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segunda-feira, novembro 01, 2021

Bolsonaro faz acusação contra Lula | Bombeiros soterrados | Polêmica Zélia Duncan

 

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 EDIÇÃO BRASILEIRA DE SEGUNDA, 01 DE NOVEMBRO DE 2021
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Veja a nova antecipação da 3ª dose de profissionais da saúde e idosos

Nesta segunda e terça-feira, 1º e 2 de novembro, não haverá vacinação contra a Covid-19 (Foto: Marcelle Cristinne)

Nesta segunda e terça-feira, 1º e 2 de novembro, por conta do ponto facultativo do Dia do Servidor Público e do feriado de Finados, não haverá vacinação contra a Covid-19. O serviço será retomado na quarta-feira, dia 3.

Assim, a partir da quarta-feira, dia 3 de novembro, idosos e profissionais de saúde que receberam segunda dose da vacina contra covid-19 até 31 de maio podem receber a terceira dose.

Para isso, basta ir a um dos pontos de vacinação espalhados estrategicamente pela cidade, apresentar documento com foto, cartão de vacinação e comprovante de residência de Aracaju. Os pontos para terceira dose funcionam somente durante a semana.

Os pontos de vacinação são: Estação Cidadania (Bugio), Aracaju Parque Shopping (Bairro Industrial), Unidade Básica de Saúde (UBS) Anália Pina (Almirante Tamandaré), Auditório da Escola Presidente Getúlio Vargas (Siqueira Campos), UBS Manoel de Souza (Sol Nascente), UBS Ministro Costa Cavalcante (Inácio Barbosa), Shopping Riomar (Coroa do Meio), UBS Augusto Franco (Farolândia), UBS Roberto Paixão (17 de Março) e UBS Santa Terezinha (Robalo). Nesses locais, a imunização ocorrerá das 8h às 16h. Já nos drive-thrus do Parque da Sementeira e do 28º Batalhão de Caçadores, a vacinação se estende até as 17h e não é necessário código para recebimento de terceira dose.

Os imunossuprimidos a partir de 18 anos e que receberam a segunda dose há 28 dias também podem receber a terceira dose nos mesmos pontos de idosos e de profissionais de saúde.

Segunda dose

Quem precisa receber segunda dose de Pfizer até 30 de novembro pode procurar um ponto de vacinação com cartão de vacinação e documento com foto. Os pontos são: Estação Cidadania (Bugio), Aracaju Parque Shopping (Bairro Industrial), unidade básica de saúde (UBS) Anália Pina (Almirante Tamandaré), auditório da escola Presidente Getúlio Vargas (Siqueira Campos), UBS Manoel de Souza (Sol Nascente), UBS Ministro Costa Cavalcante (Inácio Barbosa), Shopping Riomar (Coroa do Meio), UBS Augusto Franco (Farolândia), UBS Roberto Paixão (17 de Março) e UBS Santa Terezinha (Robalo). Nesses locais, a imunização ocorrerá das 8h às 16h. Já nos drive-thrus do Parque da Sementeira e do 28º Batalhão de Caçadores, a vacinação se estende até as 17h.

Segunda dose de AstraZeneca

Para quem recebeu primeira dose de AstraZeneca e precisa receber segunda até 30 de novembro, o imunizante está disponível em: UBSs Amélia Leite (Suíssa), Augusto Cesar Leite (Santa Tereza), Cândida Alves (Santo Antônio), Carlos Fernandes (Lamarão), Carlos Hardmam (Soledade), Edézio Vieira de Melo (Siqueira Campos),  Fernando Sampaio (Castelo Branco), Francisco Fonseca (18 do Forte), João Bezerra (Areia Branca), João Cardoso (José Conrado de Araújo), Marx de Carvalho (Ponto Novo), Osvaldo Leite (Santa Maria) e Drives da Sementeira e 28 BC.

