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terça-feira, abril 12, 2022

Royalties provam que produção da Petrobras segue firme no mercado nacional e internacional

Publicado em 12 de abril de 2022 por Tribuna da Internet

Arrecadação de royalties deve bater novo recorde em 2022

Pedro do Coutto

As receitas dos royalties do petróleo distribuídas proporcionalmente aos estados e municípios do país, apresentou um crescimento da ordem de 65% em 2021 em relação à receita de 2020. E, para este ano, está previsto um novo aumento na escala de 59%, o que comprova tanto o crescimento da produção brasileira de petróleo pela Petrobras, quanto o fato do resultado financeiro estar superando por larga margem possíveis reflexos negativos causados pelo preço do barril e pelas oscilações do dólar.

Uma excelente reportagem de Carolina Nalin, O Globo desta segunda-feira, com base em dados da Agência Nacional do Petróleo, revela que este ano a distribuição de royalties está prevista no montante de R$ 118,7 bilhões, independentemente dos problemas alegados para reajuste do preço da gasolina, do diesel e do gás de cozinha, como consequência do mercado internacional e das oscilações do câmbio.

REAJUSTES – Se houvesse uma implicação negativa no mercado internacional, evidentemente, a receita dos royalties seria afetada indiretamente. Como esta receita permanece em expansão, conclui-se, logicamente, que a produção brasileira está superando as dificuldades alegadas pela própria Petrobras para reajustar constantemente os preços nas bombas da gasolina, do diesel e os botijões de gás.

Ao contrário, a previsão da ANP reflete a incorporação de todos esses fatores internos e externos na economia do petróleo e na produção brasileira, que é autossuficiente e está atingindo 2,7 milhões de barris por dia. O problema para o reajuste dos preços nas bombas estaria, portanto, não na produção, uma vez que nosso país é autossuficiente e até exportador, mas sim na importação de gasolina, do diesel e do gás.

CUSTO DO REFINO – Não se trata de vinculação ao preço do óleo bruto; trata-se do custo do refino numa escala capaz de atender o mercado interno. É preciso, portanto, conforme eu já disse, estabelecer o cálculo exato da importação dos derivados em confronto com o crédito obtido no mercado internacional pelas exportações brasileiras de óleo bruto. Uma conta de compensação que pode gerar os efeitos aparentes que influenciam o reajuste dos combustíveis internamente.

Existe uma confusão entre os preços da produção de petróleo bruto com os preços do refino decorrentes da transformação desse óleo em gasolina, diesel e gás. A Petrobras tem obtido uma lucratividade elevada. Os estados e municípios também estão obtendo reflexos em montante bastante elevado.

JOVENS ELEITORES –  Pesquisa do Datafolha publicada domingo na Folha de S. Paulo e objeto de comentário na manhã de ontem na GloboNews, por Valdo Cruz e Otávio Guedes, revela que a hipótese do surgimento de uma terceira via nas eleições presidenciais com base no posicionamento dos eleitores de 16 a 18 anos que vão votar pela primeira vez não existe.

A polarização verificada no quadro geral, apresentando Lula com 43% contra 27% de Bolsonaro, está refletida no comportamento dos eleitores e eleitoras que vão estrear nas urnas neste ano. A divisão por classe permanece a mesma. Na renda menor, domínio de Lula da Silva. No segmento de renda mais elevada, Jair Bolsonaro está na frente. O que favorece Lula porque o número de eleitores e eleitoras de menor renda é muito superior ao daqueles eleitores que ganham por mês mais de 10 salários mínimos.

Considera-se  ilusão que quem ganha mais de 10 salários tenha renda alta. Mas, dentro da realidade brasileira, define a separação de segmentos sociais. Afinal, o Brasil é um país em que 55% da mão-de-obra ativa ganha em média R$ 2,4 mil, renda média menor em 11% do que a verificada em 2021

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