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terça-feira, agosto 03, 2010

Servir à ditadura , com total SUBSERVIÊNCIA, trajeto seguro para uma carreira PRECOCE. E até mesmo ETERNA, depois que a ditadura se foi. Marco Maciel

Alfredo Carlos Vasconcellos:
“Helio, acompanho a carreira de Marco Maciel desde 1965, nunca ouvi qualquer acusação de ele ser corrupto. Realmente, foi colaborador do movimento de 64, desde o início”.

Comentário de Helio Fernandes:
No quesito CORRUPÇÃO, você está com a razão: Marco Maciel poderia desfilar pela passarela da Sapucaí, sem qualquer restrição. Mas no resto, Alfredo, Nossa Senhora, que cumplicidade com os horrores da ditadura. Apenas preocupado, interessado e voltado para enriquecer a própria biografia.

Veja se no regime dito democrático, com o voto, a urna e o povo, mesmo desastradamente antipartidário e antipovo, poderia fazer a carreira que fez?

Vejamos as lembrança que ficaram desse pigmeu político, (embora altíssimo no físico) em 45 anos de atividade. De 1965 até hoje, quando continua em pleno aproveitamento da vida pública.

Escrever sobre MM é condenar o favoritismo dos DITADORES aos mais SUBSERVIENTES. Sem nenhuma dúvida, MM é um Sarney, que chegou a presidente pela vice, coisa que também poderia ter conseguido, foi VICE-VERSA POR 8 ANOS.

Comecemos pelo assombro de manutenção no poder, que é esse espantoso Marco Maciel. Há dias completou 70 anos, pela trajetória e pela SERVIDÃO SEM CONVICÇÃO, parece o dobro ou o triplo. Como nasceu em 1940, no golpe de 64 já “descobrira” os caminhos da glória e da permanência no Poder.

Tinha então 24 anos, não vou nem atender às exigências da memória, não haveria espaço. Em 1º de abril de 1964, quando Paulo Guerra traiu Miguel Arraes, que o colocara como vice, e assumiu o “governo” de Pernambuco, MM foi convidado e aceitou ser assessor-conselheiro do “governador”. Se aos 70 anos, sabe pouca coisa, como podia ACONSELHAR um “governador”, mesmo com aspas e paetês, aos 24? Que República.

O importante para ele e sua ambição: estava ao lado do “governador”, sem crachá e com trânsito livre, era tudo o que precisava para levantar vôo na vida política. Por enquanto apenas estadual, mas que sabia, seria logo, logo, nacional.

Deputado estadual e federal era o começo, até que a certidão de idade mostrasse que já tinha condições para ocupar cargos que estipulavam limites para entrar. Lógico, se filiou à Arena, que não impunha limites para sair, desde que não contestasse os “líderes”.

Aos 36 anos, sua grande façanha: nos bastidores da Arena, disputava a indicação para “governador” de Pernambuco com o PRÓPRIO PAI, inédito e inacreditável, mas rigorosamente verdadeiro. O filho, indicado pelo ex-“governador” Nilo Coelho para a sucessão de Eraldo Leite. O pai, apadrinhado pelo traidor e também ex-“governador” Paulo Guerra. Tudo era Arena, o MDB, não tinha vez.

Mas como todo poder ditatorial vinha do “presidente” da República, quando Geisel recebeu a comunicação para decidir, ficou “indignado”, reclamou: “Isso será uma desmoralização”. Não indicou nenhum dos dois, “nomeou” Moura Cavalcanti, que na verdade não precisava, mas era quem tinha votos, e se elegia antes da ditadura.

Tomou posse, “governou” de acordo com as normas ditatoriais, mas não abandonou MM. Com 36 anos, foi eleito, perdão, “nomeado” presidente da Câmara dos Deputados. Quase tão moço quanto Pedro Aleixo, só que este, grande e extraordinária figura. Geisel precisava de um presidente da Câmara, pois iria fechá-la para fazer as “reformas”, e a ditadura amenizar a derrota de 1974 para o Senado, quando o MDB preencheu 16 das 22 vagas. O homem, nesse momento, era MM.

MM correspondeu ao esperado, permitiu tudo. Geisel criou os “senadores biônicos”, vigorariam para 1978, quando seriam disputadas duas vagas para o Senado. Uma passou a ser de “nomeação” da ditadura, que já saía com 22 “vitórias” garantidas.

(Quanto aos BIÔNICOS, Geisel seguia a “inspiração” de Vargas em 1933 para a Constituinte de 1934. Nomeou “biônicos” trabalhadores e “biônicos” patronais, todos eternizados como P-E-L-E-G-O-S. E que deram a ele a CONSAGRAÇÃO da ELEIÇÃO INDIRETA, frustrando o país inteiro, que esperava a primeira eleição direta.

Numa carreira espantosamente FULMINANTE, com 36 anos, presidente de uma Câmara meio ABERTA e meio FECHADA, foi indicado por Geisel para “governador” de Pernambuco, com aval do também indicado por Geisel, João Figueiredo. Aconteceu então o absurdo dos absurdos, a indignidade das indignidades, a provocação das provocações. E o que JAMAIS FOI CONTADO.

