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segunda-feira, março 30, 2020

Pandemia mostra que é preciso haver um serviço público moderno e preparado


Ponto de apoio que irá atender casos suspeitos de coronavírus ...
Esta crise mostra por que as UPAs são consideradas estratégicas
Roberto Nascimento
Antes dos idos de março, início das primeiras contaminações por coronavírus, oriundas de passageiros aéreos infectados vindos da Itália e de outros países, sem saberem que estavam assintomáticos, a equipe econômica só falava em novas reformas, principalmente a administrativa e a tributária (boi de piranha). A que verdadeiramente queriam era a reforma administrativa, destinada a restringir direitos, a reduzir salários e acabar com a estabilidade dos servidores públicos e de empresas estatais.
Esse é o mantra neoliberal da Escola de Chicago, objetivando chegar de qualquer maneira ao Estado Mínimo e desmontar o arcabouço da Política de Bem Estar Social, transferindo a função precípua do Estado para as empresas privadas.
PERIGO DE RECESSÃO – Quando começou a pipocar a pandemia, a equipe econômica e o Planalto ficaram apavorados com o horizonte da recessão. O ministro Paulo Guedes então lançou um Pacote Emergencial de ajuda às empresas, em 13 de março, no valor de 4 bilhões. Na mesma balada, liberou R$ 70 bilhões aos bancos, para ampliar o crédito.
Ao mesmo tempo, enviou ao Congresso uma Medida Provisória liberando a suspensão do contrato de trabalho dos trabalhadores por 4 meses, sem a contrapartida do pagamento de salários, sem se preocupar com a sobrevivência das famílias. A reação foi tão dura e violenta, nas redes virtuais, que no final do mesmo dia 13/3, o presidente voltou atrás nesse artigo da maldade.
No dia 27 de março de 2020, portanto, quatorze dias depois, lançaram novo Pacote de ajuda aos empresários, no valor de R$ 700 bilhões, para evitar a quebradeira geral das empresas. No dia anterior, dia 26/03, Donald Trump, editou um Pacote de ajuda aos empresários e trabalhadores americanos, da ordem de 1 trilhão de dólares. Ainda estamos na casa dos 700 bilhões.
TRABALHADOR INFORMAL – Naquela sexta-feira 13, Guedes anunciou uma benesse de R$ 200 para os trabalhadores informais. Todo mundo criticou o valor ínfimo, mas o ministro disse que dava para comprar duas cestas básicas, desconhecendo completamente o valor dos produtos da cesta.
No início da semana passada, os congressistas acenaram com um aumento para R$ 500. Então o presidente para não ficar por baixo, aumentou para R$ 600 sem falar com o Guedes. Entendam como quiserem.
O ministro, isolado, deu entrevistas totalmente diversas do que fora encaminhado na sexta-feira 13, quando se iniciava a crise pandêmica, dizendo agora que era realmente necessário ajudar o trabalhador que vende mate na praia, que vende bala no sinal, prometeu liberar dinheiro para eles. Quer dizer, passou a se preocupar com os trabalhadores informais, mostrando como as redes sociais têm esse componente social gigantesco de pressão contra as autoridades.
IMPORTÂNCIA DO ESTADO – Na prática, a pretenciosa, presunçosa e preconceituosa equipe do Guedes enfim teve de admitir a importância do Estado. Em tempos de crise global ou regional, como a covid-19, são os servidores do Estado, as enfermeiras, os médicos, os cientistas, os infectologistas, principalmente da Fiocruz, que estão na linha de frente do combate ao vírus infernal.
O coronavírus veio para mostrar que deve haver um equilíbrio entre o público e o privado, sem acabar com um, nem com o outro, ambos em consonância para o bem da nação.
Extinguir o setor público ou torná-lo mínimo, como desejam Guedes e sua equipe econômica, condenaria os mais desprotegidos da sociedade à indigência ou à morte lenta nas ruas, doentes e abandonados pela falta da mão protetora do Estado.
Portanto, vamos todos reconhecer a importância dos servidores. E assim caminha a humanidade.

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