O presidente da CPI das Sanguessugas, Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), festejou na manhã desta terça-feira a chegada a Brasília de um lote de documentos relativos ao dossiêgate. Disse que acabara de receber, além do relatório com as conclusões parciais da Polícia Federal, todos os seus anexos. Não é bem assim.
Foram sonegados à CPI os dados mais relevantes do inquérito da Polícia Federal: quebras de sigilos fiscal, bancário e telefônico; áudios e transcrições de escutas telefônicas; e as imagens do circuito interno de TV do Hotel Íbis, onde a PF apreendeu, em 15 de setembro, R$ 1,7 milhão com os aloprados Gedimar Passos e Valdebran Padilha.
O juiz Jefferson Jefferson Schneider, da 2a Vara Federal de Cuiabá, enviou a Biscaia apenas papéis que já são de domínio público: o relatório do delegado Diógenes Curado, que preside o inquérito do dossiê, e depoimentos dos envolvidos. Os documentos foram catalogados pela assessoria da CPI e enfurnados num cofre. Só depois da eleição de domingo Biscaia permitirá que sejam analisados pelos demais membros da comissão.
"Queremos que a CPI cumpra o seu papel de investigar. Não se pode produzir fato na reta final das eleições", disse o presidente da CPI na manhã desta terça, depois de recolher pessoalmente, no aeroporto de Brasília, os documentos remetidos pela Justiça Federal de Cuiabá. O que Biscaia desconhecia no instante em que fez a declaração era o fato de que não há em meio ao papelório que acabara de receber nenhum dado capaz ce “produzir fato na reta final das eleições”. A insinuação eleitoral embutida nas manifestações de Biscaia rachou a CPI.
De resto, a ausência das informações sigilosas só seria percebida mais tarde, no instante em que a assessoria da comissão catalogou e numerou os documentos, antes de mandá-los ao cofre. O núcleo de congressistas que conduz os trabalhos da CPI, alguns deles realmente interessados em “produzir” um fato capaz de auxiliar o tucano Geraldo Alckmin, está intrigado com a resistência da Justiça e da PF em repassar dados à comissão.
As manobras de ocultação vêm se repetindo desde a semana passada. Na noite de quinta-feira, Biscaia enviara a Cuiabá o secretário-executivo da CPI, Augusto Panisset. Tinha a missão exclusiva de buscar o relatório do delegado Diógenes Curado e seus anexos, inclusive os sigilosos. Tomou um chá de cadeira na ante-sala do juiz Schneider na tarde de sexta. Enquanto aguardava, emissoras de TV divulgavam o teor do relatório da PF. Panisset retornou a Brasília na manhã de sábado, de mãos vazias.
Diante da chiadeira de integrantes da CPI, Biscaia fez contato com o juiz de Cuiabá. Combinou-se que o papelório seria remetido por avião nesta terça. Mas, de novo, os dados mais relevantes não vieram. O jogo de esconde-esconde estimula a suspeita de que possa haver no material recolhido durante a investigação da PF dados mais comprometedores do que aqueles que o delegado Diógenes Curado expôs em seu relatório parcial.
O incômodo com o sigilo não é exclusivo da CPI. Na semana passada, também o procurador da República Mário Lúcio de Avelar, que acompanha o dossiêgate pelo Ministério Público, protocolou no Tribunal Regional Federal de Brasília um mandado de segurança no qual requer que lhe seja assegurado o direito de amplo acesso ao inquérito da PF.
PS.: Em Cuiabá, o juiz Schneider autorizou a prorrogação do inquérito por mais 30 dias.
Escrito por Josias de Souza às 16h49
Fonte: Folha Online
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terça-feira, outubro 24, 2006
Militares encontram caixa de gravação de voz do Boeing que caiu em MT
Folha Online
Militares que trabalham na área de Mato Grosso onde caiu o Boeing da Gol, no dia 29 do mês passado, encontraram nesta terça a caixa de gravação de voz do avião, considerada peça importante nas investigações do acidente.
Segundo a FAB (Força Aérea Brasileira), o equipamento foi encontrado com ajuda de detectores de metal utilizados pelos militares do Batalhão-Escola de Engenharia do Exército e estava a cerca de 20 centímetros da superfície.
O Ministério da Defesa informou, em nota, que o equipamento não apresenta danos aparentes e será levado, no próximo sábado, para a Organização Internacional de Aviação Civil, com sede no Canadá, como foi feito com a outra caixa-preta do Boeing e as do jato Legacy --também envolvido no acidente.
O transporte deve ser feito por três coronéis da Aeronáutica, e a expectativa é que a caixa seja aberta na segunda-feira (30).
O acidente --o maior da história do país-- resultou na morte dos 154 ocupantes do Boeing. O Legacy, que teria colidido com o avião da Gol, conseguiu pousar, apesar de danos na asa e os sete ocupantes --seis deles americanos-- nada sofreram.
De acordo com informações do ministério, militares permanecem na área de mata fechada onde caiu o Boeing, na tentativa de localizar o último corpo das vítimas do acidente. As equipes também mantêm os esforços "na tentativa de encontrar partes do avião que ainda não foram localizadas e que podem ser importantes para as investigações sobre as causas do acidente", afirma a nota.
Investigação
O Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) negou à PF (Polícia Federal) acesso aos conteúdos das caixas-pretas do avião da Gol e do Legacy.
Para justificar a decisão, a Aeronáutica afirma que a legislação militar não permite que as informações sejam usadas em processos que tenham como objetivo punir envolvidos em acidentes aéreos.
O delegado Renato Sayão, que investiga o acidente pela PF, pediu à Justiça Federal que determine à Aeronáutica o envio dos dados.
Nesta terça-feira, Sayão recebeu as transcrições dos contatos das torres de controle de Brasília, de Manaus e de São José dos Campos, com conversas de todas as aeronaves que voavam no momento do acidente. Recebeu também fotos das telas de radares e os nomes de 17 pessoas --entre controladores de tráfego aéreo e supervisores-- que trabalharam no dia do acidente --dez deles são de Brasília, quatro de Manaus e três de São José dos Campos. Todos serão intimados a depor --data e local não foram confirmados.
Análises
No último dia 20, Sérgio Mauro Costa, diretor do Departamento de Ensaios da Embraer --fabricante do Legacy-- disse em depoimento à PF que o jato funcionava normalmente e passou por sete testes --sendo três vôos de aceitação-- antes de ser entregue à proprietária, a empresa de táxi aéreo americana ExcelAire.
Segundo a assessoria de imprensa da PF, o representante da Embraer afirmou que não houve qualquer falha durante os testes, e equipamentos como o transponder, TCAS --o sistema anticolisão-- e o sistema de radiocomunicação funcionaram normalmente.
O depoimento ao delegado Renato Sayão durou aproximadamente uma hora e meia. O delegado queria informações sobre a revisão dos equipamentos do Legacy e a elaboração do plano de vôo da aeronave.
Militares que trabalham na área de Mato Grosso onde caiu o Boeing da Gol, no dia 29 do mês passado, encontraram nesta terça a caixa de gravação de voz do avião, considerada peça importante nas investigações do acidente.
Segundo a FAB (Força Aérea Brasileira), o equipamento foi encontrado com ajuda de detectores de metal utilizados pelos militares do Batalhão-Escola de Engenharia do Exército e estava a cerca de 20 centímetros da superfície.
O Ministério da Defesa informou, em nota, que o equipamento não apresenta danos aparentes e será levado, no próximo sábado, para a Organização Internacional de Aviação Civil, com sede no Canadá, como foi feito com a outra caixa-preta do Boeing e as do jato Legacy --também envolvido no acidente.
O transporte deve ser feito por três coronéis da Aeronáutica, e a expectativa é que a caixa seja aberta na segunda-feira (30).
O acidente --o maior da história do país-- resultou na morte dos 154 ocupantes do Boeing. O Legacy, que teria colidido com o avião da Gol, conseguiu pousar, apesar de danos na asa e os sete ocupantes --seis deles americanos-- nada sofreram.
De acordo com informações do ministério, militares permanecem na área de mata fechada onde caiu o Boeing, na tentativa de localizar o último corpo das vítimas do acidente. As equipes também mantêm os esforços "na tentativa de encontrar partes do avião que ainda não foram localizadas e que podem ser importantes para as investigações sobre as causas do acidente", afirma a nota.
Investigação
O Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) negou à PF (Polícia Federal) acesso aos conteúdos das caixas-pretas do avião da Gol e do Legacy.
Para justificar a decisão, a Aeronáutica afirma que a legislação militar não permite que as informações sejam usadas em processos que tenham como objetivo punir envolvidos em acidentes aéreos.
O delegado Renato Sayão, que investiga o acidente pela PF, pediu à Justiça Federal que determine à Aeronáutica o envio dos dados.
Nesta terça-feira, Sayão recebeu as transcrições dos contatos das torres de controle de Brasília, de Manaus e de São José dos Campos, com conversas de todas as aeronaves que voavam no momento do acidente. Recebeu também fotos das telas de radares e os nomes de 17 pessoas --entre controladores de tráfego aéreo e supervisores-- que trabalharam no dia do acidente --dez deles são de Brasília, quatro de Manaus e três de São José dos Campos. Todos serão intimados a depor --data e local não foram confirmados.
Análises
No último dia 20, Sérgio Mauro Costa, diretor do Departamento de Ensaios da Embraer --fabricante do Legacy-- disse em depoimento à PF que o jato funcionava normalmente e passou por sete testes --sendo três vôos de aceitação-- antes de ser entregue à proprietária, a empresa de táxi aéreo americana ExcelAire.
Segundo a assessoria de imprensa da PF, o representante da Embraer afirmou que não houve qualquer falha durante os testes, e equipamentos como o transponder, TCAS --o sistema anticolisão-- e o sistema de radiocomunicação funcionaram normalmente.
O depoimento ao delegado Renato Sayão durou aproximadamente uma hora e meia. O delegado queria informações sobre a revisão dos equipamentos do Legacy e a elaboração do plano de vôo da aeronave.
Qual a origem do "extremismo"?
Por Humam al-Hamzah 24/10/2006 às 14:56
O Newsletter "Oriente Médio Vivo", fundado em 20 de fevereiro de 2006, tem como um de seus principais objetivos oferecer informações justas e corretas sobre os atuais conflitos no Oriente Médio.
Acesse: www.geocities.com/orientemediovivo
Qual a origem do "extremismo"?
A Questão Palestina representa o tema de maior risco em relação à paz mundial nos dias atuais. Até o massacre indiscriminado no Iraque não é tão importante quanto essa questão. Se a tão falada ?guerra contra o terrorismo? de fato existe, deveria ter sido iniciada a partir do território da Palestina, devido à situação em que se encontra. Se existe algo que influencia tanto o tal ?extremismo? e ?terrorismo?, é a atual situação de vida dos inocentes palestinos. Os assassinatos, as torturas e a humilhação sofrida por eles, diariamente, por mais de cinco décadas, representam um fato único no curso da história.
Crianças inocentes são assassinadas, como Mohammad al-Durrah, que morreu com tiros à queima-roupa nos braços de seu pai. Líderes populares são indiscriminadamente mortos, como Sheikh Yasin. Casas são demolidas, com ou sem os ocupantes dentro, sem que eles mesmos saibam o que fizeram de errado. Pais de família e jovens são presos e torturados, sem chance de julgamento, em função de crimes que não cometeram. Massacres ocorrem em massa, como as decisões de Israel em Sabra e Shatila, e o mais recente, no Líbano, em julho desse ano. O mandante de todo esse sofrimento, ironicamente, é o Estado com o maior número de crimes quanto à Lei Internacional: Israel, impune pelo apoio incondicional dos Estados Unidos.
Com a impunidade quanto a todos esses crimes, é justo culpar os jovens muçulmanos quando se unem ao tão falado ?extremismo?? Nascidos em meio a esse caos, vivenciando a destruição durante todos os dias de suas vidas, não é difícil de imaginar que esses jovens se unam contra o inimigo comum, o causador de todo o sofrimento. Mas países como os Estados Unidos e alguns de seus aliados insistem em apoiar o crime e a destruição, ignorando o valor da vida humana e da justiça. O fato é que, por mais de cinco décadas, Israel seqüestra a paz mundial em função de sua agenda racista. Não há dúvidas de que o Sionismo é um tipo de racismo, e o que acontece na Palestina não é nada menos do que um apartheid.
A questão envolve duas comunidades, os judeus e os palestinos. Esses últimos são formados por muçulmanos e cristãos. Os judeus afirmam que, religiosamente, a Palestina lhes pertence. Os palestinos, por sua vez, afirmam que viveram naquela terra por mais de mil anos, e foram expulsos à força em pleno século XX, através de práticas imperialistas e políticas ilegais perante a Lei Internacional.
Jerusalém é a cidade sagrada das três religiões envolvidas no conflito. Israel, porém, controla Jerusalém mesmo contra resoluções da ONU que colocam a cidade sagrada como ?território internacional?, de todos nós. Por mais de cinco décadas, judeus de todas as partes do mundo migram para Israel, expulsando palestinos de seus lares. Esses judeus possuem cidadania de diversos outros países do mundo, enquanto os palestinos simplesmente ficam sem seus lares, sem cidadania, vivendo como indigentes em sua própria terra. Hoje, esses palestinos esquecidos são mais de 5 milhões de pessoas.
É correto exilar palestinos de seus lares para acomodar judeus que vêm em procura de uma vida melhor? Muitos conseguem justificar tal crime usando como pretexto o Holocausto. Mas o fato é que o Holocausto aconteceu na Europa, e não no Oriente Médio. Porque então que os palestinos atualmente pagam pelos crimes cometidos pelos europeus?
A solução para o problema pode ser atingida através da justiça. Inicialmente, é necessário que todos concordem que homens nascem iguais, independentemente de sua religião ou etnia e, portanto, têm direitos iguais. Uma solução duradoura deverá reconhecer o direito dos palestinos exilados, o dos palestinos que vivem sob ocupação israelense e o dos palestinos que vivem nos territórios controlados pela Autoridade Palestina.
Para não ser feito aos judeus o que se fez com os palestinos, uma solução seria uma democracia plural, em que judeus e palestinos têm direitos iguais. Os palestinos expulsos terão direito a retornar, e a migração de judeus deverá terminar. Prisioneiros políticos deverão ser soltos; pontos de controle, grades e muros ilegais deverão ser abatidos. Os armamentos que possibilitam a existência desse apartheid deverão ser desmantelados.
Esse parece ser o único caminho para a verdadeira paz mundial ? obviamente, o caminho atual com a ?guerra contra o terrorismo? se provou um tiro pela culatra. Quanto mais rápido o mundo perceber isso, menos sangue de inocentes será derramado. Enquanto isso, continuamos escutando dia após dia as propagandas políticas contra os ?extremistas?, ?radicais? e ?terroristas?.
FONTE:
Matéria tirada do Newsletter Oriente Médio Vivo?[ www.geocities.com/orientemediovivo ], Edição nº 32[ www.geocities.com/orientemediovivo/edicao32.html ].
Para download da Edição nº32, acesse:
www.geocities.com/orientemediovivo2/editions/edicao32.pdf
Email:: orientemediovivo@gmail.com
URL:: http://www.geocities.com/orientemediovivo
© Copyleft http://www.midiaindependente.org:
É livre a reprodução para fins não comerciais, desde que o autor e a fonte sejam citados e esta nota seja incluída.
O Newsletter "Oriente Médio Vivo", fundado em 20 de fevereiro de 2006, tem como um de seus principais objetivos oferecer informações justas e corretas sobre os atuais conflitos no Oriente Médio.
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Qual a origem do "extremismo"?
A Questão Palestina representa o tema de maior risco em relação à paz mundial nos dias atuais. Até o massacre indiscriminado no Iraque não é tão importante quanto essa questão. Se a tão falada ?guerra contra o terrorismo? de fato existe, deveria ter sido iniciada a partir do território da Palestina, devido à situação em que se encontra. Se existe algo que influencia tanto o tal ?extremismo? e ?terrorismo?, é a atual situação de vida dos inocentes palestinos. Os assassinatos, as torturas e a humilhação sofrida por eles, diariamente, por mais de cinco décadas, representam um fato único no curso da história.
Crianças inocentes são assassinadas, como Mohammad al-Durrah, que morreu com tiros à queima-roupa nos braços de seu pai. Líderes populares são indiscriminadamente mortos, como Sheikh Yasin. Casas são demolidas, com ou sem os ocupantes dentro, sem que eles mesmos saibam o que fizeram de errado. Pais de família e jovens são presos e torturados, sem chance de julgamento, em função de crimes que não cometeram. Massacres ocorrem em massa, como as decisões de Israel em Sabra e Shatila, e o mais recente, no Líbano, em julho desse ano. O mandante de todo esse sofrimento, ironicamente, é o Estado com o maior número de crimes quanto à Lei Internacional: Israel, impune pelo apoio incondicional dos Estados Unidos.
Com a impunidade quanto a todos esses crimes, é justo culpar os jovens muçulmanos quando se unem ao tão falado ?extremismo?? Nascidos em meio a esse caos, vivenciando a destruição durante todos os dias de suas vidas, não é difícil de imaginar que esses jovens se unam contra o inimigo comum, o causador de todo o sofrimento. Mas países como os Estados Unidos e alguns de seus aliados insistem em apoiar o crime e a destruição, ignorando o valor da vida humana e da justiça. O fato é que, por mais de cinco décadas, Israel seqüestra a paz mundial em função de sua agenda racista. Não há dúvidas de que o Sionismo é um tipo de racismo, e o que acontece na Palestina não é nada menos do que um apartheid.
A questão envolve duas comunidades, os judeus e os palestinos. Esses últimos são formados por muçulmanos e cristãos. Os judeus afirmam que, religiosamente, a Palestina lhes pertence. Os palestinos, por sua vez, afirmam que viveram naquela terra por mais de mil anos, e foram expulsos à força em pleno século XX, através de práticas imperialistas e políticas ilegais perante a Lei Internacional.
Jerusalém é a cidade sagrada das três religiões envolvidas no conflito. Israel, porém, controla Jerusalém mesmo contra resoluções da ONU que colocam a cidade sagrada como ?território internacional?, de todos nós. Por mais de cinco décadas, judeus de todas as partes do mundo migram para Israel, expulsando palestinos de seus lares. Esses judeus possuem cidadania de diversos outros países do mundo, enquanto os palestinos simplesmente ficam sem seus lares, sem cidadania, vivendo como indigentes em sua própria terra. Hoje, esses palestinos esquecidos são mais de 5 milhões de pessoas.
É correto exilar palestinos de seus lares para acomodar judeus que vêm em procura de uma vida melhor? Muitos conseguem justificar tal crime usando como pretexto o Holocausto. Mas o fato é que o Holocausto aconteceu na Europa, e não no Oriente Médio. Porque então que os palestinos atualmente pagam pelos crimes cometidos pelos europeus?
A solução para o problema pode ser atingida através da justiça. Inicialmente, é necessário que todos concordem que homens nascem iguais, independentemente de sua religião ou etnia e, portanto, têm direitos iguais. Uma solução duradoura deverá reconhecer o direito dos palestinos exilados, o dos palestinos que vivem sob ocupação israelense e o dos palestinos que vivem nos territórios controlados pela Autoridade Palestina.
