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quinta-feira, julho 08, 2010

Infidelidade partidária não preocupa candidatos

Luiz Fernando lima

Mesmo diante da tentativa dos órgãos eleitorais de fechar o cerco contra os políticos infiéis, na prática, muitos deles demonstram não estar preocupados. Esta semana, por exemplo, o prefeito de Brumado, Eduardo Vasconcelos (PSDB), mesmo diante da possibilidade de sofrer sanções de seu partido, reiterou seu apoio à reeleição de Jaques Wagner (PT).

O caso é emblemático, mas está longe de ser o único. O presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo (PDT), revelou que 22 dos 27 prefeitos que cumprem mandatos no estado do PSDB, sua antiga legenda, vão apoiar Jaques Wagner. A mudança de palanque também acontece para os peemedebistas. Segundo o presidente da legenda na Bahia, Lúcio Vieira Lima, na convenção estadual do PMDB, realizada no último dia 21, 170 prefeitos compareceram para apoiar o ex-ministro Geddel Vieira Lima. “Tem gestor de todos os partidos apoiando a nossa candidatura”, afirmou.

O presidente estadual do PSDB, Antônio Imbassahy, voltou a declarar que o partido espera que todos os filiados da legenda respeitem a fidelidade partidária e marchem com Paulo Souto e José Serra para os governos da Bahia e do Brasil, respectivamente. No entanto, o ex-prefeito de Salvador explica que a executiva nacional do partido está estudando as possíveis sanções para os infiéis. “Estamos aguardando uma decisão nacional do partido”, esclareceu o tucano, complementando acreditar que este tipo de articulação é ruim para a democracia e espera pelo aperfeiçoamento da lei eleitoral.

Para o especialista em direito eleitoral Ademir Ismerim, o apoio a uma candidatura fora da base aliada é considerado ato de infidelidade partidária, mas não há nenhuma legislação que suspenda o direito de prefeitos marcharem ao lado de quem for conveniente. “Já para os parlamentares é diferente, o partido pode retirar o registro deles e colocar outro no lugar”, ilustrou.

Segundo Ismerim, existe um recurso que pode ser utilizado pelos partidos para pressionar os infiéis. A legenda pode suspender a filiação deles, caso a duração da sanção chegue à eleição. Com isso, o mesmo não poderá se candidatar e o caso será decidido na Justiça. Contudo, Ismerim ressalta que, “geralmente, a justiça não interfere em atos internos dos partidos”.

Outra punição que pode ser adotada é a expulsão do prefeito ou gestor, só que, neste caso, ele continuaria com o mandato e seguiria para a legenda que o abrigasse. Enquanto a lei não muda, os partidos continuam traçando estratégias para trazer o maior número de aliados para a campanha.

O presidente estadual do PT, Jonas Paulo, viajou na tarde de ontem para Juazeiro, onde mobiliza a militância e se reúne com lideranças locais. Geddel chegou à capital da Bahia ontem e também faz reunião com lideranças hoje. Paulo Souto (DEM) está em Xique-Xique, participando do lançamento da campanha de deputados aliados, e Luiz Bassuma (PV) chega de Brasília para dar entrevistas em Salvador. (LFL)

Fonte: Tribuna da Bahia

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