetição dos atrasos e cancelamentos de vôos que ocorreram no ano passado, em aeroportos de todo o país.
Cide
Tramita na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado o projeto de lei do senador César Borges que restabelece o percentual mínimo da arrecadação da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) destinado à conservação, recuperação e ampliação da malha de transportes. De acordo com a proposta, a aplicação dos recursos em programas de investimento na infra-estrutura de transporte será realizada em percentual igual ou superior a 35% de sua arrecadação, sem riscos de contigenciamento pelo governo.
Desembargadora
O pleno do Tribunal de Justiça da Bahia escolheu na última sexta-feira a juíza Zaudith Silva Santos como a nova desembargadora da corte. Pelo critério de antigüidade, a magistrada vai ocupar a vaga deixada pelo desembargador José Bispo de Santana, após aposentadoria. Na mesma sessão, o desembargador Sinésio Cabral foi eleito para a vaga de juiz substituto do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), na classe de desembargador. Já a desembargadora Maria José Sales Pereira foi indicada para substituir o recém aposentado Raimundo Queiroz, na vaga de suplente da desembargadora Sílvia Zarif, no Conselho da Magistratura.
Instável
A instabilidade do prefeito João Henrique Carneiro (PDT) incomoda até os aliados mais próximos no Palácio Thomé de Souza. Dessa vez, ele anunciou que vai revogar o Decreto 17.128, publicado no Diário Oficial do Município, que reajustou o preço e estabeleceu novo horário para o estacionamento na orla de Salvador. Segundo comunicado oficial do Executivo, o prefeito irá encaminhar hoje um novo decreto revogando o anterior até a fixação de outra tarifa.
Shoppings
A prefeitura de Salvador perdeu, até agora, todos os recursos impetrados contra a cobrança de estacionamento nos shoppings da cidade. Há três anos, os estabelecimentos ganharam na Justiça o direito de cobrar pelo serviço e o único recurso, agora, é encaminhar o processo ao Supremo Tribunal Federal (STF). Se a cobrança for implementada, só os quatro maiores shoppings da cidade arrecadarão mais de R$3 milhões.
Fonte: Correio da Bahia
PT decide destino de denunciados
BRASÍLIA - A Executiva Nacional do PT marcou para hoje, às 18h, reunião em que discutirá o que fazer com Osvaldo Bargas e Expedito Veloso, envolvidos no caso dossiê antitucano que permanecem filiados ao partido. O encontro servirá ainda para debater a eleição das mesas do Congresso, a participação do PT no governo, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e a queda dos juros.
Integrantes da Executiva ouvidos ontem disseram que os casos de Bargas e Veloso, que podem ser expulsos, não são o principal item da pauta, mas reconheceram que o assunto precisa ser resolvido. “O problema é que eles continuam filiados. É preciso resolver esse impasse”, disse Joaquim Soriano, secretário geral nacional interino do PT.
A reunião de hoje será o primeiro encontro da Executiva comandado pelo deputado Ricardo Berzoini (SP) depois que ele voltou a presidir o PT, no começo deste ano. Ele ficou mais de três meses afastado por conta do caso dossiê antitucano – a suposta ação de petistas para a compra de informações sobre a participação de José Serra (PSDB) na máfia das ambulâncias. O inquérito da Polícia Federal, no entanto, isentou Berzoini de qualquer participação no episódio. Também foram considerados inocentes Bargas, Veloso e Jorge Lorenzetti, que já se desfiliou do PT. Todos integravam campanha nacional do partido. Para negar qualquer constrangimento, Berzoini está disposto a colocar em discussão a abertura de processo contra Bargas e Veloso na comissão de ética do partido. (Folhapress)
Integrantes da Executiva ouvidos ontem disseram que os casos de Bargas e Veloso, que podem ser expulsos, não são o principal item da pauta, mas reconheceram que o assunto precisa ser resolvido. “O problema é que eles continuam filiados. É preciso resolver esse impasse”, disse Joaquim Soriano, secretário geral nacional interino do PT.
A reunião de hoje será o primeiro encontro da Executiva comandado pelo deputado Ricardo Berzoini (SP) depois que ele voltou a presidir o PT, no começo deste ano. Ele ficou mais de três meses afastado por conta do caso dossiê antitucano – a suposta ação de petistas para a compra de informações sobre a participação de José Serra (PSDB) na máfia das ambulâncias. O inquérito da Polícia Federal, no entanto, isentou Berzoini de qualquer participação no episódio. Também foram considerados inocentes Bargas, Veloso e Jorge Lorenzetti, que já se desfiliou do PT. Todos integravam campanha nacional do partido. Para negar qualquer constrangimento, Berzoini está disposto a colocar em discussão a abertura de processo contra Bargas e Veloso na comissão de ética do partido. (Folhapress)
Governadores querem renegociar dívidas
Reunião de hoje vai definir agenda comum antes de encontro com presidente
BRASÍLIA - Uma semana depois do anúncio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), governadores de todas as regiões do país reúnem-se hoje, em Brasília, na tentativa de definir uma agenda federativa que unifique as reivindicações dos estados para apresentá-las ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 6 de março. O principal ponto das queixas dos governadores é o aperto fiscal: todos querem renegociar as dívidas com a União e abocanhar um naco da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Pedem, ainda, que o governo institua a Desvinculação das Receitas dos Estados (DRE).
“Não se trata de calote”, afirmou o governador do Sergipe, Marcelo Déda (PT), um dos representantes da região Nordeste. “O que nós queremos é encontrar uma fórmula criativa que não entre em confronto com a Lei de Responsabilidade Fiscal e fortaleça a capacidade de investimentos dos estados”, complementou. A reunião-almoço ocorrerá na casa do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (PFL), que no dia do anúncio do PAC também foi anfitrião de um encontro em sua residência.
Para ele, o debate está bem encaminhado e os governadores vão definir pontos em comum, porque não se trata de discussão partidária. “Queremos sair desse encontro com uma pauta dos 27 estados, que vá muito além do PAC”, disse o governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB). À tarde, os governadores terão audiência com o ministro da Educação, Fernando Haddad. Eles decidiram iniciar um movimento para pressionar o governo federal a mudar os critérios de distribuição das verbas que compõem o Fundo de Manutenção do Ensino Básico (Fundeb).
Motivo: querem aumentar o repasse de recursos aos estados. Fatia considerável dos governadores pretende condicionar o apoio à prorrogação da CPMF e da Desvinculação das Receitas da União (DRU) a mudanças no PAC. Os dois dispositivos, que engordam receita do governo federal, vencem em dezembro e a equipe econômica já prepara projetos - que devem ser enviados ao Congresso - para esticar a sua permanência.
O aval dos governadores é considerado fundamental pelo Planalto, já que são eles os que mais pressionam os parlamentares na hora da votação. As principais alterações reivindicadas pelos governadores no pacote dizem respeito a obras de infra-estrutura, sobretudo na área de transportes. Liderado pelo governador de São Paulo, José Serra (PSDB), o coro dos tucanos, por exemplo, pede compensações por desonerações que, pelas suas contas, causarão aos estados perdas de receitas estimadas em R$627 milhões.
“Essa choradeira de falar que vão perder é coisa velha, do passado”, disse o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. “Todo o plano é para melhorar o grau de previsão na área fiscal para os próximos dez, 12 anos. Não é para esse governo e, portanto, acho que é preciso mais responsabilidade e menos demagogia”, acrescentou o ministro.
Além do anfitrião Arruda e de Déda, participarão do encontro de hoje Cássio Cunha Lima (PSDB), da Paraíba; Blairo Maggi (sem partido), de Mato Grosso; Eduardo Braga (PMDB), do Amazonas; Paulo Hartung (PMDB), do Espírito Santo; Luiz Henrique da Silveira (PMDB), de Santa Catarina; Yeda Crusius (PSDB), do Rio Grande do Sul; e André Puccinelli (PMDB), de Mato Grosso do Sul.
Fonte: Correio da Bahia
BRASÍLIA - Uma semana depois do anúncio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), governadores de todas as regiões do país reúnem-se hoje, em Brasília, na tentativa de definir uma agenda federativa que unifique as reivindicações dos estados para apresentá-las ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 6 de março. O principal ponto das queixas dos governadores é o aperto fiscal: todos querem renegociar as dívidas com a União e abocanhar um naco da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Pedem, ainda, que o governo institua a Desvinculação das Receitas dos Estados (DRE).
“Não se trata de calote”, afirmou o governador do Sergipe, Marcelo Déda (PT), um dos representantes da região Nordeste. “O que nós queremos é encontrar uma fórmula criativa que não entre em confronto com a Lei de Responsabilidade Fiscal e fortaleça a capacidade de investimentos dos estados”, complementou. A reunião-almoço ocorrerá na casa do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (PFL), que no dia do anúncio do PAC também foi anfitrião de um encontro em sua residência.
Para ele, o debate está bem encaminhado e os governadores vão definir pontos em comum, porque não se trata de discussão partidária. “Queremos sair desse encontro com uma pauta dos 27 estados, que vá muito além do PAC”, disse o governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB). À tarde, os governadores terão audiência com o ministro da Educação, Fernando Haddad. Eles decidiram iniciar um movimento para pressionar o governo federal a mudar os critérios de distribuição das verbas que compõem o Fundo de Manutenção do Ensino Básico (Fundeb).
Motivo: querem aumentar o repasse de recursos aos estados. Fatia considerável dos governadores pretende condicionar o apoio à prorrogação da CPMF e da Desvinculação das Receitas da União (DRU) a mudanças no PAC. Os dois dispositivos, que engordam receita do governo federal, vencem em dezembro e a equipe econômica já prepara projetos - que devem ser enviados ao Congresso - para esticar a sua permanência.
O aval dos governadores é considerado fundamental pelo Planalto, já que são eles os que mais pressionam os parlamentares na hora da votação. As principais alterações reivindicadas pelos governadores no pacote dizem respeito a obras de infra-estrutura, sobretudo na área de transportes. Liderado pelo governador de São Paulo, José Serra (PSDB), o coro dos tucanos, por exemplo, pede compensações por desonerações que, pelas suas contas, causarão aos estados perdas de receitas estimadas em R$627 milhões.
“Essa choradeira de falar que vão perder é coisa velha, do passado”, disse o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. “Todo o plano é para melhorar o grau de previsão na área fiscal para os próximos dez, 12 anos. Não é para esse governo e, portanto, acho que é preciso mais responsabilidade e menos demagogia”, acrescentou o ministro.