Repescagem 18+

A população adulta, a partir dos 18 anos (incluindo gestantes, puérperas e lactantes), que perdeu o prazo para receber sua primeira dose, pode buscar um dos seguintes pontos, das 8h às 16h: UBS Niceu Dantas (Zona de Expansão), UBS Antônio Alves (Atalaia), UBS Celso Daniel (Santa Maria), UBS Geraldo Magela (Orlando Dantas), UBS Hugo Gurgel (Coroa do Meio), UBS Joaldo Barbosa (América), UBS Adel Nunes (América), UBS Maria do Céu (Centro), UBS Dona Jovem (Industrial), UBS Eunice Barbosa (Coqueiral), UBS José Machado de Souza (Santos Dumont) e UBS Onésimo Pinto (Jardim Centenário).

Adolescentes

Já os adolescentes entre 12 e 17 anos que não tomaram primeira dose, podem procurar os pontos: Estação Cidadania (Bugio), Aracaju Parque Shopping (Bairro Industrial), unidade básica de saúde (UBS) Anália Pina (Almirante Tamandaré), auditório da escola Presidente Getúlio Vargas (Siqueira Campos), UBS Manoel de Souza (Sol Nascente), UBS Ministro Costa Cavalcante (Inácio Barbosa), Shopping Riomar (Coroa do Meio), UBS Augusto Franco (Farolândia), UBS Roberto Paixão (17 de Março) e UBS Santa Terezinha (Robalo). Nesses locais, a imunização ocorrerá das 8h às 16h. Já o drive-thru do Parque da Sementeira funciona até as 17 horas e é necessário cadastro para primeira dose.

*Com informações da PMA

INFONET

Bolsonaro cita acusação de genocídio, e Queiroga debocha sobre 'passear em Haia'


por Folhapress

Bolsonaro cita acusação de genocídio, e Queiroga debocha sobre 'passear em Haia'
Foto: Reprodução / Twitter

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse neste domingo (31) ao diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), o etíope Tedros Adhanom Ghebreyesus, ser o "único chefe de Estado no mundo investigado, acusado de genocida". Após um intérprete traduzir o conteúdo da fala do mandatário, ele emenda: "É a política".
 

Em seguida, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirma, dando gargalhadas: "Eu também. Vou com ele para Haia. Passear lá em Haia".
 

A cidade holandesa citada pelo ministro é sede do Tribunal Penal Internacional, possível destino de denúncias formuladas pela CPI da Covid. O órgão do Senado recomendou na última terça-feira (26) que o presidente brasileiro seja indiciado por epidemia com resultado morte e crime contra a humanidade, dentre outros crimes, mas descartou uma acusação de genocídio contra indígenas.
 

As declarações integram um vídeo postado nas redes sociais, em que Bolsonaro e Queiroga aparecem sentados ao lado de Ghebreyesus e auxiliares. Segundo o Planalto informou no Twitter, a conversa informal ocorreu no domingo durante a cúpula do G20, em Roma.
 

Em outro vídeo da mesma conversa, Bolsonaro pergunta ao diretor da OMS, aos risos. "Qual é a origem do vírus?". Ghebreyesus responde: "Ainda estamos estudando".
 

A Covid foi identificada pela primeira vez em Wuhan, na China, em dezembro de 2019. Quase dois anos após o início da pandemia de Covid, a comunidade científica ainda se debruça sobre a origem do coronavírus Sars-CoV-2, o causador da doença.
 

Nos últimos meses, o debate sobre como o vírus passou a infectar humanos voltou à tona com a possibilidade, não comprovada até agora e sem novas evidências, de um escape laboratorial. A versão é refutada pelas autoridades chinesas. Relatório publicado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) após investigação em Wuhan não foi conclusivo.
 

Em maio, Bolsonaro sugeriu, sem apresentar provas, que a China faz guerra biológica com a Covid. "É um vírus novo, ninguém sabe se nasceu em laboratório ou por algum ser humano [que] ingeriu um animal inadequado. Mas está aí. Os militares sabem que é guerra química, bacteriológica e radiológica. Será que não estamos enfrentando uma nova guerra?", afirmou na ocasião.
 

No vídeo gravado no G20, os participantes da conversa aparecem sem máscara de proteção contra o coronavírus, com exceção de alguns auxiliares que não se pronunciam.
 

Após o encontro, Tedros disse no Twitter que, no encontro com Bolsonaro, foi discutido "o potencial do Brasil para produção local de vacinas e tratamentos, que poderiam também dar suporte às necessidades da América Latina".
 

