Márcio Falcão, Fernanda Vivas
G1 / TV Globo
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou por mais cinco dias a prisão da extremista Sara Giromini. Apontada como chefe de um grupo de extrema-direita, que apoia o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ela está presa desde segunda-feira, dia 15, por ordem do ministro, que é relator do inquérito que investiga atos antidemocráticos.
Além de Sara, tiveram a prisão provisória prorrogada outras cinco pessoas que já tiveram a prisão decretada no começo da semana. Um dos elementos que pesam contra o grupo é a movimentação pela captação de recursos para atos antidemocráticos, inclusive, a partir de uma vaquinha online para financiar as ações.
MEDIDAS DE SEGURANÇA – Ao prorrogar a prisão, o STF determinou, a pedido da PGR, que sejam adotadas medidas de segurança para evitar que a extremista seja alvo de rejeição por outros presos. Giromini prestou depoimento à Polícia Federal na segunda-feira, dia 15,quando negou apoio de governo ou partidos em suas ações. Na terça-feira, dia 16, em novo depoimento, Sara e outros três presos ficaram calados. As investigações foram abertas a pedido da Procuradoria-Geral da República e autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes.
Na quarta-feira , dia 17, Sara Giromini foi transferida da Superintendência da Polícia Federal (PF) para o presídio feminino de Brasília, conhecido como Colméia. Na quinta-feira (18), a ministra Cármen Lúcia negou um pedido de liberdade feito pela defesa da extremista. A defesa de Sara Giromini disse ao G1 que “ainda não teve acesso à decisão que determinou a prisão e nem a decisão que autorizou a prorrogação da mesma”.
EM SILÊNCIO – As investigações foram abertas a pedido da Procuradoria-Geral da República e autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes. Na terça-feira Sara e outros três presos ficaram calados durante os depoimentos prestados à Polícia Federal.
Sara Giromini também é investigada em outro inquérito que apura a produção e disseminação de fake news e ataques ao Supremo. No fim de maio, quando foi alvo de uma ação da Polícia Federal nesse inquérito, Sara gravou vídeo com insultos e ameaças ao ministro Alexandre de Moraes, relator. Ela foi denunciada pelo Ministério Público Federal por injúria e ameaça contra o ministro.