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sexta-feira, abril 26, 2024

Regulamentação tributária desloca debate político para matéria econômica

Publicado em 26 de abril de 2024 por Tribuna da Internet

Haddad entregou projeto de lei complementar ao Congresso

Pedro do Coutto

Finalmente o debate político desloca-se para matéria econômica a partir do projeto do governo de regulamentação tributária do país. O sistema foi bastante simplificado e reduzido, prevendo uma incidência do imposto de forma geral até 27% a ser cobrado no ponto do consumo e não mais na esfera da produção.

Quatro meses após a promulgação da reforma tributária, o governo enviou o primeiro projeto de lei complementar com a regulamentação dos tributos sobre o consumo. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, entregou a proposta ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira  no início da noite de quarta-feira.

PREVISÃO – A proposta prevê alíquota média do Imposto sobre Valor Adicionado (IVA) de 26,5%, podendo variar entre 25,7% e 27,3%, informou o secretário extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy. Atualmente, os bens e os serviços brasileiros pagam, em média, 34% de tributos federais, estaduais e municipais.

Com 306 páginas e cerca de 500 artigos, o projeto de lei complementar precisa de maioria absoluta, 257 votos, para ser aprovado. Em pronunciamento no Salão Verde da Câmara dos Deputados, Haddad disse ter recebido o compromisso de Lira de votar a proposta no plenário da Casa até o recesso legislativo do meio do ano, previsto para a metade de julho. Segundo Haddad, a alíquota média pode ficar menor que os 26,5% estimados porque o sistema tributário brasileiro será completamente digitalizado, o que coíbe fraudes e aumenta a base de arrecadação.

É claro que os interesses diversos ocorrerão, mas de qualquer forma avança-se num campo difícil de se focalizar dada a multiplicidade das situações. O volume da matéria, por si só, mostra que haverá espaço para muitas discussões e debates, começando uma nova etapa política. O objetivo é aumentar a receita pública. Caminhemos agora para um debate que não se refere aos aspectos fisiológicos apenas e sem maior profundidade.

ADIAMENTO –  Enquanto isso, o presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco, adiou a sessão marcada para apreciar os vetos do presidente Lula que estão em aberto. O adiamento foi para beneficiar o governo, uma vez que os vetos corriam o risco de serem derrubados, pois a disposição da maioria dos deputados e senadores  corre nesse sentido.

O adiamento não agradou ao deputado Arthur Lira, presidente da Câmara. O problema do relacionamento do governo com o Legislativo prossegue e agora um grupo de aliados do Executivo tenta levar ao presidente Lula a hipótese da entrada do vice-presidente Geraldo Alckmin na articulação política do governo. Trata-se de uma reação ao modo de atuar do ministro Alexandre Padilha que, como já ficou bastante claro, não agrada os parlamentares.

Padilha, entretanto, está sendo criticado de forma exagerada, pois a ação que desenvolve exige atendimento concreto à grande parte das reivindicações que se chocam com os programas essenciais do governo. Aí a situação se complica e surge a insatisfação. Não sei se a entrada de Alckmin poderá resolver e dar sequência efetiva a um diálogo permanente entre a base de sustentação do governo no Congresso com a realidade dos fatos.


Ministério Público faz recomendação para retirada de estátua de Daniel Alves em Juazeiro

Ministério Público faz recomendação para retirada de estátua de Daniel Alves em Juazeiro
Foto: Divulgação / Prefeitura de Juazeiro

Pauta muito debatida após a condenação de Daniel Alves por crime de estupro em Barcelona, a retirada da estátua do ex-atleta no município de Juazeiro foi recomendada pelo Ministério Público estadual na última terça-feira (23). O ex-jogador da Seleção Brasileira foi sentenciado por 4 anos e 6 meses de prisão pelo tribunal espanhol no dia 22 de fevereiro deste ano. Ele foi acusado de ter estuprado uma mulher na boate Sutton, em Barcelona.

 

A estátua atualmente está localizada na Rua Aprígio Duarte, no centro da cidade. O pedido feito pelo MP se dá por conta de uma lei de proibição de homenagens feitas a pessoas vivas com bem público. A promotora de Justiça, Daniel Baqueiro, foi quem instaurou o procedimento de apuração da denúncia recebida pelo Ministério ainda neste ano.

 

“A administração municipal encaminhou ao MP cópia do processo Administrativo nº 295/2019, do Pregão nº 137/2019 e os processos de pagamento referentes à aquisição da estátua de Daniel Alves, que atestam que se trata de bem público adquirido com recursos públicos, sendo que não é permitido homenagear pessoa viva com bem público”, divulgou a promotora.

