Certificado Lei geral de proteção de dados

Certificado Lei geral de proteção de dados
Certificado Lei geral de proteção de dados

terça-feira, novembro 22, 2022

Última cartada de Bolsonaro é um “blefe” e TSE arquivará o pedido para anular urnas


Bolsonaro responde a doze ações no TSE que podem o deixar inelegível | Metrópoles

Bolsonaro forçou o PL a pedir a anulação de 250 mil urnas

Carlos Newton

Antes mesmo de Valdemar Costa Neto, presidente do PL, ter cedido às pressões do ainda presidente Jair Bolsonaro e enfim haver aceitado encaminhar pedido ao Tribunal Superior Eleitoral para anulação dos votos de 250 mil urnas, já se sabia que a petição não tinha fundamento, era apenas uma desesperada tentativa de provocar um golpe militar.

A suposta justificativa que o Instituto Voto Legal diz ter encontrado, segundo o PL e a coligação de Bolsonaro, já tinha sido afastada pelo próprio engenheiro Carlos Rocha, presidente da empresa que fiscalizou a eleição, contratada pelo partido. Em nota oficial, semana passada, ele disse que o argumento estava “obsoleto”. E acrescentou: “Não falo de política em nome do PL. Mas, na minha opinião, não faz qualquer sentido o partido pedir anulação da eleição, quando elegeu a maior base parlamentar da história“, disse Rocha à coluna Painel da Folha.

ARGUMENTO INÓCUO – A parte do relatório usada para pedir a anulação dos votos de aproximadamente 250 mil urnas é a seguinte: “Os logs de todas as urnas mais antigas usadas nas eleições deste ano anteriores ao modelo de 2020 (modelos UE 2009, UE 2010, UE 2011, UE 2013 e UE 2015), receberam um número único e inválido: 67305985. O que se esperava é que, durante a operação da urna, esse número fosse lido pelo software e preenchido com um valor correto individual, mas isso não ocorreu nas urnas antigas. O bug fez com que todos os equipamentos desses modelos mantivessem o mesmo número inválido, 67305985.

O próprio Carlos Rocha havia admitido que tal argumento não tinha força para justificar anulação dos votos, porque essas urnas perderam apenas uma das formas de identificação, mas existem outras.

Segundo uma pesquisa feita pela excelente repórter Clarissa Pacheco, do Estadão, realmente não é verdade que essa falha impeça a verificação de autenticidade dos logs das urnas.

IDENTIFICAÇÃO – Ao contrário do que o PL alega na petição ao TSE, não é o número de série que confere autenticidade à urna, e sim sua assinatura digital, que é perfeitamente detectável pelo TSE se houver alguma modificação no momento da recepção dos dados.

Realmente, as urnas de modelos anteriores a 2020 receberam um número de série único, e não uma identificação individual, como as do modelo novo.

“Mas a ausência desse número de série não significa que os resultados estejam comprometidos, que não seja possível identificar a autenticidade de um log ou a qual urna o documento pertence. Há outras informações no log, mesmo o das urnas mais antigas, que permitem identificá-lo, conferir sua autenticidade e apontar a que urna, zona, seção eleitoral e local de votação ele pertence”, destacou a jornalista Clarissa Pacheco.

###
P.S. –
 Em tradução simultânea, isso significa que a petição de Bolsonaro será rapidamente arquivada pelo TSE, não há a menor possibilidade de prosperar. 
Espera-se que as Forças Armadas não caiam neste “blefe” de Bolsonaro, porque no pôquer da política não pode haver espaço para fraudes ou cartas marcadas. Está na hora de Bolsonaro reconhecer a derrota e mandar os manifestantes de volta a suas casas, para assistir à Copa, que é assunto mais sério do que essas armações de jogador principiante(C.N.)

Em destaque

Moraes vota contra pedido de Bolsonaro para arquivar inquérito sobre vazamento no TSE

  Foto: Rosinei Coutinho/STF/Arquivo O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal) 11 de outubro de 2024 | 17:30 Moraes ...

Mais visitadas