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quinta-feira, junho 30, 2022

Escândalos no governo | Polêmica em programa infantil | Sasha leva golpe

 

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Governo perdeu a luta contra a CPI dos pastores do MEC, que será logo formada

 Publicado em 30 de junho de 2022 por Tribuna da Internet

Pedro do Coutto

O governo, sem dúvida alguma, perdeu a batalha que travou para impedir a ofensiva da oposição para iluminar as sombras no Ministério da Educação, as quais abriam caminho para as ações de corrupção protagonizadas pelos pastores do MEC em conjunto, seja diretamente ou indiretamente, com o ex-ministro Milton Ribeiro.

Aliás, Milton Ribeiro, atingido fortemente pelo requerimento do senador Randolfe Rodrigues criando a CPI, foi demitido pelo presidente Jair Bolsonaro. No O Globo, a reportagem é de Camila Zarur, Natália Portinari e Geralda Doca. Também excelente a reportagem de Renato Machado e Danielle Brant, Folha de S. Paulo.

REPERCUSSÃO – Obtendo o número mais que necessário para a instalação automática da CPI, a repercussão na imprensa e nas emissoras de televisão, principalmente pela TV Globo e pela GloboNews, foi enorme. A imagem do governo ficou abalada e assim também ficará a imagem de qualquer senador que vier a recuar nesta altura dos acontecimentos.

Rodrigo Pacheco não poderá vacilar, pois caso contrário ficará exposto a uma reação gerada pela opinião pública. Afinal, criar CPI não pode ser crime. Absurdo foram os atos praticados pelos pastores e por Milton Ribeiro.

RELAÇÃO DE MILITARES – Em ofício enviado no final da tarde do dia 28 ao ministro Edson Fachin, o ministro da defesa, Paulo Sergio Nogueira, simplesmente apresentou os nomes de 20 militares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica que ele escalou para fiscalizar as eleições de 2 de outubro.

Reportagem de Pedro Paulo Furlan, publica os nomes dos militares que foram designados para uma função que não foi criada pelo TSE, mas pelo ministro da Defesa.

O chefe da equipe, escolhido por Paulo Sérgio Nogueira, é o coronel Marcelo Nogueira de Sousa. Surpreendente, mais uma vez, é a atitude do general Paulo Sérgio Nogueira que formaliza a indicação de vinte militares para uma função que ele próprio está criando no TSE. A iniciativa do ministro Edson Fachin quando propôs a participação das Forças Armadas no acompanhamento das eleições de outubro revestia-se de uma proposta de sentido completamente diferente.

OBRIGAÇÃO – O general Paulo Sérgio Nogueira transformou a possibilidade numa obrigação e, tanto assim, no ofício enviado a Fachin apenas comunicou os militares designados por ele para fiscalizar as eleições.

Provavelmente a atitude de Nogueira refere-se somente às eleições presidenciais. Ou a todas as eleições? Sim, pois se é para fiscalizar, a tarefa deve ser geral. Mas o episódio não se esgota aí. Ele está significando mais uma pressão do general Paulo Sérgio Nogueira contra a atuação do TSE.

Não creio que Fachin reaja mal, na medida do possível, à nova investida do ministro da Defesa. Pelo contrário. Politicamente deve absorver o episódio, sobretudo para não fornecer um pretexto para o desencadeamento de um falso confronto entre as Forças Armadas e a lei eleitoral que é o objetivo de setores do governo.

OPINIÕES DE GABEIRA – O jornalista Fernando Gabeira, em dois programas da GloboNews, fez também duas observações muito importantes sobre o quadro político. Uma delas foi no entardecer de terça-feira quando analisou a decisão de Bolsonaro de manter o general Braga Netto como seu vice, contrariando a vontade do Centrão que desejava substituí-lo pela deputada Tereza Cristina.

A outra observação foi há cerca de duas semanas, quando ele tocou num ponto bastante sensível em termos de campanha eleitoral. Assinalou que o último Datafolha não apresentou sinal de recuperação por parte do atual presidente da República na corrida pelas urnas de 2 de outubro, o que sintetiza um fator crítico.

SEM RETORNO – O candidato que se encontra no poder e que, portanto, detém nas mãos a caneta mágica, refletida na máquina de votos, não está conseguindo captar esses votos apesar de ocupar o poder.

No caso de Braga Netto, Gabeira lembrou que a confirmação do general como vice é sinal de que Bolsonaro prepara-se para contestar o resultado das urnas, já que elas são desfavoráveis a ele. Em função disso, prevê a hipótese de uma pressão militar que seria mais fácil de obter com Braga Netto do que com a deputada Tereza Cristina.