 

Seguindo a Lei Orgânica de Juazeiro, o município tem o dever sobre a denominação, numeração e emplacamento dos seus logradouros públicos, vedando a utilização de nomenclaturas de pessoas vivas. Assim como a Constituição Estadual da Bahia, no artigo 21 e a Lei Federal nº 6.454/1977 também vedam a "homenagem" ao nome de pessoas vivas em um bem público de qualquer natureza.

 

Segundo o documento do Ministério Público, Juazeiro tem o prazo de 30 dias para justificar o cumprimento da recomendação e encaminhar uma comprovação para regularizar o caso.

 



Lira reajusta em 60% diárias para deputados em viagens; veja valores

Lira reajusta em 60% diárias para deputados em viagens; veja valores

Por Redação

Lira reajusta em 60% diárias para deputados em viagens; veja valores
Foto: Lula Marques / Agência Brasil

O presidente da Câmara dos Deputados,  Arthur Lira (PP-AL), reajustou em 60,62% os valores das diárias pagas a deputados federais e servidores da Casa durante viagens oficiais nacionais.


O reajuste foi aprovado em reunião da Mesa Diretoria em 17 de abril e publicado nessa quinta-feira (25) no Diário Oficial da Câmara, em ato assinado por Lira e pelos demais integrantes da mesa.


Na justificativa, a Câmara afirma que o percentual corresponde à variação acumulada do IPCA (índice oficial de inflação) de junho de 2015 a março de 2024. “Cumpre ressaltar que os valores estipulados (…) nunca foram reajustados e que, desde sua edição, em abril de 2012, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA/IBGE) acumulou variação de 99,79%”, pondera a Câmara no ato.


Com o reajuste autorizado pela mesa diretora, a diária paga a deputados federais durante viagens nacionais saltará dos atuais R$ 524,00 para R$ 842,00.


Veja os valores das diárias após o reajuste:

  • presidente da Câmara: R$ 981,00
  • demais deputados: R$ 842,00
  • servidores com funções FC-06 e FC-05: R$ 785,00
  • servidores com funções FC-04, FC-03 e CNE-07: R$ 702 ,00
  • analistas e técnicos legislativos, demais funções comissionadas e CNE: R$ 560,00
  • adicional de embarque e desembarque: R$ 448,00


STF forma maioria contra uso de gravação ambiental em ações eleitorais

 

STF forma maioria contra uso de gravação ambiental em ações eleitorais

Por José Marques | Folhapress

STF forma maioria contra uso de gravação ambiental em ações eleitorais
Foto: Carlos Moura/SCO/STF

O STF (Supremo Tribunal Federal) formou maioria nesta quinta-feira (25) contra a validade do uso de gravações ambientais clandestinas, sem autorização judicial, em ações eleitorais.
 

Cinco ministros acompanharam o relator do processo, Dias Toffoli, que propôs a tese de que no processo eleitoral "é ilícita a prova colhida por meio de gravação ambiental clandestina, sem autorização judicial e com violação à privacidade e à intimidade dos interlocutores, ainda que realizada por um dos participantes, sem o conhecimento dos demais".
 

A exceção a essa regra, aponta Toffoli, "ocorre na hipótese de registro de fato ocorrido em local público desprovido de qualquer controle de acesso, pois, nesse caso, não há violação à intimidade ou quebra da expectativa de privacidade".
 

Com ele, votaram os ministros Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Flávio Dino e André Mendonça. A tese é de repercussão geral. Ou seja, deve ser aplicada a todos os processos similares no país.
 

O atual presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso, divergiu de Toffoli e propôs que "diante de ilícito de natureza eleitoral, não havendo indução ou indício de flagrante preparado, é válida a gravação ambiental realizada por um dos interlocutores, em ambiente público ou privado".
 

Com Barroso, votaram Edson Fachin, Cármen Lúcia e Luiz Fux. Ainda não votou o ministro Kassio Nunes Marques. O julgamento do caso acontece em plenário virtual, plataforma na qual os ministros depositam os seus votos, em sessão que se encerra às 23h59 desta sexta-feira (26). Até lá, o caso pode ser paralisado por pedido de vista (mais tempo para análise) ou destaque (que o leva ao plenário físico).
 

O processo começou a ser julgado em 2021 e havia sido paralisado em três ocasiões. Ao votar, Moraes, que é presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), acompanha Toffoli no entendimento de que a tese seja aplicada a partir das eleições de 2022.
 

O caso concreto em julgamento é de um recurso do Ministério Público Eleitoral contra decisão do TSE que entendeu que a gravação ambiental só é viável com autorização judicial e que essa é uma regra de proteção de privacidade. A maioria dos ministros rejeitou o recurso.