Isolado na cúpula dos líderes das maiores economias do mundo em Roma, Bolsonaro encerrou sua participação no evento sem nenhuma reunião bilateral com líderes globais em sua agenda nem integração social com eles. Ele preferiu usar o tempo para caminhar pelas ruas da capital italiana acompanhado de apoiadores.
 

Neste domingo (31), jornalistas foram agredidos por seguranças durante uma caminhada de Bolsonaro e apoiadores pelas ruas de Roma. Em meio ao empurra-empurra, ao menos uma manifestante ficou ferida ao ser derrubada.



Bahia Notícias

Mais da metade população não quer Moro como candidato a presidente em 22


Mais da metade população não quer Moro como candidato a presidente em 22
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

Um levantamento do Instituto Paraná Pesquisas aponta que 57,7% dos brasileiros não desejam que o ex-ministro do governo Bolsonaro, Sérgio Moro, se candidate a presidente do país. Apenas pouco mais de um terço dos entrevistados, no caso, para 35,5%, querem o ex-juiz da Lava Jato na disputa em 2022. Um percentual de 6,8% disse não saber nem responder à questão.

 

Dos que não querem Sérgio Moro como postulante ao Planalto, chama a atenção a faixa de idade entre 16 e 24 anos. São 62,1% que rejeitam a ideia contra 31,8%. Outros 6,1% não sabem ou não responderam. Na outra ponta, dos que acham boa a ideia de o ex-magistrado ser candidato, pessoas com ensino superior foram os mais favoráveis, com 63,4% contra 31,3%. Uma fração de 5,3% não sabe ou não respondeu.

Feita entre os dias 26 e 29 de outubro passado, a pesquisa usou uma amostra de 2462 habitantes. As entrevistas foram realizadas por telefone, com pessoas de idade de 16 anos ou mais. A margem de erro geral é de 2%, e o grau de confiança é de 95%.

 

A Paraná Pesquisas está registrada no Conselho Regional de Estatística da 1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, 6ª e 7ª Região sob o nº 3122/21.

MPT se manifesta contra proposta que reduz idade para trabalho de adolescentes

 



MPT se manifesta contra proposta que reduz idade para trabalho de adolescentes
Foto: Divulgação

O Ministério Público do Trabalho (MPT) se manifestou contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 18/2011, que quer reduzir a idade mínima para o trabalho de adolescentes. A PEC 18/2011 e outras de teor semelhante apensadas ao texto estão na pauta de votação da Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados.

 

Se aprovada, a proposta permitirá que adolescentes a partir de 14 anos possam trabalhar, em regime de tempo parcial. Para o MPT, a PEC 18/2011 configura flagrante violação aos compromissos internacionais assumidos pelo Brasil e à proteção integral garantida pela Constituição Federal aos adolescentes.


 

“Esperamos que, no Ano Internacional para a Eliminação do Trabalho Infantil, declarado pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em 2019, o parlamento brasileiro não promova alterações que impliquem evidente retrocesso social e frustração aos direitos fundamentais dos adolescentes (art. 227 da CF), num cenário de agravamento da vulnerabilidade socioeconômica em nosso País”, diz um trecho da manifestação.


 

Para o MPT, as PECs reforçam o mito de que crianças e adolescentes pobres têm apenas duas opções de vida: trabalhar ou se envolver com a criminalidade. Na manifestação, a instituição reforça que é dever do Estado e da sociedade garantir a todas as crianças e adolescentes o direito à educação pública e de qualidade, a espaços de lazer e cultura e o acesso adequado ao sistema de saúde.


 

O documento destaca julgamento recente do Supremo Tribunal Federal (STF), que julgou, por unanimidade, improcedente a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 2096/DF, ajuizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI), que questionava a validade jurídico-constitucional da parte final do inciso XXXIII do art. 7º da Constituição Federal que fixou a idade mínima para o trabalho em 16 anos. A manifestação é assinada pelas coordenadoras nacionais de Combate à Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente (Coordinfância) do MPT, Ana Maria Villa Real e Luciana Marques Coutinho. 