Além do anfitrião Arruda e de Déda, participarão do encontro de hoje Cássio Cunha Lima (PSDB), da Paraíba; Blairo Maggi (sem partido), de Mato Grosso; Eduardo Braga (PMDB), do Amazonas; Paulo Hartung (PMDB), do Espírito Santo; Luiz Henrique da Silveira (PMDB), de Santa Catarina; Yeda Crusius (PSDB), do Rio Grande do Sul; e André Puccinelli (PMDB), de Mato Grosso do Sul.
Fonte: Correio da Bahia
Para Lula, obsessão por 2010 está ‘cegando’ Serra
Lula está uma arara com José Serra. Acha que a “idéia fixa” pela sucessão presidencial de 2010, “está cegando” o governador de São Paulo. Atribui as críticas de Serra ao PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) à “obsessão” por firmar-se, desde logo, como principal liderança da oposição.
Na opinião de Lula, manifestada sob reserva, Serra comete um erro “primário” em política. Resumiu assim o equívoco: “Ele está entrando na chuva muito cedo. Até 2010, vai estar ensopado. Acaba pegando pneumonia.” Acha, de resto, que Serra arrisca-se a passar para o eleitorado a impressão de que coloca suas ambições pessoais acima do interesse nacional.
Lula surpreendeu-se com as críticas de Serra ao PAC. Esperava ouvir reparos de governadores. Dispôs-se a acolher sugestões construtivas. Mas não contava com ataques acerbos como os que foram pronunciados pelo governador paulista.
Serra tachou o PAC de “tímido”. Considerou “fracas” e “vazias” as medidas previstas no programa. São, a seu juízo, providências insuficientes para interromper o ciclo de letargia que inibe o crescimento econômico do país.
Lula cogitou responder pessoalmente a Serra. Mas, preocupado em se preservar para o novo encontro que terá com os governadores em 6 de março, optou pelo silêncio. Preferiu escalar o ministro Guido Mantega (Fazenda) para fazer o contraponto a Serra.
Foi a combinação com o chefe que levou Mantega a ironizar Serra: “Ou não leu o plano ou então leu o plano errado", disse o ministro. "O Serra deve estar achando que o PAC é o Brasil em Ação ou o Avança Brasil [planos do governo FHC], nos quais ele teve participação. Esses, sim, foram programas tímidos. O PAC não tem nada de tímido."
Lula receia que a escalada de Serra leve um outro tucano, Aécio Neves, a subir o timbre das críticas ao PAC. O governador de Minas é tão presidenciável quanto Serra. Para não ceder terreno ao rival dentro do PSDB, pode sentir-se tentado a falar mais grosso que o habitual.
Curiosamente, Lula enxerga no PSDB de hoje similaridade com o PT de ontem. Numa espécie de autocrítica tardia, o presidente diz que o tucanato ensaia agora o mesmo tipo de oposição “intransigente” que o petismo fazia no passado. Esperava algo mais “sofisticado” e “inteligente” do PSDB.
No encontro que manteve com os governadores no dia do lançamento do PAC, Lula desenvolveu um raciocínio que tinha como destinatários os ouvidos de Serra e Aécio: “Estou fazendo um esforço para o país voltar a crescer. Quero entregar o país melhor do que encontrei. Penso no Brasil. Já não posso concorrer à presidência. O próximo presidente pode sair desta sala.”
Para Lula, os ataques de Serra ao PAC, que considera “precipitados” e "injustos", em vez de render votos, vão envenenar a opinião pública contra o governador. Como contraponto, o presidente menciona as boas relações que vem conseguindo manter com outros chefes de executivos estaduais. Classifica de "exemplar" o comportamento de Sérgio Cabral (PMDB), do Rio de Janeiro.
Escrito por Josias de Souza às 02h30
Fonte: Folha Online
Na opinião de Lula, manifestada sob reserva, Serra comete um erro “primário” em política. Resumiu assim o equívoco: “Ele está entrando na chuva muito cedo. Até 2010, vai estar ensopado. Acaba pegando pneumonia.” Acha, de resto, que Serra arrisca-se a passar para o eleitorado a impressão de que coloca suas ambições pessoais acima do interesse nacional.
Lula surpreendeu-se com as críticas de Serra ao PAC. Esperava ouvir reparos de governadores. Dispôs-se a acolher sugestões construtivas. Mas não contava com ataques acerbos como os que foram pronunciados pelo governador paulista.
Serra tachou o PAC de “tímido”. Considerou “fracas” e “vazias” as medidas previstas no programa. São, a seu juízo, providências insuficientes para interromper o ciclo de letargia que inibe o crescimento econômico do país.
Lula cogitou responder pessoalmente a Serra. Mas, preocupado em se preservar para o novo encontro que terá com os governadores em 6 de março, optou pelo silêncio. Preferiu escalar o ministro Guido Mantega (Fazenda) para fazer o contraponto a Serra.
Foi a combinação com o chefe que levou Mantega a ironizar Serra: “Ou não leu o plano ou então leu o plano errado", disse o ministro. "O Serra deve estar achando que o PAC é o Brasil em Ação ou o Avança Brasil [planos do governo FHC], nos quais ele teve participação. Esses, sim, foram programas tímidos. O PAC não tem nada de tímido."
Lula receia que a escalada de Serra leve um outro tucano, Aécio Neves, a subir o timbre das críticas ao PAC. O governador de Minas é tão presidenciável quanto Serra. Para não ceder terreno ao rival dentro do PSDB, pode sentir-se tentado a falar mais grosso que o habitual.
Curiosamente, Lula enxerga no PSDB de hoje similaridade com o PT de ontem. Numa espécie de autocrítica tardia, o presidente diz que o tucanato ensaia agora o mesmo tipo de oposição “intransigente” que o petismo fazia no passado. Esperava algo mais “sofisticado” e “inteligente” do PSDB.
No encontro que manteve com os governadores no dia do lançamento do PAC, Lula desenvolveu um raciocínio que tinha como destinatários os ouvidos de Serra e Aécio: “Estou fazendo um esforço para o país voltar a crescer. Quero entregar o país melhor do que encontrei. Penso no Brasil. Já não posso concorrer à presidência. O próximo presidente pode sair desta sala.”
Para Lula, os ataques de Serra ao PAC, que considera “precipitados” e "injustos", em vez de render votos, vão envenenar a opinião pública contra o governador. Como contraponto, o presidente menciona as boas relações que vem conseguindo manter com outros chefes de executivos estaduais. Classifica de "exemplar" o comportamento de Sérgio Cabral (PMDB), do Rio de Janeiro.
Escrito por Josias de Souza às 02h30
Fonte: Folha Online
Tony Blair pede Brasil no Conselho de Segurança da ONU
O apoio ao pedido brasileiro de participar do conselho foi feito na sessão de encerramento do fórum em Davos, na Suíça
28/01/2007 11:57 “Um Conselho de Segurança da ONU [Organização das Nações Unidas] sem Alemanha, Japão, Brasil ou Índia, sem falar nos países africanos ou nações islâmicas irá, com o tempo, não apenas perder legitimidade aos olhos do mundo, mas seriamente inibir qualquer ação efetiva”, disse o primeiro-ministro inglês Tony Blair, de acordo com nota oficial do Fórum Econômico Mundial. O apoio ao pedido brasileiro de participar do conselho foi feito na sessão de encerramento do fórum em Davos, na Suíça. Blair disse que o futuro dos três principais assuntos da reunião – comércio mundial, mudanças climáticas e África – ainda não está definido, mas houve progresso em cada um deles. “O que realmente ocorre é que as nações, até as maiores, estão percebendo que não podem ter interesses nacionais estreitos sem perceber os amplos valores globais”. O primeiro-ministro britânico afirmou ainda, segundo a nota do Fórum Econômico Mundial, que tem um “otimismo cauteloso” sobre as negociações na Organização Mundial de Comércio (OMC). Ele teve reuniões em Davos com o presidente George W. Bush, dos Estados Unidos, Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, e a chanceler alemã Angela Merkel. Blair disse que a nova atitude dos EUA sobre o clima é uma mudança “muito importante".
Fonte: O POVO
28/01/2007 11:57 “Um Conselho de Segurança da ONU [Organização das Nações Unidas] sem Alemanha, Japão, Brasil ou Índia, sem falar nos países africanos ou nações islâmicas irá, com o tempo, não apenas perder legitimidade aos olhos do mundo, mas seriamente inibir qualquer ação efetiva”, disse o primeiro-ministro inglês Tony Blair, de acordo com nota oficial do Fórum Econômico Mundial. O apoio ao pedido brasileiro de participar do conselho foi feito na sessão de encerramento do fórum em Davos, na Suíça. Blair disse que o futuro dos três principais assuntos da reunião – comércio mundial, mudanças climáticas e África – ainda não está definido, mas houve progresso em cada um deles. “O que realmente ocorre é que as nações, até as maiores, estão percebendo que não podem ter interesses nacionais estreitos sem perceber os amplos valores globais”. O primeiro-ministro britânico afirmou ainda, segundo a nota do Fórum Econômico Mundial, que tem um “otimismo cauteloso” sobre as negociações na Organização Mundial de Comércio (OMC). Ele teve reuniões em Davos com o presidente George W. Bush, dos Estados Unidos, Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, e a chanceler alemã Angela Merkel. Blair disse que a nova atitude dos EUA sobre o clima é uma mudança “muito importante".