Para não ser feito aos judeus o que se fez com os palestinos, uma solução seria uma democracia plural, em que judeus e palestinos têm direitos iguais. Os palestinos expulsos terão direito a retornar, e a migração de judeus deverá terminar. Prisioneiros políticos deverão ser soltos; pontos de controle, grades e muros ilegais deverão ser abatidos. Os armamentos que possibilitam a existência desse apartheid deverão ser desmantelados.
Esse parece ser o único caminho para a verdadeira paz mundial ? obviamente, o caminho atual com a ?guerra contra o terrorismo? se provou um tiro pela culatra. Quanto mais rápido o mundo perceber isso, menos sangue de inocentes será derramado. Enquanto isso, continuamos escutando dia após dia as propagandas políticas contra os ?extremistas?, ?radicais? e ?terroristas?.
FONTE:
Matéria tirada do Newsletter Oriente Médio Vivo?[ www.geocities.com/orientemediovivo ], Edição nº 32[ www.geocities.com/orientemediovivo/edicao32.html ].
Para download da Edição nº32, acesse:
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Eis o Brasil da impunidade/corrupção
Por julio cavalcante fortes 24/10/2006 às 08:02
Ex-Diretor da ENRON (setor de energia), é condenado nos Estados Unidos a 24 anos de prisão. Os motivos estão arrolados na matéria publicada no Jornal " Folha de São Paulo" ( abaixo).No Brasil, caso relativamente identico, acaba numa bela " pizza".É uma vergonha nacional.
Por que nos Estados Unidos quem falsifica documentos públicos e comete outros crimes é condenado e colocado na cadeia e, aqui no Brasil, em casos quase que semelhantes, seus autores permanecem soltos, imunes e ás vezes tem até a PROTEÇÃO DO GOVERNO FEDERAL ( falta de fiscalização/investigação) ?
A matéria abaixo, de autoria da " Folha de São Paulo", edição de 23.10.2006 (abaixo), relata que um Ex-Diretor da empresa -ENRON ( de energia), por haver feito uma série de falcatruas, falsificado documentos, etc, foi condenado pela JUSTIÇA AMERICANA a 24 anos anos de prisão.
São 24 anos de prisão em regime fechado. Não há essa moleza do cidadão responder ou cumprir a pena em liberdade. Não é sem razão que os Estados Unidos é a maior potencia mundial. É evidente que aquele País envolve-se em problemas de outras nações, o que tem gerado insatisfações em todo o mundo. Mas isso é questão de política internacional e, por não ser um especialista no assunto, recuso-me a tecer comentários a esse respeito. Pois bem. Aqui no nosso Brasil aconteceu um caso semelhante a ENRON ( Estados Unidos). A empresa - CEM/TRACTEBEL foi autorizada pelo Governo Brasileiro a construir a BARRAGEM DE CANA BRAVA, que atingiu cerca de 114.000 mil hectares de terras particulares em 02 municípios do Estado de Goias. Ficou obrigada a : reassentar cerca de 1.000 famílias; desmatar cerca de 14.000 mil hectares de mata virgem, a fim de evitar a contaminação do lago; construir a rede de esgoto da cidade de minaçu; retirar algo próximo a 250 corpos/cadaveres que encontravam-se sepultados em 02 cemitérios do Município de Cavalcante, Estado de Goias.
Das 1.000 famílias que deveriam ser reassentadas, apenas 100 foi contempladas com esse benefício. Isso significa dizer que a TRACTEBEL ENERGIA ( que recebeu recursos públicos Federais para a construção da obra), fez uma ecomomia de algo próximo a R$. 90.000.000,00 em NÃO cumprir/realizar o restante dos reassentamentos. E O QUE É MAIS GRAVE: Para eximir-se desse encargo, falsificou/fez a inserção de DECLARAÇÃO FALSA EM CERCA DE 250 ESCRITURAS PÚBLICAS DE NEGOCIAÇÃO AMIGÁVEL ( arts. 299 , c.c o 171 do Código Penal Brasileiro).Vou ser mais claro: FALSIFICOU DOCUMENTOS PÚBLICOS PARA NÃO PAGAR O QUE DEVIA.
Trata-se, e isso já foi dito aqui no CMI, de uma obra do Governo Federal ( construída, repito), com ( parte) dos recursos liberados pelo Governo Central. Então, o processo de FISCALIZAÇÃO/APURAÇÃO DE QUALQUER IRREGULARIADE(CRIME) TAMBÉM COMPETE AO MESMO GOVERNO.
Detectei ( e as PROVAS ESTÃO EM MEU PODER), todas essas irregularidades/crimes ( inclusive ambientais) e remeti cerca de 06 denúncias para a PRESIDENCIA DA REPÚBLICA. Passados mais de 03 anos, não se tem conhecimento de que o Governo Federal tenha autorizado/mandado os órgãos comepetentes empreenderem FISCALIZAÇÃO/INVESTIGAÇÃO em torno desses descasos/danos/ações criminosas.
Respeitadas as devidas proporções, não se tem a menor dúvida que os danos/crimes praticados pela ENRON( empresa Americana) são semalhantes aos praticados/cometidos pela -CEM/TRACTEBEL.
A costumeira pergunta que se faz é a seguinte: Se o Governo Federal, Ministérios de Minas e Energia e de Justiça foram INFORMADOS desses descasos/danos/violação de contrato público/ações criminosas(INCLUSIVE VIOLAÇÃO DE DIREITOS HUMANOS/INUNDAÇÃO DE CERCA DE 250 CADAVARES), quais as razões que se fundaram ( as autoridades) para não DETERMINAR FOSSEM FEITAS APURAÇÕES /INVESTIGAÇÕES ?
Quem levou/recebeu alguma vantagem para que tudo isso acabasse numa bela " pizza" ?
Eis a diferença entre um País do primeiro(Estados Unidos) e Terceiro mundo ( Brasil).
Enquanto o Ex-Diretor da ENRON ( empresa do setor de energia/que cometeu crimes semelhantes) passará seus próximos 24 anos na Cadeia, o Presidente da TRACTEBEL ENERGIA, MANOEL ZARONI TORRES, ( que deu garida/respaldou os danos e ações criminosas acima relatadas/ e seus Diretores),são objeto de notícias ( diárias) em toda grande mídia brasileira, como se fosse(m) um grande empreendedor.
Já temos certeza ( embora o Presidente da República ) tenha dirigido a mim uma comunicação afirmando o contrário), que esses R$. 90 milhões de reais retirados/roubados das populações atingidas em face da obra - Barragem de Cana Brava, os crimes cometidos ( arts. 299, 171, 288, todos do CP Brasileiro), FICARÃO NA COMPLETA IMPUNIDADE, até por uma questão de tradição Brasileira.
Dá a JUSTIÇA AMERICANA um exemplo de que não se deve " mexer" /brincar/roubar os bens públicos americanos e/ou cometer crimes em detrimento daquela Nação.
Dá o BRASIL a velha e mesma demonstração: O CRIME NO BRASIL, SEM DÚVIDA ALGUMA, sobretudo em determinados casos, é COMPENSÁVEL.
Não vou comentar o caso que está sendo investigado no PERU ( a TRACTEBEL ENERGIA está sendo acusada de dar uma propina de 10 milhões de dolares para o Ex-Presidente - FUJIMORI) para adquirir 02 empresas de energia elétrica por que não disponho das devidas informações. Mas quem pretender adentrar no caso, basta comunicar-se com a imprensa e Ministério Público Estadual e Federal daquele País/PERU que certamente terão maiores informações.
Abaixo, matéria publicada hoje - 23.10.06 - Jornal " folha de São Paulo".
por JÚLIO CAVALCANTE FORTES
......................................................
"23/10/2006 - 18h10
Jeffrey Skilling, ex-Enron, é condenado a 24 anos e quatro meses de prisão
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VINICIUS ALBUQUERQUE
da Folha Online
O ex-presidente e executivo-chefe da gigante americana do setor de energia Enron (que quebrou em 2001), Jeffrey Skilling, 52, foi condenado nesta segunda-feira a 24 anos e quatro meses de prisão, por seu envolvimento na falência da empresa.
Antes de ouvir a sentença, Skilling manteve a alegação de inocência. "Meritíssimo, sou inocente nessas acusações", afirmou. "Sou inocente em cada uma dessas acusações. Vamos [Skilling e sua defesa] continuar a buscar meus direitos constitucionais (...) Estou convencido disso e quero que meus amigos e minha família saibam disso."
Ele negou as alegações de que não sente remorso por seu envolvimento nas fraudes que causaram a quebra da empresa. "Tem sido muito duro para mim, mas, provavelmente, e mais importante, incrivelmente duro para minha família, para os funcionários da Enron, meus amigos e para a comunidade."
Em maio, Skilling foi julgado culpado em 19 acusações de conspiração, fraude, prestação de declarações de resultados falsos e por vazar informações privilegiadas. Foi considerado inocente em outras oito acusações de vazamento de informações
Ainda não se sabe se Skilling será preso imediatamente ou se aguardará em liberdade o julgamento de sua apelação.
Durante as audiências do processo, Skilling chegou a dizer que "lutaria contra as acusações até o dia sua morte".
O fundador da Enron, Kenneth Lay, morreu em julho. Ele foi julgado culpado em todas as dez acusações de fraude bancária, incluindo uma de declarações falsas que pesava contra ele em um caso separado, relacionado a suas finanças pessoais.
Em um outro julgamento, o juiz distrital da corte de Houston (Texas), Sim Lake, considerou Lay culpado em quatro acusações de fraude e declarações falsas.
O juiz Lake cancelou as condenações por fraude e declarações falsas contra o fundador e ex-presidente da Enron, Kenneth Lay --morto em julho deste ano--, pela impossibilidade de apelação no caso. A decisão do juiz Lake encerra o caso criminal contra Lay e também anula os efeitos sobre seu patrimônio, deixado para sua mulher, Linda. Lay morreu aos 64 anos devido a problemas cardíacos.
A pena de Skilling foi a maior das já pronunciadas contra ex-executivos da Enron. O ex-diretor-financeiro da Enron, Andrew Fastow, 44, foi condenado no mês passado a seis anos de prisão e dois anos de serviços comunitários. O ex-chefe dos corretores da divisão de venda de energia no atacado, David Delainey, foi condenado a dois anos e meio de prisão. A ex-vice-chefe do setor de relações com investidores, Paula Rieker, teve sua pena reduzida para dois anos e meio de liberdade condicional --de um máximo de 10 anos de prisão.
Ainda restam por ser pronunciadas as sentenças do ex-diretor-financeiro da divisão de comércio de banda larga da empresa, Kevin Howard, o que deve acontecer ainda neste mês, e do principal contador da empresa, Richard Causey, marcada para novembro.
Quebra da Enron
A Enron quebrou em dezembro de 2001, após ter sido alvo de uma série denúncias de fraudes contábeis e fiscais. O lucro e os contratos da Enron foram inflados artificialmente. A investigação indicou que ex-executivos, contadores, instituições financeiras e escritórios de advocacia foram responsáveis direta ou indiretamente pelo colapso da empresa.
O governo americano abriu dezenas de investigações criminais contra executivos da Enron e da Andersen. Além disso, pessoas lesadas pela Enron também moveram processos.
Após o colapso da Enron vieram as da WorldCom, da Global Crossing e da Adelphia. Envolvida em escândalo financeiro também esteve a Tyco: o ex-executivo-chefe da gigante americana Tyco International, Dennis Kozlowski, foi condenado em setembro do ano passado a até 25 anos de prisão por sua participação no desvio de US$ 600 milhões da empresa.
A onda de fraudes levou à aprovação da Lei Sarbanes-Oxley, que visa coibir crimes fiscais e práticas ilícitas de corporações americanas."
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Ex-Diretor da ENRON (setor de energia), é condenado nos Estados Unidos a 24 anos de prisão. Os motivos estão arrolados na matéria publicada no Jornal " Folha de São Paulo" ( abaixo).No Brasil, caso relativamente identico, acaba numa bela " pizza".É uma vergonha nacional.
Por que nos Estados Unidos quem falsifica documentos públicos e comete outros crimes é condenado e colocado na cadeia e, aqui no Brasil, em casos quase que semelhantes, seus autores permanecem soltos, imunes e ás vezes tem até a PROTEÇÃO DO GOVERNO FEDERAL ( falta de fiscalização/investigação) ?
A matéria abaixo, de autoria da " Folha de São Paulo", edição de 23.10.2006 (abaixo), relata que um Ex-Diretor da empresa -ENRON ( de energia), por haver feito uma série de falcatruas, falsificado documentos, etc, foi condenado pela JUSTIÇA AMERICANA a 24 anos anos de prisão.
São 24 anos de prisão em regime fechado. Não há essa moleza do cidadão responder ou cumprir a pena em liberdade. Não é sem razão que os Estados Unidos é a maior potencia mundial. É evidente que aquele País envolve-se em problemas de outras nações, o que tem gerado insatisfações em todo o mundo. Mas isso é questão de política internacional e, por não ser um especialista no assunto, recuso-me a tecer comentários a esse respeito. Pois bem. Aqui no nosso Brasil aconteceu um caso semelhante a ENRON ( Estados Unidos). A empresa - CEM/TRACTEBEL foi autorizada pelo Governo Brasileiro a construir a BARRAGEM DE CANA BRAVA, que atingiu cerca de 114.000 mil hectares de terras particulares em 02 municípios do Estado de Goias. Ficou obrigada a : reassentar cerca de 1.000 famílias; desmatar cerca de 14.000 mil hectares de mata virgem, a fim de evitar a contaminação do lago; construir a rede de esgoto da cidade de minaçu; retirar algo próximo a 250 corpos/cadaveres que encontravam-se sepultados em 02 cemitérios do Município de Cavalcante, Estado de Goias.
Das 1.000 famílias que deveriam ser reassentadas, apenas 100 foi contempladas com esse benefício. Isso significa dizer que a TRACTEBEL ENERGIA ( que recebeu recursos públicos Federais para a construção da obra), fez uma ecomomia de algo próximo a R$. 90.000.000,00 em NÃO cumprir/realizar o restante dos reassentamentos. E O QUE É MAIS GRAVE: Para eximir-se desse encargo, falsificou/fez a inserção de DECLARAÇÃO FALSA EM CERCA DE 250 ESCRITURAS PÚBLICAS DE NEGOCIAÇÃO AMIGÁVEL ( arts. 299 , c.c o 171 do Código Penal Brasileiro).Vou ser mais claro: FALSIFICOU DOCUMENTOS PÚBLICOS PARA NÃO PAGAR O QUE DEVIA.
Trata-se, e isso já foi dito aqui no CMI, de uma obra do Governo Federal ( construída, repito), com ( parte) dos recursos liberados pelo Governo Central. Então, o processo de FISCALIZAÇÃO/APURAÇÃO DE QUALQUER IRREGULARIADE(CRIME) TAMBÉM COMPETE AO MESMO GOVERNO.
Detectei ( e as PROVAS ESTÃO EM MEU PODER), todas essas irregularidades/crimes ( inclusive ambientais) e remeti cerca de 06 denúncias para a PRESIDENCIA DA REPÚBLICA. Passados mais de 03 anos, não se tem conhecimento de que o Governo Federal tenha autorizado/mandado os órgãos comepetentes empreenderem FISCALIZAÇÃO/INVESTIGAÇÃO em torno desses descasos/danos/ações criminosas.
Respeitadas as devidas proporções, não se tem a menor dúvida que os danos/crimes praticados pela ENRON( empresa Americana) são semalhantes aos praticados/cometidos pela -CEM/TRACTEBEL.
A costumeira pergunta que se faz é a seguinte: Se o Governo Federal, Ministérios de Minas e Energia e de Justiça foram INFORMADOS desses descasos/danos/violação de contrato público/ações criminosas(INCLUSIVE VIOLAÇÃO DE DIREITOS HUMANOS/INUNDAÇÃO DE CERCA DE 250 CADAVARES), quais as razões que se fundaram ( as autoridades) para não DETERMINAR FOSSEM FEITAS APURAÇÕES /INVESTIGAÇÕES ?
Quem levou/recebeu alguma vantagem para que tudo isso acabasse numa bela " pizza" ?
Eis a diferença entre um País do primeiro(Estados Unidos) e Terceiro mundo ( Brasil).
Enquanto o Ex-Diretor da ENRON ( empresa do setor de energia/que cometeu crimes semelhantes) passará seus próximos 24 anos na Cadeia, o Presidente da TRACTEBEL ENERGIA, MANOEL ZARONI TORRES, ( que deu garida/respaldou os danos e ações criminosas acima relatadas/ e seus Diretores),são objeto de notícias ( diárias) em toda grande mídia brasileira, como se fosse(m) um grande empreendedor.
Já temos certeza ( embora o Presidente da República ) tenha dirigido a mim uma comunicação afirmando o contrário), que esses R$. 90 milhões de reais retirados/roubados das populações atingidas em face da obra - Barragem de Cana Brava, os crimes cometidos ( arts. 299, 171, 288, todos do CP Brasileiro), FICARÃO NA COMPLETA IMPUNIDADE, até por uma questão de tradição Brasileira.
Dá a JUSTIÇA AMERICANA um exemplo de que não se deve " mexer" /brincar/roubar os bens públicos americanos e/ou cometer crimes em detrimento daquela Nação.
Dá o BRASIL a velha e mesma demonstração: O CRIME NO BRASIL, SEM DÚVIDA ALGUMA, sobretudo em determinados casos, é COMPENSÁVEL.
Não vou comentar o caso que está sendo investigado no PERU ( a TRACTEBEL ENERGIA está sendo acusada de dar uma propina de 10 milhões de dolares para o Ex-Presidente - FUJIMORI) para adquirir 02 empresas de energia elétrica por que não disponho das devidas informações. Mas quem pretender adentrar no caso, basta comunicar-se com a imprensa e Ministério Público Estadual e Federal daquele País/PERU que certamente terão maiores informações.
Abaixo, matéria publicada hoje - 23.10.06 - Jornal " folha de São Paulo".
por JÚLIO CAVALCANTE FORTES
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"23/10/2006 - 18h10
Jeffrey Skilling, ex-Enron, é condenado a 24 anos e quatro meses de prisão
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VINICIUS ALBUQUERQUE
da Folha Online
O ex-presidente e executivo-chefe da gigante americana do setor de energia Enron (que quebrou em 2001), Jeffrey Skilling, 52, foi condenado nesta segunda-feira a 24 anos e quatro meses de prisão, por seu envolvimento na falência da empresa.
Antes de ouvir a sentença, Skilling manteve a alegação de inocência. "Meritíssimo, sou inocente nessas acusações", afirmou. "Sou inocente em cada uma dessas acusações. Vamos [Skilling e sua defesa] continuar a buscar meus direitos constitucionais (...) Estou convencido disso e quero que meus amigos e minha família saibam disso."
Ele negou as alegações de que não sente remorso por seu envolvimento nas fraudes que causaram a quebra da empresa. "Tem sido muito duro para mim, mas, provavelmente, e mais importante, incrivelmente duro para minha família, para os funcionários da Enron, meus amigos e para a comunidade."
Em maio, Skilling foi julgado culpado em 19 acusações de conspiração, fraude, prestação de declarações de resultados falsos e por vazar informações privilegiadas. Foi considerado inocente em outras oito acusações de vazamento de informações
Ainda não se sabe se Skilling será preso imediatamente ou se aguardará em liberdade o julgamento de sua apelação.
