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terça-feira, abril 26, 2022

Lula ironiza Bolsonaro e diz que ele foi “estúpido” e fez “graça” ao dar o perdão

Publicado em 26 de abril de 2022 por Tribuna da Internet

Leia a íntegra da entrevista do presidente Lula à Rádio Som Maior, de  Criciúma (SC) - Lula

Lula anuncia que vai acabar com os “sigilos” de Bolsonaro

Matheus de Souza e Giordanna Neves
Estadão

Pré-candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, 26, que, se eleito, pretende revogar sigilos decretados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre temas considerados polêmicos. Rindo, Lula disse que daria “um jeito” nesses sigilos.

Em entrevista a youtubers, o petista afirmou que o presidente “vive de favor (…) fazendo os seus decretos-lei, fazendo indulto fora de hora, transformando qualquer coisinha que os filhos dele façam em um sigilo de 100 anos”.

IRONIZANDO A GRAÇA – Ainda que indiretamente, foi a primeira vez que o ex-presidente se referiu ao perdão decretado por Bolsonaro ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 8 anos e 9 meses de prisão. Lula vinha sendo questionado por rivais sobre seu silêncio a respeito do tema.

“Eu acho que o Bolsonaro foi estúpido quando fez essa decisão que ele tomou, essa graça que ele fez. Porque ele acha que é graça mesmo, sabe? Não graça no sentido do benefício jurídico, mas a graça do ponto de vista de sorrir […]”, afirmou.

”Eu nem comentei nada, porque tudo o que ele queria era o que aconteceu. Ele abafou o carnaval. Ele fez isso na quinta-feira. Ficou quinta, sexta, sábado, domingo, segunda e terça no auge do noticiário.”

RASTEJANTE – Lula declarou também que o presidente é subordinado e rasteja diante do Congresso. “Nunca antes na história do País teve um presidente tão rastejante diante do Congresso Nacional”, disse o ex-presidente petista.

“Ele (Bolsonaro) não tem força nenhuma. Nem o Orçamento, que é uma coisa do presidente executar, ele não executa, quem executa é o presidente da Câmara, é o presidente do Senado.”

Na entrevista a youtubers e integrantes “da mídia independente”, na definição da assessoria da pré-campanha, Lula afirmou que a eleição para a Câmara dos Deputados será um dos principais focos de sua estratégia e da federação formada por PT, PV e PC do B. “Não adianta votar em um presidente da República se não votar numa quantidade de deputados que pensam ideologicamente como o presidente”.

TETO DE GASTOS E REFORMA – Ao tratar da política econômica de seu eventual governo, Lula voltou a criticar o teto de gastos e a defender uma reforma trabalhista que seja “adaptada” à realidade do mercado de trabalho atual. O ex-presidente atenuou o tom usado até recentemente pelos petistas, que vinham pregando a revogação das mudanças nas leis trabalhistas aprovadas em 2017.

“A gente quer uma mudança na estrutura patrão e empregado em que seja levado em conta os direitos que a sociedade brasileira tem que ter”, disse, defendendo ainda a necessidade de criar uma mesa de negociação entre empresários, trabalhadores, governo e universidades para discutir sobre direitos trabalhistas.

O ex-presidente disse não aceitar a lei do teto de gastos: “Essa coisa do teto de gastos, ela foi feita para garantir que os banqueiros tivessem o deles no final do ano. E nós queremos garantir que o povo terá o seu todo dia, todo mês e todos ano. Fazer política social não é gasto, fazer política social é investimento”.

ORÇAMENTO MILITAR  – Na entrevista, o petista criticou o peso da aposentadoria dos militares no orçamento brasileiro.  “Dois terços do orçamento militar é para pagar aposentadoria. Você tem 400 generais na ativa e 13.000 aposentados recebendo salário iguais aos que estão na ativa. Não pode continuar assim. Você mexe nisso com esse Congresso que está aí? Não mexe”, disse.

O presidente Jair Bolsonaro sancionou, em 2019, a reforma da Previdência dos integrantes das Forças Armadas. O texto aprovado teve vantagens em relação à reforma dos trabalhadores da iniciativa privada e servidores públicos.

Lula ainda classificou de “pura ignorância” as críticas de Bolsonaro e de seus apoiadores aos empréstimos concedidos pelos governos do PT a países como Cuba e Venezuela. Para o pré-candidato petista, o Brasil precisa emprestar dinheiro, sobretudo aos países mais pobres, para se tornar protagonista internacional.

ATIVO PRODUTIVO – “Nós emprestamos dinheiro para construir um ativo produtivo para um País que nos paga”, disse Lula. “Quando a gente financia, a gente está emprestando dinheiro e ao mesmo tempo exportando tecnologia, serviços. Além do País pagar o dinheiro, ele ainda compra produto nosso.”

O petista voltou a criticar a atual política de preços da Petrobras e defendeu o que chama de “abrasileirar” os valores dos combustíveis.

“Por que o preço da gasolina está tão caro? Porque a gente acabou com a BR (Distribuidora) e agora tem quase 400 empresas importando gasolina dos Estados Unidos, importando em dólar, livre de pagamento de imposto e é por isso que o preço está 7, 8 reais. Vamos abrasileirar os preços, não existe explicação da gasolina ser em dólar”, afirmou o petista.

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