BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assegurou ontem ao PP que o partido continuará com o Ministério das Cidades, e que deverá manter o ministro Márcio Fortes. Ao PDT, Lula deu o indicativo de que também terá um ministério, o que não possui hoje. A legenda quer um que se enquadre no perfil histórico, como Trabalho, Educação ou Previdência Social.
"O presidente disse que vai mapear todos os cargos e seus donos e que, na semana que vem, vai nos chamar para dizer o que tem a oferecer", afirmou o presidente nacional da sigla, Carlos Luppi. "Tivemos uma conversa muito proveitosa. A respeito da ampliação do espaço do partido, vamos continuar a conversar depois do carnaval. Por enquanto, está garantido que o Ministério das Cidades continua com o PP", disse o líder da sigla na Câmara, Mário Negromonte (BA).
As reuniões com as agremiações foram longas. De acordo com os participantes - por parte do PDT, Lupi e os líderes na Câmara, Miro Teixeira (RJ), e no Senado, Jefferson Peres (AM), e do PP, Negromonte e o presidente nacional, deputado Nélio Dias (RN) -, Lula abriu a reunião falando da questão ministerial.
Ele disse que até o fim do mês pretende anunciar toda a equipe de auxiliares do segundo mandato. Rapidamente, no entanto, Lula mudou de assunto e passou a falar nas vantagens do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e nos encantos que o País causa lá fora com os projetos de combustíveis alternativos e limpos, como o álcool e o biodiesel. A ponto de o presidente lembrar que a visita do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, ao Brasil será para tratar da questão dos combustíveis e oferecer parcerias nesta área visando ao desenvolvimento de novas pesquisas.
Na articulação da reforma ministerial, o presidente tornou-se o grande articulador político do governo. A vaga do chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Tarso Genro, candidato a ir para a Justiça, Lula deixou circular a informação de que será ocupada pelo ex-govenador do Acre Jorge Viana (PT), pela senadora Roseana Sarney (PMDB-MA) ou pelo ministro do Turismo, Walfrido Mares Guia.
Ao PMDB, deu a garantia de quatro ministérios - Comunicações, Minas e Energia e Saúde, que são do partido, mais um, possivelmente, o de Integração Nacional, para o deputado Geddel Vieira Lima (BA) e a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Num lance arriscado, Lula deu apoio no presente e no futuro a dois nomes que disputam a presidência nacional da legenda.
Apóia a reeleição do deputado Michel Temer (SP), agora; daqui a dois anos, lutará para eleger presidente nacional da sigla o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Nelson Jobim. Para isso, comprometeu-se com Temer a ajudá-lo a vencer a eleição para a presidência da Câmara, em 2009, abrindo espaço para Jobim.
Nesse jogo de oferta menor do que a procura, Lula tem conseguido êxitos. Agrupou em torno de si 11 agremiações, montou uma base grande, com mais de 350 deputados, e atraiu até o senador Jefferson Peres (PDT-AM). Depois da reunião de ontem com Lula, Peres disse que prestará apoio crítico à gestão e que não está mais na oposição.
Fonte: Tribuna da Imprensa
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