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quarta-feira, julho 31, 2019

Ataque gratuito e insano ao presidente da OAB desagrada aliados de Bolsonaro


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Bolsonaro parece estar participando de um “Big Brother Político”
Deu na Coluna do Estadão
O ataque de Jair Bolsonaro ao presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, pegou mal entre políticos conservadores que apoiam o presidente. “Absolutamente desnecessárias (as falas). Pelo futuro do País, o presidente precisa deixar o passado no passado”, disse Janaína Paschoal (PSL-SP). Reservadamente, militares lamentaram a declaração por ela ter trazido à tona o atestado de óbito de Fernando Santa Cruz, expedido pela Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos: morreu “de causa não natural, violenta, causada pelo Estado”.
“Esse tema suscita muitas memórias, abre feridas. Melhor seria que ele deixasse de se manifestar a esse respeito e tomasse mais cuidado com as falas em geral. Essas falas findam nublando as boas ações do governo”, disse a deputada Janaína Paschoal.
ESTAMOS FORA – Ouvidos reservadamente pela Coluna, outros apoiadores do presidente consideraram a agressão desleal, mesmo entendendo que Santa Cruz é um “esquerdista” a serviço de uma causa.
Nas redes, poucos tiveram coragem de defender o presidente. Quem o fez, como o deputado Major Vitor Hugo, repetiu o argumento, sem provas ou fundamentos, do “justiçamento” de Fernando Santa Cruz, pai de Felipe.
Diferentemente de Bolsonaro, que decidiu desmarcar encontro e depois foi cortar o cabelo, a assessoria do governador de SP, João Doria, confirmou a reunião dele com o ministro de Assuntos Exteriores da França, Jean-Yves Le Drian, no Palácio dos Bandeirantes. A perspectiva da área internacional de Doria é selar parceria com empresas francesas para investimentos em SP.
O chanceler francês, Jean-Yves Le Drian, também levou bolo do vice-presidente Hamilton Mourão.
PIADA – A possibilidade de o PSL mudar de nome, como mostrou Veja, virou bate-boca no grupo de WhatsApp da bancada (para variar). O senador Major Olímpio (SP) lançou mão da história do marido traído que joga fora o sofá.
E a ideia de Bolsonaro de indicar seu filho Eduardo para a embaixada do Brasil em Washington como forma de conseguir parcerias com empresas de mineração em terras indígenas foi vista como um aceno a senadores alinhados a empresas de mineração. A indicação passará pelo crivo da Casa. A propósito, por essas e outras, o Itamaraty deve ficar fora da articulação no Senado para aprovar o nome do deputado federal e presidente do PSL paulista. A articulação será toda bancada e conduzida pelo Palácio do Planalto.
Por fim, Bolsonaro surpreendeu jornalistas que fazem cobertura diária do Planalto. Decidiu dar uma entrevista coletiva para… cinegrafistas. Eram poucos os repórteres no local.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– Conforme já registramos aqui, Bolsonaro está fazendo um governo muito louco, em que dá diversas entrevistas por dia, como se estivesse num “Big Brother Político”. Foi grave sua recusa de receber o chanceler da França, tendo preferido ir cortar o cabelo e filmar uma live na barbearia. Melhor faria se tivesse recebido o ministro e conversado com ele sobre os esforços do Brasil para reflorestar as áreas degradadas, uma iniciativa jamais vista no mundo, conforme já divulgamos aqui na Tribuna da Internet, mostrando o que está sendo feito em São Paulo e em outros Estados. Mas é capaz de Bolsonaro desconhecer essa façanha brasileira. Ele parece não saber de nada, mesmo. (C.N.)

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