Fonte: O POVO
Anac tenta evitar novo apagão aéreo
A preocupação do governo é que surjam novos problemas com o trabalho dos controladores de vôo e o primeiro teste de força vai ser o Carnaval. Mas, a Aeronáutica descarta possibilidade de greve ou operação-padrão, afirmando que não voltarão a ocorrer os problemas do ano passado
29/01/2007 01:17A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) deve anunciar esta semana, em Brasília, a criação de uma força-tarefa que deverá atuar em períodos de maior movimentação nos aeroportos, como feriados prolongados, para tentar evitar a repetição dos atrasos e cancelamentos de vôos que ocorreram no ano passado. O primeiro teste da força será o Carnaval. A assessoria da Anac não deu detalhes do trabalho que deverá ser feito pelos funcionários da agência. Mas informou que outras entidades que atuam no setor aéreo também deverão manter esquema especial de operação durante o período momino, quando é verificada grande movimentação de viajantes, tanto de ida na semana anterior quanto de volta nos dias seguintes. Uma das preocupações do governo é que surjam novos problemas com o trabalho dos controladores de vôo. O Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (Cecomsaer), no entanto, informou que não está sendo montado nenhum plano especial para os controladores. Um porta-voz da Aeronáutica descartou a possibilidade de uma greve ou operação-padrão desses profissionais e disse que problemas como os do ano passado não deverão mais ocorrer. Segundo o Cecomsaer, o número atual de controladores de vôo é suficiente para cobrir todas as escalas de trabalho e ainda manter uma margem de reserva. Isso porque, depois das crises do ano passado, 60 militares da reserva e civis aposentados foram chamados de volta ao trabalho e uma nova turma de controladores se formou no fim do ano. Além disso, foram remanejados controladores para o Cindacta 1, em Brasília, onde era maior a carência de pessoal. (das agências de notícias)
29/01/2007 01:17A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) deve anunciar esta semana, em Brasília, a criação de uma força-tarefa que deverá atuar em períodos de maior movimentação nos aeroportos, como feriados prolongados, para tentar evitar a repetição dos atrasos e cancelamentos de vôos que ocorreram no ano passado. O primeiro teste da força será o Carnaval. A assessoria da Anac não deu detalhes do trabalho que deverá ser feito pelos funcionários da agência. Mas informou que outras entidades que atuam no setor aéreo também deverão manter esquema especial de operação durante o período momino, quando é verificada grande movimentação de viajantes, tanto de ida na semana anterior quanto de volta nos dias seguintes. Uma das preocupações do governo é que surjam novos problemas com o trabalho dos controladores de vôo. O Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (Cecomsaer), no entanto, informou que não está sendo montado nenhum plano especial para os controladores. Um porta-voz da Aeronáutica descartou a possibilidade de uma greve ou operação-padrão desses profissionais e disse que problemas como os do ano passado não deverão mais ocorrer. Segundo o Cecomsaer, o número atual de controladores de vôo é suficiente para cobrir todas as escalas de trabalho e ainda manter uma margem de reserva. Isso porque, depois das crises do ano passado, 60 militares da reserva e civis aposentados foram chamados de volta ao trabalho e uma nova turma de controladores se formou no fim do ano. Além disso, foram remanejados controladores para o Cindacta 1, em Brasília, onde era maior a carência de pessoal. (das agências de notícias)
quinta-feira, janeiro 25, 2007
RAIO LASER
Vencer ou vencer
A participação de ACM, Paulo Souto e César Borges no encontro que discutiu, na terça-feira à tarde, em Salvador, a sucessão na União das Prefeituras da Bahia (UPB) acrescentou uma mensagem adicional aos prefeitos aliados do grupo no Estado: não está e scrito no manual de instruções do PFL a hipótese de perder o comando da entidade.
Meio solto
Enquanto o prefeito de Santo Estevão, Orlando Santiago (PFL), comemora o empenho da cúpula pefelista em sua campanha à presidência da UPB, Carlos Brasileiro (PT), de Senhor do Bonfim, enfrentaria dificuldades para mobilizar o núcleo duro do partido e envolver o governador Jaques Wagner na campanha.
Representante
Em encontro organizado pelo comando da campanha de Carlos Brasileiro à UPB, no último dia 9, os 110 prefeitos que se reuniram no Bahia Plaza Resort, em Camaçari para ouvi-lo e ao governador, se surpreenderam com a chegada do vice, Edmundo Pereira (PMDB), em lugar de Jaques Wagner.
Sem teto
Um dos articuladores oposicionistas da formação do bloco com o PDT, o deputado estadual Maurício Trindade (PR) salvou ontem a filiação de Jurandy Oliveira ao partido, ao emprestar seu gabinete para a realização da solenidade, depois que o líder pedetista, Roberto Carlos, negou-se a ceder a sala da liderança para o ato.
Mortal combat I
Apesar de evitarem o tempo todo falar sobre a disputa pela presidência da Assembléia Legislativa, ACM e Paulo Souto teriam gostado da agressividade demonstrada na reunião da bancada pefelista, na terça-feira, pelo pepista Roberto Muniz, que assegurou disposição de ser candidato a qualquer custo, mesmo avulso.
Mortal combat II
Para os dois líderes pefelistas, teria soado como música a tese de Roberto Muniz segundo a qual o novo governo precisa de enfrentamento a partir de agora se o grupo quiser retomar o poder em 2010 e a melhor maneira de iniciar o combate seria pela Assembléia Legislativa.
Dispostos
Os nomes de Elmar Nascimento (PR) e Roberto Muniz (PP) surgiram como alternativas para o caso da opção Jurandy Oliveira naufragar a partir de colocação feita pelos dois deputados, individualmente, durante a longa reunião da bancada pefelista na terça-feira, no hotel da família do senador César Borges, no Jardim de Alá.
De arromba
Líderes do Movimento dos Sem-Terra, José Rainha e João Pedro Stédile confirmaram presença na festa de posse que o deputado estadual Yulo Oiticica fará no próximo dia 2, no Clube 2004. São presença garantida também Walter Pomar, o secretário estadual Walmir Assunção e o presidente do PT, Marcelino Galo.
CURTAS
* Pano pra manga - A presença do deputado federal eleito Sérgio Brito (PDT) no ato de filiação de Jurandy Oliveira, ontem, na Assembléia Legislativa, era tudo de que alguns petistas precisavam para tentar semear de novo a discórdia entre o Palácio de Ondina e o Palácio Thomé de Souza, já praticamente superada desde que surgiram boatos do envolvimento do cunhado do prefeito João Henrique na tentativa de formar um bloco entre o partido e a base oposicionista. * Futuro - Candidato a presidente da Câmara dos Deputados pelo PT, Arlindo Chinaglia (SP) estaria oferecendo “espaço” a deputados baianos na eventual campanha do governador Jaques Wagner a presidente, em 2010, informa o site de Cláudio Humberto, para quem, frise-se, a tática estaria sendo considerada uma “piada”. . * Bate-chapa - No encontro em que a oposição recebeu o candidato do governo à presidência da Assembléia, Marcelo Nilo, na presença de Jurandy Oliveira, ontem, o deputado Paulo Azi (PFL), líder do governo passado, acabou confirmando o que bancada já esperava, ao dizer que o candidato da oposição virá da base. * Usurpação - Dezenove meses depois que os índios pataxó invadiram o campus das Faculdades do Descobrimento, a Justiça Federal de Eunápolis autorizou o imediato afastamento dos invasores. Os índios já sabiam há mais de um ano que a decisão lhes era desfavorável. Quando, ontem, a Polícia Federal chegou para cumprir a ordem judicial, os índios pediram mais 60 dias, no que foram atendidos pelo líder do aparelho policial. Resta saber se o juiz federal concordará com essa inusitada alteração de sua sentença. * Controle remoto - Os oposicionistas se organizaram ontem para acompanhar de longe, cada grupo ao seu modo, a filiação de Jurandy Oliveira (PRTB) ao PDT, de olho nas perspectivas que a iniciativa abre para que ele efetivamente se torne o candidato da oposição à presidência da Assembléia Legislativa. * Deadline - O namoro da oposição com a candidatura de Jurandy Oliveira, entretanto, tem prazo para começar e terminar. Se o novo pedetista não obtiver assinaturas de outros dois colegas de partido para formalizar o bloco com PR, PTN, o desembarque dos oposicionistas é certo numa candidatura puro-sangue, isto é, com a cara dos pefelistas ACM e Paulo Souto. * Stand-by - Os deputados Elmar Nascimento, do PR, e Roberto Muniz, do PP, são os nomes cotados para assumir a disputa pela presidência da Assembléia Legislativa, representando as oposições, no caso de Jurandy Oliveira morrer na praia com o deputado federal Severiano Alves e seu PDT.
Fonte: Tribuna da Bahia
A participação de ACM, Paulo Souto e César Borges no encontro que discutiu, na terça-feira à tarde, em Salvador, a sucessão na União das Prefeituras da Bahia (UPB) acrescentou uma mensagem adicional aos prefeitos aliados do grupo no Estado: não está e scrito no manual de instruções do PFL a hipótese de perder o comando da entidade.
Meio solto
Enquanto o prefeito de Santo Estevão, Orlando Santiago (PFL), comemora o empenho da cúpula pefelista em sua campanha à presidência da UPB, Carlos Brasileiro (PT), de Senhor do Bonfim, enfrentaria dificuldades para mobilizar o núcleo duro do partido e envolver o governador Jaques Wagner na campanha.
Representante
Em encontro organizado pelo comando da campanha de Carlos Brasileiro à UPB, no último dia 9, os 110 prefeitos que se reuniram no Bahia Plaza Resort, em Camaçari para ouvi-lo e ao governador, se surpreenderam com a chegada do vice, Edmundo Pereira (PMDB), em lugar de Jaques Wagner.
Sem teto
Um dos articuladores oposicionistas da formação do bloco com o PDT, o deputado estadual Maurício Trindade (PR) salvou ontem a filiação de Jurandy Oliveira ao partido, ao emprestar seu gabinete para a realização da solenidade, depois que o líder pedetista, Roberto Carlos, negou-se a ceder a sala da liderança para o ato.
Mortal combat I
Apesar de evitarem o tempo todo falar sobre a disputa pela presidência da Assembléia Legislativa, ACM e Paulo Souto teriam gostado da agressividade demonstrada na reunião da bancada pefelista, na terça-feira, pelo pepista Roberto Muniz, que assegurou disposição de ser candidato a qualquer custo, mesmo avulso.
Mortal combat II
Para os dois líderes pefelistas, teria soado como música a tese de Roberto Muniz segundo a qual o novo governo precisa de enfrentamento a partir de agora se o grupo quiser retomar o poder em 2010 e a melhor maneira de iniciar o combate seria pela Assembléia Legislativa.
Dispostos
Os nomes de Elmar Nascimento (PR) e Roberto Muniz (PP) surgiram como alternativas para o caso da opção Jurandy Oliveira naufragar a partir de colocação feita pelos dois deputados, individualmente, durante a longa reunião da bancada pefelista na terça-feira, no hotel da família do senador César Borges, no Jardim de Alá.
De arromba
Líderes do Movimento dos Sem-Terra, José Rainha e João Pedro Stédile confirmaram presença na festa de posse que o deputado estadual Yulo Oiticica fará no próximo dia 2, no Clube 2004. São presença garantida também Walter Pomar, o secretário estadual Walmir Assunção e o presidente do PT, Marcelino Galo.