TJ-BA nega recurso para ex-prefeito do Extremo Sul baiano condenado por crime de responsabilidade

 

TJ-BA nega recurso para ex-prefeito do Extremo Sul baiano condenado por crime de responsabilidade

Por Camila São José / Francis Juliano

TJ-BA nega recurso para ex-prefeito do Extremo Sul baiano condenado por crime de responsabilidade
Foto: Reprodução / SulBahianews

O ex-prefeito de Eunápolis, na Costa do Descobrimento, Gediel Pereira, teve um recurso negado pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). A decisão é desta sexta-feira (26) e foi tomada pelo desembargador José Alfredo Cerqueira da Silva. Pereira tentava reverter a condenação por crime de responsabilidade que havia estabelecido pena de três anos e três meses, parte dela em regime semiaberto.

 

O objetivo da defesa do ex-gestor era fazer com que a sentença fosse substituída por “penas restritivas de direito”, as chamadas penas alternativas, como prestação de serviço a comunidades ou entidades públicas.

 

Gediel Pereira, que governou a cidade entre 2001 e 2004, foi acusado pelo Ministério Público do Estado (MP-BA) de se apropriar de processos de pagamento, deixando credores da prefeitura [quem tinha para receber], sem poder serem pagos pela nova administração da cidade.

 

Em julho do ano passado, a defesa de Gediel havia conseguido reduzir a pena para quatro anos e quatro meses. Depois, a sentença foi diminuída em um ano, situação que deve seguir em vigor.


Julgamento no STF fixa obrigações para o Ministério Público em investigações; entenda

 Foto: Antonio Augusto/ STF

Plenário do Supremo Tribunal Federal25 de abril de 2024 | 20:00

Julgamento no STF fixa obrigações para o Ministério Público em investigações; entenda

BRASIL

O STF (Supremo Tribunal Federal) formou maioria nesta quinta-feira (25) em julgamento de ações questionando a autonomia do Ministério Público para conduzir atos investigatórios.

Além da equiparação de investigações criminais conduzidas pelo órgão aos prazos e parâmetros dos inquéritos policiais, os ministros também têm maioria para que as apurações feitas por procuradores e promotores sejam registradas no Poder Judiciário, como previsto no modelo do juiz das garantias.

As ações, propostas por entidades em diferentes esferas da administração, questionam leis e resoluções que dão amplos poderes de investigação ao órgão.

O julgamento, que se iniciou na quarta-feira (24), foi suspenso apenas sem o voto do presidente do tribunal, ministro Luís Roberto Barroso, e será retomado na próxima quinta-feira (2).

O julgamento é retomado em momento de discussão sobre o legado da Operação Lava Jato, na qual a influência do Ministério Público na produção de provas e realização de atos de ofício levou ao questionamento e até à anulação de ações e decisões alcançadas pela operação.

Entenda o julgamento sobre os limites do poder de investigação do Ministério Público:

QUEM PROPÔS AS AÇÕES?

Propostas por partidos como o PL e entidades como a Associação dos Delegados de Polícia do Brasil (Adepol), as ações têm como contrapartes entes como o Conselho Superior do Ministério Público Federal, o Governo de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Pernambuco.

Também foram habilitados terceiros com a função de ajudar o tribunal a compreender a questão —figura jurídica do amicus curiae—, como a Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp).

O QUE O JULGAMENTO VAI DECIDIR?

Os processos pedem análise de constitucionalidade de dispositivos que criam e regulamentam a competência do Ministério Público para instaurar e conduzir investigações criminais.

Segundo os proponentes, as normas violam a Constituição, desrespeitando o devido processo legal ao dar a órgão do Ministério Público as funções de polícia judiciária e a investigação direta de infrações penais.

Nesta tese, os poderes investigativos penais foram originalmente atribuídos pelo texto constitucional às forças policiais.

O PRIMEIRO JULGAMENTO

A pauta chegou a ser discutida no STF em 2022, quando Gilmar Mendes determinou que os dispositivos fossem interpretados de acordo com requisitos impostos pelo STF.

O parâmetro imposto determina que “a realização de quaisquer investigações criminais pelo Ministério Público pressupõe efetivo controle pela autoridade judicial competente, que deverá ser informada sobre a instauração e o encerramento de procedimento investigatório, com o devido registro e distribuição”.

A interpretação defendida por Mendes e endossada por Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski (ex-ministro do Supremo, hoje ministro da Justiça e Segurança Pública) em 2022 também vedava as “prorrogações de prazo automáticas ou desproporcionais”.

Na sessão de quarta-feira (24), os ministros Edson Fachin e Gilmar Mendes defenderam que os inquéritos conduzidos pelo Ministério Público sigam prazos e parâmetros estabelecidos para os inquéritos policiais.

Conforme o julgamento que regulou a implementação do juiz de garantias, as apurações conduzidas por procuradores e promotores já deve ser registrada no Poder Judiciário.

Ana Beatriz Garcia/FolhapressPoliticaLivre

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