Durante as audiências do processo, Skilling chegou a dizer que "lutaria contra as acusações até o dia sua morte".
O fundador da Enron, Kenneth Lay, morreu em julho. Ele foi julgado culpado em todas as dez acusações de fraude bancária, incluindo uma de declarações falsas que pesava contra ele em um caso separado, relacionado a suas finanças pessoais.
Em um outro julgamento, o juiz distrital da corte de Houston (Texas), Sim Lake, considerou Lay culpado em quatro acusações de fraude e declarações falsas.
O juiz Lake cancelou as condenações por fraude e declarações falsas contra o fundador e ex-presidente da Enron, Kenneth Lay --morto em julho deste ano--, pela impossibilidade de apelação no caso. A decisão do juiz Lake encerra o caso criminal contra Lay e também anula os efeitos sobre seu patrimônio, deixado para sua mulher, Linda. Lay morreu aos 64 anos devido a problemas cardíacos.
A pena de Skilling foi a maior das já pronunciadas contra ex-executivos da Enron. O ex-diretor-financeiro da Enron, Andrew Fastow, 44, foi condenado no mês passado a seis anos de prisão e dois anos de serviços comunitários. O ex-chefe dos corretores da divisão de venda de energia no atacado, David Delainey, foi condenado a dois anos e meio de prisão. A ex-vice-chefe do setor de relações com investidores, Paula Rieker, teve sua pena reduzida para dois anos e meio de liberdade condicional --de um máximo de 10 anos de prisão.
Ainda restam por ser pronunciadas as sentenças do ex-diretor-financeiro da divisão de comércio de banda larga da empresa, Kevin Howard, o que deve acontecer ainda neste mês, e do principal contador da empresa, Richard Causey, marcada para novembro.
Quebra da Enron
A Enron quebrou em dezembro de 2001, após ter sido alvo de uma série denúncias de fraudes contábeis e fiscais. O lucro e os contratos da Enron foram inflados artificialmente. A investigação indicou que ex-executivos, contadores, instituições financeiras e escritórios de advocacia foram responsáveis direta ou indiretamente pelo colapso da empresa.
O governo americano abriu dezenas de investigações criminais contra executivos da Enron e da Andersen. Além disso, pessoas lesadas pela Enron também moveram processos.
Após o colapso da Enron vieram as da WorldCom, da Global Crossing e da Adelphia. Envolvida em escândalo financeiro também esteve a Tyco: o ex-executivo-chefe da gigante americana Tyco International, Dennis Kozlowski, foi condenado em setembro do ano passado a até 25 anos de prisão por sua participação no desvio de US$ 600 milhões da empresa.
A onda de fraudes levou à aprovação da Lei Sarbanes-Oxley, que visa coibir crimes fiscais e práticas ilícitas de corporações americanas."
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segunda-feira, outubro 23, 2006
O operador: Mídia omitiu a gênese do valerioduto
Por Paulo Lima 23/10/2006 às 18:44
As coisas que a grande mídia não diz.
O operador: Mídia omitiu a gênese do valerioduto
Por Paulo Lima, do Observatório de Imprensa
No início dos anos 1980, Marcos Valério Fernandes de Souza era um modesto escriturário do Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge), porém ambição e determinação não lhe faltavam. Tanto que em breve chegaria a gerente e integrante do seleto conselho da instituição. Com o know-how obtido, e depois de uma passagem pelo Banco Central até hoje envolta em mistério, Marcos Valério se reinventaria e se transformaria no principal vilão do "mensalão", o escândalo que revelou o caixa dois do PT e manchou a reputação do partido que se considerava a reserva ética da política brasileira. A história de Marcos Valério e os bastidores das negociatas que conduziram à crise é o tema do livro recém-lançado O operador, de Lucas Figueiredo, repórter especial do jornal Estado de Minas. Este é o terceiro livro do autor, que escreveu ainda Morcegos negros (2000) e Ministério do silêncio (2005). Neste novo relato, a narrativa começa com o cenário que levou ao flagrante de corrupção do diretor dos Correios, Maurício Marinho. A partir daí o leitor é fisgado graças à habilidade do autor em impor um ritmo quase que de thriller policial a um imbróglio que tinha tudo para soar bocejante, de tão explorado pela mídia. A base do livro é a trajetória sinuosa de Marcos Valério, sua infância humilde, seus dramas familiares ? como a perda de um filho de 2 anos, golpe do qual ele e a mulher Renilda jamais se recuperaram ?, a tenacidade para vencer na vida, as parcerias oportunistas, o jogo duplo, o enriquecimento meteórico e por fim o desmascaramento. Mas, para além do mero foco biográfico, o leitor tem em mãos o relato detalhado de um dos momentos mais dramáticos da política contemporânea no Brasil. No livro Lucas Figueiredo revela, entre outras coisas, a gênese do valerioduto, criação do PSDB mineiro. "Nos cinco anos em que operou para o PSDB, o patrimônio visível de Valério aumentou de R$ 230 mil para R$ 3,8 milhões, um acréscimo de mais de 1.500%. Isso a imprensa nunca disse", conta Lucas nesta entrevista concedida por e-mail. Quando passou a operar para o PT, já conhecia o caminho das pedras. Valendo-se de sua condição de sócio das agências de publicidade SMP&B e DNA, levantou empréstimos bancários de alto risco para ajudar partidos a transformar dinheiro em votos. É vasto o elenco de personagens suspeitosos que se move por essa história, expondo situações já familiares ao leitor. Neste sentido, nada haveria de novo no front, não fossem as dimensões da tragédia. Afinal, foi um esquema de caixa dois, embora infinitamente menor, que provocou o impeachment de Fernando Collor de Melo. "A história do valerioduto é a continuação da história do esquema PC", afirma Lucas Figueiredo. "Enquanto o país não atacar os grandes corruptores, a corrupção será um dos grandes males nacionais".
***
Você teve retorno dos personagens citados no livro, após sua publicação?
Lucas Figueiredo ? Sei que o livro incomodou muita gente, recebi várias mensagens. O engraçado é que os personagens se acusam mutuamente, achando que um deu informações sobre o outro. Um deles me procurou para "queimar" um antigo desafeto, também personagem do livro.
Como foi o processo de levantamento das informações sobre Marcos Valério? Você manteve contato pessoal com ele?
L. F. ? Durante meses, tentei falar com Marcos Valério, mas ele se recusou a falar. Ele tomou a decisão de não contar o que sabe e, assim, assumir sozinho a posição de vilão da história. Uma pena! Mas falei com muita gente do entorno dele, aproximadamente umas 30 pessoas, que contaram muitos segredos.
Que obstáculos você enfrentou para realizar esse novo trabalho?
L. F. ? Fazer com que as pessoas falassem. Algumas fontes só toparam falar depois de cinco ou seis encontros. A turma tem muito medo.
A história do valerioduto apresenta ainda pontos obscuros, entre eles o verdadeiro papel da ex-secretária da SMP&B, Fernanda Karina Sommagio. Ela foi apenas uma empregada astuta na questão?
L. F. ? Durante algum tempo, Marcos Valério acreditou que ela tivesse sido uma espiã "plantada" na SMP&B ou uma informante "colhida". A PF chegou a investigar essa possibilidade, mas nada foi provado. Agora, que é estranho ela saber de tantas coisas, isso é.
Qual foi de fato o papel da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) nessa crise do "mensalão"?
L. F. ? Um ex-araponga da Abin, que mantinha laços com a direção da Abin, participou da operação que produziu o vídeo em que um funcionário dos Correios, Maurício Marinho, aparece recebendo uma propina de R$ 3 mil. Na mesma época, a Abin estava investigando os Correios. Coincidência demais, não acha?
Após a eclosão da crise, uma dúvida jamais foi esclarecida, se o presidente Lula sabia ou não de todo o imbróglio. Qual a sua opinião?
L. F. ? Ele podia não saber do varejo, mas é impossível ignorar o atacado. É difícil imaginar que as bandas podre do PTB, do PL e do PP davam seus votos para o governo no Congresso a troco de nada. Lula até podia não saber como a base aliada era corrompida, mas, que sabia que ela era corrompida, isso sabia.
O fato de Marcos Valério operar impunemente, por tanto tempo, significa mais habilidade da parte dele, ou falta de rigidez nos controles das autoridades monetárias?
L. F. ? Há centenas de Marcos Valério operando, ele não é um ser especial. A corrupção grassa no Brasil, e isso não nasceu com o PT nem com Marcos Valério. O país parece estar anestesiado, pois, ano após ano, os escândalos se repetem e nada muda.
Que análise você faz do papel da imprensa na cobertura desse escândalo?
L. F. ? Com honrosas exceções, a imprensa ignorou que o PSDB "inventou" o valerioduto. Foram os tucanos que armaram o sistema de caixa dois de campanha eleitoral e desvio de dinheiro por meio da SMP&B. Foram os tucanos que "inventaram" os estranhos empréstimos do Banco Rural para encobrir o caixa dois. Foram os tucanos que pinçaram um ex-bancário muito criativo, chamado Marcos Valério, para gerir o esquema. Quando Marcos Valério começou a operar para os tucanos, ele não era rico. Nos cinco anos em que operou para o PSDB, o patrimônio visível de Valério aumentou de R$ 230 mil para R$ 3,8 milhões, um acréscimo de mais de 1.500%. Isso a imprensa nunca disse.
Num dos capítulos, você mostra que as CPIs criadas para investigar os fatos deixaram muitas perguntas sem respostas. Você acredita que essas questões ainda possam ser respondidas, ou prevalecerá o jogo do poder?
L. F. ? O Brasil é um país que vive sem heróis, mas não vive sem vilões. Como aconteceu antes com PC Farias, Marcos Valério saiu como o grande vilão da história, a fim de que os grandes corruptores (os mesmos, aliás, da época de PC) continuassem freqüentando as colunas sociais e sendo chamados de doutor. Valério e PC foram meros bois de piranha.
Que paralelos você nota entre o caso de Marcos Valério e o de PC Farias, alvo do seu livro Morcegos negros?
L. F. ? A história do valerioduto é a continuação da história do esquema PC: grandes corruptores dando dinheiro aos bem-posicionados no poder a fim de conseguir benesses do Estado. A novidade é que o PT, outrora bastião da ética na política, chafurdou com gosto na lama da corrupção.
Por causa da investigação sobre PC Farias, você foi alvo de processo movido por um juiz de Alagoas. Que precauções tomou para evitar que a situação se repita nessa empreitada sobre Marcos Valério?
L. F. ? Para fazer uma denúncia, sempre é preciso estar munido de provas, e isso eu estou. No caso de Alagoas, fui vítima de um processo kafkiano movido por um juiz, no qual não consegui me defender. Um documento protocolado por mim no Tribunal de Justiça de Alagoas simplesmente desapareceu do processo. E uma decisão do mesmo tribunal tomada contra mim foi publicada de forma errada, fazendo com que eu não tomasse conhecimento dela. Conclusão: enquanto nenhum dos corruptores do caso PC foi condenado, eu fui.
Por ter sido lançado às vésperas da eleição presidencial, você teve receio de que seu trabalho pudesse utilizado com fins partidários?
L. F. ? Meu objetivo é deixar um registro para a história. Ou seja, daqui a cinco, 10, 50 anos, alguém que ler o livro saberá o que aconteceu. Não acho que um livro tenha força para interferir numa eleição, nem era esse meu objetivo.
Suponha que Roberto Jefferson jamais tivesse aberto a boca, e Fernanda Karina Sommagio não tivesse entrado na história. O projeto de permanecer 20 anos no poder do PT poderia se viabilizar?
L. F. ? Acho que não. O PT estava tirando dinheiro da elite financeira que sempre criticara para corromper a elite política que sempre combatera. E o esquema que utilizava tinha sido "inventado" pelo PSDB, um adversário mortal do PT. Óbvio que um dia a casa ia cair, só o PT não via isso.
Há lições a serem extraídas de uma crise tão grandiosa? O país pode estar mais imune ao surgimento de novos Marcos Valérios?
L. F. ? O problema não são os Marcos Valério. Eles são peixe pequeno. O verdadeiro problema são os grandes corruptores. Enquanto o país não atacar os grandes corruptores, a corrupção será um dos grandes males nacionais.
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As coisas que a grande mídia não diz.
O operador: Mídia omitiu a gênese do valerioduto
Por Paulo Lima, do Observatório de Imprensa
No início dos anos 1980, Marcos Valério Fernandes de Souza era um modesto escriturário do Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge), porém ambição e determinação não lhe faltavam. Tanto que em breve chegaria a gerente e integrante do seleto conselho da instituição. Com o know-how obtido, e depois de uma passagem pelo Banco Central até hoje envolta em mistério, Marcos Valério se reinventaria e se transformaria no principal vilão do "mensalão", o escândalo que revelou o caixa dois do PT e manchou a reputação do partido que se considerava a reserva ética da política brasileira. A história de Marcos Valério e os bastidores das negociatas que conduziram à crise é o tema do livro recém-lançado O operador, de Lucas Figueiredo, repórter especial do jornal Estado de Minas. Este é o terceiro livro do autor, que escreveu ainda Morcegos negros (2000) e Ministério do silêncio (2005). Neste novo relato, a narrativa começa com o cenário que levou ao flagrante de corrupção do diretor dos Correios, Maurício Marinho. A partir daí o leitor é fisgado graças à habilidade do autor em impor um ritmo quase que de thriller policial a um imbróglio que tinha tudo para soar bocejante, de tão explorado pela mídia. A base do livro é a trajetória sinuosa de Marcos Valério, sua infância humilde, seus dramas familiares ? como a perda de um filho de 2 anos, golpe do qual ele e a mulher Renilda jamais se recuperaram ?, a tenacidade para vencer na vida, as parcerias oportunistas, o jogo duplo, o enriquecimento meteórico e por fim o desmascaramento. Mas, para além do mero foco biográfico, o leitor tem em mãos o relato detalhado de um dos momentos mais dramáticos da política contemporânea no Brasil. No livro Lucas Figueiredo revela, entre outras coisas, a gênese do valerioduto, criação do PSDB mineiro. "Nos cinco anos em que operou para o PSDB, o patrimônio visível de Valério aumentou de R$ 230 mil para R$ 3,8 milhões, um acréscimo de mais de 1.500%. Isso a imprensa nunca disse", conta Lucas nesta entrevista concedida por e-mail. Quando passou a operar para o PT, já conhecia o caminho das pedras. Valendo-se de sua condição de sócio das agências de publicidade SMP&B e DNA, levantou empréstimos bancários de alto risco para ajudar partidos a transformar dinheiro em votos. É vasto o elenco de personagens suspeitosos que se move por essa história, expondo situações já familiares ao leitor. Neste sentido, nada haveria de novo no front, não fossem as dimensões da tragédia. Afinal, foi um esquema de caixa dois, embora infinitamente menor, que provocou o impeachment de Fernando Collor de Melo. "A história do valerioduto é a continuação da história do esquema PC", afirma Lucas Figueiredo. "Enquanto o país não atacar os grandes corruptores, a corrupção será um dos grandes males nacionais".
***
Você teve retorno dos personagens citados no livro, após sua publicação?
Lucas Figueiredo ? Sei que o livro incomodou muita gente, recebi várias mensagens. O engraçado é que os personagens se acusam mutuamente, achando que um deu informações sobre o outro. Um deles me procurou para "queimar" um antigo desafeto, também personagem do livro.
Como foi o processo de levantamento das informações sobre Marcos Valério? Você manteve contato pessoal com ele?
L. F. ? Durante meses, tentei falar com Marcos Valério, mas ele se recusou a falar. Ele tomou a decisão de não contar o que sabe e, assim, assumir sozinho a posição de vilão da história. Uma pena! Mas falei com muita gente do entorno dele, aproximadamente umas 30 pessoas, que contaram muitos segredos.
Que obstáculos você enfrentou para realizar esse novo trabalho?
L. F. ? Fazer com que as pessoas falassem. Algumas fontes só toparam falar depois de cinco ou seis encontros. A turma tem muito medo.
A história do valerioduto apresenta ainda pontos obscuros, entre eles o verdadeiro papel da ex-secretária da SMP&B, Fernanda Karina Sommagio. Ela foi apenas uma empregada astuta na questão?
L. F. ? Durante algum tempo, Marcos Valério acreditou que ela tivesse sido uma espiã "plantada" na SMP&B ou uma informante "colhida". A PF chegou a investigar essa possibilidade, mas nada foi provado. Agora, que é estranho ela saber de tantas coisas, isso é.
Qual foi de fato o papel da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) nessa crise do "mensalão"?
L. F. ? Um ex-araponga da Abin, que mantinha laços com a direção da Abin, participou da operação que produziu o vídeo em que um funcionário dos Correios, Maurício Marinho, aparece recebendo uma propina de R$ 3 mil. Na mesma época, a Abin estava investigando os Correios. Coincidência demais, não acha?
Após a eclosão da crise, uma dúvida jamais foi esclarecida, se o presidente Lula sabia ou não de todo o imbróglio. Qual a sua opinião?
L. F. ? Ele podia não saber do varejo, mas é impossível ignorar o atacado. É difícil imaginar que as bandas podre do PTB, do PL e do PP davam seus votos para o governo no Congresso a troco de nada. Lula até podia não saber como a base aliada era corrompida, mas, que sabia que ela era corrompida, isso sabia.
O fato de Marcos Valério operar impunemente, por tanto tempo, significa mais habilidade da parte dele, ou falta de rigidez nos controles das autoridades monetárias?
L. F. ? Há centenas de Marcos Valério operando, ele não é um ser especial. A corrupção grassa no Brasil, e isso não nasceu com o PT nem com Marcos Valério. O país parece estar anestesiado, pois, ano após ano, os escândalos se repetem e nada muda.
Que análise você faz do papel da imprensa na cobertura desse escândalo?
L. F. ? Com honrosas exceções, a imprensa ignorou que o PSDB "inventou" o valerioduto. Foram os tucanos que armaram o sistema de caixa dois de campanha eleitoral e desvio de dinheiro por meio da SMP&B. Foram os tucanos que "inventaram" os estranhos empréstimos do Banco Rural para encobrir o caixa dois. Foram os tucanos que pinçaram um ex-bancário muito criativo, chamado Marcos Valério, para gerir o esquema. Quando Marcos Valério começou a operar para os tucanos, ele não era rico. Nos cinco anos em que operou para o PSDB, o patrimônio visível de Valério aumentou de R$ 230 mil para R$ 3,8 milhões, um acréscimo de mais de 1.500%. Isso a imprensa nunca disse.
Num dos capítulos, você mostra que as CPIs criadas para investigar os fatos deixaram muitas perguntas sem respostas. Você acredita que essas questões ainda possam ser respondidas, ou prevalecerá o jogo do poder?
L. F. ? O Brasil é um país que vive sem heróis, mas não vive sem vilões. Como aconteceu antes com PC Farias, Marcos Valério saiu como o grande vilão da história, a fim de que os grandes corruptores (os mesmos, aliás, da época de PC) continuassem freqüentando as colunas sociais e sendo chamados de doutor. Valério e PC foram meros bois de piranha.