 

A Coordinfância já emitiu parecer contrário às PECs com esse teor, incluindo a PEC 18/2011, em que destaca, entre outros direitos de crianças e adolescentes, o direito fundamental ao não trabalho a pessoas com menos de 16 anos como cláusula pétrea. “Importante salientar que a permissão do trabalho de adolescentes antes dos 16 e partir de 14 anos de idade, ainda que “em tempo parcial” como consta da proposta de emenda constitucional, é nefasta. A única exceção permitida pela Constituição Federal para o labor antes dos 16 anos é a aprendizagem profissional, a partir da idade de 14 anos, sendo um grave equívoco considerar que o trabalho “em tempo parcial e a aprendizagem profissional se equivalem”. 


 

A aprendizagem é um contrato especial onde o caráter profissionalizante e educativo prepondera, bem diferente do contrato “a tempo parcial”. A PEC ao pretender reduzir a idade mínima para o ingresso no trabalho é o ápice da tentativa de desmantelar as políticas de enfrentamento ao trabalho infantil no país que veem sofrendo ataques sistemáticos”, diz o documento.

Bahia Notícias

Equipe que escoltava Bolsonaro agride jornalistas em passeio com tumulto na Itália


por Folhapress

Equipe que escoltava Bolsonaro agride jornalistas em passeio com tumulto na Itália
Foto: Reprodução / Jamil Chade UOL

Jornalistas credenciados e identificados que cobriam a visita de Jair Bolsonaro (sem partido) a Roma foram agredidos durante caminhada improvisada pelo presidente brasileiro no centro da capital italiana, na noite deste domingo (31), enquanto apoiadores gritavam "Globolixo" e assessores do presidente assistiam impassíveis.
 

Bolsonaro está no país participando da cúpula do G20. Ele pulou vários compromissos ligados à cúpula e optou por fazer passeios na cidade, seguido por apoiadores.
 

Por volta das 16h55 (horário local), quando o presidente ainda estava dentro da embaixada brasileira, um agente que não quis se identificar empurrou a repórter Ana Estela de Sousa Pinto, da Folha de S.Paulo, dizendo que ela devia se afastar do local. A repórter foi empurrada ainda outras três vezes, embora estivesse em um local público, onde não deveria haver nenhuma restrição ao trabalho da imprensa.
 

Ao chegar de carro ao prédio do posto diplomático, o presidente parou e desceu do veículo, como costuma fazer quando há apoiadores, mas foi surpreendido por gritos de "assassino" e "genocida". Desistiu de se aproximar do público, acenou, entrou no carro e entrou no edifício.
 

Os jornalistas se encaminharam, então, aos fundos da embaixada para aguardar a saída de Bolsonaro. Durante a espera, no entanto, começaram as primeiras agressões contra os profissionais de imprensa, que foram impedidos de transitar pelo local. Questionados, os agentes não se identificaram nem explicaram os motivos do impedimento.
 

Minutos depois, Bolsonaro saiu para falar com cerca de 60 apoiadores que o esperavam. Depois de fazer um discurso quase inaudível mesmo para os que estavam próximos, cumprimentar e tirar selfies com alguns dos apoiadores, o presidente resolveu fazer sua quarta caminhada improvisada pela cidade.
 

Neste momento, os seguranças tentaram fazer uma corrente de proteção enquanto o líder brasileiro partiu a passo apertado em direção ao largo Argentina, por uma via estreita, na qual apoiadores se aglomeravam para tentar acompanhá-lo.
 

O jornalista Leonardo Monteiro, correspondente da TV Globo, contou ter levado um soco na barriga, desferido por um agente italiano, após ter feito uma pergunta ao presidente.
 

"Perguntei ao presidente Bolsonaro por que ele não tinha ido aos eventos do G20 de manhã. Aí veio um segurança, me empurrou com tanta força que até perdi um pé de sapato. Depois, me prensou contra a lateral de um carro e me deu um soco na barriga. Se não fosse o André [Miguel, repórter cinematográfico da emissora] e dois colegas, Ana Estela, da Folha, e Lucas Ferraz, do Globo, que vieram filmando e argumentaram com outro policial, seria pior", disse Monteiro.
 

"Foi uma violência desproporcional. A gente espera o 'cercadinho da imprensa' para proteger o presidente, mas não para inviabilizar o trabalho da imprensa", disse Monteiro.
 

No corso Vitorio Emanuelle 2º, em meio à correria e ao empurra-empurra, ao menos uma manifestante ficou ferida ao ser derrubada, e um grupo de pessoas que tentou se aproximar dela também foi empurrado.
 

