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terça-feira, novembro 22, 2022

Bolsonaro pede que TSE anule votos de 250 mil urnas e Moraes exige “detalhes”


Valdemar conversa com ministro do Supremo e diz confiar em urnas | Política | O Globo

Costa Neto não ia pedir a anulação, mas acabou pedindo

Karla Gamba
O Tempo

O presidente Jair Bolsonaro (PL) ingressou com uma representação, nesta terça-feira (22), no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo a anulação dos votos de 250 mil urnas que supostamente tiveram problemas durante as eleições. O pedido é baseado em um relatório técnico elaborado por uma auditoria do Instituto Voto Legal (IVL).

O Tempo teve acesso a íntegra do documento protocolado no TSE, que é assinado também pela Coligação Pelo Bem do Brasil, pela qual Bolsonaro foi candidato. Nele, os advogados relatam que foram encontradas “evidências contundentes” do mau funcionamento das urnas eletrônicas e que tais desconformidades irreparáveis ocorreram em cinco modelos de urnas fabricadas nos anos de 2009, 2010, 2011, 2013 e 2015. Ainda, conforme alegam, esses erros podem ter influenciado no resultado do segundo turno das eleições de 2022.

SEM ANULAÇÃO? – A representação não pede a anulação total do pleito, mas solicita que o Ministério Público Eleitoral tome ciência e analise seus argumentos; que as partes, as coligações de Bolsonaro e de Luiz Inácio Lula da Silva, sejam intimadas para se manifestar; e que seja criada uma Comissão Técnica Independente de Verificação Extraordinária, formada por profissionais especializados, com notório saber técnico em auditoria de sistemas de informação, através de arquivos de log de sistemas, que não sejam filiados a qualquer partido político para que se garanta a total transparência dos trabalhos de verificação. 

Por fim, a representação pede que os votos que foram contabilizados nessas urnas que tiveram problemas sejam anulados, e o advogado Marcelo Luiz Ávila de Bessa pede que seja concedida a oportunidade de fazer sustentação oral na ocasião em que o processo for analisado. 

O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, deu 24 horas para o PL apresentar um relatório mais completo e que essa representação inclua também o primeiro turno das eleições. A relatora da representação eleitoral para verificação extraordinária à Corte é a ministra Cármen Lúcia.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– Ainda bem que foi apresentada essa petição por Bolsonaro e seus seguidores. Agora, finalmente poderá haverá uma definição – ou as manifestações diminuem, com os fanáticos retornando às suas casas para tomar um banho e assistir aos jogos do Brasil; ou os protestos ganharão ainda mais força, fazendo com que haja repressão contundente, com prisões e tudo o mais.

O presidente nacional do PL, aceitou a pressão de Bolsonaro e mudou de ideia. Ao invés de pedir apenas a recontagem, como havia declarado, resolveu reivindicar a anulação dos votos de 250 mil urnas que supostamente tiveram problemas.

Quanto ao relatório que baseia o requerimento, não tem a menor chance de êxito, vale menos do que uma nota de três dólares. Nessa confusão, quem sai ganhando é o engenheiro Carlos Rocha, que criou este ano o Instituto Voto Legal para tomar um dinheiro do bolsonarismo e se deu bem. Muito bem, mesmo. (C.N.)


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