CURTAS
* Pano pra manga - A presença do deputado federal eleito Sérgio Brito (PDT) no ato de filiação de Jurandy Oliveira, ontem, na Assembléia Legislativa, era tudo de que alguns petistas precisavam para tentar semear de novo a discórdia entre o Palácio de Ondina e o Palácio Thomé de Souza, já praticamente superada desde que surgiram boatos do envolvimento do cunhado do prefeito João Henrique na tentativa de formar um bloco entre o partido e a base oposicionista. * Futuro - Candidato a presidente da Câmara dos Deputados pelo PT, Arlindo Chinaglia (SP) estaria oferecendo “espaço” a deputados baianos na eventual campanha do governador Jaques Wagner a presidente, em 2010, informa o site de Cláudio Humberto, para quem, frise-se, a tática estaria sendo considerada uma “piada”. . * Bate-chapa - No encontro em que a oposição recebeu o candidato do governo à presidência da Assembléia, Marcelo Nilo, na presença de Jurandy Oliveira, ontem, o deputado Paulo Azi (PFL), líder do governo passado, acabou confirmando o que bancada já esperava, ao dizer que o candidato da oposição virá da base. * Usurpação - Dezenove meses depois que os índios pataxó invadiram o campus das Faculdades do Descobrimento, a Justiça Federal de Eunápolis autorizou o imediato afastamento dos invasores. Os índios já sabiam há mais de um ano que a decisão lhes era desfavorável. Quando, ontem, a Polícia Federal chegou para cumprir a ordem judicial, os índios pediram mais 60 dias, no que foram atendidos pelo líder do aparelho policial. Resta saber se o juiz federal concordará com essa inusitada alteração de sua sentença. * Controle remoto - Os oposicionistas se organizaram ontem para acompanhar de longe, cada grupo ao seu modo, a filiação de Jurandy Oliveira (PRTB) ao PDT, de olho nas perspectivas que a iniciativa abre para que ele efetivamente se torne o candidato da oposição à presidência da Assembléia Legislativa. * Deadline - O namoro da oposição com a candidatura de Jurandy Oliveira, entretanto, tem prazo para começar e terminar. Se o novo pedetista não obtiver assinaturas de outros dois colegas de partido para formalizar o bloco com PR, PTN, o desembarque dos oposicionistas é certo numa candidatura puro-sangue, isto é, com a cara dos pefelistas ACM e Paulo Souto. * Stand-by - Os deputados Elmar Nascimento, do PR, e Roberto Muniz, do PP, são os nomes cotados para assumir a disputa pela presidência da Assembléia Legislativa, representando as oposições, no caso de Jurandy Oliveira morrer na praia com o deputado federal Severiano Alves e seu PDT.
Fonte: Tribuna da Bahia
"Parlamentares são vergonhosos"
Por: Hélio Rocha
João Ubaldo Ribeiro é o maior escritor brasileiro vivo – único a conquistar a unanimidade de público e crítica. De passagem pela Bahia, ele recebeu a imprensa em sua amada terra natal – a paradisíaca Ilha de Itaparica – enquanto se preparava para as comemorações do aniversário de 66 anos, terça-feira, dia 23 de janeiro. Sentado de costas para o mar da Baía de Todos os Santos e de frente para um Brasil cheio de incertezas, Ubaldo criticou as políticas interna e externa do governo Lula, denunciou o programa Bolsa-Família, a atuação do Congresso Nacional, alertou sobre o expansionismo americano em direção ao Brasil e as interpretações distorcidas que muitas vezes cercam a questão do racismo em nosso País. Feliz ao lado de amigos, parentes e políticos locais (que organizaram para ele uma festa digna de um superstar), esse aquariano sem papas na língua falou sem parar durante uma hora e meia, em entrevista que a Tribuna da Bahia – único jornal de grande circulação de Salvador a comparecer ao evento – publica com exclusividade.
ENTREVISTA
J.U.R. – Vou só fumar esse cigarro... Ainda conservo esse mal hábito... Mas amanhã eu vou largar! (risos) Fumo desde 15 anos e nunca parei. Só uma vez, mas acabei voltando por arrogância. Estava em uma festa (nessa época eu ainda bebia). Lá pelas tantas, me gabei de ter largado aquela desgraça e fumei dois Ministers para mostrar que era macho! Pronto! No dia seguinte, já comprei um no varejo... Comprei mais outro... Isso durou três dias. Mas na verdade eu quero parar... TB – O governo Lula anunciou uma série de medidas para favorecer o crescimento da economia. Como você vê essa política? J.U.R. – Se prepare, rapaz! Aperte o cinto que agora ninguém segura o país! (risos). Eu quero ver como o Brasil vai crescer 5% sem infra-estrutura nenhuma. É mentira! É mentira que o país tenha energia elétrica para segurar um crescimento superior a 5%! Se, por milagre, isso acontecesse, haveria uma crise de abastecimento energético. E Evo Morales estava esperando o quê para o gás subir? Estava esperando que o nosso “guia” assumisse novamente. Você vai ver o que vai acontecer com o gás natural. O que existe – com o perdão da má palavra – é uma espécie de puxa-saquismo diante de Hugo Chavez e sua liderança no continente. O Brasil está indo a reboque da Venezuela, o que não só é ridículo em termos econômicos como é ridículo em termos políticos, porque é a revivescência do “Peronismo” (N.R. Regime dos partidários do ex-presidente da Argentina, Juan Carlos Péron). Estamos virando peronistas e assistindo ao desenvolvimento de um governo populista no Brasil. TB – Por que isso acontece? J.U.R. – O povo brasileiro pensa, e mesmo as pessoas mais esclarecidas também pensam, que quem paga imposto no Brasil é “barão”, quando é exatamente o oposto: barão não paga imposto, barão faz duas coisas: como empresa ele repassa o imposto e como pessoa jurídica ele bota tudo em nome da empresa, do carro à casa, e recebe restituição por isso. Eu sei porque tenho amigos milionários que recebem restituição do imposto de renda. Um dos homens mais ricos que conheço já me confessou isso com vergonha. Eu perguntei: “Fernando (o nome dele é Fernando e eu não vou dizer mais nada a respeito dele), Fernando, você não fica aporrinhado que o imposto de renda leve 37% de tudo que eu ganho e chega no fim do ano ainda tenho que pagar mais?”. Ele disse: “Ubaldo, você é meu amigo eu vou te contar. Eu tenho vergonha disso, só que não vou fazer nada. Meus contadores me conseguem restituição”. Nós estávamos sentados diante de uma das 20 piscinas que ele deve ter lá na terra dele. Então, o povo pensa que imposto é tirar do bolso o dinheiro e entregar ao governo, aí é pagar imposto. Como o pobre nunca faz isso... Nunca pagou imposto de renda, ele acha que é o barão paga. Barão não paga imposto. Ou repassa ou não paga. TB – Quem paga imposto então? J.U.R. – Quem paga o imposto é o beneficiário do Bolsa-Família, que não está transferindo renda de ninguém para ninguém. O pobre não sabe que, quando ele paga R$ 1 de açúcar, R$ 0,40 são do governo. Mesma coisa com o café. Se for cachaça então, é 90%. Quer dizer, qual é a transferência de renda que está havendo nisso? Está havendo é a criação de um povo cuja sabedoria é expressa até em um verso de Luís Gonzaga, que, esse sim, foi um grande brasileiro. Um grande Luís! Luís Gonzaga, sanfoneiro que dizia: “Não dê esmola que vicia o cidadão”. É verdade! E você tem que levar em conta que a lei do menor esforço não é uma lei inventada por professor para poder dar carão em aluno. A lei do menor esforço é uma lei física. Se você soltar um fio d’água nessa mesa para escorrer, a água vai escolher o caminho que tenha mais facilidade para ela. Isso é uma lei universal da natureza. Então, nós vivemos em uma terra que já partilha das características litorâneas. É conhecido que povo de beira de praia é povo preguiçoso. É natural que seja preguiçoso! Não é porque seja pior que os outros, é porque a proteína animal é mais facilmente encontrada aí... Porque há uma série de facilidades para o sujeito sobreviver e o cara acaba ficando mais preguiçoso. Agora, imagine se o sujeito beneficiado pelo Bolsa-Família, com dois, três filhos, imagine se ele vai querer se abalar com o “rango” da família garantido, se vai querer jogar isso fora por um emprego de um salário-mínimo! Nunca que ele vai aceitar emprego coisa nenhuma! Ele vai é ficar no Bolsa-Família e vai constituir gerações dentro do Bolsa-Família. Nós hoje temos Bolsa-Família profissionais! Como temos MST profissionais! “Qual a sua profissão?”. “Sem-Terra”. Instituímos essa profissão esdrúxula! O sujeito vive de ser sem-terra! Carteira de sem-terra, salário de sem-terra! Ainda temos uma oposição irresponsável em um país que parece ser governado por um bando de gozadores. A oposição apresenta, para aporrinhar Lula, o projeto do 13º salário do Bolsa-Família! (risos). Apresentou para sacanear! Se dissesse que eles estavam apresentando como uma coisa para valer, em que se visse espírito público dos caras, para dizer: “Não, eles estão pensando no Brasil”. Não, eles estão pensando apenas em sacanear Lula! E dar menos condições de governabilidade a ele! TB – Como você vê a atuação dos parlamentares brasileiros? J.U.R. – Essas pessoas estão brincando com o Congresso Nacional, que se desmoralizou. É a pior vergonha da nossa história e é, ao mesmo tempo, a instituição basilar – isso eu posso botar banca porque sou professor de ciências políticas e era bom professor! Pergunte aos meus alunos – então a instituição básica da democracia representativa é exatamente essa. São os nossos representantes que estão desmoralizando o Congresso no Brasil! Hoje, nove em cada dez brasileiros comuns (estou arriscando essa estatística) a quem fosse perguntado: “O que o senhor acha da idéia de botar para fora todos os deputados e fechar o Congresso?”. Nove entre dez brasileiros diria que é a favor! Eles estão fazendo o possível para tornar, aos olhos do povo brasileiro, o Congresso uma fonte de despesa, vexame, vergonha e etc. Diante de um presidente “que vai salvar o país! Vamos dar a ordem para salvar o país!”(fala Imitando a voz do presidente Lula) (risos). Quer dizer, ele não entende “bulhufas” do que está dizendo e está entregando a liderança do continente a um debilóide que é Hugo Chavez, que acha que vai fazer a mesma coisa que Bush, aquele débil mental. Os americanos fazem aqueles filmes de “Rambo” e eles mesmos acreditam... (risos). Eles acreditam que os árabes são ordinários, traiçoeiros e covardes, enquanto eles próprios são todos lindos... Nós vivemos essa hipocrisia, por exemplo, achando que a CIA não tem projetos em relação ao Brasil! Quá Quá Quá... (risos). T.B – Como assim? J.U.R. – Por que no Brasil se quer usar os padrões americanos de negritude? Segundo os quais todos aqui somos negros? E, portanto, perde-se o sentido a palavra “negro”? Porque eles querem dividir o país ao longo de linhas raciais! Vamos supor em uma fantasia alucinada minha, um delírio, se o exército deles quisesse invadir o Brasil e os negros brasileiros se aliassem aos negros invasores contra o inimigo branco! Quando a história do mundo prova, a ciência política e a antropologia já desmoralizam isso há anos! A escravidão não é um fenômeno racial. Os negros não foram o povo que em maior número foi escravizado. A escravidão é um fenômeno que existe desde o surgimento da humanidade. A maior parte dos escravos que existiram na história da humanidade não foi negra, ou seja, foi amarela ou branca. Foi negra também – a escravidão sempre foi o destino do vencido. Eles eram esfolados e mortos como os assírios faziam, ou eram transformados em escravos ou eunucos. Portugal, provavelmente, se escravizou um negro ou outro, foi sem querer ou por acaso... TB – Como assim? J.U.R. – Eu não quero dizer que o português foi bonzinho nem que escravidão tenha alguma coisa de boa. Estou apenas querendo ver as coisas como elas na realidade são. Portugal comprava “peças da índia” – nome que se dava ao lote de escravos já prontos para o comércio – porque a escravidão sempre existiu na África! O destino dos escravos que vieram para o Brasil era permanecer na escravidão, na própria África, ou morrerem! Portugal estabeleceu o Reino do Congo, onde hoje é Angola mais ou menos, meteu o rei Dom Afonso (Portugal era o dono do mundo), fez o papa nomear bispos e mantinha relações com as tribos. O que Portugal fez foi, no máximo, ajudar financeira e tecnologicamente os governos das nações negras que já dominavam seus vizinhos. Por exemplo, os “shanti” eram uma nação chamada de tribo (se for negra é tribo, se for branca, eles chamam de nação...) que foram muito escravizados pelos negros congoleses. Eram negros vencidos pelos próprios negros! Você sabe, por exemplo, que os japoneses nos acham todos iguais. O português podia achar os negros todos iguais, mas os negros se achavam tão semelhantes entre si quanto um belga e um napolitano. Para um negro, o outro negro era um estrangeiro inferior que ele vendia para o português, enquanto ele próprio não admitia ser escravizado e lidava de igual para igual com o colonizador, que fingia que lidava de igual para igual com ele para poder comprar escravos já cativos. T.B. – Como isso se reflete na realidade brasileira? J.U.R. – No Brasil, fala-se muito em cultura africana, que o negro é irmão... Te convidam para comer em um restaurante de comida africana, como se um continente com milhões de pessoas tivesse somente uma cultura! Me lembra uma vez em que fui homenageado em um jantar na Alemanha, e o anfitrião fez o comentário: “Preparamos para você uma atração especial de sua cultura sul-americana” – e apresentou uma banda de índios peruanos tocando flauta! (risos).
