Certificado Lei geral de proteção de dados

Certificado Lei geral de proteção de dados
Certificado Lei geral de proteção de dados

quinta-feira, janeiro 27, 2022

O holocausto e nós

Dia 27 de janeiro é lembrando em todo o mundo comi o Dia do Hoçocausto, conforme determinação da UNO




Judeus húngaro após desembarcarem em Auschwitz II, na Polônia ocupada, em maio de 1942

Judeus húngaro após desembarcarem em Auschwitz II, na Polônia ocupada, em maio de 1942Foto: Museu do Holocausto

Desde 2005, uma resolução das Nações Unidas determina que o 27 de janeiro seja lembrado como o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto. A data marca a liberação do campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau, em 1945.

Trata-se de data para refletir sobre a dor infligida a uma população ou etnia por ações deliberadas de extermínio – o que se caracteriza como genocídio, no caso em tela comum a judeus e outros inimigos escolhidos pelos nazistas, como ciganos, homossexuais e comunistas.

O extermínio em escala industrial de judeus, sobretudo, é algo que não encontra paralelo na Humanidade, embora haja casos de ações genocidas tão cruéis quanto como o genocídio armênio (1915-1923), imposto pelos turcos ao povo da Armênia, com 1,5 milhão de mortos; o genocídio ucraniano, também conhecido como holodomor (1931 a 1933), imposto pelos russos liderados por Stálin ao povo da Ucrânia, com mais de 4 milhões de pessoas mortas pela grande fome; o genocídio dos tutsis pelos hutus, em Ruanda (1994), com 800 mil mortos.

Ante o fato de que extermínios étnicos em grande escala precede o genocídio judaico e segue existindo mesmo após o horror dos campos de concentração nos mostra que há muito a percorrer para a Humanidade atingir um grau de avanço civilizatório em que as diferenças étnico-raciais não possam ser levadas ao extremo de produzir ódio e morte.

A resolução da ONU que institui um Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto reporta-se basicamente às vítimas judaicas desta infâmia – no que não erro, evidentemente, mas há um vazio da não lembrança dos que pereceram em outros extermínios étnico-raciais. É claro que será preciso eliminar as barreiras políticas que impedem, por exemplo, lembrar dos armênios massacrados pelos turcos ou dos ucranianos mortos pela fome imposta a eles pelos russos.

Há um longo caminho a ser percorrido até que todos os que morreram em razão de ódio étnico-racial ou religioso sejam lembrando como vítimas de holocausto ou genocídio. Lembrar os judeus mortos nos campos de concentração é sempre uma boa forma de também manter vivas as memórias de outros povos e etnias submetidos à crueldade que mata em escala industrial.

Devemos, assim, seguir nesse passo de sempre lembrar dessas pessoas – a partir das mais esquecidas ou sequer citadas, como milhões de africanos mortos na travessia atlântica como escravos, até vítimas muito atuais de holocausto e genocídio em lugares como a África e a Ásia, onde o ódio étnico-racial e religioso permanece como um elemento produtor de dor, sofrimento e morte para milhões de pessoas.

(*) Álvaro Fernando da Mota é advogado, procurador do Estado e mestre em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE. Álvaro também é presidente do Instituto dos Advogados Piauienses😊

https://piauihoje.com/blogs/olhe-direito/o-holocausto-e-nos-389480.html#.YfKCFA44ZD9.whatsapp


Em destaque

Acusação de Moraes ao general Theophilo é uma tremenda fake news

Publicado em 20 de janeiro de 2025 por Tribuna da Internet Facebook Twitter WhatsApp Email General Theophilo foi acusado levianamente por Mo...

Mais visitadas