Matheus Lara
Estadão
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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o vereador carioca Carlos Bolsonaro (PSC) vêm utilizando as redes sociais para lamentar com publicações, “likes” e compartilhamentos a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de derrubar a constitucionalidade de prisões após condenação em 2ª instância
A decisão abre caminho para a soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso e condenado na Lava Jato e principal adversário político do presidente Jair Bolsonaro e família. Condenados agora só podem ser presos após o trânsito em julgado – ou seja, quando não há mais possibilidades de recurso. A defesa de Lula promete pedir sua soltura nesta sexta.
“LACRAÇÃO” – “Milhares de presos serão soltos e atordoarão a todos que independentemente de escolha política, gerará reflexos sociais e econômicos seríssimos internos e externos, para quem está aí ou quem virá. Contudo, o legal é lacrar! Pobre deste povo!”, escreveu Carlos. Dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) indicam que 4.895 presos podem ser beneficiados pela decisão da Corte.
Milhares de presos serão soltos e atordoarão a todos que independente de escolha política, gerará reflexos sociais e econômicos seríssimos internos e externos, para quem está aí ou quem virá. Contudo, o legal é lacrar! Pobre deste povo!
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Eduardo foi mais sucinto o que irmão: “Soltam bandidos e desarmam o cidadão. Pobre o brasileiro…”, escreveu. O deputado também curtiu uma publicação de uma ativista conservadora norte-americana Kassy Dillon, que na quinta-feira, dia 7, comentou o caso em tom de lamento: “Que dia obscuro para o Brasil. O ex-presidente corrupto cujo partido lavou cerca de R$70 bilhões deve ser liberado da prisão amanhã”.
Soltam bandidos e desarmam o cidadão. Pobre do brasileiro...
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CRÍTICA – No Youtube, Carlos compartilhou um vídeo intitulado “Professor de Direito explica a decisão do STF sobre segunda instância”, em que o fundador do site de cursos online Jus21, Geovane Moraes, critica a decisão do STF, apesar de reconhecer a necessidade de que ela seja respeitada.
“Qualquer jurista que tenho apreço pelo Direito Penal deve acatar e respeitar a decisão do STF”, diz Moraes no vídeo. “O fato de não concordar não significa que a decisão não tenha que ser respeitada. É um retrocesso no combate ao crime organizado, mas mais importante é a preservação do Estado de Direito. E a preservação demanda pelo respeito às decisões judiciais. Se elas tiverem que ser questionadas, elas devem ser questionadas pelas vias estabelecidas na própria norma.”
ANTES DA VOTAÇÃO – Horas antes da última sessão de votação sobre o tema no STF, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) publicou um vídeo em que se declarou a favor da prisão após condenação em 2ª instância. No mês passado, Carlos assumiu a autoria de uma publicação na conta do presidente Jair Bolsonaro no Twitter a respeito do tema.
“Aos que questionam, sempre deixamos clara nossa posição favorável em relação à prisão em segunda instância”, lia-se na publicação na conta oficial do presidente. O tuíte foi apagado e, logo depois, Carlos assumiu a autoria e se desculpou. “Eu escrevi o tweet sobre segunda instância sem autorização do presidente. Me desculpem a todos!”
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Flávio e Carlos Bolsonaro, os filhos Zero Um e Zero Dois, estão envolvidos em enriquecimento ilícito via “rachadinhas”. O Zero Três, que é mais novo, ainda não foi apanhado. A decisão do Supremo é uma futura blindagem para eles, sem a menor dúvida. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Flávio e Carlos Bolsonaro, os filhos Zero Um e Zero Dois, estão envolvidos em enriquecimento ilícito via “rachadinhas”. O Zero Três, que é mais novo, ainda não foi apanhado. A decisão do Supremo é uma futura blindagem para eles, sem a menor dúvida. (C.N.)