Valdo CruzG1 Política
Ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disseram reservadamente ao blog ser até possível e viável criar um modelo de checagem de assinaturas digitais no país. No entanto, ponderam não haver tempo hábil para criar o sistema, conferir as assinaturas, e aprovar o registro do partido do presidente Jair Bolsonaro, Aliança pelo Brasil, a tempo da sigla disputar as eleições municipais de 2020.
“É possível criar um sistema de conferência digital de assinaturas, cruzando com a base de dados eletrônica hoje disponível no tribunal, mas isso demanda tempo, não é automático, e não estaria pronto para funcionar com segurança até março, prazo final para o registro de partidos que vão disputar a eleição do próximo ano”, afirmou um ministro do TSE.
DIZ BOLSONARO – Nesta quinta-feira (21), Bolsonaro afirmou que, caso a corte impeça o uso das assinaturas digitais no processo de criação da sigla, o Aliança não disputará o pleito do ano que vem.
Na próxima terça-feira (26), o TSE vai analisar um pedido de autorização da coleta digital de assinaturas para criação de partidos no Brasil.
Na avaliação de outro ministro do tribunal ao blog, o TSE precisa analisar se é o momento de facilitar a criação de partidos, diante do número excessivo de legendas hoje já criadas: são 32, além de mais de 70 na fila para análise.
PARTIDOS DEMAIS – “Temos muitos partidos, será que o ideal não seria o caminho oposto, de fusão de legendas, de extinção de outras, em vez de abrirmos o caminho para criação de novas”, argumenta esse ministro do TSE.
Dentro do tribunal, a defesa do presidente Jair Bolsonaro de utilizar a assinatura eletrônica para criação de seu novo partido, que será o nono em sua carreira política, também é criticada.
Ministros lembram que o presidente costuma ser crítico do modelo eletrônico de votação no país, mas agora defende o sistema digital para viabilizar o registro de seu partido. Para eles, é uma incoerência do presidente.
###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Ministro do TSE não tem nada de ficar criticando o excesso de partidos, porque isso é fruto da democracia. Quanto ao partido de Bolsonaro, vai sair muito forte, mas não deverá ter apoio de importantes pastores evangélicos, porque eles são espertos e cada um deles prefere ter um partido próprio, para chamar de seu e negociar o apoio. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Ministro do TSE não tem nada de ficar criticando o excesso de partidos, porque isso é fruto da democracia. Quanto ao partido de Bolsonaro, vai sair muito forte, mas não deverá ter apoio de importantes pastores evangélicos, porque eles são espertos e cada um deles prefere ter um partido próprio, para chamar de seu e negociar o apoio. (C.N.)