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quarta-feira, junho 03, 2020

Acusado de criar fake news sobre Hospital Espanhol, ex-militar apela para Bolsonaro


por Ulisses Gama
Acusado de criar fake news sobre Hospital Espanhol, ex-militar apela para Bolsonaro
Foto: Reprodução / Twitter
Identificado pelo senador Otto Alencar (PSD) como responsável por veicular uma notícia falsa compartilhada pelo presidente Jair Bolsonaro sobre o Hospital Espanhol (leia mais aqui), o ex-militar Ernando Peixoto pediu ajuda ao chefe do Executivo na manhã desta quarta-feira (3), em Brasília, na frente do Palácio da Alvorada. Ele disse estar sendo perseguido e acusou o governador da Bahia, Rui Costa, de promover "terrorismo" no estado.

"Estou sendo condenado pelo governador do estado por fake news. Sou um cidadão que lutou e luta pelo Brasil. Os médicos e enfermeiros estão sendo maltratados. Nós comerciantes estamos sendo acusados de todo tipo de terrorismo, enquanto quem faz terrorismo é o governador do estado, os seus deputados, senadores e seus veradores. Não somos marginais! Elegemos um presidente honesto, de caráter e temente a Deus!", disse, aos gritos.

Peixoto insistiu com acusações sobre os políticos na Bahia e afirmou que não pode ser preso. Ele pediu ação do presidente neste momento.

"Temos que botar esses canalhas na cadeia! José Dirceu não pode ficar solto! Elegi um homem de caráter e não suporto isso. Estamos vivendo o maior terrorismo da nossa vida! Cadê o Aras? Não podemos agir! Vou dar meu sangue à Bahia e à minha pátria! Eu não posso ser preso porque não sou ladrão. Tem uma quadrilha dentro da Bahia e precisamos prendê-los", completou.

Após ouvir alegações de outros apoiadores, Bolsonaro disse estar atento ao que vem acontecendo.

"Estou ouvindo. Não tenho poder de resolver tudo. É um sistema que temos pela frente, mas vai chegar no limite de muita gente", afirmou.

Recentemente, aliados do presidente Jair Bolsonaro foram alvos de mandados de busca e apreensão da Polícia Federal no inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre fake news direcionadas a membros da cúpula do Poder Judiciário.

Bahia Notícias

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Teses lunáticas de Trump sobre Groenlândia lembram Putin sobre Ucrânia Publicado em 12 de janeiro de 2025 por Tribuna da Internet FacebookTwitterWhatsAppEmail Groenlândia: a reação da Europa às ameaças de Trump de anexar território - BBC News Brasil Desse jeito, Trump está para lá de Marrakesh, diria Caetano João Pereira Coutinho Folha Nosso tempo é marxista. Falo de Groucho Marx, não do tio Karl. “Esses são meus princípios, mas se você não gosta deles eu tenho outros”? Precisamente. Donald Trump é o grande inspirador dessa moda. Ainda não está na Casa Branca, mas o mundo ao redor já marcha ao som da música. Mark Zuckerberg é um caso: antes da eleição de Trump, a defesa da democracia implicava moderação de conteúdos “problemáticos” no Facebook. Agora, com a eleição de Trump, a democracia se defende com o fim da moderação —ou, melhor ainda, entregando essa moderação aos usuários, como acontece no X de Elon Musk. MALEABILIDADE – Se, por hipótese, os democratas retornarem em 2028, é provável que Zuckerberg imponha a censura mais uma vez, em nome do mesmo conceito elástico de democracia que ele tem na cabeça. Mas notável é a reação do auditório à ambição do Donald de comprar, ou até conquistar, o território autônomo da Groenlândia, atualmente parte da Dinamarca. É uma questão de segurança nacional, disse ele. Uma “necessidade absoluta”. Entendo. A importância geoestratégica, comercial e energética do território é imensa, sobretudo quando a China e a Rússia andam a rondar por aquelas bandas. Se, e quando, a Groenlândia se tornar independente da Dinamarca, Trump quer ser o primeiro da fila a espetar a sua bandeira, deixando a concorrência chinesa e russa a distância. FALTA COERÊNCIA – Mas como explicar as suas ameaças sobre o assunto? Os opositores da invasão russa da Ucrânia têm aqui um problema de coerência: os argumentos usados por Trump são semelhantes aos usados por Putin para justificar a sua “operação militar especial” na Ucrânia. Se Washington não quer a Rússia ou a China na vizinhança, por que motivo Moscou toleraria a Otan? Para os apoiantes da invasão russa da Ucrânia, outro problema de coerência: como tolerar Putin e criticar Trump quando ambos falam a mesma linguagem? Perante tanto marxismo de tendência Groucho, talvez o melhor seja não mudar de princípios. Defender a liberdade de expressão implica defender essa liberdade para opiniões contrárias, absurdas ou até tóxicas, não um convite à censura prévia de “moderadores” ideologicamente motivados. E OS CRIMES? – Naturalmente que há conteúdos inegavelmente criminosos, que cumpre às plataformas excluir (ameaças terroristas, pornografia infantil etc.). Como cumpre ao sistema judicial investigar e punir delitos cometidos online (calúnias, crimes contra a honra etc.). Mas o ponto de partida da discussão sobre a liberdade de expressão deve ser o mais neutro possível, precisamente para evitar o contorcionismo deprimente e cínico de figuras como Zuckerberg. O mesmo vale para ambições militares que desrespeitam a soberania e a integridade territorial de outros estados. O futuro da Groenlândia, tal como o futuro da Ucrânia, deve depender da vontade do seu povo, não de ocupações criminosas de outras potências. As palavras mais lunáticas de Trump sobre a Groenlândia são tão repugnantes como as de Putin sobre a Ucrânia. A defesa de um mundo livre se faz com amigos e aliados, não com inimigos e escravos. Publicado em Geral | Deixe um comentário |

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