APOIO A HADDAD –  Provavelmente o fato político mais importante do dia, juntamente com a  CPI dos Pastores do MEC, está contida na matéria de Cátia Seabra e Carolina Linhares, Folha de S.Paulo, sobre a nova posição assumida por Márcio França do PSB de desistir da candidatura ao governo de S. Paulo e apoiar Fernando Haddad, sendo candidato ao Senado com o apoio de Lula em consequência.

O fato fortalece a posição de Lula e de Haddad em São Paulo, com reflexo nas eleições federais, uma vez que o estado é o maior colégio eleitoral do país, com 22% do eleitorado. Esse fato político é bastante importante e deve ser considerado nas análises que se seguem no quadro partidário do país no decorrer desta semana.

DECRETO DE BOLSONARO – O presidente Jair Bolsonaro assinou na segunda-feira um decreto atribuindo à Advocacia-Geral da União a possibilidade de decidir a respeito da legalidade da criação de benefícios de políticas públicas pelo Planalto na fase eleitoral a seis meses antes do pleito.

É o caso do aumento do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600. Esse aumento não vai alterar votos numa linha pretendida por Bolsonaro. Mas essa é outra questão. O problema essencial é que a AGU não é uma escala judiciária. Não tem o poder, portanto, de decidir sobre aplicação de benefícios sociais. Bolsonaro tenta criar uma realidade que não existe.

PRESIDÊNCIA DA CEF – Reportagem de Bela Megale, Lauro Jardim, Malu Gaspar e Jussara Soares, O Globo, revela que as acusações de funcionárias da Caixa Econômica Federal contra assédio sexual praticado pelo presidente do banco, Pedro Guimarães, devem fazer com que o mesmo seja substituído.

Acentua a matéria que o próprio presidente Bolsonaro na terça-feira disse a Guimarães que os episódios denunciados são inadmissíveis e sua permanência do cargo é insustentável. Pedro Guimarães pretende defender-se na Justiça, mas poderá ele próprio anunciar a sua demissão ainda na manhã de hoje.

Bolsonaro perde para si próprio




Se a eleição fosse hoje, Jair Bolsonaro estaria frito

Por Mariliz Pereira Jorge (dir.)

Tudo pode acontecer até outubro, mas, se a eleição fosse hoje, Jair Bolsonaro estaria frito. Hoje, perde para ele mesmo. Todas as pesquisas têm mostrado que o presidente patina na intenção de voto. Tem lá aqueles 30% que estão sempre com ele, mas é isso. O que ele faz? Motociata com Collor, em Maceió.

Em plena terça-feira, o mandrião passeava de moto, com a desculpa de entregar 1.120 moradias para famílias pobres e inaugurar as obras de uma igreja restaurada. Pelo menos temos em pé um lugar para rezar uma missa pelo Brasil que desmorona.

Os marqueteiros podem tentar produzir um candidato que se finja preocupado com as urgências da população, mas precisam lidar com o que têm, um pré-candidato picado pelo canto da mamata. Bolsonaro gosta de conversa fiada, aplauso e adulação. É o que recebe da militância e parece satisfeito. Vai tropeçar na própria vaidade.

Para satisfazer sua empáfia, ele precisa entregar cada vez mais ao eleitor extremista. Enquanto o marqueteiro arranca os cabelos para criar uma imagem moderada e uma agenda eleitoreira, ele bate no Supremo, nas urnas eletrônicas, grita contra o aborto, provoca Anitta —de novo— e escolhe outro milico para vice. Na segunda-feira (27), saudava o nióbio.

Se Bolsonaro tivesse sido apenas civilizado, estaria reeleito. Talvez não fosse um desafio tão grande convencer mais uns 15% de que o nosso buraco é resultado de uma crise mundial da qual ele não tem culpa. Ao contrário, além da incompetência generalizada e da corrupção arregaçada, Bolsonaro trata a eleição como um domingo no parque.

Ele sabe que vai perder, mas não consegue vestir a fantasia de democrata e fingir que pode governar para todos além dos que já estão no seu curral. A exemplo do que fez Trump, como mostram as investigações sobre a invasão do Capitólio, arma sua milícia e espera a derrota para gritar, "sou o presidente, porra".

Folha de São Paulo

Fóssil de mulher das cavernas indica ancestral do homem 1 milhão de anos mais velho do que se pensava




Reprodução do crânio pertencente a Mrs Ples, cujos restos fossilizados foram descobertos em uma caverna sul-africana em 1947

Por Leo Sands

Restos fossilizados pertencentes a alguns dos ancestrais mais antigos da humanidade são muito mais velhos do que se acreditava, segundo um novo estudo.

Os fósseis — incluindo um pertencente à mulher das cavernas conhecida como Mrs. Ples — foram enterrados há milênios em cavernas sul-africanas conhecidas por aqueólogos como o Berço da Humanidade.