Que paralelos você nota entre o caso de Marcos Valério e o de PC Farias, alvo do seu livro Morcegos negros?
L. F. ? A história do valerioduto é a continuação da história do esquema PC: grandes corruptores dando dinheiro aos bem-posicionados no poder a fim de conseguir benesses do Estado. A novidade é que o PT, outrora bastião da ética na política, chafurdou com gosto na lama da corrupção.
Por causa da investigação sobre PC Farias, você foi alvo de processo movido por um juiz de Alagoas. Que precauções tomou para evitar que a situação se repita nessa empreitada sobre Marcos Valério?
L. F. ? Para fazer uma denúncia, sempre é preciso estar munido de provas, e isso eu estou. No caso de Alagoas, fui vítima de um processo kafkiano movido por um juiz, no qual não consegui me defender. Um documento protocolado por mim no Tribunal de Justiça de Alagoas simplesmente desapareceu do processo. E uma decisão do mesmo tribunal tomada contra mim foi publicada de forma errada, fazendo com que eu não tomasse conhecimento dela. Conclusão: enquanto nenhum dos corruptores do caso PC foi condenado, eu fui.
Por ter sido lançado às vésperas da eleição presidencial, você teve receio de que seu trabalho pudesse utilizado com fins partidários?
L. F. ? Meu objetivo é deixar um registro para a história. Ou seja, daqui a cinco, 10, 50 anos, alguém que ler o livro saberá o que aconteceu. Não acho que um livro tenha força para interferir numa eleição, nem era esse meu objetivo.
Suponha que Roberto Jefferson jamais tivesse aberto a boca, e Fernanda Karina Sommagio não tivesse entrado na história. O projeto de permanecer 20 anos no poder do PT poderia se viabilizar?
L. F. ? Acho que não. O PT estava tirando dinheiro da elite financeira que sempre criticara para corromper a elite política que sempre combatera. E o esquema que utilizava tinha sido "inventado" pelo PSDB, um adversário mortal do PT. Óbvio que um dia a casa ia cair, só o PT não via isso.
Há lições a serem extraídas de uma crise tão grandiosa? O país pode estar mais imune ao surgimento de novos Marcos Valérios?
L. F. ? O problema não são os Marcos Valério. Eles são peixe pequeno. O verdadeiro problema são os grandes corruptores. Enquanto o país não atacar os grandes corruptores, a corrupção será um dos grandes males nacionais.
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Pobres x Ricos
Por Júlio César Montenegro 23/10/2006 às 18:38
Agora os tucanos estão dando bicadas em quem estaria dividindo o Brasil entre pobres e ricos. Mas é ceninha pra platéia. Há muito que quando há realmente disputa entre pobres e ricos, esses são campeões. Mesmo jogando na retranca de suas mansões muradas e carrões blindados.
A última (?) da tucanagem é acusar Lula e nós seus eleitores de estarmos dividindo o Brasil em pobres x ricos. Não fossem as confusões das eleições isso não passaria de uma piada de mau gosto. Basta ver o que se faz NA PRÁTICA para AFASTAR os pobres pra bem longe dos ricos. Não é Sr. senador, ex-governador e presidente do PSDB, Tasso Jereissati do alto da mansão nas dunas ou do quarteirão com muro alto (agora todo pintado de Alckim) da sede da sua roldingue?
Na teoria, a divisão começou com a campanha de desrespeito ao presidente considerado indigno de se sobrepor a nossa elite. Afinal como um "apedeuta", uma pobre pessoa sem instrução, pode ser respeitada por gente de tradição, com gostos refinados, rica, viajada, bebedora de whisky, leitora de The Economist e New York Times, culta que até fala inglês? (Claro que isso é absolutamente teórico.)
Depois das pesquisas desfavoráveis aos anti-Lula, foi a vez dos escolados estenderem o manto da ignorância sobre nós eleitores, toda a escumalha ignorante, pobre, dependente de esmolas, nordestina, como explicação para o voto "burro".
A esperança, baseada em séculos de rica arrogância, era que até nisso os "pobres" ficassem com inveja e copiassem os "ricos". Do mesmo jeito que os ricos daqui sempre macaquearam os ricos de fora. Inclusive usando nas cerimoniais com cerimonialistas, mesmo sob 40°C, longos com mantos e ternos, coletes e gravatas.
Mas, como diria Chico, "o tempo passou na janela e só Carolina não viu". A festa caipira do presidente escandalizou a etiquetada Danuza Leão. E é justamente uma festa de arromba pro povão... Desprezada pelos uisqueiros, a cachacinha é o bom da caipirinha. Apreciada (gente fina acha isso um must) ATÉ POR ESTRANGEIROS! Nossa!
Pois é, negada, o Brasil dos conscientes eleitores de Lula está menos invejoso e mais curtidor do que temos por aqui. Se quiserem saber como é bom, tratem de descobrir. Ou então peguem o seu candidato fino e vão se esbaldar nas mesmas mansões fortificadas e nos carros blindados que só os "embaraça" em tempo de eleição. Antes e depois é só proteção... contra os pobres, quer dizer, o restante da POPULAÇÃO.
Aliás é fácil determinar de onde vem essa mania de dividir para reinar: dos que sempre reinaram. Pra e$$e$ a divisão volta a valer... DEPOIS da eleição. E se ganharem então...sai da frente!
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Agora os tucanos estão dando bicadas em quem estaria dividindo o Brasil entre pobres e ricos. Mas é ceninha pra platéia. Há muito que quando há realmente disputa entre pobres e ricos, esses são campeões. Mesmo jogando na retranca de suas mansões muradas e carrões blindados.
A última (?) da tucanagem é acusar Lula e nós seus eleitores de estarmos dividindo o Brasil em pobres x ricos. Não fossem as confusões das eleições isso não passaria de uma piada de mau gosto. Basta ver o que se faz NA PRÁTICA para AFASTAR os pobres pra bem longe dos ricos. Não é Sr. senador, ex-governador e presidente do PSDB, Tasso Jereissati do alto da mansão nas dunas ou do quarteirão com muro alto (agora todo pintado de Alckim) da sede da sua roldingue?
Na teoria, a divisão começou com a campanha de desrespeito ao presidente considerado indigno de se sobrepor a nossa elite. Afinal como um "apedeuta", uma pobre pessoa sem instrução, pode ser respeitada por gente de tradição, com gostos refinados, rica, viajada, bebedora de whisky, leitora de The Economist e New York Times, culta que até fala inglês? (Claro que isso é absolutamente teórico.)
Depois das pesquisas desfavoráveis aos anti-Lula, foi a vez dos escolados estenderem o manto da ignorância sobre nós eleitores, toda a escumalha ignorante, pobre, dependente de esmolas, nordestina, como explicação para o voto "burro".
A esperança, baseada em séculos de rica arrogância, era que até nisso os "pobres" ficassem com inveja e copiassem os "ricos". Do mesmo jeito que os ricos daqui sempre macaquearam os ricos de fora. Inclusive usando nas cerimoniais com cerimonialistas, mesmo sob 40°C, longos com mantos e ternos, coletes e gravatas.
Mas, como diria Chico, "o tempo passou na janela e só Carolina não viu". A festa caipira do presidente escandalizou a etiquetada Danuza Leão. E é justamente uma festa de arromba pro povão... Desprezada pelos uisqueiros, a cachacinha é o bom da caipirinha. Apreciada (gente fina acha isso um must) ATÉ POR ESTRANGEIROS! Nossa!
Pois é, negada, o Brasil dos conscientes eleitores de Lula está menos invejoso e mais curtidor do que temos por aqui. Se quiserem saber como é bom, tratem de descobrir. Ou então peguem o seu candidato fino e vão se esbaldar nas mesmas mansões fortificadas e nos carros blindados que só os "embaraça" em tempo de eleição. Antes e depois é só proteção... contra os pobres, quer dizer, o restante da POPULAÇÃO.
Aliás é fácil determinar de onde vem essa mania de dividir para reinar: dos que sempre reinaram. Pra e$$e$ a divisão volta a valer... DEPOIS da eleição. E se ganharem então...sai da frente!
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Dinheiro da VALE não é usado para comprar roupa e relógio/blog diário
Por Thiago Brandão (Repórter da Agência Brasil) 23/10/2006 às 17:22
Notícias da COMPANHIA DO VALE DO RIO DOCE
GRUMIN/REDE DE COMUNICAÇÃO INDÍGENA Dinheiro da Vale não é usado para comprar roupa e relógio, diz associação indígena Thiago Brandão (Repórter da Agência Brasil) Brasília - Os quase mil índios Xikrin que vivem na terra Catete, no Pará, recebem anualmente da Companhia Vale do Rio Doce R$ 9 milhões. Os recursos são administrados por duas associações indígenas, ligadas a cada uma das duas aldeias localizadas nos 420 mil hectares vizinhos de uma mina de ferro explorada pela empresa. As aldeias Catete e Djudjekô ficam distantes 16 quilômetros uma da outra. Nesta semana, os índios ocuparam as instalações da Vale em Marabá (PA) para reivindicar uma discussão sobre o reajuste dos repasses que, segundo a Fundação Nacional do Índio (Funai), estava prevista desde maio. O gerente da Associação Indígena Kakarekré (ligada à aldeia Djudjekô), Francisco de Oliveira Ramos, afirmou em entrevista à Agência Brasil que ?o dinheiro não é usado para comprar roupa e relógio, como algumas pessoas pensam?. E explicou que ?esse dinheiro é usado em transporte, em atividades produtivas, em educação, na compra de combustível para geração de energia, na vigilância da terra, na promoção da saúde, da subsistência dos índios?. De acordo com Ramos, a última discussão sobre os repasses ocorreu em 2004. Ele defendeu a definição de um índice ? ?o de inflação, talvez? ? que reajustasse o valor ?sem que fosse necessário esse desgaste, que acontece todo ano?. Neste ano, informou, ?construímos seis casas na aldeia Djudjekô, casas de 130 metros quadrados, em que vivem às vezes três famílias ? há um déficit de moradia?. Ramos afirmou que a cidade de referência dos índios Xikrin para necessidades hospitalares, por exemplo, é Marabá, distante 450 quilômetros da terra Catete. ?Dentro de toda a terra há apenas 137 quilômetros de estrada. São estradas feitas com cuidado, sem devastação da mata, quase trilhas, e precisamos fazer a manutenção delas constantemente. Depois de todo inverno, quando chove, as pequenas pontes ficam danificadas, as estradas ficam obstruídas. Isso tem um custo?. O gerente da associação também disse que a escola ?de quatro salas? da comunidade foi construída com recursos repassados pela Vale. Segundo ele, três professores e uma merendeira da escola são pagos pelo município de Paraupebas (PA) e a associação fornece uma ajuda de um salário mínimo aos funcionários. Um quarto professor, índio, tem o salário pago integralmente pela associação, acrescentou. ?Os bancos, as instituições financeiras, que financiaram o empreendimento da Vale exigiram contrapartidas da empresa em benefício dos índios da região. Não é caridade?, avaliou. A Companhia Vale do Rio Doce, uma das maiores empresas de mineração e metais do mundo, atua em 14 estados brasileiros e em cinco continentes. A produção diária da empresa em Carajás é de 250 mil toneladas de minério de ferro. Os Xikrin ainda aguardam que a empresa confirme presença na reunião marcada para o próximo dia 26, na sede da Funai em Brasília, para discutir o reajuste dos repasses. Arquivado sob:Questão Indígena | Comentários (0) | Link desta publicação
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Aldo diz que oposição insiste no tema "dossiê" por ausência de propostas
GABRIELA GUERREIRO
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
O presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (PC do B-SP), acusou a oposição nesta segunda-feira de insistir nas discussões sobre o dossiegate por não ter propostas concretas para apresentar ao país. "Se a oposição não pode discutir economia, a questão social, a política externa, a política econômica, financeira, as pessoas vão exigir o quê? Que ela não discuta nada? Que seja uma não oposição? Então, a oposição tem que ter algum tema, nem que seja uma bóia de urtiga para se agarrar e ir atrás. O tema que restou para ela é esse", criticou.
Aldo considerou natural a oposição acirrar o debate eleitoral. Mas disse acreditar que o PSDB e o PFL não se negarão ao diálogo em prol da governabilidade do país caso o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seja reeleito. Nos bastidores, Aldo se tornou um dos emissários do presidente Lula no diálogo com membros da oposição para discutir a governabilidade do próximo presidente.
"Eu nunca vi a oposição se negar ao diálogo. A oposição cumpre o seu papel, critica, em certos momentos pode até acirrar mais disputa, mas a tradição que eu conheço no Brasil é da negociação", disse.
Para o presidente da Câmara, a "união de forças" entre o governo e oposição será essencial ao próximo presidente da República. "Qualquer que seja o presidente eleito, e em qualquer circunstância, o país precisa da união de forças políticas, sociais, econômicas, intelectuais, para superar os obstáculos ao seu crescimento, a justiça social. Não é necessidade de um governo A ou B", enfatizou.
Aldo afirmou, no entanto, que espera da oposição na última semana antes do segundo turno um tom mais ameno nas críticas. "Não creio que haverá agressividade e ironia além do limite da disputa."
Reeleição
Aldo negou que esteja articulando, nos bastidores, a sua reeleição para a presidência da Câmara. Ele também disse não ter recebido qualquer sinal do Palácio do Planalto favorável à sua reeleição, mas admitiu que no futuro pode vir a negociar o cargo. "Não tenho candidatura nem pretensão à reeleição, mesmo porque isso é um assunto dos partidos e dos deputados. Eu nem estou discutindo essa hipótese, ainda", afirmou.
Fonte: Folha Online
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
O presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (PC do B-SP), acusou a oposição nesta segunda-feira de insistir nas discussões sobre o dossiegate por não ter propostas concretas para apresentar ao país. "Se a oposição não pode discutir economia, a questão social, a política externa, a política econômica, financeira, as pessoas vão exigir o quê? Que ela não discuta nada? Que seja uma não oposição? Então, a oposição tem que ter algum tema, nem que seja uma bóia de urtiga para se agarrar e ir atrás. O tema que restou para ela é esse", criticou.
Aldo considerou natural a oposição acirrar o debate eleitoral. Mas disse acreditar que o PSDB e o PFL não se negarão ao diálogo em prol da governabilidade do país caso o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seja reeleito. Nos bastidores, Aldo se tornou um dos emissários do presidente Lula no diálogo com membros da oposição para discutir a governabilidade do próximo presidente.
"Eu nunca vi a oposição se negar ao diálogo. A oposição cumpre o seu papel, critica, em certos momentos pode até acirrar mais disputa, mas a tradição que eu conheço no Brasil é da negociação", disse.
Para o presidente da Câmara, a "união de forças" entre o governo e oposição será essencial ao próximo presidente da República. "Qualquer que seja o presidente eleito, e em qualquer circunstância, o país precisa da união de forças políticas, sociais, econômicas, intelectuais, para superar os obstáculos ao seu crescimento, a justiça social. Não é necessidade de um governo A ou B", enfatizou.
Aldo afirmou, no entanto, que espera da oposição na última semana antes do segundo turno um tom mais ameno nas críticas. "Não creio que haverá agressividade e ironia além do limite da disputa."
Reeleição
Aldo negou que esteja articulando, nos bastidores, a sua reeleição para a presidência da Câmara. Ele também disse não ter recebido qualquer sinal do Palácio do Planalto favorável à sua reeleição, mas admitiu que no futuro pode vir a negociar o cargo. "Não tenho candidatura nem pretensão à reeleição, mesmo porque isso é um assunto dos partidos e dos deputados. Eu nem estou discutindo essa hipótese, ainda", afirmou.
Fonte: Folha Online
Fiesp condiciona apoio ao novo governo a política de crescimento
Assimina Vlahou
de Roma
O presidente da Fiesp considera a inflação uma 'página virada'
O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, declarou que a entidade vai apoiar o novo governo se for implementada uma política voltada para o crescimento econômico e prometeu limitar este apoio se não houver medidas neste sentido.
“Vamos dar todo o apoio, seja qual for o vencedor, até no Congresso, para que as coisas possam acontecer. Mas se ao longo do proximo ano as coisas novamente começarem a não acontecer, vamos diminuir o apoio e aumentar a pressão”, disse Paulo Skaf em entrevista à BBC Brasil.
O presidente da Fiesp, que está de passagem por Roma chefiando uma delegação de 250 empresários brasileiros em missão comercial na Itália, garante que a entidade não tem preferência por um ou outro candidato.
“O melhor candidato é o que o povo brasileiro escolher”, sugere o empresário que disse ter encontrado os dois candidatos oferecendo propostas.
'Página virada'
Na avaliação de Paulo Skaf, a sociedade brasileira não aceita mais a atual politica econômica e exige mudança. Ele diz que é necessária uma política econômica que não deixe os juros nos atuais patamares e estimule o crescimento. A política dos últimos anos, “que só pensa no combate à inflação”, justificava-se, a seu ver, 15 anos atrás.
O presidente da Fiesp considera a inflação uma “página virada” e o índice de 3%, previsto para 2006, mais uma demonstração de que este problema está sob controle.
“Hoje você tem uma inflação de 3% ao ano e não de 84% ao mês, então a política tem que ser outra, não pode ter mais receio de demandas, esse episódio é passado, acabou.”
O crescimento deve ser uma “obsessão”, de acordo com a análise do presidente da Fiesp, da mesma forma que 20 anos atrás houve a obsessão pelo combate à inflação. Para atingir esta meta, ele considera necessárias reformas estruturais e tributárias, além da reforma das leis trabalhistas e de uma política de desburocratização e agilização.
Segundo Paulo Skaf, o novo governo, antes de mais nada, vai ter que começar cortando gastos e não procurar arrecadar mais para suprir “desperdícios”.
“É preciso ter a obsessão por certas reformas, combater o desperdício e reduzir os gastos públicos. Este é o primeiro caminho, não pode ter outro".
O Brasil tem condições de crescer acima das médias mundiais, na opinião do líder dos empresários brasileiros. “Mas não é isso que temos observado ao longo desses anos”, segundo ele, com um crescimento de 2,3% no ano passado enquanto a média registrada no mundo foi de 5% e dos países emergentes de quase 7%.
“O foco continuou nessa questão da inflação e da política de juros altos, câmbio baixo, se preocupando com um fantasma que não existe mais”.
Essa política econômica, de acordo com Paulo Skaf, levou o governo a pagar R$ 160 bilhões de juros no ano passado.
Privatizações
Quanto às privatizações, Paulo Skaf acredita que, de modo geral, não foram nocivas ao país, mas que o assunto esquenta só em período eleitoral.
“Quando chega o calor das vésperas das eleições as coisas começam a tomar uma forma, depois das eleições viram fumaça”, em sua opinião.
O que já foi privatizado nem deve ser mais discutido, na avaliação do presidente da Fiesp, é “leite derramado”. Com relação ao futuro, ele acha que ainda há setores que podem ser privatizados, como os serviços nos portos. Mas não a Petrobras.
“A Petrobras vai muito bem, está dando um exemplo, fazendo um trabalho magnífico, temos uma situação de autosuficiência de petróleo com uma produção de 1,9 milhão de barris por dia. Ninguém vai pensar em privatizar a Petrobras”, adverte.