Fonte: Tribuna da Bahia
João Ubaldo Ribeiro é o maior escritor brasileiro vivo – único a conquistar a unanimidade de público e crítica. De passagem pela Bahia, ele recebeu a imprensa em sua amada terra natal – a paradisíaca Ilha de Itaparica – enquanto se preparava para as comemorações do aniversário de 66 anos, terça-feira, dia 23 de janeiro. Sentado de costas para o mar da Baía de Todos os Santos e de frente para um Brasil cheio de incertezas, Ubaldo criticou as políticas interna e externa do governo Lula, denunciou o programa Bolsa-Família, a atuação do Congresso Nacional, alertou sobre o expansionismo americano em direção ao Brasil e as interpretações distorcidas que muitas vezes cercam a questão do racismo em nosso País. Feliz ao lado de amigos, parentes e políticos locais (que organizaram para ele uma festa digna de um superstar), esse aquariano sem papas na língua falou sem parar durante uma hora e meia, em entrevista que a Tribuna da Bahia – único jornal de grande circulação de Salvador a comparecer ao evento – publica com exclusividade.
ENTREVISTA
J.U.R. – Vou só fumar esse cigarro... Ainda conservo esse mal hábito... Mas amanhã eu vou largar! (risos) Fumo desde 15 anos e nunca parei. Só uma vez, mas acabei voltando por arrogância. Estava em uma festa (nessa época eu ainda bebia). Lá pelas tantas, me gabei de ter largado aquela desgraça e fumei dois Ministers para mostrar que era macho! Pronto! No dia seguinte, já comprei um no varejo... Comprei mais outro... Isso durou três dias. Mas na verdade eu quero parar... TB – O governo Lula anunciou uma série de medidas para favorecer o crescimento da economia. Como você vê essa política? J.U.R. – Se prepare, rapaz! Aperte o cinto que agora ninguém segura o país! (risos). Eu quero ver como o Brasil vai crescer 5% sem infra-estrutura nenhuma. É mentira! É mentira que o país tenha energia elétrica para segurar um crescimento superior a 5%! Se, por milagre, isso acontecesse, haveria uma crise de abastecimento energético. E Evo Morales estava esperando o quê para o gás subir? Estava esperando que o nosso “guia” assumisse novamente. Você vai ver o que vai acontecer com o gás natural. O que existe – com o perdão da má palavra – é uma espécie de puxa-saquismo diante de Hugo Chavez e sua liderança no continente. O Brasil está indo a reboque da Venezuela, o que não só é ridículo em termos econômicos como é ridículo em termos políticos, porque é a revivescência do “Peronismo” (N.R. Regime dos partidários do ex-presidente da Argentina, Juan Carlos Péron). Estamos virando peronistas e assistindo ao desenvolvimento de um governo populista no Brasil. TB – Por que isso acontece? J.U.R. – O povo brasileiro pensa, e mesmo as pessoas mais esclarecidas também pensam, que quem paga imposto no Brasil é “barão”, quando é exatamente o oposto: barão não paga imposto, barão faz duas coisas: como empresa ele repassa o imposto e como pessoa jurídica ele bota tudo em nome da empresa, do carro à casa, e recebe restituição por isso. Eu sei porque tenho amigos milionários que recebem restituição do imposto de renda. Um dos homens mais ricos que conheço já me confessou isso com vergonha. Eu perguntei: “Fernando (o nome dele é Fernando e eu não vou dizer mais nada a respeito dele), Fernando, você não fica aporrinhado que o imposto de renda leve 37% de tudo que eu ganho e chega no fim do ano ainda tenho que pagar mais?”. Ele disse: “Ubaldo, você é meu amigo eu vou te contar. Eu tenho vergonha disso, só que não vou fazer nada. Meus contadores me conseguem restituição”. Nós estávamos sentados diante de uma das 20 piscinas que ele deve ter lá na terra dele. Então, o povo pensa que imposto é tirar do bolso o dinheiro e entregar ao governo, aí é pagar imposto. Como o pobre nunca faz isso... Nunca pagou imposto de renda, ele acha que é o barão paga. Barão não paga imposto. Ou repassa ou não paga. TB – Quem paga imposto então? J.U.R. – Quem paga o imposto é o beneficiário do Bolsa-Família, que não está transferindo renda de ninguém para ninguém. O pobre não sabe que, quando ele paga R$ 1 de açúcar, R$ 0,40 são do governo. Mesma coisa com o café. Se for cachaça então, é 90%. Quer dizer, qual é a transferência de renda que está havendo nisso? Está havendo é a criação de um povo cuja sabedoria é expressa até em um verso de Luís Gonzaga, que, esse sim, foi um grande brasileiro. Um grande Luís! Luís Gonzaga, sanfoneiro que dizia: “Não dê esmola que vicia o cidadão”. É verdade! E você tem que levar em conta que a lei do menor esforço não é uma lei inventada por professor para poder dar carão em aluno. A lei do menor esforço é uma lei física. Se você soltar um fio d’água nessa mesa para escorrer, a água vai escolher o caminho que tenha mais facilidade para ela. Isso é uma lei universal da natureza. Então, nós vivemos em uma terra que já partilha das características litorâneas. É conhecido que povo de beira de praia é povo preguiçoso. É natural que seja preguiçoso! Não é porque seja pior que os outros, é porque a proteína animal é mais facilmente encontrada aí... Porque há uma série de facilidades para o sujeito sobreviver e o cara acaba ficando mais preguiçoso. Agora, imagine se o sujeito beneficiado pelo Bolsa-Família, com dois, três filhos, imagine se ele vai querer se abalar com o “rango” da família garantido, se vai querer jogar isso fora por um emprego de um salário-mínimo! Nunca que ele vai aceitar emprego coisa nenhuma! Ele vai é ficar no Bolsa-Família e vai constituir gerações dentro do Bolsa-Família. Nós hoje temos Bolsa-Família profissionais! Como temos MST profissionais! “Qual a sua profissão?”. “Sem-Terra”. Instituímos essa profissão esdrúxula! O sujeito vive de ser sem-terra! Carteira de sem-terra, salário de sem-terra! Ainda temos uma oposição irresponsável em um país que parece ser governado por um bando de gozadores. A oposição apresenta, para aporrinhar Lula, o projeto do 13º salário do Bolsa-Família! (risos). Apresentou para sacanear! Se dissesse que eles estavam apresentando como uma coisa para valer, em que se visse espírito público dos caras, para dizer: “Não, eles estão pensando no Brasil”. Não, eles estão pensando apenas em sacanear Lula! E dar menos condições de governabilidade a ele! TB – Como você vê a atuação dos parlamentares brasileiros? J.U.R. – Essas pessoas estão brincando com o Congresso Nacional, que se desmoralizou. É a pior vergonha da nossa história e é, ao mesmo tempo, a instituição basilar – isso eu posso botar banca porque sou professor de ciências políticas e era bom professor! Pergunte aos meus alunos – então a instituição básica da democracia representativa é exatamente essa. São os nossos representantes que estão desmoralizando o Congresso no Brasil! Hoje, nove em cada dez brasileiros comuns (estou arriscando essa estatística) a quem fosse perguntado: “O que o senhor acha da idéia de botar para fora todos os deputados e fechar o Congresso?”. Nove entre dez brasileiros diria que é a favor! Eles estão fazendo o possível para tornar, aos olhos do povo brasileiro, o Congresso uma fonte de despesa, vexame, vergonha e etc. Diante de um presidente “que vai salvar o país! Vamos dar a ordem para salvar o país!”(fala Imitando a voz do presidente Lula) (risos). Quer dizer, ele não entende “bulhufas” do que está dizendo e está entregando a liderança do continente a um debilóide que é Hugo Chavez, que acha que vai fazer a mesma coisa que Bush, aquele débil mental. Os americanos fazem aqueles filmes de “Rambo” e eles mesmos acreditam... (risos). Eles acreditam que os árabes são ordinários, traiçoeiros e covardes, enquanto eles próprios são todos lindos... Nós vivemos essa hipocrisia, por exemplo, achando que a CIA não tem projetos em relação ao Brasil! Quá Quá Quá... (risos). T.B – Como assim? J.U.R. – Por que no Brasil se quer usar os padrões americanos de negritude? Segundo os quais todos aqui somos negros? E, portanto, perde-se o sentido a palavra “negro”? Porque eles querem dividir o país ao longo de linhas raciais! Vamos supor em uma fantasia alucinada minha, um delírio, se o exército deles quisesse invadir o Brasil e os negros brasileiros se aliassem aos negros invasores contra o inimigo branco! Quando a história do mundo prova, a ciência política e a antropologia já desmoralizam isso há anos! A escravidão não é um fenômeno racial. Os negros não foram o povo que em maior número foi escravizado. A escravidão é um fenômeno que existe desde o surgimento da humanidade. A maior parte dos escravos que existiram na história da humanidade não foi negra, ou seja, foi amarela ou branca. Foi negra também – a escravidão sempre foi o destino do vencido. Eles eram esfolados e mortos como os assírios faziam, ou eram transformados em escravos ou eunucos. Portugal, provavelmente, se escravizou