Métodos de teste modernos agora indicam que o grupo de humanos primitivos viveu entre 3,4 e 3,7 milhões de anos atrás.

Essa nova linha do tempo pode mudar a forma como se entende a evolução humana. Isso significa que existem mais maneiras possíveis pelas quais nossos ancestrais evoluíram até se tornarem os primeiros humanos.

Durante anos, os cientistas acreditavam que a espécie Australopithecus africanus, cujos fósseis foram descobertos nas cavernas de Sterkfontein, perto de Joanesburgo, na África do Sul, tinha menos de 2,6 milhões de anos.

O complexo de cavernas revelou mais restos humanos primitivos do que em qualquer outro lugar do mundo — incluindo o crânio quase completo descoberto em 1947 pertencente a uma mulher das cavernas apelidada de Mrs. Ples.

De acordo com o Museu Smithsonian, em Washington D.C. (Estados Unidos), as espécies — que andavam sobre dois pés — eram muito mais baixas do que os humanos modernos. Os machos mediam 1,38 metros; as fêmeas, 1,15 metros.

Mas novas técnicas de datação radioativa mostram que a Mrs. Ples e os demais fósseis descobertos ao seu redor são na verdade 1 milhão de anos mais velhos do que se pensava.

Os pesquisadores revisaram a idade dos fósseis testando sedimentos ao redor deles para níveis de um isótopo raro criado quando as rochas foram expostas a raios cósmicos — antes de caírem na caverna.

Anteriormente, os hominídeos Australopithecus africanus eram considerados pelos cientistas como jovens demais para terem evoluído para o gênero homo, nossos ancestrais, que já vagavam pela Terra há cerca de 2,2 milhões de anos.

Essas descobertas agora sugerem que eles tiveram 1 milhão de anos a mais para dar esse salto evolutivo — o que torna possível que Mrs. Ples seja ancestral dos primeiros humanos.

Como consequência da pesquisa, acredita-se agora que a espécie existiu na Terra durante a mesma época que o macaco conhecido como Lucy, cujos restos de 3,2 milhões de anos pertencentes ao Australopithecus afarensis da África foram considerados por muito tempo a espécie que deu origem aos primeiros humanos.

A linha do tempo atualizada significa que as duas espécies podem ter interagido e até mesmo procriado, dizem os cientistas, complicando ainda mais nosso entendimento sobre de onde os humanos vieram. Os novos dados sugerem que a linha evolutiva pode não ter sido tão simples.

A árvore genealógica humana é "mais parecida com um arbusto", disse o cientista francês Laurent Bruxelles, que fez parte do estudo.

BBC Brasil

Bolsonaro insinua que Barroso quer Lula eleito para liberar aborto




'Deixo claro: não se precisa do parlamento para aprovar o aborto. Precisa apenas do STF. E foi a Suprema Corte que aprovou o aborto na Colômbia', afirmou

O presidente acusou ainda ativismo judicial por parte do Supremo. 'A gente lamenta, mas o ativismo judicial existe no Brasil', disse

Por Ingrid Soares

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a defender pautas ideológicas, nesta quarta-feira (29/06), em evento junto ao empresariado. Durante participação no Diálogo da Indústria com os Pré-Candidatos à Presidência da República para as eleições 2022, organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o chefe do Executivo insinuou que o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), quer que o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva seja eleito para descriminalizar o aborto no país.

“Eu sei que cada um é livre aqui, o seu pensamento né, de achar que tem que ser favorável ou não. Mas com a minha religião, como a de 90% de cristãos no Brasil, somos contra isso. Há poucos dias o ministro Barroso falou que não existe clima ainda para discutir o aborto no Brasil. Deixo claro: não se precisa do parlamento para aprovar o aborto. Precisa apenas do STF. E foi a Suprema Corte que aprovou o aborto na Colômbia”, alegou.

“Aqui, talvez o Barroso tenha falado que não tem clima ainda porque ele espera, caso Lula eleito, botar mais dois lá com esse perfil no Supremo e eles passam a legislar lá de dentro”, completou.

Bolsonaro acusou ainda ativismo judicial por parte do Supremo. “A gente lamenta, mas o ativismo judicial existe no Brasil e a gente lamenta porque medidas que têm que ser tomadas pelo governo, Executivo, não são tomadas. Vem para o Judiciário. Assim como medidas do Legislativo sofrem interferência do nosso poder Judiciário. O que nós queremos realmente: são os três poderes livres harmônicos e independentes e cada um dentro do seu quadrado e todos dentro das quatro linhas da Constituição”.

O chefe do Executivo ainda falou sobre ideologia de gênero e legalização das drogas. “A gente vai pelas pautas conservadoras. Cada um tem o direito de levar a vida como bem entender, ninguém tem nada com isso. Agora querer impor uma ideologia de gênero nas escolas, tentando sexualizar nossas crianças a partir de 5, 6 anos de idade, isso é um crime, não podemos admitir isso daí”. 

