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segunda-feira, março 08, 2021

CPI da Covid ganha força no Senado, mas a bancada do governo reage e não aceita a convocação


F por não cumprimento de emendas

Há chances de convocar a CPI, diz Izalci Lucas, líder do PSDB

Luiz Calcagno
Correio Braziliense

A pressão para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as ações do governo na pandemia do novo coronavírus cresce exponencialmente. Se no começo da semana, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), não via motivos para uma CPI, agora já tem dificuldades em conter os ânimos devido aos recentes episódios sobre a crise sanitária — sobretudo depois que o país bateu, ontem, a marca oficial de 1.910 mortes pela covid-19 em 24 horas.

Segundo o líder da oposição, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vários parlamentares acenam com a possibilidade de assinarem o requerimento que apresentou. A criação do colegiado dependerá do fim do lockdown no Distrito Federal.

HÁ GRANDES CHANCES – O líder do PT na Casa, Paulo Rocha (PA), argumenta que não se trata de uma “CPI genérica”. “O objetivo não ser uma CPI genérica, mas direcionada à questão da saúde. O que Bolsonaro está fazendo alavanca a nossa força para instalá-la. O que ele fez no Ceará, na semana passada, por exemplo, só justifica a instalação”, afirmou.

O líder do PSDB, senador Izalci Lucas (DF), acredita que há grandes chances de a CPI ser instalada. A demora só se daria graças aos debates em torno da PEC Emergencial.

“Há muita cobrança, é um instrumento da maioria. O presidente do Senado pediu para resolver as questões emergenciais primeiro, mas acho que a chance é grande. O PSDB é favorável. Não é ‘oba-oba’, é buscar um caminho para vacina, auxílio emergencial, combate à pandemia. Buscar um rumo”, justificou.

DEM É CONTRA – Já o líder do DEM, senador Marcos Rogério (RO), atacou a iniciativa. “Críticas podem haver em relação à política de condução do enfrentamento da pandemia, tanto do governo federal, quanto de estados e municípios. Mas, em um momento como esse, o Parlamento ocupar ministro, secretário, auxiliar de governo, para gastarem tempo e energia para se defenderem, quando têm que estar atacando o vírus? CPI não gera leito de UTI, não traz vacina, não atua na ponta”, justificou.

O líder do PROS, Telmário Mota (RR), vai na mesma linha. “A CPI vai apurar o quê? Qual é o foco? Uma deficiência do governo federal? Isso já está com a PGR (Procuradoria-Geral da República). E se a Polícia Federal e o Ministério Público estão atuando, qual a finalidade da CPI? Por que vai apurar e encaminhar a esses órgãos. É chover no molhado”, destacou.

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