um negro ou outro, foi sem querer ou por acaso... TB – Como assim? J.U.R. – Eu não quero dizer que o português foi bonzinho nem que escravidão tenha alguma coisa de boa. Estou apenas querendo ver as coisas como elas na realidade são. Portugal comprava “peças da índia” – nome que se dava ao lote de escravos já prontos para o comércio – porque a escravidão sempre existiu na África! O destino dos escravos que vieram para o Brasil era permanecer na escravidão, na própria África, ou morrerem! Portugal estabeleceu o Reino do Congo, onde hoje é Angola mais ou menos, meteu o rei Dom Afonso (Portugal era o dono do mundo), fez o papa nomear bispos e mantinha relações com as tribos. O que Portugal fez foi, no máximo, ajudar financeira e tecnologicamente os governos das nações negras que já dominavam seus vizinhos. Por exemplo, os “shanti” eram uma nação chamada de tribo (se for negra é tribo, se for branca, eles chamam de nação...) que foram muito escravizados pelos negros congoleses. Eram negros vencidos pelos próprios negros! Você sabe, por exemplo, que os japoneses nos acham todos iguais. O português podia achar os negros todos iguais, mas os negros se achavam tão semelhantes entre si quanto um belga e um napolitano. Para um negro, o outro negro era um estrangeiro inferior que ele vendia para o português, enquanto ele próprio não admitia ser escravizado e lidava de igual para igual com o colonizador, que fingia que lidava de igual para igual com ele para poder comprar escravos já cativos. T.B. – Como isso se reflete na realidade brasileira? J.U.R. – No Brasil, fala-se muito em cultura africana, que o negro é irmão... Te convidam para comer em um restaurante de comida africana, como se um continente com milhões de pessoas tivesse somente uma cultura! Me lembra uma vez em que fui homenageado em um jantar na Alemanha, e o anfitrião fez o comentário: “Preparamos para você uma atração especial de sua cultura sul-americana” – e apresentou uma banda de índios peruanos tocando flauta! (risos).
Fonte: Tribuna da Bahia
ANASPS AFIRMA QUE PRESSÕES CONTRA AUXÍLIO
O vice-presidente da Associação Nacional dos Servidores da Previdência Social , Paulo César de Souza, classificou hoje de “pirotecnia punitiva” toda a ação do Ministério da Previdência Social contra a concessão de auxílio doença e de aposentadoria por invalidez aos segurados, trabalhadores privados, acrescentando que se trata de “manobra diversionista do Ministro para abafar o monstruoso déficit de R$ 42,0 bilhões , só em 2006, e o déficit de acumulado de R$ 138,0 bilhões nos quatro anos da era Lula, marcada pela ampla desorganização da receita previdenciária”.
“É lamentável que os técnicos terceirizados do Ministério, responsáveis pelo déficit, pois foram fervorosos defensores da 2ª reforma da previdência para reduzi-lo, tirando direitos dos servidores públicos e dos trabalhadores privados, tenham elegido o auxilio doença e a aposentadoria por invalidez como “vilões do déficit”, tal como fizeram no passado com o salário maternidade, disse. Os desvios na área de benefícios acidentários eram perfeitamente previsíveis com a terceirização da perícia médica, e com o estranho conluio de sindicatos com a administração previdenciária, igualmente terceirizada e entregue a políticos inescrupulosos.”
Paulo César de Souza assinalou que “ainda está longe, muito longe mesmo, das despesas com auxilio doença e aposentadoria por invalidez, geralmente com agravos à saúde dos segurados, representar ameaça à Previdência. A farsa precisa ser desmontada pois nela está embutida, de forma cruel e sem qualquer manifestação contrária das entidades dos trabalhadores, a redução do valor do auxilio doença e da aposentadoria por invalidez. É aplicação do fator previdenciário que achatou as aposentadorias previdenciárias, criado supostamente para reduzir o déficit”.
A ANASPS adota posição firme sobre a causa do déficit que não está na concessão de benefícios cada vez com valor médio abaixo do teto do salário de beneficio.
Segundo Paulo César de Souza a causa do déficit está no desmonte da Procuradoria Geral do INSS, na desorganização da Receita Previdenciária bem como na entrega do Ministério e do INSS a maus políticos e gestores públicos que nada fizeram, nos últimos quatro anos para:
- combater a sonegação estimada em 30/40% da receita;
- cobrar a mega dívida, administrativa e fiscal de R$ 300 bilhões;
- reduzir as renuncias contributivas que passam dos R$ 12 bilhões/ano;
- recuperar créditos, que se situou em níveis ínfimos de 1% da dívida;
- impedir mais beneficios e vantagens aos caloteiros através dos REFIS 1,2,3 e 4.
“A pressão sobre o auxilio doença e a aposentadoria por invalidez tenta colocar debaixo do tapete os desacertos identificados nas áreas da Procuradoria e da Receita Previdenciária, atenuados pela forte transferência de recursos do Tesouro para cobertura do déficit de caixa do INSS. Insistimos: nada absolutamente nada foi feito nos últimos quatro anos para fiscalizar, cobrar e arrecadar mais. Foram quatro anos de incompetência olímpica e siderúrgica. Lamentável neste processo a omissão das entidades dos Procuradores e dos Auditores Fiscais. Mas muito foi feito para não incomodar os devedores e beneficiar os caloteiros da Previdência”, observou o vice presidente da ANASPS.
A ANASPS divulgou que nos quatro anos de Lula, 2003-2006 (até nov) , foram concedidos 15,4 milhões de beneficios, correspondendo a 61% do estoque de 24,4 milhões, em dezembro de 2006. Na 2ª era de FHC, 1999-2002, foram concedidos 11,9 milhões de benefícios, correspondendo a 56% do estoque de 21,1 milhões em dezembro de 2006.
O valor médio do benefício evoluiu de R$ 272,73 em 1999, para R$ 379,66 em 2002; R$ 451,00 em 2003 e R$ 578,02 em 2006.
A quantidade de benefícios com o salário mínimo também evoluiu de 66,37% em dezembro de 2000 ( 13,0 milhões de 19,5 milhões) para 65% em dezembro de 2003 (14,2 milhões de 21,8 milhões) e 67,07% em dezembro de 2006 (16,4 milhões de 24,4 milhões).
20.01.2007Para maiores informações ligar para Karla Montenegro xx-61-3321-56 51 E-mail: imprensa@anasps.org.br ou comunicacao@anasps.org.br
“É lamentável que os técnicos terceirizados do Ministério, responsáveis pelo déficit, pois foram fervorosos defensores da 2ª reforma da previdência para reduzi-lo, tirando direitos dos servidores públicos e dos trabalhadores privados, tenham elegido o auxilio doença e a aposentadoria por invalidez como “vilões do déficit”, tal como fizeram no passado com o salário maternidade, disse. Os desvios na área de benefícios acidentários eram perfeitamente previsíveis com a terceirização da perícia médica, e com o estranho conluio de sindicatos com a administração previdenciária, igualmente terceirizada e entregue a políticos inescrupulosos.”
Paulo César de Souza assinalou que “ainda está longe, muito longe mesmo, das despesas com auxilio doença e aposentadoria por invalidez, geralmente com agravos à saúde dos segurados, representar ameaça à Previdência. A farsa precisa ser desmontada pois nela está embutida, de forma cruel e sem qualquer manifestação contrária das entidades dos trabalhadores, a redução do valor do auxilio doença e da aposentadoria por invalidez. É aplicação do fator previdenciário que achatou as aposentadorias previdenciárias, criado supostamente para reduzir o déficit”.
A ANASPS adota posição firme sobre a causa do déficit que não está na concessão de benefícios cada vez com valor médio abaixo do teto do salário de beneficio.
Segundo Paulo César de Souza a causa do déficit está no desmonte da Procuradoria Geral do INSS, na desorganização da Receita Previdenciária bem como na entrega do Ministério e do INSS a maus políticos e gestores públicos que nada fizeram, nos últimos quatro anos para:
- combater a sonegação estimada em 30/40% da receita;
- cobrar a mega dívida, administrativa e fiscal de R$ 300 bilhões;
- reduzir as renuncias contributivas que passam dos R$ 12 bilhões/ano;
- recuperar créditos, que se situou em níveis ínfimos de 1% da dívida;
- impedir mais beneficios e vantagens aos caloteiros através dos REFIS 1,2,3 e 4.
“A pressão sobre o auxilio doença e a aposentadoria por invalidez tenta colocar debaixo do tapete os desacertos identificados nas áreas da Procuradoria e da Receita Previdenciária, atenuados pela forte transferência de recursos do Tesouro para cobertura do déficit de caixa do INSS. Insistimos: nada absolutamente nada foi feito nos últimos quatro anos para fiscalizar, cobrar e arrecadar mais. Foram quatro anos de incompetência olímpica e siderúrgica. Lamentável neste processo a omissão das entidades dos Procuradores e dos Auditores Fiscais. Mas muito foi feito para não incomodar os devedores e beneficiar os caloteiros da Previdência”, observou o vice presidente da ANASPS.
