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quarta-feira, julho 31, 2019

Presidente da OAB interpela Bolsonaro no Supremo para que explique a morte de seu pai


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Felipe Santa Cruz apresenta 5 perguntas para Bolsonaro responder
André de Souza e Adriana Mendes
O Globo
O presidente nacional da OAB, Felipe Santa Cruz , protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF), na tarde desta quarta-feira, interpelação para que o presidente Jair Bolsonaro explique as declarações sobre a morte do pai, Fernando Santa Cruz, desaparecido durante a ditadura militar. O pedido é assinado por doze ex-presidentes da entidade. Como relator do processo, foi sorteado o ministro Luís Roberto Barroso.
Na segunda-feira, Bolsonaro afirmou que se o presidente da OAB quisesse saber sobre a “verdadeira história” do que aconteceu com seu pai, ele poderia contar o que ocorreu . No mesmo dia, enquanto cortava o cabelo, ele afirmou que não foram os militares que mataram o pai do presidente da OAB.
DISSE BOLSONARO – Após citar várias matérias publicadas na imprensa sobre o caso, os advogados justificam que o presidente faz menção à participação de Fernando de Santa Cruz em organização por ele qualificada como “sanguinária”, o que indica “a prática de condutas criminosas”. E assinalam que a referida afirmação, feita de maneira obscura e superficial, requer maior detalhamento”, diz o texto.
Para a Comissão da Verdade, corpo de Fernando Santa Cruz foi incinerado ou enterrado por militares. E para a OAB, a dúvida em relação à declaração fica evidente pela escolha das seguintes palavras: “Não é minha versão. É que a minha vivência me fez chegar a essas conclusões naquele momento”. O pedido é para que o presidente esclareça se ” efetivamente tem conhecimento das circunstâncias, dos autores e dos locais ligados ao desaparecimento forçado de Fernando Augusto Santa Cruz”, e também como teve acesso a tais informações.
JUSTICIAMENTO – Apesar de dois documentos oficiais atestarem o contrário, Bolsonaro disse que Fernando Santa Cruz, integrante do grupo Ação Popular (AP) e desaparecido durante a ditadura militar, teria sido assassinado em um “justiçamento da esquerda” (eliminação de pessoas consideradas traidoras).
Na interpelação, os advogados pedem que Bolsonaro se explique, argumentando que a fala “possivelmente configuraria informação falsa contra a reputação de Fernando de Santa Cruz e a dignidade de seus familiares, a consubstanciar os crimes de calúnia contra os mortos e injúria”.
A respeito do assunto, o presidente disse nesta quarta-feira  que não está preocupado com acusações de que cometeu quebra de decoro ao falar sobre a morte durante a ditadura militar de Fernando Santa Cruz.
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CONHEÇA AS PERGUNTAS FEITAS A BOLSONARO
O presidente da OAB pede que Bolsonaro apresente as seguintes explicações:
“a) se efetivamente tem conhecimento das circunstâncias, dos locais, dos fatos e dos nomes das pessoas que causaram o desaparecimento forçado e assassinato do Sr. Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira;
  1. b) em caso positivo, quais informações o Requerido detém, como as obteve e como as comprova;
  2. c) se sabe e pode nominar os autores do crime e onde está o corpo do Sr. Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira;
  3. d) ainda, em caso afirmativo, a razão por não ter denunciado ou mandado apurar a conduta criminosa revelada; e
  4. e) se afirmou aos órgãos de comunicação social e aos sites referidos no preâmbulo deste petitório que o falecido Sr. Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira teria sido assassinado não por militares, mas por seus companheiros de ideias libertárias (Ação Popular).”
A ação e é assinada por doze ex-presidentes da OAB: Eduardo Seabra Fagundes, José Bernardo Cabral, Mário Sérgio Duarte Garcia, Marcello Lavenère Machado, José Roberto Batochio, Francisco Ernando Uchoa Lima, Reginaldo Oscar de Castro, Roberto Antonio Busato, Cezar Britto, Ophir F. Cavalcante Junior, Marcus Vinicius Furtado Coêlho e Claudio Lamachia.

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