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sexta-feira, junho 19, 2020

Caderneta de mulher de Queiroz tinha anotações sobre ‘dinheiro recebido’ e contatos na polícia


Márcia pagou despesas do Albert Einstein com dinheiro vivo
Ricardo Brandt, Fausto Macedo, Pepita Ortega e Caio Sartori
Estadão
Em buscas feitas na casa de Márcia Oliveira de Aguiar, a atual mulher de Fabrício Queiroz, o Ministério Público de Janeiro apreendeu documentos com anotações sobre os gastos do ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos/RJ) com despesas hospitalares e também sobre possíveis contatos com policiais e milicianos, caso fossem presos.
Queiroz foi preso nesta quinta-feira, dia 18, alvo da Operação Anjo. Ele estava escondido em uma chácara que pertence ao advogado Frederick Wassef, homem de confiança do presidente, Jair Bolsonaro, e defensor de Flávio nas investigações sobre “rachadinha” na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
DINHEIRO VIVO – “Anotações manuscritas em caderneta apreendida na residência de Márcia Oliveira de Aguiar e os recibos do Hospital Israelita Albert Einstein também comprovam que a mulher do operador financeiro da organização criminosa recebeu pelo menos R$ 174 mil, em espécie, de origem desconhecida e pagou as despesas do hospital com dinheiro vivo“, anotam os promotores, no pedido de prisão de Queiroz e sua mulher. Ela considerada foragida da Justiça.
O ex-assessor de Flávio foi internado para tratamento de um câncer em São Paulo. A internação foi o motivo argumentado pela defesa, na época, para que ele não fosse ao Ministério Público prestar depoimento. Queiroz acabou enviando uma declaração por escrito, no início de 2019, aos investigadores, em que isentou o ex-chefe de responsabilidades nos recebimentos de valores dos assessores da Alerj. E negando irregularidades, via defesa, Queiroz afirmou na época que pagava o hospital com recursos próprios.
LÍDER DE ORGANIZAÇÃO – O Grupo de Atuação Especializada de Combate à Corrupção (Gaecc) considera que Flávio Bolsonaro era o líder de uma organização criminosa que atuava em seu gabinete na Alerj – ele foi deputado estadual de 2003 a 2018 -, tendo Queiroz como principal operador financeiro do esquema de arrecadação de parte dos salários dos assessores (‘rachadinha’).
O Ministério Público descobriu que em dezembro de 2019, Fabrício Queiroz, sua mulher e o advogado Luiz Gustavo Botto Maia, também ligado ao filho mais velho do presidente e alvo da Operação Anjo, teriam orientado a mãe do miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega, o Capitão Adriano, Raimunda Veras Magalhães a ficar “escondida”. Capitão Adriano foi morto pela polícia, em fevereiro, na Bahia, após reagir à prisão. Desde janeiro de 2019, ele tinha prisão decretada na Operação Intocáveis – contra a milícia de Rio das Pedras.

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