Fonte: BBC
de Roma
O presidente da Fiesp considera a inflação uma 'página virada'
O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, declarou que a entidade vai apoiar o novo governo se for implementada uma política voltada para o crescimento econômico e prometeu limitar este apoio se não houver medidas neste sentido.
“Vamos dar todo o apoio, seja qual for o vencedor, até no Congresso, para que as coisas possam acontecer. Mas se ao longo do proximo ano as coisas novamente começarem a não acontecer, vamos diminuir o apoio e aumentar a pressão”, disse Paulo Skaf em entrevista à BBC Brasil.
O presidente da Fiesp, que está de passagem por Roma chefiando uma delegação de 250 empresários brasileiros em missão comercial na Itália, garante que a entidade não tem preferência por um ou outro candidato.
“O melhor candidato é o que o povo brasileiro escolher”, sugere o empresário que disse ter encontrado os dois candidatos oferecendo propostas.
'Página virada'
Na avaliação de Paulo Skaf, a sociedade brasileira não aceita mais a atual politica econômica e exige mudança. Ele diz que é necessária uma política econômica que não deixe os juros nos atuais patamares e estimule o crescimento. A política dos últimos anos, “que só pensa no combate à inflação”, justificava-se, a seu ver, 15 anos atrás.
O presidente da Fiesp considera a inflação uma “página virada” e o índice de 3%, previsto para 2006, mais uma demonstração de que este problema está sob controle.
“Hoje você tem uma inflação de 3% ao ano e não de 84% ao mês, então a política tem que ser outra, não pode ter mais receio de demandas, esse episódio é passado, acabou.”
O crescimento deve ser uma “obsessão”, de acordo com a análise do presidente da Fiesp, da mesma forma que 20 anos atrás houve a obsessão pelo combate à inflação. Para atingir esta meta, ele considera necessárias reformas estruturais e tributárias, além da reforma das leis trabalhistas e de uma política de desburocratização e agilização.
Segundo Paulo Skaf, o novo governo, antes de mais nada, vai ter que começar cortando gastos e não procurar arrecadar mais para suprir “desperdícios”.
“É preciso ter a obsessão por certas reformas, combater o desperdício e reduzir os gastos públicos. Este é o primeiro caminho, não pode ter outro".
O Brasil tem condições de crescer acima das médias mundiais, na opinião do líder dos empresários brasileiros. “Mas não é isso que temos observado ao longo desses anos”, segundo ele, com um crescimento de 2,3% no ano passado enquanto a média registrada no mundo foi de 5% e dos países emergentes de quase 7%.
“O foco continuou nessa questão da inflação e da política de juros altos, câmbio baixo, se preocupando com um fantasma que não existe mais”.
Essa política econômica, de acordo com Paulo Skaf, levou o governo a pagar R$ 160 bilhões de juros no ano passado.
Privatizações
Quanto às privatizações, Paulo Skaf acredita que, de modo geral, não foram nocivas ao país, mas que o assunto esquenta só em período eleitoral.
“Quando chega o calor das vésperas das eleições as coisas começam a tomar uma forma, depois das eleições viram fumaça”, em sua opinião.
O que já foi privatizado nem deve ser mais discutido, na avaliação do presidente da Fiesp, é “leite derramado”. Com relação ao futuro, ele acha que ainda há setores que podem ser privatizados, como os serviços nos portos. Mas não a Petrobras.
“A Petrobras vai muito bem, está dando um exemplo, fazendo um trabalho magnífico, temos uma situação de autosuficiência de petróleo com uma produção de 1,9 milhão de barris por dia. Ninguém vai pensar em privatizar a Petrobras”, adverte.
Fonte: BBC
Política une adversários
23 de outubro de 2006 - 16:14
Ministro usa carro oficial em campanha política pró-Lula
Luís Carlos Guedes Pinto, ministro da Agricultura, fez diversas críticas ao candidato tucano, Geraldo Alckmin, em encontro com lideranças do interior de São Paulo
Gustavo Porto
CATANDUVA - O ministro da Agricultura, Luís Carlos Guedes Pinto, participou na manhã desta segunda-feira, 23, de seu primeiro ato político pró-reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em Catanduva (SP). No encontro, além das duras críticas feitas ao governo tucano de Fernando Henrique Cardoso, correligionário do adversário de Lula, Geraldo Alckmin (PSDB), Guedes utilizou como transporte um veículo oficial de sua Pasta.
O ministro se locomoveu para o evento em um Chevrolet Omega de Brasília (DF), utilizado pela Superintendência da Agricultura do Ministério em São Paulo.
A prática pode ferir a Lei 9504/97, que rege a atual eleição. Segundo o inciso I do artigo 73 da lei, "são proibidas aos agentes públicos, servidores ou não, as seguintes condutas tendentes a afetar a igualdade de oportunidades entre candidatos nos pleitos eleitorais: ceder ou usar, em benefício de candidato, partido político ou coligação, bens móveis ou imóveis pertencentes à administração direta ou indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, ressalvada a realização de convenção partidária".
Indagado se temia algum tipo de questionamento sobre o fato de usar uma estrutura oficial para participar de um ato eleitoral, Guedes minimizou as questões políticas e disse que o encontro tinha caráter técnico, por ter sido realizado com lideranças da região, representantes do setor produtivo e de transformação agrícola.
"Eu acho que faz parte um diálogo com representantes destes setores." Em seguida, reafirmou que, por orientação do presidente Lula, o encontro era um diálogo com os vários segmentos da produção brasileira. "E eu já recebi aqui dezenas de demandas por escrito dos mais variados municípios e acho que o encontro tem um caráter técnico", afirmou.
Além do carro que conduziu Guedes, ao menos cinco outros veículos com representantes dos poderes Executivos das cidades paulistas de Dourado, Mirassolândia, Tanabi, Novaes e Bocaina estavam no estacionamento do local do encontro, que durou cerca de três horas.
Guedes não pediu votos diretamente ao presidente Lula, como fez, por exemplo, o prefeito de São José do Rio Preto, Edinho Araújo (PPS). "Lula 13 no dia 29 será bom para a nossa região e para o Brasil", disse Araújo, que já enfrenta problemas com seu partido, de oposição ao presidente. Mas em um discurso exaltado, Guedes criticou o governo tucano e o comparou com as realizações feitas no atual governo. "As exportações agrícolas dobraram de US$ 20 bilhões no governo anterior, para US$ 40 bilhões no atual governo. Nós reabrimos mais de 60 unidades armazenadoras que estavam fechadas e criamos 28 câmaras setoriais", afirmou o ministro.
As críticas de Guedes extrapolaram até as questões agrícolas e o ministro da Agricultura lembrou que o governo FHC "aumentou a carga tributária, vendeu o patrimônio público e triplicou a dívida como herança (para o atual governo). Além disso, manteve o dólar equilibrado e quebrou o Brasil, precisando ir três vezes ao FMI (Fundo Monetário Internacional), uma delas às vésperas das eleições de 1998", afirmou.
Guedes retrucou ainda o slogan "Lula, a pior praga da agricultura", presente em adesivos de veículos de cidades com base produtiva agrícola no interior do País. "Isso é um engano, fruto de uma divulgação equivocada do que ocorreu nos últimos anos. Nunca houve na história um apoio tão grande à Agricultura quanto o ocorrido no governo Lula. Todos os indicadores mostram isso", explicou, antes de fazer novas comparações.
"O crédito Rural é 150% maior, o apoio à comercialização agrícola multiplicou por cinco, os armazéns são três vezes mais que o do início do governo. Os números são claros, o que evidencia o acerto da política agrícola do governo Lula", explicou o ministro, que atribuiu à seca do ano passado o maior problema do agronegócio. "A seca acarretou enorme queda na produção e na renda do produtor agropecuário. Vincularam o fenômeno climatológico ao governo", concluiu.
Além de Guedes, que estava acompanhado pelo secretário de Produção e Agronergia do Ministério da Agricultura, Linneu Carlos da Costa Lima, cerca de 250 pessoas, estiveram no ato político, um café da manhã organizado pelo Partido dos Trabalhadores de Catanduva, conforme afirmou a deputada estadual Beth Sahão (PT), anfitriã do encontro.
Entre os presentes estavam políticos, prefeitos e empresários, como o presidente da Copersucar, Hermelindo Ruete de Oliveira, cujas usinas associadas formam o maior grupo produtor e exportador de açúcar e álcool do Brasil, além do presidente do Grupo Cerradinho, o também usineiro Luciano Fernandes.
Ambos elogiaram abertamente a política de Lula para o setor sucrocoalcooleiro e aproveitaram para pedir o aumento de 20% para 25% na mistura do álcool anidro à gasolina. Fernandes questionou ainda os estudos feitos pelo governo que criam índices de produtividade como padrão para desapropriação de terras, pediu a extensão do futuro alcoolduto até a região de Catanduva e o término do Rodoanel em São Paulo.
Juntamente com críticas pelo aumento dos custos de produção rurais, esses foram os pleitos do setor agrícola apresentados pelos presentes no encontro. No restante, políticos se incumbiram de elogiar o presidente Lula e criticar Alckmin.
Ministro usa carro oficial em campanha política pró-Lula
Luís Carlos Guedes Pinto, ministro da Agricultura, fez diversas críticas ao candidato tucano, Geraldo Alckmin, em encontro com lideranças do interior de São Paulo
Gustavo Porto
CATANDUVA - O ministro da Agricultura, Luís Carlos Guedes Pinto, participou na manhã desta segunda-feira, 23, de seu primeiro ato político pró-reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em Catanduva (SP). No encontro, além das duras críticas feitas ao governo tucano de Fernando Henrique Cardoso, correligionário do adversário de Lula, Geraldo Alckmin (PSDB), Guedes utilizou como transporte um veículo oficial de sua Pasta.
O ministro se locomoveu para o evento em um Chevrolet Omega de Brasília (DF), utilizado pela Superintendência da Agricultura do Ministério em São Paulo.
A prática pode ferir a Lei 9504/97, que rege a atual eleição. Segundo o inciso I do artigo 73 da lei, "são proibidas aos agentes públicos, servidores ou não, as seguintes condutas tendentes a afetar a igualdade de oportunidades entre candidatos nos pleitos eleitorais: ceder ou usar, em benefício de candidato, partido político ou coligação, bens móveis ou imóveis pertencentes à administração direta ou indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, ressalvada a realização de convenção partidária".
Indagado se temia algum tipo de questionamento sobre o fato de usar uma estrutura oficial para participar de um ato eleitoral, Guedes minimizou as questões políticas e disse que o encontro tinha caráter técnico, por ter sido realizado com lideranças da região, representantes do setor produtivo e de transformação agrícola.
"Eu acho que faz parte um diálogo com representantes destes setores." Em seguida, reafirmou que, por orientação do presidente Lula, o encontro era um diálogo com os vários segmentos da produção brasileira. "E eu já recebi aqui dezenas de demandas por escrito dos mais variados municípios e acho que o encontro tem um caráter técnico", afirmou.
Além do carro que conduziu Guedes, ao menos cinco outros veículos com representantes dos poderes Executivos das cidades paulistas de Dourado, Mirassolândia, Tanabi, Novaes e Bocaina estavam no estacionamento do local do encontro, que durou cerca de três horas.
Guedes não pediu votos diretamente ao presidente Lula, como fez, por exemplo, o prefeito de São José do Rio Preto, Edinho Araújo (PPS). "Lula 13 no dia 29 será bom para a nossa região e para o Brasil", disse Araújo, que já enfrenta problemas com seu partido, de oposição ao presidente. Mas em um discurso exaltado, Guedes criticou o governo tucano e o comparou com as realizações feitas no atual governo. "As exportações agrícolas dobraram de US$ 20 bilhões no governo anterior, para US$ 40 bilhões no atual governo. Nós reabrimos mais de 60 unidades armazenadoras que estavam fechadas e criamos 28 câmaras setoriais", afirmou o ministro.
As críticas de Guedes extrapolaram até as questões agrícolas e o ministro da Agricultura lembrou que o governo FHC "aumentou a carga tributária, vendeu o patrimônio público e triplicou a dívida como herança (para o atual governo). Além disso, manteve o dólar equilibrado e quebrou o Brasil, precisando ir três vezes ao FMI (Fundo Monetário Internacional), uma delas às vésperas das eleições de 1998", afirmou.
Guedes retrucou ainda o slogan "Lula, a pior praga da agricultura", presente em adesivos de veículos de cidades com base produtiva agrícola no interior do País. "Isso é um engano, fruto de uma divulgação equivocada do que ocorreu nos últimos anos. Nunca houve na história um apoio tão grande à Agricultura quanto o ocorrido no governo Lula. Todos os indicadores mostram isso", explicou, antes de fazer novas comparações.
"O crédito Rural é 150% maior, o apoio à comercialização agrícola multiplicou por cinco, os armazéns são três vezes mais que o do início do governo. Os números são claros, o que evidencia o acerto da política agrícola do governo Lula", explicou o ministro, que atribuiu à seca do ano passado o maior problema do agronegócio. "A seca acarretou enorme queda na produção e na renda do produtor agropecuário. Vincularam o fenômeno climatológico ao governo", concluiu.
Além de Guedes, que estava acompanhado pelo secretário de Produção e Agronergia do Ministério da Agricultura, Linneu Carlos da Costa Lima, cerca de 250 pessoas, estiveram no ato político, um café da manhã organizado pelo Partido dos Trabalhadores de Catanduva, conforme afirmou a deputada estadual Beth Sahão (PT), anfitriã do encontro.
Entre os presentes estavam políticos, prefeitos e empresários, como o presidente da Copersucar, Hermelindo Ruete de Oliveira, cujas usinas associadas formam o maior grupo produtor e exportador de açúcar e álcool do Brasil, além do presidente do Grupo Cerradinho, o também usineiro Luciano Fernandes.
Ambos elogiaram abertamente a política de Lula para o setor sucrocoalcooleiro e aproveitaram para pedir o aumento de 20% para 25% na mistura do álcool anidro à gasolina. Fernandes questionou ainda os estudos feitos pelo governo que criam índices de produtividade como padrão para desapropriação de terras, pediu a extensão do futuro alcoolduto até a região de Catanduva e o término do Rodoanel em São Paulo.
Juntamente com críticas pelo aumento dos custos de produção rurais, esses foram os pleitos do setor agrícola apresentados pelos presentes no encontro. No restante, políticos se incumbiram de elogiar o presidente Lula e criticar Alckmin.
Pãozinho francês, a partir de agora, somente a peso
Os estabelecimentos comercias tiveram quatro meses para se adequarem ao novo regulamento como determina a Portaria Inmetro 146, de 20 de junho deste ano. A Portaria tem abrangência nacional, portanto, não há legislação municipal ou estadual que determine outra forma de comércio do pão francês. O estabelecimento que não cumprir a nova regra será passível das sanções, que podem variar de uma notificação até multas pecuniárias.
Os consumidores vão continuar comprando o número de unidades desejado, que será pesado no momento da compra. A balança a ser utilizada, pelo estabelecimento comercial, deverá possuir, no mínimo, divisão igual ou menor que 5g (cinco gramas), indicação de massa medida (peso) e do preço a pagar.
A indicação do preço a pagar pelo quilograma do pão francês, ou de sal, deverá ser grafada com dígitos de dimensão mínima de 5 centímetros de altura e afixada próxima ao balcão de venda e em local de fácil visualização pelo consumidor.
Os consumidores vão continuar comprando o número de unidades desejado, que será pesado no momento da compra. A balança a ser utilizada, pelo estabelecimento comercial, deverá possuir, no mínimo, divisão igual ou menor que 5g (cinco gramas), indicação de massa medida (peso) e do preço a pagar.
A indicação do preço a pagar pelo quilograma do pão francês, ou de sal, deverá ser grafada com dígitos de dimensão mínima de 5 centímetros de altura e afixada próxima ao balcão de venda e em local de fácil visualização pelo consumidor.
AGENCIAS DO BANCO POPULAR DO BRASIL SÃO VENDIDAS POR R$3.000
Por ANTONIO GILSON DE OLIVEIRA 23/10/2006 às 13:35
AGENCIAS DO BANCO POPULAR DO BRASIL SÃO VENDIDAS POR R$3.000 REAIS
Tanguá, 17 de outubro de 2006.
Ao
Exmo. Sr.
Presidente do
TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO
MANIFESTAÇÃO / DENUNCIA
Nº
REFERENTE: IRREGULARIDADES NO BANCO POPULAR DO BRASIL. AGENCIAS DO BPB SÃO NEGOCIADAS E VENDIDAS POR R$1.500 A R$3.000 REAIS, POR GESTORES CREDENCIADOS POR GERALDO MAGELA
ANTONIO GILSON DE OLIVEIRA, cidadão brasileiro, em pleno exercício, uso e gozo de suas prerrogativas e direitos políticos, portador do título de eleitor 0000343100329 - Zona 0151 - Seção 0200 ? Ident. 63.632 CORE, CPF 313.300.707-63, com domicilio na Av. Luiza Fontenelle nº. 300 ? Bairro Cidade Satélite - Município de Tanguá - RJ - CEP 24-890-000 - Tel. 021 3637-6069 - 97280476 - EM CONFORMIDADE COM O DISPOSTO NA LEI 8.443 ? 16/07/1992, ARTS. 53; 54; 55 e SEGUINTES.
Em meados do mês de abril de 2005, tomei conhecimento de uma nova modalidade de prestação de serviço que estava sendo implantado pelo sistema financeiro.
Através do site www.bancopopulardobrasil.com.br conheci o BANCO POPULAR DO BRASIL. Rapidamente realizei o cadastro para habilitar a ONG, da qual sou presidente para prestação desses serviços bancários, pelo CEUCERTO ? CONSELHO NACIONAL DOS USUARIOS DE BENS E SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES FIXAS, MOVÉL E INTERNÉTICA, inscrito no CNPJ/MF nº. 05.381.391/0001-20, estabelecido na Av. Luiza Fontenelle nº. 300, bairro cidade Satélite, Município de Tanguá, tel. (021) 3637-6069 / 9728-0476, e-mail: ceucerto@ibest.com.br, ORGÃO DE DEFESA DOS USUÁRIOS DE TELECOMUNICAÇÕES.
Após cumpridas todas as formalidades legais exigidas tais como: Abertura de conta corrente junto ao Banco do Brasil, documentos pertinentes ao interessado e a ONG, o POSTO, O SERVIÇO DE CORRRESPONDTE BANCARIO DO BANCO POPULAR DO BRASIL não era liberado. Havia sempre uma pendência, uma medida protelatória, uma justificativa.
Diante dessas constantes dificuldades questionei sobre a morosidade para liberação da implantação do serviço.
Nesta oportunidade fui informado que isto na verdade era um serviço, que se não houvesse "um qualquer por fora" jamais seria liberado, instalado. Que haveria sempre uma pendência a ser cumprida.
Indaguei qual a "facilidade" existente para "superar as dificuldades".
Nesta data me cobraram a importância de R$3.000,00 (Três mil reais). Mediante o pagamento o posto de CORRESPONDENTE BANCARIO seria liberado IMEDIATAMENTE. Naquele exato momento. Era só pagar para pegar e levar os equipamentos.
Naquele momento não disponibilizava desse valor. Contra argumentei que só possuía R$1.500,00. (hum mil e quinhentos reais).
