Posted on by Tribuna da Internet
Carlos Newton
Um jogo histórico, de arrebentar corações e mentes. Dois times espetaculares garantiam que o resultado poderia favorecer qualquer um dos dois. No primeiro tempo, os jogadores desenvolveram uma velocidade estonteante, e o River Plate jogou melhor, porque não abriu espaço para os atacantes brasileiros, especialmente Gabigol e Bruno Henrique, que estavam neutralizados, digamos a verdade.
O Flamengo ficou nitidamente assustado, a criatividade foi para o espaço, não conseguiam cobrar direito nem mesmo as laterais. O time apenas seguia o exemplo do River Plate e marcava na pressão, sem levar perigo ao grande goleiro argentino Armani, que tentava seu terceiro título na Libertadores.
BOA ESTRATÉGIA – Deu certo a estratégia do técnico Marcelo Gallardo, que jogou na seleção argentina e sabe tudo de futebol. Conseguiu estancar o ímpeto inicial dos rubro-negros e o River Plate forçava o erro nos passes. Nesse tipo de jogo, qualquer descuido pode ser fatal. Numa indecisão da defesa rubro-negra, a bola sobrou para o excelente atacante colombiano Borré, que é matador e chutou com incrível perfeição, num momento em que o goleiraço Diego Alves não tinha visão da jogada.
O resto do primeiro transcorreu sem que o Flamengo se arrumasse em campo, continuava apenas marcando sob pressão e Gabigol e Bruno Henrique não conseguiam chutar em gol.
A continuar esse esquema de jogo, o River Plate poderia ter vencido e não lhe faltaram oportunidades de fazer o segundo gol, mas Diego Alves está sempre inspirado.
ENTRA DIEGO – Os deuses do futebol intervieram, com a contusão de Gérson, que não estava em dia inspirado, como o próprio time, aliás.
O jogo mudou com a entrada de Diego, que estava descansado e soube fazer a diferença, mostrando ao Flamengo como superar a muralha River Plate. Assim, de repente começou um novo jogo, o time rubro-negro acordou e partiu para cima, como faz em todas as partidas, decisivas ou não.
O ataque do Flamengo acompanhou a onda de Diego e as oportunidades de gol foram surgindo, mas a bola não entrava, o goleiro Armani pareceu insuperável. Até que Bruno Henrique fez um daquelas suas jogadas de driblar dentro da área. Poderia ter chutado, mas não foi “fominha”, passou para Arrascaeta, que fez a assistência a Gabigol, que só empurrou a bola empatando o jogo.
A essa altura o River Plate estava extenuado pela correria e o Flamengo mandava em campo, Diego dominou na defesa e fez o lançamento logo e preciso, Gabigol então usou sua preciosa perna esquerda para decidir e partida, consagrando-se como artilheiro da Libertadores, enquanto Bruno Henrique ganhava o anel de melhor jogador da competição.
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P.S. – Nesta sexta-feira, trocando e-mails com Mário Assis Causanilhas, eu lhe mandei a seguinte mensagem sobre o jogo de hoje: “Estou tranquilo, amigo, peguei o Flamengo do final dos anos 50, com um timaço tricampeão, depois na era de Zico e agora com Bruno Henrique. É o melhor time do mundo. Para mim, isso vale mais do que títulos, mas a conquista deles será natural. Temos dois times completos, só de craques. É algo espantoso, e os torcedores dos outros clubes estão reconhecendo o futebol de verdade que o Mengão está jogando. E ele veio assim, em viés de alta, desde a contratação dos dois Diegos, é preciso reconhecer. Não acho que o uruguaio seja melhor do que o Diego. Mas é apenas uma opinião”. Mário Assis respondeu, completando meu raciocínio: “E, ao mesmo tempo, reconhecer o excelente trabalho da equipe do Bandeira de Mello que, em seis anos, saneou as finanças do Clube, propiciando as condições para a contratação desses jogadores”. Exatamente, foi por tudo isso que o Flamengo venceu novamente a Libertadores. Quanto ao técnico, é daqueles que não atrapalham e sabem fazer substituições. E haja coração! (C.N.)
P.S. – Nesta sexta-feira, trocando e-mails com Mário Assis Causanilhas, eu lhe mandei a seguinte mensagem sobre o jogo de hoje: “Estou tranquilo, amigo, peguei o Flamengo do final dos anos 50, com um timaço tricampeão, depois na era de Zico e agora com Bruno Henrique. É o melhor time do mundo. Para mim, isso vale mais do que títulos, mas a conquista deles será natural. Temos dois times completos, só de craques. É algo espantoso, e os torcedores dos outros clubes estão reconhecendo o futebol de verdade que o Mengão está jogando. E ele veio assim, em viés de alta, desde a contratação dos dois Diegos, é preciso reconhecer. Não acho que o uruguaio seja melhor do que o Diego. Mas é apenas uma opinião”. Mário Assis respondeu, completando meu raciocínio: “E, ao mesmo tempo, reconhecer o excelente trabalho da equipe do Bandeira de Mello que, em seis anos, saneou as finanças do Clube, propiciando as condições para a contratação desses jogadores”. Exatamente, foi por tudo isso que o Flamengo venceu novamente a Libertadores. Quanto ao técnico, é daqueles que não atrapalham e sabem fazer substituições. E haja coração! (C.N.)