A ANASPS divulgou que nos quatro anos de Lula, 2003-2006 (até nov) , foram concedidos 15,4 milhões de beneficios, correspondendo a 61% do estoque de 24,4 milhões, em dezembro de 2006. Na 2ª era de FHC, 1999-2002, foram concedidos 11,9 milhões de benefícios, correspondendo a 56% do estoque de 21,1 milhões em dezembro de 2006.
O valor médio do benefício evoluiu de R$ 272,73 em 1999, para R$ 379,66 em 2002; R$ 451,00 em 2003 e R$ 578,02 em 2006.
A quantidade de benefícios com o salário mínimo também evoluiu de 66,37% em dezembro de 2000 ( 13,0 milhões de 19,5 milhões) para 65% em dezembro de 2003 (14,2 milhões de 21,8 milhões) e 67,07% em dezembro de 2006 (16,4 milhões de 24,4 milhões).
20.01.2007Para maiores informações ligar para Karla Montenegro xx-61-3321-56 51 E-mail: imprensa@anasps.org.br ou comunicacao@anasps.org.br
INSS VIOLA CONSTITUIÇÃO, AGRIDE SERVIDORES,
INSS VIOLA CONSTITUIÇÃO, AGRIDE SERVIDORES,
CENSURA E-MAILS NA INTRANET E CRIA O “SECCURITY OFFICER”
PARA FISCALIZAR O CORREIO ELETRÔNICO. É UM ABUSO
O presidente do INSS, sr. Waldy Simão, num surto de intolerância e abuso do poder baixou a RESOLUÇÃO No- 31, DE 15 DE JANEIRO DE 2007, que “dispõe sobre aplicação de penalidades pelo uso indevido do Correio Eletrônico da Previdência Social no âmbito do Instituto Nacional do Seguro Social-INSS.”
Fundamentando-se em atos discricionários seus e de seu superior imediato, o ministro da Previdência, inclusive a esdrúxula “Portaria no- 311/INSS/PRES, de 15 de setembro de 2005, que designa o servidor Rômulo Nonato, matrícula no- 0.923.654, para exercer a função de Oficial de Segurança da Informação (Security Officer) no âmbito do INSS”, o sr. Waldy Simão foi longe demais.Como Oficial Superior da nova Santa Inquisição, estabeleceu:
- O Correio Eletrônico da Previdência Social, no âmbito do INSS, é de uso exclusivo de seus servidores, incluindo todos que se vinculem à Administração, ainda que de maneira transitória (art. 327 do CP);
- Cada usuário do Correio Eletrônico será credenciado com senha particular, de uso pessoal, vedado o seu empréstimo ou permissão de uso, sob pena de responsabilidade pelos dados e informações transportados em seu nome;
- A utilização do Correio Eletrônico, por meio dos computadores da rede corporativa ou sob qualquer forma de acesso remoto, destina-se às necessidades do serviço da Autarquia;
- As mensagens transportadas via Correio Eletrônico, em razão do princípio da publicidade (CF, art. 37, caput) e da própria natureza do serviço público, são, em regra, públicas.
- O Oficial de Segurança da Informação do INSS solicitará à administração do Correio Eletrônico da Previdência Social o monitoramento das mensagens encaminhadas ou recebidas, o que não implica violação de correspondência ou comunicação para qualquer fim.
É por aí vai, com umburocratês digno de nota ao adotar formulário de “caça às bruxas” e de criar inclusive o que classifica de “forense computacional”, definido “ como computacional como o conjunto de técnicas utilizadas para identificar e coletar evidências digitais, essenciais para uma possível ação administrativa contra o autor de utilização indevida dos meios eletrônicos disponibilizados pela Previdência Social”.
OPINIÃO DA ANASPS
No fechamento desta edição, esta maluquice não tinha sido revogada.É terrorismo puro contra os servidores, com o objetivo de evitar criticas internas aos desmandos, erros, irresponsabilidades cometidas pelo Ministro e pelo presidente e diretores do INSS.Há quatro anos que batem nos servidores de todos os lados, humilham e agridem, em seus locais de trabalho e em seus lares, com “as forças tarefas de ocupação e terrorismo de Estado”.Os caloteiros, os devedores da Previdência, jamais foram incomodados. Os que beneficiam os caloteiros idem. Os que fizeram R$ 130 bilhões de déficit, idem. Os que concederam R$ 50 bilhões de renuncias. Idem. A sede do INSS continua em ruinas, os tapumes estão desabando, as instalações do INSS estão em péssimo estado, falta dinheiro para compra de água, pagamento de luz e telefone, compra de material de expediente; há unidades praticamente sem servidores, falta gestão na imobiliária e na área de recursos humanos, os programas de computador são antiguados, lentos e quase sempre estão fora do ar.Abaixo a censura.
Fonte: Jornal ANASPS
CENSURA E-MAILS NA INTRANET E CRIA O “SECCURITY OFFICER”
PARA FISCALIZAR O CORREIO ELETRÔNICO. É UM ABUSO
O presidente do INSS, sr. Waldy Simão, num surto de intolerância e abuso do poder baixou a RESOLUÇÃO No- 31, DE 15 DE JANEIRO DE 2007, que “dispõe sobre aplicação de penalidades pelo uso indevido do Correio Eletrônico da Previdência Social no âmbito do Instituto Nacional do Seguro Social-INSS.”
Fundamentando-se em atos discricionários seus e de seu superior imediato, o ministro da Previdência, inclusive a esdrúxula “Portaria no- 311/INSS/PRES, de 15 de setembro de 2005, que designa o servidor Rômulo Nonato, matrícula no- 0.923.654, para exercer a função de Oficial de Segurança da Informação (Security Officer) no âmbito do INSS”, o sr. Waldy Simão foi longe demais.Como Oficial Superior da nova Santa Inquisição, estabeleceu:
- O Correio Eletrônico da Previdência Social, no âmbito do INSS, é de uso exclusivo de seus servidores, incluindo todos que se vinculem à Administração, ainda que de maneira transitória (art. 327 do CP);
- Cada usuário do Correio Eletrônico será credenciado com senha particular, de uso pessoal, vedado o seu empréstimo ou permissão de uso, sob pena de responsabilidade pelos dados e informações transportados em seu nome;
- A utilização do Correio Eletrônico, por meio dos computadores da rede corporativa ou sob qualquer forma de acesso remoto, destina-se às necessidades do serviço da Autarquia;
- As mensagens transportadas via Correio Eletrônico, em razão do princípio da publicidade (CF, art. 37, caput) e da própria natureza do serviço público, são, em regra, públicas.
- O Oficial de Segurança da Informação do INSS solicitará à administração do Correio Eletrônico da Previdência Social o monitoramento das mensagens encaminhadas ou recebidas, o que não implica violação de correspondência ou comunicação para qualquer fim.
É por aí vai, com umburocratês digno de nota ao adotar formulário de “caça às bruxas” e de criar inclusive o que classifica de “forense computacional”, definido “ como computacional como o conjunto de técnicas utilizadas para identificar e coletar evidências digitais, essenciais para uma possível ação administrativa contra o autor de utilização indevida dos meios eletrônicos disponibilizados pela Previdência Social”.
OPINIÃO DA ANASPS
No fechamento desta edição, esta maluquice não tinha sido revogada.É terrorismo puro contra os servidores, com o objetivo de evitar criticas internas aos desmandos, erros, irresponsabilidades cometidas pelo Ministro e pelo presidente e diretores do INSS.Há quatro anos que batem nos servidores de todos os lados, humilham e agridem, em seus locais de trabalho e em seus lares, com “as forças tarefas de ocupação e terrorismo de Estado”.Os caloteiros, os devedores da Previdência, jamais foram incomodados. Os que beneficiam os caloteiros idem. Os que fizeram R$ 130 bilhões de déficit, idem. Os que concederam R$ 50 bilhões de renuncias. Idem. A sede do INSS continua em ruinas, os tapumes estão desabando, as instalações do INSS estão em péssimo estado, falta dinheiro para compra de água, pagamento de luz e telefone, compra de material de expediente; há unidades praticamente sem servidores, falta gestão na imobiliária e na área de recursos humanos, os programas de computador são antiguados, lentos e quase sempre estão fora do ar.Abaixo a censura.
Fonte: Jornal ANASPS
Ilações ministeriais
Por: Carlos Chagas
BRASÍLIA - A indagação continua: e o novo ministério? A última informação é de que começará a ser anunciado dia 5 de fevereiro, segunda-feira. Saber porque segunda-feira, e não domingo, constitui dúvida irrelevante, apesar de curiosa. Quer dizer que o governo não trabalha nos fins de semana? Claro que não, aliás, talvez não trabalhe sequer durante.
A especulação mais recente é de que o senador Francisco Dornelles será o novo ministro da Defesa, representando o PP e, mais do que o partido, o bom senso. Afinal, se já foi ministro da Fazenda, da Indústria e Comércio e do Trabalho, fica evidente sua propensão para curinga. Para os militares, alívio, tendo em vista a hipótese, de quando em quando admitida, de Aldo Rebelo. Apesar de acreditar em Deus, o homem é do PC do B, que décadas atrás desencadeou a guerrilha do Araguaia. Seria um pouco demais, mesmo na plenitude democrática.
Embaixada para Pires
Não deverá ser deitado ao mar como carga supérflua o atual ministro da Defesa, Waldir Pires, de reconhecida capacidade administrativa, jurídica e política, mas sem sorte por conta da crise nos aeroportos. Pode vir a ocupar uma embaixada, tanto quanto ser nomeado para a Advocacia Geral da União ou até a Consultoria Geral da República, que exerceu antes de 1964.
Guido Mantega viu crescer a cotação de suas ações para continuar, mas ficaria com os cabelos em pé, se não fosse careca, se soubesse o teor da conversa entre Lula e o ex-ministro Ciro Gomes. Como este logo depois cumpriu missão presidencial, tentando inutilmente um entendimento entre Aldo Rebelo e Arlindo Chinaglia, na disputa pela presidência da Câmara, há quem suponha o seu aproveitamento não na equipe econômica, mas na Coordenação Política, dita Relações Institucionais. Se viável essa ilação, Tarso Genro estaria a um passo do Ministério da Justiça. Caso contrário, Sepúlveda Pertence ainda continua no páreo para um ministério que Michel Temer, se convidado, jamais recusará.
O PMDB já pretendeu seis ministérios. Hoje ficaria contente com dois: preservar as Comunicações e conquistar outro de considerável orçamento, tanto faz se Transportes, Saúde ou Cidades. Dizem que o deputado Nelson Marchezelli, do PTB, já visitou as instalações do Ministério da Agricultura, apesar de o partido possuir o Ministério do Turismo. O problema é que o ministro Mares Guia está a um passo de trocar de legenda, ainda que dificilmente não de ministério.
