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sexta-feira, abril 04, 2025

Ato de Bolsonaro na Av. Paulista testará a extensão da anistia aos réus golpistas

Publicado em 4 de abril de 2025 por Tribuna da Internet

O que dizem os líderes do Centrão sobre apoio das bancadas à anistia | Metrópoles

Em São Paulo, Bolsonaro espera atrair mais manifestantes

Pedro Augusto Figueiredo
Estadão

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) realiza no próximo domingo, 6, na Avenida Paulista, a primeira manifestação de rua após ter se tornado réu no Supremo Tribunal Federal (STF). O ato, que tem como mote a anistia aos condenados pelos atos golpistas 8 de Janeiro, será um teste decisivo da capacidade de Bolsonaro levar à população às ruas após o protesto esvaziado na praia de Copacabana em março.

Nas redes sociais, a convocação mira especialmente o público feminino ao ressaltar o caso da cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos e o batom utilizado por ela para pichar a estátua “A Justiça”.

DESMOBILIZAÇÃO -O histórico recente aponta uma desmobilização do bolsonarismo. O melhor público foi de 185 mil pessoas na Paulista em fevereiro de 2024, dias após o ex-presidente ter o passaporte apreendido pela Polícia Federal. Meses depois, 45,4 mil manifestantes foram ao ato de 7 de Setembro na mais famosa avenida de São Paulo — um quarto do total.

No Rio de Janeiro, 64,6 mil pessoas foram ao 7 de setembro de 2022, quando Bolsonaro ainda era presidente e estava em campanha pela reeleição. No último dia 16 de março, compareceram 18,3 mil pessoas no ato pela anistia. Os dados são do Monitor do Debate Político da Universidade de São Paulo (USP), que também tem mostrado dificuldade da esquerda em mobilizar as ruas.

PANCADAS DE CHUVA – A previsão do tempo para domingo é de pancadas de chuva e trovoadas isoladas na cidade de São Paulo, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O órgão emitiu alerta laranja para chuvas intensas em cidades do Estado, inclusive a capital paulista.

O aviso é válido até sexta-feira, 4, mas pode ser prorrogado. O alerta significa risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e descargas elétricas.

“A presença do povo na Paulista será um termômetro para a anistia. A presença de vocês vai dar força pra gente vencer resistências, votar e aprovar a lei da anistia. Vocês que forem à Paulista estão sendo, de verdade, os responsáveis pela libertação dessas pessoas humildes. Da Débora, da missionária Eliene, entre tantos outros”, disse Bolsonaro na quarta-feira em entrevista ao canal AuriVerde Brasil.

PROJETO DA ANISTIA – O PL pressiona para que o projeto da anistia seja pautado na Câmara dos Deputados, com extensão aos golpistas. Para um projeto de lei ser votado na Casa legislativa, é preciso haver pelo menos 257 deputados na sessão. O texto é aprovado com votos da maioria simples, ou seja, maioria dos presentes.

Uma mudança em relação às últimas manifestações é o esforço para que governadores de direita, mas não necessariamente bolsonaristas, marquem presença.

Bolsonaro se envolveu pessoalmente neste ponto. Ele ligou para Romeu Zema (Novo-MG), que aceitou o convite e foi incluído na lista dos que discursarão no evento — entre os governadores, a princípio apenas Tarcísio de Freitas (Republicanos) também discursará. Zema passou a defender de forma mais enfática a anistia nas últimas semanas e publicou um “hino gospel” em suas redes sociais como apoio à medida.

SEM RATINHO – Ratinho Júnior (PSD-PR) era cotado para ser o outro chefe de governo estadual a falar, conforme o pastor Silas Malafaia, coordenador do evento, disse ao Estadão. A assessoria do governador paranaense informou, no entanto, que ele viaja para os Estados Unidos na noite de domingo.

O governador Eduardo Riedel (PSDB-MS) foi convidado por Bolsonaro durante entrevista a uma rádio de Campo Grande (MS). O governador sul-mato-grossense não havia confirmado presença até a noite de quarta-feira, mesmo caso de Cláudio Castro (PL-RJ), Ronaldo Caiado (União-GO) e Mauro Mendes (União-MT). Por outro lado, Jorginho Mello (PL-SC), anunciou que estará na Paulista.

A presença maior dos governadores no domingo é uma evidência de que eles querem aparecer e mostrar apoio ao ex-presidente que está em situação difícil. Zema, Caiado e Ratinho são pré-candidatos a presidente, enquanto Tarcísio, cotado como sucessor de Bolsonaro, e Riedel caminham para disputar a reeleição. Há caravanas saindo de Estados próximos, como Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e do interior paulista.


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