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sexta-feira, novembro 22, 2024

Para manter delação, Cid incrimina Braga Netto na tentativa de golpe

Publicado em 22 de novembro de 2024 por Tribuna da Internet

Mauro Cid

Mauro Cid chegou a preparar uma “maleta da prisão”

Aguirre Talento, Mateus Coutinho, Laila Nery e Bruno Luiz
Do UOL

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), teve sua delação premiada mantida nesta quinta-feira (21) após prestar um novo depoimento ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). Segundo o UOL apurou, o acordo foi mantido porque Cid deu novas informações envolvendo o general Braga Netto nas articulações golpistas.

Delação premiada estava em risco. O acordo podia ter sido anulado se Moraes concluísse que Cid não tinha cumprido com as obrigações da colaboração.

NOVAS INFORMAÇÕES – Segundo o UOL apurou, o acordo foi mantido porque Cid deu novas informações envolvendo o general Braga Netto nas articulações golpistas.

O ministro Alexandre de Moraes considerou que o depoimento foi suficiente para esclarecer as omissões e contradições apontadas pela PF e, por isso, Cid pôde voltar para casa.

Cid falou em reunião para discutir tentativa de golpe. Ele narrou no depoimento ao ministro do STF uma reunião no apartamento de Braga Netto para discutir o assunto. O militar da alta cúpula foi indiciado hoje, assim como outras 36 pessoas e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Cid também integra essa lista.

BRAGA NETTO REAGE – A defesa de Braga Netto vai aguardar”o recebimento oficial dos elementos informativos para adotar um posicionamento formal e fundamentado”.

Após o indiciamento, os advogados do general disseram que “destacam e repudiam veementemente, e desde logo, a indevida difusão de informações relativas a inquéritos, concedidas “em primeira mão” a determinados veículos de imprensa em detrimento do devido acesso às partes diretamente envolvidas e interessadas”.

PF havia relatado a Moraes que Cid tinha violado cláusulas da delação premiada. Como o acordo foi homologado pelo ministro, cabia a ele analisar se houve algum descumprimento nos termos firmados.

DELAÇÃO MANTIDA – Os investigadores, no entanto, não pediram a rescisão da delação. Moraes pediu ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, um parecer sobre a validade do acordo. Mas manteve os benefícios ao final do depoimento de hoje.

Depoimento durou 3 horas. Ele chegou ao Supremo por volta das 13h30 pela garagem do subsolo. Ele não estava de farda e foi acompanhado por seus advogados, Cezar Bittencourt e Vania Adorno Bitencourt. Foi a segunda vez em oito meses em que ele foi chamado a dar explicações.

Após as três horas de oitiva, o tenente-coronel retornou à sua casa e manteve seus benefícios.

CONTRADIÇÃO – O advogado fala em ‘audiência positiva’. Cezar Bittencourt comentou, na saída do STF, que o depoimento havia sido “positivo” e “deu uma satisfação ao ministro” sobre os temas apontados. Entretanto, na saída da oitiva, ele negou que Cid tenha feito novas revelações. “Cid foi questionado apenas sobre as condições da delação”, disse.

O tenente-coronel foi intimado por Moraes a explicar contradições e omissões em depoimento à Polícia Federal na terça (19).

Para investigadores, Cid tinha deixado de informar à corporação detalhes sobre o plano de golpe de militares que incluiria o assassinato do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do próprio Moraes.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Na verdade, esse tipo de matéria não é confiável, porque repassa informações manipuladas2 pela equipe de Moraes no Supremo. Deve ser isso que chamam de “desinformação”.  (C.N.)

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