Contra argumentaram que "iriam quebrar meu galho". "Que iriam facilitar as coisas para mim" Que, diante da falta de recursos e de cheque pré-datado, o saldo de R$1.500,00 (hum mil e quinhentos reais) iria pagar, compensar com a indicação de 03 (três) pessoas que estivessem interessadas em um POSTO DE CORREESPONDENTE BANCÁRIO DO BANCO POPULAR DO BRASIL.
Neste exato momento, mediante o pagamento da importância estipulada, solicitei a formalização de um CONTRATO DE SERVIÇO E RECIBO DE PAGAMENTO. Apesar da relutância em formalizar, naquele momento foi digitado um DOCUMENTO ESPECIALMENTE PARA MIM, CONTRATO Nº. 028 / 2005 CONTRATADO FIRME INTERMEDIAÇÃO DE NEGOCIOS LTDA / ME CNPJ 07.044.976/0001-02, sede Av. Pres. Vargas 583 / Grupo 2018 ? Centro ? RJ representado por um dos seus sócios, EDSON JOSE F. DA SILVA, CPF Nº. 351.234.867.04.
Após efetivo pagamento, me foram entregues vários pacotes de BRINDES DO BANCO POPULAR DO BRASIL, CARTÕES PESSOAIS COM A LOGOMARCA DO BANCO. UMA MÁQUINA DE "POS", SCANNER, BIOMBO, etc.
Ficou condicionado que o funcionamento, a conexão seria
feita após a integralização do pagamento.
Diante dessa imposição apressei-me em "apresentar" outros micro-empresários, empreendedores também interessados na implantação do SERVIÇO DE CORRESPONDENTE BANCÁRIO.
Mesmo após a efetiva apresentação e também o pagamento dos valores solicitados por eles, OS GESTORES, junto aos novos interessados, o NOSSO POSTO NÃO FUNCIONAVA. Da mesma forma os postos dos interessados subsequentes.
Diante da procrastinação e das inúmeras razões que apresentavam para o não funcionamento do sistema, começou haver nervosismo, irritação, bate-boca, ameaça de policia, etc.
Aos mais nervosos e agressivos foram devolvidas as importâncias pagas e ou cheques pré-datados.
Dias depois, fiquei sabendo que todos que lá compareciam e que efetivamente estavam interessados na PRESTAÇÃO DO SERVIÇO EM SEU ESTABELECIMENTO / EMPREENDIMENTO, haviam pago os valores que lhes foram impostos ou ficavam condicionados a apresentar terceiros para compensar e quitar o saldo devedor ou possível pendência financeira.
Temos ciência que esta MODALIDADE DE SERVIÇO, HOJE PRESTADO POR QUASE TODOS OS BANCOS É UM SERVIÇO SOCIAL. QUE ALGUNS BANCOS PÚBLICOS OFERECEM MAIS E MELHORES SERVIÇOS QUE A REDE PRIVADA SENDO, PORTANTO, MAIS ATRATIVOS E INTERESSANTES PARA A POPULAÇÃO DE BAIXA RENDA.
Em resumo ate o dia 16/10/2006, apesar dos diversos contatos mantidos através do telefone 0800.729.2929 com as atendentes Erica Silva, Geovanne Rodrigues e outras, ou por e-mails remetidos inclusive ao Presidente Geraldo Magela, não havíamos recebido nenhuma resposta e nem demonstraram nenhuma preocupação com o problema e ou solução desse impasse.
Todos esses fatos foram relatados aos atendentes em SÃO PAULO e até em BRASILIA. Comuniquei essa irregularidade a alguns políticos. Heloisa Helena, Geraldo Alckimin, e até para o Presidente LULA pelo site do GOVERNO FEDERAL e pelo E-mail pr@planalto.gov.br e protocolo@planalto.gov.br . Disponibilizei esta informação até na INTERNET, em vários livros de visita.
Há poucos dias atrás decidi remeter um e-mail, dirigido ao PRESIDENTE GERALDO MAGELA, comunicado que iria levar o assunto à toda imprensa e que iria mostrar o RECIBO E CONTRATOS QUE SE ENCONTRAVAM EM MEU PODER. NAQUELA OCASIÃO, MENCIONEI ATÉ O TÍTULO DA MANCHETE NOS JORNAIS.
"AGENCIAS DO BANCO POPULAR DO BRASIL SÃO VENDIDAS POR R$ 1.500 A R$ 3.000 REAIS"
Adverti-o que a COORDENAÇÃO DA CAMPANHA E O PROPRIO PRESIDENTE LULA NÃO IRIAM GOSTAR NADA DISSO uma vez que já existe um falso "dossier" circulando e provocando muita dor de cabeça.
Em resumo, nesta Terça-Feira, dia 16 de outubro, me telefonou um funcionário do BANCO DO BRASIL, de nome RICARDO GUIMARÃES, lotado no DEPARTAMEDNTO DE CONTRATOS, subordinado ao Sr. Itamar, gerente de setor, na AGENCIA ANDARÁI, telefone 21 3808.4000, representante e falando em nome do Presidente Geraldo Magela, para analisar a documentação em meu poder.
A reunião foi no dia seguinte. Dia 18/10 às 10:00 horas da manha. Conferiu e constatou a verecidade das informações e documentos. Anotou todos os dados constantes. Em seguida pediu um prazo até dia 19/10/2006, até 16:00 horas, para dar uma satisfação do que poderia ser feito para solucionar o problema. Caso expirasse o prazo e não houvesse uma resposta por parte do mesmo, eu estaria à cavalheiro para tomar as medidas que desejasse. Mandar para a imprensa, Policia Federal, enfim, tudo que desejasse.
Isto posto, estou encaminhando ao TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO, via site WWW.TCU.ORG.BR com CÓPIA E PROTOCOLO JUNTO AO SECEX ?TCU AV. PRESIDENTE VARGAS, 375 / GRUPO 1204 ? TELEFONE 3805-4247 / 3805-4234 PARA DR. FRANCISCO CARLOS RIBEIRO DE ALMEIDA bem como e-mail para luiswm@tcu.gov.br.
Copias deste oficio também serão remetidos para MPF, AGU, PGR, CGU e outros no Estado do Rio de Janeiro.
Em anexo copia do CONTRATO e DOCUMENTOS PERTINENTES AO BANCO POPULAR DO BRASIL
Atenciosamente
ANTONIO GILSON DE OLIVEIRA
COPIA DESTE EMAIL REMETIDO PARA:
Tania.morales@cbn.com.br; marciofortes@marciofortes.com.br; debateboca@hotmail.com.br; cameraemfoco@yahoo.com; jornaldamanhasbt@sbt.com.br; primeirojornal@band.com.br; ouvinte@bandnewsfm.com.br; mauro@band.com.br; nacionalmanha@radiobras.gov.br; jornalsg@osaogoncalo.com.br; arilopes@osaogoncalo.com.br; dayse.alvarenga@osaogoncalo.com.br; aldemarfurtado@yahoo.com.br; itarare@ig.com.br; falabrasil@rederecord.com.br; tudoaver@rederecord.com.br; jr@rederecord.com.br; programaterceiraidade@ig.com.br; jornalismo@bandrio.com.br; redacao@ofluminense.com.br; ouvinte@bandrio.com.br; ouvinte@bandnewsfm.com.br; sandrablanco@bandrio.com.br; dorakramer@band.com.br; psdettmann@jcom.com.br; ce.cris@bol.com.br; vraf@bol.com.br; jogodopoderbsa@cnt.com.br; secgeral@cnbb.org.br; imprensa@cnbb.org.br; merval@oglobo.com.br; jn@redeglobo.com.br; menegotto@tvglobo.com.br; miguel.athayde@tvglobo.com.br; maia.menezes@oglobo.com.br; pricardo@oglobo.com.br; selma@oglobo.com.br; rita.barreto@tvglobo.com.br; ana.magaldi@tvglobo.com.br; marcelo.moreira@redeglobo.com.br; deniserj@extra.inf.br; paula.mairam@extra.inf.br; rosane.souza@extra.inf.br; daniella@extra.inf.br; brunot@extra.inf.br; agomes@extra.inf.br; max.leone@extra.inf.br; nadja.sampaio@oglobo.com.br; vagner.ricardo@oglobo.com.br; debates@cbn.com.br; editor@jornalhoje.inf.br; palavradepaz@uol.com.br; encontro@encontromarcadonatv.com.br; programaeuevoce@gmail.com.br; almeida.lima@senador.gov.br; valeriamaniero@odianet.com.br; ebraga@odianet.com.br; editor@jornalhoje.inf.br; cidade@jornalpovo.com.br; cidade@jornalpovo.com.br; horadopovo@horadopovo.com.br; hp.comercial@uol.com.br; hprj@oi.com.br; hp.df@ig.com.br; jornalproducao@sbt.com.br; bomdiamulher@redetv.com.br; justicaparatodos@ajufe.org.br; ceci@oglobo.com.br; justicafranca@band.com.br; bandreporter@band.com.br; ouvidoriaparlamentar@camara.gov.br; namorato@gmail.com; redacao@folhauniversal.com.br; depleovivas@leovivas.com; depleovivas@uol.com.br; lucia.martins@mc.gov.br; elizabeth.pedrosa@mc.gov.br; maria.cristina@mc.gov.br; freire.junior@mc.gov.br; dep.joaobatista@camara.gov.br; radiosatelite@bol.com.br; salavip@cnt.com.br; tucano@psdb.org.br; min-an@tcu.gov.br; minwar@tcu.gov.br; min-vc@tcu.gov.br; min-gp@tcu.gov.br; min-ua@tcu.gov.br; min-na@tcu.gov.br; min-asc@tcu.gov.br; min-mbc@tcu.gov.br; lucasrf@tcu.gov.br; spg-psb2@tcu.gov.br; gabprocmariaalzira@tcu.gov.br; proc-mev@tcu.gov.br;
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É livre a reprodução para fins não comerciais, desde que o autor e a fonte sejam citados e esta nota seja incluída.
AGENCIAS DO BANCO POPULAR DO BRASIL SÃO VENDIDAS POR R$3.000 REAIS
Tanguá, 17 de outubro de 2006.
Ao
Exmo. Sr.
Presidente do
TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO
MANIFESTAÇÃO / DENUNCIA
Nº
REFERENTE: IRREGULARIDADES NO BANCO POPULAR DO BRASIL. AGENCIAS DO BPB SÃO NEGOCIADAS E VENDIDAS POR R$1.500 A R$3.000 REAIS, POR GESTORES CREDENCIADOS POR GERALDO MAGELA
ANTONIO GILSON DE OLIVEIRA, cidadão brasileiro, em pleno exercício, uso e gozo de suas prerrogativas e direitos políticos, portador do título de eleitor 0000343100329 - Zona 0151 - Seção 0200 ? Ident. 63.632 CORE, CPF 313.300.707-63, com domicilio na Av. Luiza Fontenelle nº. 300 ? Bairro Cidade Satélite - Município de Tanguá - RJ - CEP 24-890-000 - Tel. 021 3637-6069 - 97280476 - EM CONFORMIDADE COM O DISPOSTO NA LEI 8.443 ? 16/07/1992, ARTS. 53; 54; 55 e SEGUINTES.
Em meados do mês de abril de 2005, tomei conhecimento de uma nova modalidade de prestação de serviço que estava sendo implantado pelo sistema financeiro.
Através do site www.bancopopulardobrasil.com.br conheci o BANCO POPULAR DO BRASIL. Rapidamente realizei o cadastro para habilitar a ONG, da qual sou presidente para prestação desses serviços bancários, pelo CEUCERTO ? CONSELHO NACIONAL DOS USUARIOS DE BENS E SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES FIXAS, MOVÉL E INTERNÉTICA, inscrito no CNPJ/MF nº. 05.381.391/0001-20, estabelecido na Av. Luiza Fontenelle nº. 300, bairro cidade Satélite, Município de Tanguá, tel. (021) 3637-6069 / 9728-0476, e-mail: ceucerto@ibest.com.br, ORGÃO DE DEFESA DOS USUÁRIOS DE TELECOMUNICAÇÕES.
Após cumpridas todas as formalidades legais exigidas tais como: Abertura de conta corrente junto ao Banco do Brasil, documentos pertinentes ao interessado e a ONG, o POSTO, O SERVIÇO DE CORRRESPONDTE BANCARIO DO BANCO POPULAR DO BRASIL não era liberado. Havia sempre uma pendência, uma medida protelatória, uma justificativa.
Diante dessas constantes dificuldades questionei sobre a morosidade para liberação da implantação do serviço.
Nesta oportunidade fui informado que isto na verdade era um serviço, que se não houvesse "um qualquer por fora" jamais seria liberado, instalado. Que haveria sempre uma pendência a ser cumprida.
Indaguei qual a "facilidade" existente para "superar as dificuldades".
Nesta data me cobraram a importância de R$3.000,00 (Três mil reais). Mediante o pagamento o posto de CORRESPONDENTE BANCARIO seria liberado IMEDIATAMENTE. Naquele exato momento. Era só pagar para pegar e levar os equipamentos.
Naquele momento não disponibilizava desse valor. Contra argumentei que só possuía R$1.500,00. (hum mil e quinhentos reais).
Contra argumentaram que "iriam quebrar meu galho". "Que iriam facilitar as coisas para mim" Que, diante da falta de recursos e de cheque pré-datado, o saldo de R$1.500,00 (hum mil e quinhentos reais) iria pagar, compensar com a indicação de 03 (três) pessoas que estivessem interessadas em um POSTO DE CORREESPONDENTE BANCÁRIO DO BANCO POPULAR DO BRASIL.
Neste exato momento, mediante o pagamento da importância estipulada, solicitei a formalização de um CONTRATO DE SERVIÇO E RECIBO DE PAGAMENTO. Apesar da relutância em formalizar, naquele momento foi digitado um DOCUMENTO ESPECIALMENTE PARA MIM, CONTRATO Nº. 028 / 2005 CONTRATADO FIRME INTERMEDIAÇÃO DE NEGOCIOS LTDA / ME CNPJ 07.044.976/0001-02, sede Av. Pres. Vargas 583 / Grupo 2018 ? Centro ? RJ representado por um dos seus sócios, EDSON JOSE F. DA SILVA, CPF Nº. 351.234.867.04.
Após efetivo pagamento, me foram entregues vários pacotes de BRINDES DO BANCO POPULAR DO BRASIL, CARTÕES PESSOAIS COM A LOGOMARCA DO BANCO. UMA MÁQUINA DE "POS", SCANNER, BIOMBO, etc.
Ficou condicionado que o funcionamento, a conexão seria
feita após a integralização do pagamento.
Diante dessa imposição apressei-me em "apresentar" outros micro-empresários, empreendedores também interessados na implantação do SERVIÇO DE CORRESPONDENTE BANCÁRIO.
Mesmo após a efetiva apresentação e também o pagamento dos valores solicitados por eles, OS GESTORES, junto aos novos interessados, o NOSSO POSTO NÃO FUNCIONAVA. Da mesma forma os postos dos interessados subsequentes.
Diante da procrastinação e das inúmeras razões que apresentavam para o não funcionamento do sistema, começou haver nervosismo, irritação, bate-boca, ameaça de policia, etc.
Aos mais nervosos e agressivos foram devolvidas as importâncias pagas e ou cheques pré-datados.
Dias depois, fiquei sabendo que todos que lá compareciam e que efetivamente estavam interessados na PRESTAÇÃO DO SERVIÇO EM SEU ESTABELECIMENTO / EMPREENDIMENTO, haviam pago os valores que lhes foram impostos ou ficavam condicionados a apresentar terceiros para compensar e quitar o saldo devedor ou possível pendência financeira.
Temos ciência que esta MODALIDADE DE SERVIÇO, HOJE PRESTADO POR QUASE TODOS OS BANCOS É UM SERVIÇO SOCIAL. QUE ALGUNS BANCOS PÚBLICOS OFERECEM MAIS E MELHORES SERVIÇOS QUE A REDE PRIVADA SENDO, PORTANTO, MAIS ATRATIVOS E INTERESSANTES PARA A POPULAÇÃO DE BAIXA RENDA.
Em resumo ate o dia 16/10/2006, apesar dos diversos contatos mantidos através do telefone 0800.729.2929 com as atendentes Erica Silva, Geovanne Rodrigues e outras, ou por e-mails remetidos inclusive ao Presidente Geraldo Magela, não havíamos recebido nenhuma resposta e nem demonstraram nenhuma preocupação com o problema e ou solução desse impasse.
Todos esses fatos foram relatados aos atendentes em SÃO PAULO e até em BRASILIA. Comuniquei essa irregularidade a alguns políticos. Heloisa Helena, Geraldo Alckimin, e até para o Presidente LULA pelo site do GOVERNO FEDERAL e pelo E-mail pr@planalto.gov.br e protocolo@planalto.gov.br . Disponibilizei esta informação até na INTERNET, em vários livros de visita.
Há poucos dias atrás decidi remeter um e-mail, dirigido ao PRESIDENTE GERALDO MAGELA, comunicado que iria levar o assunto à toda imprensa e que iria mostrar o RECIBO E CONTRATOS QUE SE ENCONTRAVAM EM MEU PODER. NAQUELA OCASIÃO, MENCIONEI ATÉ O TÍTULO DA MANCHETE NOS JORNAIS.
"AGENCIAS DO BANCO POPULAR DO BRASIL SÃO VENDIDAS POR R$ 1.500 A R$ 3.000 REAIS"
Adverti-o que a COORDENAÇÃO DA CAMPANHA E O PROPRIO PRESIDENTE LULA NÃO IRIAM GOSTAR NADA DISSO uma vez que já existe um falso "dossier" circulando e provocando muita dor de cabeça.
Em resumo, nesta Terça-Feira, dia 16 de outubro, me telefonou um funcionário do BANCO DO BRASIL, de nome RICARDO GUIMARÃES, lotado no DEPARTAMEDNTO DE CONTRATOS, subordinado ao Sr. Itamar, gerente de setor, na AGENCIA ANDARÁI, telefone 21 3808.4000, representante e falando em nome do Presidente Geraldo Magela, para analisar a documentação em meu poder.
A reunião foi no dia seguinte. Dia 18/10 às 10:00 horas da manha. Conferiu e constatou a verecidade das informações e documentos. Anotou todos os dados constantes. Em seguida pediu um prazo até dia 19/10/2006, até 16:00 horas, para dar uma satisfação do que poderia ser feito para solucionar o problema. Caso expirasse o prazo e não houvesse uma resposta por parte do mesmo, eu estaria à cavalheiro para tomar as medidas que desejasse. Mandar para a imprensa, Policia Federal, enfim, tudo que desejasse.
Isto posto, estou encaminhando ao TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO, via site WWW.TCU.ORG.BR com CÓPIA E PROTOCOLO JUNTO AO SECEX ?TCU AV. PRESIDENTE VARGAS, 375 / GRUPO 1204 ? TELEFONE 3805-4247 / 3805-4234 PARA DR. FRANCISCO CARLOS RIBEIRO DE ALMEIDA bem como e-mail para luiswm@tcu.gov.br.
Copias deste oficio também serão remetidos para MPF, AGU, PGR, CGU e outros no Estado do Rio de Janeiro.
Em anexo copia do CONTRATO e DOCUMENTOS PERTINENTES AO BANCO POPULAR DO BRASIL
Atenciosamente
ANTONIO GILSON DE OLIVEIRA
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É livre a reprodução para fins não comerciais, desde que o autor e a fonte sejam citados e esta nota seja incluída.