Luiz Fernando Furlan, do Desenvolvimento Industrial, joga nas onze. Deu sinais de que não queria continuar, pareceu que continuaria se recebesse intenso apelo do presidente Lula e agora, salvo engano, aferra-se à cadeira que exerce. O fato de viajar para Davos com o presidente, hoje à noite, pode significar que permanecerá, tanto quanto estar recebendo a derradeira homenagem do chefe.
Na marca do pênalti
Ministros atuais, daqueles que a gente nem sabe o nome, encontram-se na marca do pênalti, mas pelo menos dois continuarão. Quais? Talvez Silas Rondeau, das Minas e Energia, e Paulo Haddad, da Educação.
O presidente Lula, como seus antecessores, desde Deodoro da Fonseca, irrita-se com as especulações e até disporá do gostinho de não nomear quem já estava nomeado, só para desmentir a imprensa. Mas Delfim Netto ficará de fora? Martha Suplicy, também, apesar de o PT estar a um passo de perder espaço? Dos cotados para ficar, e tomara que não sejam mandados passear só por conta destas linhas, estão Dilma Rousseff, da Casa Civil, Luiz Dulci, da Secretaria Geral da Presidência, Jorge Haje, da Controladoria Geral da União, e quem mais?
Historiadores dizem valer o processo histórico mais do que os homens. Bertrand Russel dizia que se Napoleão não tivesse nascido, a Revolução Francesa acabaria desembocando em alguém como ele. Vamos discordar em parte. Os homens ainda são a mola mestra da História. Assim também no ministério.
Será irresponsabilidade supor os rumos do segundo governo Lula os mesmos, com estes ou aqueles ministros. Lula tem um quê de perverso, ao ficar adiando a reforma ministerial e ensejando especulações. Melhor faria se seguisse o exemplo de Getúlio Vargas, que antes de tomar posse, em 1951, rotulou sua primeira equipe de auxiliares como "o ministério da experiência". Depois, mudou mais de uma vez. No entanto, a tragédia de 1954 teria acontecido se aquele primeiro ministério tivesse continuado?
Fonte: Tribuna da Imprensa
BRASÍLIA - A indagação continua: e o novo ministério? A última informação é de que começará a ser anunciado dia 5 de fevereiro, segunda-feira. Saber porque segunda-feira, e não domingo, constitui dúvida irrelevante, apesar de curiosa. Quer dizer que o governo não trabalha nos fins de semana? Claro que não, aliás, talvez não trabalhe sequer durante.
A especulação mais recente é de que o senador Francisco Dornelles será o novo ministro da Defesa, representando o PP e, mais do que o partido, o bom senso. Afinal, se já foi ministro da Fazenda, da Indústria e Comércio e do Trabalho, fica evidente sua propensão para curinga. Para os militares, alívio, tendo em vista a hipótese, de quando em quando admitida, de Aldo Rebelo. Apesar de acreditar em Deus, o homem é do PC do B, que décadas atrás desencadeou a guerrilha do Araguaia. Seria um pouco demais, mesmo na plenitude democrática.
Embaixada para Pires
Não deverá ser deitado ao mar como carga supérflua o atual ministro da Defesa, Waldir Pires, de reconhecida capacidade administrativa, jurídica e política, mas sem sorte por conta da crise nos aeroportos. Pode vir a ocupar uma embaixada, tanto quanto ser nomeado para a Advocacia Geral da União ou até a Consultoria Geral da República, que exerceu antes de 1964.
Guido Mantega viu crescer a cotação de suas ações para continuar, mas ficaria com os cabelos em pé, se não fosse careca, se soubesse o teor da conversa entre Lula e o ex-ministro Ciro Gomes. Como este logo depois cumpriu missão presidencial, tentando inutilmente um entendimento entre Aldo Rebelo e Arlindo Chinaglia, na disputa pela presidência da Câmara, há quem suponha o seu aproveitamento não na equipe econômica, mas na Coordenação Política, dita Relações Institucionais. Se viável essa ilação, Tarso Genro estaria a um passo do Ministério da Justiça. Caso contrário, Sepúlveda Pertence ainda continua no páreo para um ministério que Michel Temer, se convidado, jamais recusará.
O PMDB já pretendeu seis ministérios. Hoje ficaria contente com dois: preservar as Comunicações e conquistar outro de considerável orçamento, tanto faz se Transportes, Saúde ou Cidades. Dizem que o deputado Nelson Marchezelli, do PTB, já visitou as instalações do Ministério da Agricultura, apesar de o partido possuir o Ministério do Turismo. O problema é que o ministro Mares Guia está a um passo de trocar de legenda, ainda que dificilmente não de ministério.
Luiz Fernando Furlan, do Desenvolvimento Industrial, joga nas onze. Deu sinais de que não queria continuar, pareceu que continuaria se recebesse intenso apelo do presidente Lula e agora, salvo engano, aferra-se à cadeira que exerce. O fato de viajar para Davos com o presidente, hoje à noite, pode significar que permanecerá, tanto quanto estar recebendo a derradeira homenagem do chefe.
Na marca do pênalti
Ministros atuais, daqueles que a gente nem sabe o nome, encontram-se na marca do pênalti, mas pelo menos dois continuarão. Quais? Talvez Silas Rondeau, das Minas e Energia, e Paulo Haddad, da Educação.
O presidente Lula, como seus antecessores, desde Deodoro da Fonseca, irrita-se com as especulações e até disporá do gostinho de não nomear quem já estava nomeado, só para desmentir a imprensa. Mas Delfim Netto ficará de fora? Martha Suplicy, também, apesar de o PT estar a um passo de perder espaço? Dos cotados para ficar, e tomara que não sejam mandados passear só por conta destas linhas, estão Dilma Rousseff, da Casa Civil, Luiz Dulci, da Secretaria Geral da Presidência, Jorge Haje, da Controladoria Geral da União, e quem mais?
Historiadores dizem valer o processo histórico mais do que os homens. Bertrand Russel dizia que se Napoleão não tivesse nascido, a Revolução Francesa acabaria desembocando em alguém como ele. Vamos discordar em parte. Os homens ainda são a mola mestra da História. Assim também no ministério.
Será irresponsabilidade supor os rumos do segundo governo Lula os mesmos, com estes ou aqueles ministros. Lula tem um quê de perverso, ao ficar adiando a reforma ministerial e ensejando especulações. Melhor faria se seguisse o exemplo de Getúlio Vargas, que antes de tomar posse, em 1951, rotulou sua primeira equipe de auxiliares como "o ministério da experiência". Depois, mudou mais de uma vez. No entanto, a tragédia de 1954 teria acontecido se aquele primeiro ministério tivesse continuado?
Fonte: Tribuna da Imprensa
Aposentados realizam manifesto em protesto à perda do poder de compra
Centenas de aposentados foram ontem às ruas reivindicar a recuperação do poder de compra da categoria e a revogação do fator previdenciário, alíquota de cálculo que, segundo a Associação dos Pensionistas e Aposentados da Previdência Social da Bahia (Asaprev-BA), reduz o valor do benefício. O grupo, que saiu da Praça da Piedade em direção à Municipal, aproveitou o dia nacional da categoria e o 84º aniversário da Previdência para chamar a atenção da sociedade para problemas que atingem os idosos.
Ao longo do trajeto, uma banda de música e mamulengos animavam o cortejo. Hoje, às 9h, haverá nova manifestação com a lavagem das escadarias da Agência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), no Comércio, com a participação de cerca de dez baianas.
Segundo o presidente da Asaprev-BA, Gilson Costa de Oliveira, é necessária a recuperação do poder de compra das aposentadorias, tendo como parâmetro o salário mínimo. Pelo sistema atual, as aposentadorias superiores ao salário mínimo sofrem reajustes que acompanham a variação da inflação. O mínimo, por sua vez, tem uma reposição superior, mas que depende de decisões políticas. Para se ter uma idéia, nos últimos cinco anos, o salário mínimo subiu praticamente 100%, passando de R$ 151 para R$300, e os benefícios acima do mínimo foram reajustados em apenas 56,46%. “Nós não podemos ser mais prejudicados do que já fomos”, desabafou Oliveira.
A categoria aproveitou também para pedir mudanças no cálculo dos benefícios. No segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso, foi criado o fator previdenciário, um sistema de cálculo da aposentadoria que reduz o valor concedido em idade abaixo da expectativa de vida da população. “Com este sistema, parte-se do pressuposto de que, como se vai pagar por mais tempo ao aposentado, o valor será menor”, conclui o presidente da Asaprev-BA.
Estados – Em São Paulo, também foram registradas manifestações. Houve marcha no centro da capital, organizada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores Aposentados e Pensionistas (Sintap/CUT). Durante a manhã, os manifestantes entregaram um documento sobre a condição dos aposentados, pensionistas e idosos ao INSS.
Fonte: Correio da Bahia
Ao longo do trajeto, uma banda de música e mamulengos animavam o cortejo. Hoje, às 9h, haverá nova manifestação com a lavagem das escadarias da Agência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), no Comércio, com a participação de cerca de dez baianas.
Segundo o presidente da Asaprev-BA, Gilson Costa de Oliveira, é necessária a recuperação do poder de compra das aposentadorias, tendo como parâmetro o salário mínimo. Pelo sistema atual, as aposentadorias superiores ao salário mínimo sofrem reajustes que acompanham a variação da inflação. O mínimo, por sua vez, tem uma reposição superior, mas que depende de decisões políticas. Para se ter uma idéia, nos últimos cinco anos, o salário mínimo subiu praticamente 100%, passando de R$ 151 para R$300, e os benefícios acima do mínimo foram reajustados em apenas 56,46%. “Nós não podemos ser mais prejudicados do que já fomos”, desabafou Oliveira.
A categoria aproveitou também para pedir mudanças no cálculo dos benefícios. No segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso, foi criado o fator previdenciário, um sistema de cálculo da aposentadoria que reduz o valor concedido em idade abaixo da expectativa de vida da população. “Com este sistema, parte-se do pressuposto de que, como se vai pagar por mais tempo ao aposentado, o valor será menor”, conclui o presidente da Asaprev-BA.
Estados – Em São Paulo, também foram registradas manifestações. Houve marcha no centro da capital, organizada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores Aposentados e Pensionistas (Sintap/CUT). Durante a manhã, os manifestantes entregaram um documento sobre a condição dos aposentados, pensionistas e idosos ao INSS.
Fonte: Correio da Bahia
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