MM “eleito governador” em outubro de 1978, mas continuou “presidente” da Câmara até março de 1979. Quer dizer, acumulando dois cargos, sendo “governador” e “presidente” da Câmara, SI-M-U-L-T-A-N-E-A-M-E-N-T-E, prepotência inédita.

Não cumpriu o “mandato” inteiro de “governador”, corria contra o tempo para “construir” a mais rápida carreira de história. Deixou o cargo, para ser senador em 1982, com a ditadura no fim, mas ainda poderosa. Era apenas uma vaga, quase ia perdendo para Cid Sampaio, que depois seria governador sem aspas.

Aos 42 anos, não tinha limites. Apesar de ser de extrema-direita e catolicão, gostava quando repetiam a frase, “nem o céu tem limites para MM”. Sabia que vencera por muito pouco, e por causa do antidemocrático “voto vinculado”. Sua eleição continuava VINCULADA À DITADURA.

Com essa CARREIRA SEMPRE ASCENDENTE, nada SURPREENDENTE que “pensasse” na “Presidência” em 1985. Indireta e ainda dominada pelos resquícios (que palavra) da ditadura. Figueiredo não queria Maluf INDIRETO contra Tancredo Neves, aceitava MM candidato. Mas o “sistema”, apesar de tudo e dos serviços que PRESTARA, não o aceitou.

No início de 1984, véspera da “eleição” indireta para sucessão de Figueiredo, comunicou ao partido que seria candidato a “presidente” em 1985. Mas a repercussão da emenda Dante de Oliveira, das DIRETAS JÁ, apesar de derrotada por 22 votos, mudou todo o panorama visto da ponte da ditadura.

Dentro do PDS, (sucessor da famigerada Arena) não ganhou de Andreazza, Maluf e do “vice-presidente” Aureliano Chaves. Ex-governador de São Paulo, Maluf era notável articulador e pagador (não de promessa, é claro), foi o vencedor dentro do partido, e candidato contra Tancredo. (Até o PT votou em Maluf, “expulsou” os deputados que votaram em Tancredo).

MM ainda tentou, desesperadamente reverter a situação, presidente (?) aos 45 anos, que maravilha viver. Lançou então, no Senado, a MAIS IMORAL e INDECENTE proposta, intitulada PARTICIPAÇÃO E COMPROMISSO, que defendia a implantação de um sistema eleitoral, em que todos OS CARGOS FOSSEM PREENCHIDOS POR ELEIÇÃO DIRETA.

Com seu passado, isso era uma aberração completa, deveria ser considerado INELEGÍVEL para SEMPRE. Não ROUBAVA dinheiro, mas ROUBAVA a dignidade da vida pública. E continuou assim.

Em 1990, renovou o mandato de senador, uma excrescência. Havia tentado, em 1989, a indicação presidencial já pelo PFL. Perdeu para Aureliano, que foi o candidato. No segundo turno, apoiou Collor.

Com tudo o que acontece entre 1990 e 1994, chegou a procurar Leonel Brizola para conversar sobre a eleição de 1994, sucessão de Itamar. Este lançou surpreendentemente o nome de FHC. MM ficou desolado e desesperado, “coordenou” o próprio nome para vice-presidente.

Depois de muita conversação, foi VETADO pelo PSDB, medo da repercussão de escolher um homem tão SUBSERVIENTE à ditadura. Preferiram Guilherme Palmeira, senador das Alagoas. Mas faltando 3 ou 4 meses para a eleição, surgiu um dossiê contra Palmeira, o PSDB recuou, retirou seu nome e indicou quem? MM, que “aceitou” gostosamente, FHC já liderava as pesquisas. FHC COMPROU a REEELEIÇÃO, onde estava MM? DOOU as maiores empresas ESTATAIS, prejuízo de TRILHÕES para o Brasil, onde estava MM?

***

PS – Não é corrupto, de BOTAR DINHEIRO NO BOLSO. Mas é de se manter SILENCIOSO ENQUANTO O PAÍS É DEVASTADO E SE EMPOBRECE com o ENRIQUECIMENTO de grupos MULTINACIONAIS, como é que se chama isso?

PS2 – Sem que ele mesmo esperasse, foi indicado pela Organização Globo, para preencher a vaga (sempre vaga) de Roberto Marinho na Academia. O que pretendiam? Impedir que “o sucessor” atacasse Roberto Marinho?

PS3 – MM sem títulos ou credenciais, cumpriu o VOTO DO SILÊNCIO, como se fosse uma NOVIÇA REBELDE. Mas já passara dos 60 anos e jamais se rebelara, a não ser quando era REPELIDO.

PS4 – Agora, diante do impasse e da obrigação de Serra esperar Aécio, “trabalhou” dentro do partido a volta a vice. “Raciocinava”: se não assumiu o cargo em 8 anos, em outros 8 os fatos não se repetiriam, assumiria. Não conseguiu a indicação.

PS5 – Mas espera, tem paciência. Isso garante. Quanto ao tempo, é um jovem de 70 anos, sem convicção, acredita apenas no destino e na l-o-n-g-e-v-i-d-a-d-e.

Helio Fernandes/Tribuna da Imprensa

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