Quando a repórter da Folha de S.Paulo começou a filmar a agressão contra Monteiro, um agente tentou arrancar o celular dela repórter e a ameaçou. O repórter do UOL Jamil Chade também teve o celular tomado enquanto tentava filmar, e os repórteres Lucas Ferraz, do jornal O Globo, e Matheus Magenta, da BBC Brasil, também foram agredidos verbalmente, empurrados e levaram socos nas costas.
 

Seguranças brasileiros e italianos ignoraram as credenciais e a informação de que os jornalistas estavam a trabalho e gritaram com colegas que diziam ser inaceitável o contato físico com brutalidade.
 

Durante todo o trajeto, Bolsonaro não deu atenção aos acontecimentos, olhando fixamente para a frente. Quando a repórter da Folha de S.Paulo lhe perguntou por que a segurança estava agredindo os jornalistas, ele parou, ouviu o que um assessor lhe disse ao ouvido e decidiu interromper o passeio e voltar à embaixada. As agressões dos agentes continuaram no caminho de volta —ao todo, o passeio durou cerca de dez minutos.
 

A repórter da Folha de S.Paulo se dirigiu a um homem uniformizado, o único que tinha um escudo que indicava que era um funcionário público. Ele disse ser da polícia, mas, quando questionado sobre o motivo de os seguranças italianos estarem impedindo a imprensa brasileira de trabalhar, afirmou que isso não acontecera e caminhou em direção à porta dos fundos da embaixada, onde passou a impedir a passagem dos repórteres.
 

Os seguranças disseram ainda que não poderiam ser filmados e se negaram a fornecer suas identificações e a dizerem se eram parte regular da polícia italiana. Assessores de Bolsonaro em nenhum momento pediram calma ou intercederam.
 

A Folha de S.Paulo perguntou à Secom (Secretaria de Comunicação) da Presidência da República quem são os responsáveis pela segurança de Bolsonaro em Roma, mas não obteve resposta.
 

Em nota sobre o episódio, o jornal Folha de S.Paulo afirmou: "A Folha repudia as agressões sofridas pela repórter Ana Estela de Sousa Pinto e outros jornalistas em Roma, mais um inaceitável ataque da Presidência Jair Bolsonaro à imprensa profissional."
 

A ANJ (Associação Nacional de Jornais) disse, em nota, que "repudia com veemência e indignação as agressões sofridas por jornalistas brasileiros na cobertura das atividades do presidente".
 

"A violência contra os jornalistas, na tentativa de impedir seu trabalho, é consequência direta da postura do presidente, que estimula com atos e palavras a intolerância diante da atividade jornalística."
 

A nota ainda afirma que ANJ espera que os atos sejam apurados e os culpados, punidos. "A impunidade nesse e em outros episódios é sinal de escalada autoritária."
 

A Globo também se manifestou sobre o episódio. Em nota, a empresa afirmou que "condena de forma veemente a agressão ao seu correspondente Leonardo Monteiro e a outros colegas em Roma e exige uma apuração completa de responsabilidades.
 

"Quem contratou os seguranças? Quem deu a eles a orientação para afastar jornalistas com o uso da força? Os responsáveis serão punidos? A Globo está buscando informações sobre os procedimentos necessários para solicitar uma investigação às autoridades italianas", continua o documento.
 

"No momento, ficam o repúdio enfático, a irrestrita solidariedade a Leonardo Monteiro e demais colegas jornalistas de outros veículos e uma constatação: é a retórica beligerante do presidente Jair Bolsonaro contra jornalistas que está na raiz desse tipo de ataque. Essa retórica não impedirá o trabalho legítimo da imprensa. Perguntas continuarão a ser feitas, os atos do presidente continuarão a ser acompanhados e registrados. É o dever do jornalismo profissional. Mas essa retórica pode ter consequências ainda mais graves. E o responsável será o presidente."
 

A Comissão de Liberdade de Expressão da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também divulgou nota de repúdio aos ataques contra os jornalistas. "É lamentável que incidentes como esse ocorram, refletindo uma postura frequente de desrespeito ao trabalho dos profissionais de imprensa."

Bahia Notícias

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