Santos Dumont
Por Ataíde Lemos 23/10/2006 às 12:33
Um brasileiro há 100 anos faz história
Pela sua invenção para humanidade
Que eternizou seu nome na memória
Por um feito que revolucionou a realidade.
Santos Dumont
Um brasileiro há 100 anos faz história
Pela sua invenção para humanidade
Que eternizou seu nome na memória
Por um feito que revolucionou a realidade.
Com a arte de inventar, sem desistir
Com coragem, firmeza e obstinação
Enfrentando as adversidades sem medo de insistir
Hoje com orgulho o chamamos de pai da aviação.
Na ancia de vencer sempre os desafios existentes
De provar o quanto é possível o homem realizar
Depois de varias tentativas sem desistência
Um peso maior que o ar faz do chão se levantar
Santos Dumont provou que ao homem é dado o poder
De dominar a natureza, dando sua contribuição
Um mundo melhor cada um de nós podemos fazer
Quando não omitimos nossa imaginação
Porem, a decisão do bem e do mal
Ao homem também é dado por igual.
Uma invenção que pode beneficiar a humanidade
Em mãos erradas transforma numa atrocidade.
Ataíde Lemos
Publicado em 23/10/2006 às 11h17
Email:: ataide.lemos@gmail.com
URL:: http://www.ataide.recantodasletras.com.br
© Copyleft http://www.midiaindependente.org:
É livre a reprodução para fins não comerciais, desde que o autor e a fonte sejam citados e esta nota seja incluída.
Um brasileiro há 100 anos faz história
Pela sua invenção para humanidade
Que eternizou seu nome na memória
Por um feito que revolucionou a realidade.
Santos Dumont
Um brasileiro há 100 anos faz história
Pela sua invenção para humanidade
Que eternizou seu nome na memória
Por um feito que revolucionou a realidade.
Com a arte de inventar, sem desistir
Com coragem, firmeza e obstinação
Enfrentando as adversidades sem medo de insistir
Hoje com orgulho o chamamos de pai da aviação.
Na ancia de vencer sempre os desafios existentes
De provar o quanto é possível o homem realizar
Depois de varias tentativas sem desistência
Um peso maior que o ar faz do chão se levantar
Santos Dumont provou que ao homem é dado o poder
De dominar a natureza, dando sua contribuição
Um mundo melhor cada um de nós podemos fazer
Quando não omitimos nossa imaginação
Porem, a decisão do bem e do mal
Ao homem também é dado por igual.
Uma invenção que pode beneficiar a humanidade
Em mãos erradas transforma numa atrocidade.
Ataíde Lemos
Publicado em 23/10/2006 às 11h17
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É livre a reprodução para fins não comerciais, desde que o autor e a fonte sejam citados e esta nota seja incluída.
CONFÚCIO E O VOTO NULO
Por Fábio de Oliveira Ribeiro 23/10/2006 às 10:40
Lógica confuciana justifica voto nulo.
De todas as boas razões para VOTAR NULO, a melhor é sem dúvida alguma a capacidade dos partidos políticos brasileiros de preservar o empreguismo e se alimentar dos recursos públicos ilegalmente.
Nesse sentido, o PT e o PSDB são duas faces de uma mesma moeda. Lula não só manteve como aumentou a quantidade de cargos de confiança para acomodar petistas de todas tendências (inclusive desonestas). Alckmim manteve os níveis de empreguismo de seus antecessores, mas em compensação seu partido faz campanha eleitoral com dinheiro desviado da administração pública (inclusive do Ministério da Saúde, sob o comando de psedebistas).
Confúcio, que nasceu aproximadamente em 552 aC, dizia que ?Há um grande princípio para fazer nascer a abundância: é necessário que os que produzem riquezas sejam numerosos. Os que as devoram, devem, ao contrário, ser poucos. É necessário que todos façam esforços: os que produzem, para produzir mais; os que devoram, para ser econômicos. Assim as riquezas serão suficientes. (Confucio, Editorial Schapire, Buenos Aires, 1947)?
O Estado não produz riquezas, apenas arrecada parte das que são produzidas pelos agentes econômicos (empresários e trabalhadores). Resulta daí que os partidos políticos e os servidores públicos apenas se alimentam das riquezas que são produzidas pelos agentes econômicos.
Portanto, se forem grandes as despesas com a elite do funcionalismo (Deputados, Governadores, Presidente, Ministros, Secretários, Prefeitos, Desembargadores, Promotores, Senadores, Procuradores, Juizes, etc...) e com os partidos políticos e seus aduladores em cargos de confiança a carga tributária certamente será muito elevada. Em razão disto, a atividade econômica será inibida, os empresários se sentirão desestimulados e os salários dos trabalhadores não poderão ter aumentos reais.
Caso o Brasil aprenda e aplique a lição de Confúcio o país rapidamente se tornará uma potência e melhorará o padrão de vida da população. Para tanto é preciso apenas dar um basta na roubalheira dos partidos, nos privilégios da elite do funcionalismo e reduzir os cargos de confiança. Só assim o Estado passará a gastar menos e poderia reduzir a carga tributária, possibilitando aos empresários expandir seus negócios, contratar mais trabalhadores e pagar salários melhores.
Não há como criar um círculo virtuoso sustentando os vícios do PT e do PSDB. Portanto, a lógica confuciana sugere que devemos rejeitar os dois candidatos à presidência. Os partidos de ambos se transformaram em quadrilhas organizadas para roubar os cofres públicos e eleger políticos que usam o Estado para empregar seus milhares de aduladores.
VOTE NULO E SEJA FELIZ
Fábio de Oliveira Ribeiro
Email:: sithan@ig.com.br
URL:: http://www.revistacriacao.cjb.net
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Comentários
Os Defensores do voto nulo são confusos
Mana 23/10/2006 14:22
Os defensores do voto nulo querem aperfeiçoar a democracia representativa. Por não compreenderem a marcha da História não chegam à conclusão de que a democracia representativa deve ser abolida, não aperfeiçoada. Votos, nulos ou válidos, só legitimam as eleições.
Se ninguém trabalha por nós, que ninguém decida por nós.
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Lógica confuciana justifica voto nulo.
De todas as boas razões para VOTAR NULO, a melhor é sem dúvida alguma a capacidade dos partidos políticos brasileiros de preservar o empreguismo e se alimentar dos recursos públicos ilegalmente.
Nesse sentido, o PT e o PSDB são duas faces de uma mesma moeda. Lula não só manteve como aumentou a quantidade de cargos de confiança para acomodar petistas de todas tendências (inclusive desonestas). Alckmim manteve os níveis de empreguismo de seus antecessores, mas em compensação seu partido faz campanha eleitoral com dinheiro desviado da administração pública (inclusive do Ministério da Saúde, sob o comando de psedebistas).
Confúcio, que nasceu aproximadamente em 552 aC, dizia que ?Há um grande princípio para fazer nascer a abundância: é necessário que os que produzem riquezas sejam numerosos. Os que as devoram, devem, ao contrário, ser poucos. É necessário que todos façam esforços: os que produzem, para produzir mais; os que devoram, para ser econômicos. Assim as riquezas serão suficientes. (Confucio, Editorial Schapire, Buenos Aires, 1947)?
O Estado não produz riquezas, apenas arrecada parte das que são produzidas pelos agentes econômicos (empresários e trabalhadores). Resulta daí que os partidos políticos e os servidores públicos apenas se alimentam das riquezas que são produzidas pelos agentes econômicos.
Portanto, se forem grandes as despesas com a elite do funcionalismo (Deputados, Governadores, Presidente, Ministros, Secretários, Prefeitos, Desembargadores, Promotores, Senadores, Procuradores, Juizes, etc...) e com os partidos políticos e seus aduladores em cargos de confiança a carga tributária certamente será muito elevada. Em razão disto, a atividade econômica será inibida, os empresários se sentirão desestimulados e os salários dos trabalhadores não poderão ter aumentos reais.
Caso o Brasil aprenda e aplique a lição de Confúcio o país rapidamente se tornará uma potência e melhorará o padrão de vida da população. Para tanto é preciso apenas dar um basta na roubalheira dos partidos, nos privilégios da elite do funcionalismo e reduzir os cargos de confiança. Só assim o Estado passará a gastar menos e poderia reduzir a carga tributária, possibilitando aos empresários expandir seus negócios, contratar mais trabalhadores e pagar salários melhores.
Não há como criar um círculo virtuoso sustentando os vícios do PT e do PSDB. Portanto, a lógica confuciana sugere que devemos rejeitar os dois candidatos à presidência. Os partidos de ambos se transformaram em quadrilhas organizadas para roubar os cofres públicos e eleger políticos que usam o Estado para empregar seus milhares de aduladores.
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Fábio de Oliveira Ribeiro
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Os Defensores do voto nulo são confusos
Mana 23/10/2006 14:22
Os defensores do voto nulo querem aperfeiçoar a democracia representativa. Por não compreenderem a marcha da História não chegam à conclusão de que a democracia representativa deve ser abolida, não aperfeiçoada. Votos, nulos ou válidos, só legitimam as eleições.
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Tudo pela Democratização dos meios de comunicação.
Por CMI-Tefé 23/10/2006 às 12:58
Semana da ciência e tecnologia serve de ponta pé para ademocratização dos meois de comunicação na região.
Nesta semana esta sendo realizada a semana de ciência e tecnologia organizada pelo CEST-UEA (Universidade do Estado do Amazonas), onde estão sendo realizadas varias atividades. Só que desta vez as atividades não ficaram concentradas em Tefé onde fica a universidade, mas sim para o outro município que fica pro cimo o Alvarães. Onde estavam sendo realizadas exibição dos cursos e a oficina de democratização dos meios de comunicação, onde forma realizada exibições de filmes como: Uma onda no ar, os do Felco CMI e os da rádio muda de Campinas.
As atividades estavam sendo realizadas simultaneamente em Tefé e Alvarães onde aconteciam debates de como implantar uma radio e de como manter ela funcionando.
Este trabalho faz parte de um processo mundial pela democratização dos meios de comunicação, Tefé já faz parte desse grupo. Veja o que diz um dos contribuintes.
?Esta semana e um marco para a comunicação democrática em Tefé, por que a partir destas exibições de filmes as pessoas estão começando a se conscientizar de como a mídia e importante para o desenvolvimento ideológico já que compre um papel muito importante na educação informal das grandes massas que estão acostumadas a ouvir o que a televisão e o rádio põem para agente. Já o que agente propõem e transformador e você poder pegar o microfone da sua opinião, falar o que ta pensando e ouvir e ser ouvidor também, vamos fazer o possível e o impossível para isto da certo, temos uma equipe ótima então tem tudo para dar certo e estamos esperando para o dia 5 de novembro o nascimento da nossa rádio que eu brinco dizendo que realmente ira nascer uma nova estrela.?
O grupo já pretender produzir um vídeo documentário com as atividades e o lançamento da rádio que em breve estará funcionando na cidade pretende-se também realizar uma exibição na praça que provavelmente acontecerá antes da eleição do 2° turno.
O grupo que foi para Alvarães fazer as exibições, gosto do que aconteceu por lar e acredita que um dia poderá se colher frutos naquela região.
Tefé 19 de outubro de 2006.
Email:: pppj.geografia@yahoo.com.br
URL:: http://www.uea.edu.br
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Semana da ciência e tecnologia serve de ponta pé para ademocratização dos meois de comunicação na região.
Nesta semana esta sendo realizada a semana de ciência e tecnologia organizada pelo CEST-UEA (Universidade do Estado do Amazonas), onde estão sendo realizadas varias atividades. Só que desta vez as atividades não ficaram concentradas em Tefé onde fica a universidade, mas sim para o outro município que fica pro cimo o Alvarães. Onde estavam sendo realizadas exibição dos cursos e a oficina de democratização dos meios de comunicação, onde forma realizada exibições de filmes como: Uma onda no ar, os do Felco CMI e os da rádio muda de Campinas.
As atividades estavam sendo realizadas simultaneamente em Tefé e Alvarães onde aconteciam debates de como implantar uma radio e de como manter ela funcionando.
Este trabalho faz parte de um processo mundial pela democratização dos meios de comunicação, Tefé já faz parte desse grupo. Veja o que diz um dos contribuintes.
?Esta semana e um marco para a comunicação democrática em Tefé, por que a partir destas exibições de filmes as pessoas estão começando a se conscientizar de como a mídia e importante para o desenvolvimento ideológico já que compre um papel muito importante na educação informal das grandes massas que estão acostumadas a ouvir o que a televisão e o rádio põem para agente. Já o que agente propõem e transformador e você poder pegar o microfone da sua opinião, falar o que ta pensando e ouvir e ser ouvidor também, vamos fazer o possível e o impossível para isto da certo, temos uma equipe ótima então tem tudo para dar certo e estamos esperando para o dia 5 de novembro o nascimento da nossa rádio que eu brinco dizendo que realmente ira nascer uma nova estrela.?
O grupo já pretender produzir um vídeo documentário com as atividades e o lançamento da rádio que em breve estará funcionando na cidade pretende-se também realizar uma exibição na praça que provavelmente acontecerá antes da eleição do 2° turno.
O grupo que foi para Alvarães fazer as exibições, gosto do que aconteceu por lar e acredita que um dia poderá se colher frutos naquela região.
Tefé 19 de outubro de 2006.
Email:: pppj.geografia@yahoo.com.br
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Petição Contra a Transposição das Águas do Rio São Francisco
Petição Contra a Transposição das Águas do Rio São Francisco
Against the transfer of the water of the São Francisco River/ Contra a transposição das águas do rio São Francisco / Contre la transposition des eaux du Fleuve São Francisco / Contra la transposición de las aguas del río São Francisco.
http://www.petitiononline.com/riosalve/petition.html
Contra a transposição das águas do Rio São Francisco.
Esta Petição não tem ligações com partidos políticos. E tem um único objetivo, esclarecer a grande farsa que é a transposição das águas do rio São Francisco.
O Rio São Francisco nasce na Serra da Canastra em Minas Gerais e termina no Oceano Atlântico, entre Sergipe e Alagoas, sua extensão é de 2,800 Km² , alimenta biótipos, milhares de lagoas, berçários de peixes, uma fauna rica em suas matas ciliares. Sua bacia tem 641,000 Km2, o que corresponde a sete vezes o tamanho de Portugal, onde vivem 14 milhões de pessoas distribuídas em 503 municípios. Quando o rio foi descoberto, a 505 anos atras, tinha o nome de Opara dado pelos índios, sendo mais tarde batizado de Rio São Francisco em homenagem ao jesuíta Francisco de Assis.
O projeto de transposição do Rio São Francisco
O projeto de transposição das águas do rio São Francisco consiste na transferência de águas do rio para abastecer rios e açudes da região Nordeste. A transposição das águas do Rio São Francisco é um projeto Faraônico, de interesses políticos e econômicos, a obra completa prevê a construção de 700 quilômetros de canais de concreto, nos quais a água para chegar ao seu destino terá de subir montanhas, inundara vários pontos para a construção das 23 barragens, desalojando quase 1 milhão de famílias. Toda essa mega-construção não ira resolver o problema da falta de água na região pois os locais que mais necessitam de recursos hídricos não serão contemplados, como a região do Seridó. Estima-se que somente 0,28% da população que realmente necessita dessa água será beneficiada.
Além de ser um projeto imenso, caro (alguns bilhões de dólares), e de não resolver o problema da seca a obra foi dividida em 14 lotes a serem disputados pelas empreiteras cujas audiências públicas estão sendo feitas a toque de caixa pelo IBAMA, pois não estão respeitando os 30 dias que tem que ficar em edital.
O rio São Francisco, Velho Chico como é conhecido já foi por demais alterado, e não irá agüentar mais essa retirada de água sem desestabilizar outras obras como a usina de Paulo Afonso, trazendo inúmeros prejuízos a região, como a diminuição da produção de energia elétrica, da irrigação e do abastecimento de águas para as cidades. O projeto pretende retirar do Rio S. Francisco 60 metros cúbicos por segundo, essa quantidade já causaria grandes transtornos como citados acima, porém sabe-se que essa medida é mínima e é só para o papel. Ao longo do rio existem milhares de lagoas que servem de berçário e para a reprodução de muitas espécies de peixes que são naturais do S. Francisco, milhares de biótipos irão secar deixando em extinção centenas de espécies que ainda nem sequer foram cadastradas, nas margens fauna e flora serão altamente afetadas, mananciais marinhos que diretamente e indiretamente são abastecidos pelas águas desse rio serão prejudicados diminuindo a produção de caranguejos , peixes e outros animais que nesses santuários buscam o refugio para a reprodução e passar um período de suas vidas. Essa megalomaníaca transposição é o golpe mortal que levara o Rio São Francisco a extinção. Um monumento com pretensões maiores do que a transamazônica, a qual endividou o Brasil e depois de pronta foi abandonada, pois não servia pra nada, Existem outras alternativas? Existem, são viáveis e com um custo até 100 vezes menor, um exemplo: a integração das bacias Tocantins/São francisco( http://www.fundaj.gov.br/docs/tropico/desat/fran.html).
O Projeto de Transposição das águas foi rejeitado por todas as audiências públicas e plenárias realizadas pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco. A Conferência Nacional de Meio Ambiente, convocada pelo próprio Governo Federal, decidiu também pela não-transposição das águas do Rio São Francisco. Para que serve a opinião técnica ou os estudos científicos se os interesses econômicos, políticos e a ambição pessoal prevalecem a favor de um estúpido mega-monumento. "A transposição está na minha cota pessoal, é o legado que eu escolhi deixar" Presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva?
Dom Luiz Flávio Cappio bispo de Barra, na Bahia, que convive na região chegou a fazer greve de fome devido ao crime e a mentira que é esse projeto.
Dom Cappio afirmou que a transposição é um crime contra o rio, cometido com fins políticos. A luta, no caso, é fazer o governo federal "desistir desta obra insana e mentirosa que é a transposição".
Nós cidadões brasileiros, bebendo da água ou não do rio São Francisco, sendo contra a transposição ou não iremos pagar caro por ela. Vamos fazer prevalecer a nossa opinião, que não é só de brasileiros, é também de pessoas que moram em outros paises e que entendem e tem um carinho para com o meio ambiente. Salve o Velho Chico.
Contra a transposição das águas do Rio São Francisco
Com carinho assine a petição mais abaixo.
ENGLISH
The São Francisco river is born in the Canastra Mountains in the State of Minas Gerais and it flows into the Atlantic ocean between the states of Sergipe and Alagoas. It's extension is of 2,800 km2, it feeds hundred of lakes where endemic fishes grow, there is also a rich fauna in the neighborhood forest. It's basin has an extension os 641,000km2, seven times larger than Portugal. Fourteen million people live there together in 503 communities. When the river was first discovered it was called Opara by the indians, later it was rebaptized São Francisco in honour of the jesuit.
THE TRANSFER PROJECT OF THE SAO FRANCISCO RIVER
The project consist of the water transfer of the São Francisco river, into other rivers and loks in the Nordeast region of Brazil. In fact, it's an unrealistic project, only with political interest. The works include 700 kilometers of beton channels for the transportation of the water into 23 dams. This will submerge many regions so that 1 million people will be dislodged. Unfortunately this construction will not resolve the dryness problem in this region. Only 0,028% of the population will have profit of this water!