“Também se fala em liberar drogas, vamos para os EUA. Vejam o que aconteceu com alguns estados que liberou as drogas”, concluiu.

Correio Braziliense / Estado de Minas

Diferença capital




Escandalosa a festa oferecida por Arthur Lira a Gilmar Mendes

Por Hélio Schwartsman    

Que me perdoe Oscar Niemeyer, mas sábios são os bolivianos e os sul-africanos.

Alguns países, como os dois mencionados, têm mais de uma capital. É que eles colocam em diferentes cidades as sedes de diferentes Poderes. Assim, o Executivo e o Legislativo bolivianos funcionam em La Paz, enquanto o Judiciário está lotado em Sucre. No caso da África do Sul, a divisão é ainda mais singularizada. O Executivo está sediado em Pretória, o Legislativo, na Cidade do Cabo, e o Judiciário, em Bloemfontein.

Esse arranjo não serve apenas para confundir crianças que gostam de decorar as capitais dos países. Ele se presta também, ainda que essa não tenha sido a intenção original, a preservar um pouco a independência do Judiciário. Nós falamos em três Poderes como se eles fossem idênticos em atribuições e devessem operar ombro a ombro. A realidade, porém, é mais complexa.

Penso até que os sul-africanos exageram. Executivo e Legislativo devem estar próximos. É bom que governantes e parlamentares convivam bastante. Há autores que ligam a superpolarização política nos EUA ao fato de que os congressistas deixaram de mudar para Washington, preferindo manter suas famílias nos estados e voltar para lá nos fins de semana. Com isso, democratas e republicanos pararam de frequentar os mesmos lugares e ver seus filhos brincarem juntos. As interações sociais desapareceram e só ficaram as diferenças ideológicas.

O Judiciário opera sob outra lógica. Esse Poder, não eleito, atua como árbitro final em situações de conflito, quando provocado. Ele deve julgar tecnicamente. O ideal seria que os julgadores nem conhecessem aqueles cujos atos poderão julgar. Não deveriam em nenhuma hipótese frequentar os mesmos círculos sociais. Mantê-los em cidades diferentes é uma providência sensata.

Tudo isso foi para dizer que é escandalosa a festa oferecida pelo presidente da Câmara ao ministro Gilmar Mendes do STF.

Folha de São Paulo

***

Distrações temporárias

Presidente recorre a medidas temporárias e aborto para contornar mal-estar com economia

Por Bruno Boghossian

Aconselhado por um marqueteiro, Jair Bolsonaro ajustou o discurso para tentar melhorar seus índices entre os eleitores de baixa renda. Num evento em Maceió, ele citou realizações do governo, disse ter "um olhar especial para os mais humildes" e repetiu a promessa de aumentar o Auxílio Brasil para R$ 600.

O antigo personagem não ficou para trás. Após listar "coisas materiais", o presidente encerrou o discurso falando de "coisas imateriais, que têm a ver com nosso espírito". Arrancou aplausos ao se dizer contra o aborto, a liberação das drogas e o que chamou de ideologia de gênero.

Bolsonaro precisa que os brasileiros mais pobres esqueçam que ficaram mais pobres —pelo menos até outubro. Por um lado, o governo fabrica medidas temporárias para aliviar o peso da inflação sobre a população mais vulnerável. É o caso do Vale Gás turbinado e do bônus pago aos beneficiários do Auxílio Brasil, que só valem até o fim de 2022.

Em outra frente, Bolsonaro segue uma rota conservadora para contornar o mal-estar com a economia. Ele recorreu a essa caixa de ferramentas na quinta-feira (23), assim que foram divulgados os números da última pesquisa do Datafolha. Em menos de quatro horas, Bolsonaro fez dez publicações críticas ao aborto realizado por uma menina de 11 anos em Santa Catarina.

O assunto é um conhecido artifício de Bolsonaro para agitar o eleitorado evangélico, mas ressoa além das paredes dos templos. A proibição total do aborto tem apoio maior na população mais pobre, que recebe até dois salários mínimos por mês: 39% são contra a interrupção voluntária da gravidez. Esse índice fica em 24% na faixa seguinte e cai para 17% entre os brasileiros que ganham mais de cinco salários.

O presidente quer convencer o eleitorado de que a economia não é a única questão em jogo nas urnas. Por isso, ele deve levar ao palanque temas da agenda conservadora, da segurança pública e até da corrupção, apesar dos efeitos incertos da prisão do ex-ministro Milton Ribeiro

Folha de São Paulo

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Publicado em 18 de maio de 2024 por Tribuna da Internet Facebook Twitter WhatsApp Email Charge do J. Bosco (oliberal.com) Pedro do Coutto Re...

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