Publicado em 11 de abril de 2022 por Tribuna da Internet
Edoardo Ghirotto
Metrópoles
A pré-candidatura de João Doria passará por um momento de depuração no mês de abril. A renúncia ao governo de São Paulo permitirá que a equipe do tucano analise qual é a verdadeira rejeição de Doria em nível nacional. Interlocutores do ex-governador avaliam que a exposição do mandato em São Paulo amplificou a rejeição ao tucano.
A expectativa é de que os índices sejam menores quando Doria for apresentado só como pré-candidato ao Planalto nas próximas pesquisas nacionais.
PESQUISA NEGATIVA – Segundo o Datafolha, Doria deixou o governo com 23% de aprovação dos paulistas e com uma rejeição de 36%. O instituto apontou que 66% dos eleitores no estado não votariam em um candidato indicado pelo tucano.
Pesquisas qualitativas feitas pelo PSDB no início do ano mostravam que a antipatia dos eleitores paulistas era de ordem pessoal e não tinha relação com a gestão estadual.
Como mostrou a colunista Vera Rosa, a campanha de Doria trabalhará para popularizar a imagem do ex-governador e irá apresentá-lo ao eleitor apenas como “João”, mas o tempo para testar a estratégia será curto. O PSDB concordou que o candidato da terceira via será definido junto com o MDB, o União Brasil e o Cidadania até o dia 18 de maio.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Doria é bom de campanha e já conseguiu virar duas situações muito desfavoráveis, quando se lançou candidato a prefeito e depois candidato ao governo paulista. Nessas duas oportunidade, também aparecia mal nas pesquisas. Desta vez, porém, o quadro é ainda mais difícil, porque até 18 de maio tem de superar Ciro Gomes, Sérgio Moro e Simone Tebet para garantir sua candidatura à Presidência. É possível, porém muito improvável. (C.N.)