The ?Old Chico? as the river is tenderly called, has already been changed. The river will not survive the transfer of water, without negative consequences for already existing projects like for exemple the Hydroelectric Plant of Paulo Afonso. The project has foreseen to take 60m3 per second but everybody knows that's only on the paper, in reality it's much more. All along the river we find many lakes which are the birth place for hundred of endemic fishes, thousand of biotypes will be distroyed, hundred of species will die, as well as the fauna and flora that lives direct or indirectly from the river will be suffering. The production of crabs, fishes and other animal species will be reduced. It will be another monument as useless as the Transamazonian wich has runned the country into debts, and was abandoned when ready.... Are there other alternatives? YES, and with costs 100 times less, for exemple: The integration of the Tocantins (river)basin with the basin of the São Francisco.
The transposition project was denied by all the public audiences, established by the Hydrographyc Committee of the São Francisco Basin. The National Conference for the Environment, which was convene by the Federal Government, has also decided against the transfer of water from the São Francisco river. What is the use of the technical advices or the scientific studies if the economical and political as well as the personnel ambitions are stronger?
The bishop Dom Luiz Flavio Cappio, who lives in the region, has made a hunger strike, to protest against the big lye of this project. He says that the transfer is a crime against the river, based only on political interests. The combat is to convince the federal government to :?withdraw this false and unheathly project that is the transfer of the water.?
We , brazilian citisens, that drink or not water of the São Francisco, if we are for or against the transfer, we will pay expensive for this. Together we can make our opinion stronger, which is not only from people living in Brazil but also for all living outside but who are conscient of the environment. ?Good health? for the Old Chico!
Against the transfer of the water of the São Francisco River
Please, respectfully sign this petition
Français
Gerais et il fini dans l'océan Atlantique entre l'état de Sergipe et Alagoas. Son extension est de 2,800km2, il nourrit plusieurs centaines de lacs, biotype pour des poissons endémiques, ainsi qu'une faune très riche dans les forets avoisinantes. Son bassin est de 641,000 km2 (sept fois la taille du Portugal), où habitent 14 millions de personnes distribués en 503 municipalités. Il y avait 505 ans le fleuve s'appelait OPARA, nom donné par les indigènes, plus tard il été rebaptisé en hommage au jésuite François d'Assis.
Le projet de transposition du Fleuve Saint Francisco
Le projet de transposition des eaux du Fleuve São Francisco, signifie le transfert des eaux du fleuve pour approvisionner fleuves et écluses de la région nord-est brésilienne. C'est un projet pharamineux, surtout des intérêts politiques. Le projet en sa totalité, prévoit la construction de 700 kilomètres des canaux en béton dans lesquels, l'eau pour arriver à son but, doit escalader des montagnes et noyer plusieurs sites pour la construction des barrages, en conséquence presque 1 million de personnes seront délogées. Cette énorme construction ne résoudra pas le manque d'eau dans la région, puisque le projet ne vise pas les zones qui sont les plus dans le besoin d'eau, par exemple, la région de Sérido. Selon des estimations seulement 0,28% de la population aura le bénéfice de l'eau.
En plus d'être un projet géant, très chère (quelques billions de dollars) et de ne pas résoudre le problème de la sécheresse, l'oeuvre était partagé en 14 lots disputés par des entreprises en appel d'offre, seulement les audiences publiques ne respectent pas le délai de 30 jours d'avis imprimé.
Le ?Vieux Chico?, comme il est tendrement appelé, a été déjà très changé. Il ne supportera pas cette décharge d'eau, sans avoir de conséquences néfaste pour d'autres projets déjà existant, comme l'usine Hydroélectrique de Paulo Afonso. Le projet prévoit d'enlever 60m3 par seconde, selon informations sur papier mais, on sait que en réalité ça serait plus. Tout au long du grand fleuve on retrouve des lacs qui servent de crèche pour plusieurs espèces endémiques de poissons, des milliers de biotypes seront détruits, centaines d'espèces périront, faune et flore directe ou indirectement dépendantes du fleuve seront mis en souffrance. La production des crabes, poisson et d'autres animaux qui ont besoin de ce sanctuaire, diminuèrent. Cette transposition sera un coup fatal pour le fleuve São Francisco. Un monument aussi inutile que la Transamazonique, laquelle a endetté le pays et après sa finalisation a été abandonné... Est-ce qu'il y a d'autres alternatives? OUI, et viables avec un coût jusqu'à 100 fois moins, un exemple: L'intégration du bassin du Tocantins (fleuve) avec le São Francisco.
Le projet a été refusé par toutes les audiences publiques du tribunal, réalisé par le Comité du Bassin Hydrographique du São Francisco. La Conférence National de l'environnement, qui a été convoquée par le Gouvernement Fédéral, a aussi décidée pour la non transposition des eaux du fleuve São Franciso. A quoi sert l'avis des techniciens ou les études scientifique si les intérêts économiques, la politique et l'ambition personnelle sont plus fort .
L'évêque Dom Luiz Flavio Cappio , qui habite dans la région a fait une grève de faim en protestation au grand mensonge de ce projet. Il affirme que la transposition cet un crime envers le fleuve, commit par des intérêts politiques. La lute c'est de convaincre le gouvernement fédéral à:? désister du projet malsain et mensonger qui est la transposition.?
Nous, citoyens brésiliens, qui buvons ou non l'eau du fleuve São Francisco, si nous sommes pour ou contre la transposition, nous allons payer très cher pour la même. Allons faire entendre notre opinion, qui n'es pas seulement des brésiliens mais, aussi de personnes qui habitent dans d'autres pays et qui ont le respect pour l'environnement. ?Vive? le Vieux Chico!!!
Contre la transposition des eaux du Fleuve São Francisco
S'ils vous plaît, signez respectueusement cette pétition
Contra la transposicion de las aguas del rio São Francisco, link: http://chicovelho.blogspot.com/
Email:: baysbars@yahoo.com.br
© Copyleft http://www.midiaindependente.org:
É livre a reprodução para fins não comerciais, desde que o autor e a fonte sejam citados e esta nota seja incluída.
Against the transfer of the water of the São Francisco River/ Contra a transposição das águas do rio São Francisco / Contre la transposition des eaux du Fleuve São Francisco / Contra la transposición de las aguas del río São Francisco.
http://www.petitiononline.com/riosalve/petition.html
Contra a transposição das águas do Rio São Francisco.
Esta Petição não tem ligações com partidos políticos. E tem um único objetivo, esclarecer a grande farsa que é a transposição das águas do rio São Francisco.
O Rio São Francisco nasce na Serra da Canastra em Minas Gerais e termina no Oceano Atlântico, entre Sergipe e Alagoas, sua extensão é de 2,800 Km² , alimenta biótipos, milhares de lagoas, berçários de peixes, uma fauna rica em suas matas ciliares. Sua bacia tem 641,000 Km2, o que corresponde a sete vezes o tamanho de Portugal, onde vivem 14 milhões de pessoas distribuídas em 503 municípios. Quando o rio foi descoberto, a 505 anos atras, tinha o nome de Opara dado pelos índios, sendo mais tarde batizado de Rio São Francisco em homenagem ao jesuíta Francisco de Assis.
O projeto de transposição do Rio São Francisco
O projeto de transposição das águas do rio São Francisco consiste na transferência de águas do rio para abastecer rios e açudes da região Nordeste. A transposição das águas do Rio São Francisco é um projeto Faraônico, de interesses políticos e econômicos, a obra completa prevê a construção de 700 quilômetros de canais de concreto, nos quais a água para chegar ao seu destino terá de subir montanhas, inundara vários pontos para a construção das 23 barragens, desalojando quase 1 milhão de famílias. Toda essa mega-construção não ira resolver o problema da falta de água na região pois os locais que mais necessitam de recursos hídricos não serão contemplados, como a região do Seridó. Estima-se que somente 0,28% da população que realmente necessita dessa água será beneficiada.
Além de ser um projeto imenso, caro (alguns bilhões de dólares), e de não resolver o problema da seca a obra foi dividida em 14 lotes a serem disputados pelas empreiteras cujas audiências públicas estão sendo feitas a toque de caixa pelo IBAMA, pois não estão respeitando os 30 dias que tem que ficar em edital.
O rio São Francisco, Velho Chico como é conhecido já foi por demais alterado, e não irá agüentar mais essa retirada de água sem desestabilizar outras obras como a usina de Paulo Afonso, trazendo inúmeros prejuízos a região, como a diminuição da produção de energia elétrica, da irrigação e do abastecimento de águas para as cidades. O projeto pretende retirar do Rio S. Francisco 60 metros cúbicos por segundo, essa quantidade já causaria grandes transtornos como citados acima, porém sabe-se que essa medida é mínima e é só para o papel. Ao longo do rio existem milhares de lagoas que servem de berçário e para a reprodução de muitas espécies de peixes que são naturais do S. Francisco, milhares de biótipos irão secar deixando em extinção centenas de espécies que ainda nem sequer foram cadastradas, nas margens fauna e flora serão altamente afetadas, mananciais marinhos que diretamente e indiretamente são abastecidos pelas águas desse rio serão prejudicados diminuindo a produção de caranguejos , peixes e outros animais que nesses santuários buscam o refugio para a reprodução e passar um período de suas vidas. Essa megalomaníaca transposição é o golpe mortal que levara o Rio São Francisco a extinção. Um monumento com pretensões maiores do que a transamazônica, a qual endividou o Brasil e depois de pronta foi abandonada, pois não servia pra nada, Existem outras alternativas? Existem, são viáveis e com um custo até 100 vezes menor, um exemplo: a integração das bacias Tocantins/São francisco( http://www.fundaj.gov.br/docs/tropico/desat/fran.html).
O Projeto de Transposição das águas foi rejeitado por todas as audiências públicas e plenárias realizadas pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco. A Conferência Nacional de Meio Ambiente, convocada pelo próprio Governo Federal, decidiu também pela não-transposição das águas do Rio São Francisco. Para que serve a opinião técnica ou os estudos científicos se os interesses econômicos, políticos e a ambição pessoal prevalecem a favor de um estúpido mega-monumento. "A transposição está na minha cota pessoal, é o legado que eu escolhi deixar" Presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva?
Dom Luiz Flávio Cappio bispo de Barra, na Bahia, que convive na região chegou a fazer greve de fome devido ao crime e a mentira que é esse projeto.
Dom Cappio afirmou que a transposição é um crime contra o rio, cometido com fins políticos. A luta, no caso, é fazer o governo federal "desistir desta obra insana e mentirosa que é a transposição".
Nós cidadões brasileiros, bebendo da água ou não do rio São Francisco, sendo contra a transposição ou não iremos pagar caro por ela. Vamos fazer prevalecer a nossa opinião, que não é só de brasileiros, é também de pessoas que moram em outros paises e que entendem e tem um carinho para com o meio ambiente. Salve o Velho Chico.
Contra a transposição das águas do Rio São Francisco
Com carinho assine a petição mais abaixo.
ENGLISH
The São Francisco river is born in the Canastra Mountains in the State of Minas Gerais and it flows into the Atlantic ocean between the states of Sergipe and Alagoas. It's extension is of 2,800 km2, it feeds hundred of lakes where endemic fishes grow, there is also a rich fauna in the neighborhood forest. It's basin has an extension os 641,000km2, seven times larger than Portugal. Fourteen million people live there together in 503 communities. When the river was first discovered it was called Opara by the indians, later it was rebaptized São Francisco in honour of the jesuit.
THE TRANSFER PROJECT OF THE SAO FRANCISCO RIVER
The project consist of the water transfer of the São Francisco river, into other rivers and loks in the Nordeast region of Brazil. In fact, it's an unrealistic project, only with political interest. The works include 700 kilometers of beton channels for the transportation of the water into 23 dams. This will submerge many regions so that 1 million people will be dislodged. Unfortunately this construction will not resolve the dryness problem in this region. Only 0,028% of the population will have profit of this water!
The ?Old Chico? as the river is tenderly called, has already been changed. The river will not survive the transfer of water, without negative consequences for already existing projects like for exemple the Hydroelectric Plant of Paulo Afonso. The project has foreseen to take 60m3 per second but everybody knows that's only on the paper, in reality it's much more. All along the river we find many lakes which are the birth place for hundred of endemic fishes, thousand of biotypes will be distroyed, hundred of species will die, as well as the fauna and flora that lives direct or indirectly from the river will be suffering. The production of crabs, fishes and other animal species will be reduced. It will be another monument as useless as the Transamazonian wich has runned the country into debts, and was abandoned when ready.... Are there other alternatives? YES, and with costs 100 times less, for exemple: The integration of the Tocantins (river)basin with the basin of the São Francisco.
The transposition project was denied by all the public audiences, established by the Hydrographyc Committee of the São Francisco Basin. The National Conference for the Environment, which was convene by the Federal Government, has also decided against the transfer of water from the São Francisco river. What is the use of the technical advices or the scientific studies if the economical and political as well as the personnel ambitions are stronger?
The bishop Dom Luiz Flavio Cappio, who lives in the region, has made a hunger strike, to protest against the big lye of this project. He says that the transfer is a crime against the river, based only on political interests. The combat is to convince the federal government to :?withdraw this false and unheathly project that is the transfer of the water.?
We , brazilian citisens, that drink or not water of the São Francisco, if we are for or against the transfer, we will pay expensive for this. Together we can make our opinion stronger, which is not only from people living in Brazil but also for all living outside but who are conscient of the environment. ?Good health? for the Old Chico!
Against the transfer of the water of the São Francisco River
Please, respectfully sign this petition
Français
Gerais et il fini dans l'océan Atlantique entre l'état de Sergipe et Alagoas. Son extension est de 2,800km2, il nourrit plusieurs centaines de lacs, biotype pour des poissons endémiques, ainsi qu'une faune très riche dans les forets avoisinantes. Son bassin est de 641,000 km2 (sept fois la taille du Portugal), où habitent 14 millions de personnes distribués en 503 municipalités. Il y avait 505 ans le fleuve s'appelait OPARA, nom donné par les indigènes, plus tard il été rebaptisé en hommage au jésuite François d'Assis.
Le projet de transposition du Fleuve Saint Francisco
Le projet de transposition des eaux du Fleuve São Francisco, signifie le transfert des eaux du fleuve pour approvisionner fleuves et écluses de la région nord-est brésilienne. C'est un projet pharamineux, surtout des intérêts politiques. Le projet en sa totalité, prévoit la construction de 700 kilomètres des canaux en béton dans lesquels, l'eau pour arriver à son but, doit escalader des montagnes et noyer plusieurs sites pour la construction des barrages, en conséquence presque 1 million de personnes seront délogées. Cette énorme construction ne résoudra pas le manque d'eau dans la région, puisque le projet ne vise pas les zones qui sont les plus dans le besoin d'eau, par exemple, la région de Sérido. Selon des estimations seulement 0,28% de la population aura le bénéfice de l'eau.
En plus d'être un projet géant, très chère (quelques billions de dollars) et de ne pas résoudre le problème de la sécheresse, l'oeuvre était partagé en 14 lots disputés par des entreprises en appel d'offre, seulement les audiences publiques ne respectent pas le délai de 30 jours d'avis imprimé.
Le ?Vieux Chico?, comme il est tendrement appelé, a été déjà très changé. Il ne supportera pas cette décharge d'eau, sans avoir de conséquences néfaste pour d'autres projets déjà existant, comme l'usine Hydroélectrique de Paulo Afonso. Le projet prévoit d'enlever 60m3 par seconde, selon informations sur papier mais, on sait que en réalité ça serait plus. Tout au long du grand fleuve on retrouve des lacs qui servent de crèche pour plusieurs espèces endémiques de poissons, des milliers de biotypes seront détruits, centaines d'espèces périront, faune et flore directe ou indirectement dépendantes du fleuve seront mis en souffrance. La production des crabes, poisson et d'autres animaux qui ont besoin de ce sanctuaire, diminuèrent. Cette transposition sera un coup fatal pour le fleuve São Francisco. Un monument aussi inutile que la Transamazonique, laquelle a endetté le pays et après sa finalisation a été abandonné... Est-ce qu'il y a d'autres alternatives? OUI, et viables avec un coût jusqu'à 100 fois moins, un exemple: L'intégration du bassin du Tocantins (fleuve) avec le São Francisco.
Le projet a été refusé par toutes les audiences publiques du tribunal, réalisé par le Comité du Bassin Hydrographique du São Francisco. La Conférence National de l'environnement, qui a été convoquée par le Gouvernement Fédéral, a aussi décidée pour la non transposition des eaux du fleuve São Franciso. A quoi sert l'avis des techniciens ou les études scientifique si les intérêts économiques, la politique et l'ambition personnelle sont plus fort .
L'évêque Dom Luiz Flavio Cappio , qui habite dans la région a fait une grève de faim en protestation au grand mensonge de ce projet. Il affirme que la transposition cet un crime envers le fleuve, commit par des intérêts politiques. La lute c'est de convaincre le gouvernement fédéral à:? désister du projet malsain et mensonger qui est la transposition.?
Nous, citoyens brésiliens, qui buvons ou non l'eau du fleuve São Francisco, si nous sommes pour ou contre la transposition, nous allons payer très cher pour la même. Allons faire entendre notre opinion, qui n'es pas seulement des brésiliens mais, aussi de personnes qui habitent dans d'autres pays et qui ont le respect pour l'environnement. ?Vive? le Vieux Chico!!!
Contre la transposition des eaux du Fleuve São Francisco
S'ils vous plaît, signez respectueusement cette pétition
Contra la transposicion de las aguas del rio São Francisco, link: http://chicovelho.blogspot.com/
Email:: baysbars@yahoo.com.br
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É livre a reprodução para fins não comerciais, desde que o autor e a fonte sejam citados e esta nota seja incluída.
Carta de Despedida
Por José Arbex Jr. 23/10/2006 às 15:50
Não quero nem posso ver o meu nome publicamente associado a uma linha editorial que julgo absolutamente errada e nefasta para a luta dos trabalhadores e jovens brasileiros. Não assumo e nem quero assumir nenhuma responsabilidade por essa linha.
Car@s
Com grande e sincero pesar, cumpro o dever de comunicar o meu desligamento voluntário do conselho editorial do jornal Brasil de Fato, pela razões expostas abaixo. Não se trata, em absoluto, de uma ruptura com o jornal, com quem pretendo manter uma relação de colaboração; nem é de ruptura com os movimentos que sustentam politicamente o jornal, que continuam a merecer toda a minha admiração e respeito. Trata-se, apenas, de honestidade política e intelectual. Não quero nem posso ver o meu nome publicamente associado a uma linha editorial que julgo absolutamente errada e nefasta para a luta dos trabalhadores e jovens brasileiros. Não assumo e nem quero assumir nenhuma responsabilidade por essa linha.
1. Em 2003, estava corretíssima a linha editorial do "governo em disputa". Era uma linha que permitia ao jornal dialogar com os seus leitores, à época completamente iludidos com o governo Lula. Quando o jornal pedia que Lula rompesse com a burguesia, caminhava ao lado de seus leitores, de forma a conduzi-los para a conclusão inevitável de que jamais haveria tal ruptura.
Era uma linha pedagógica. Para usar uma expressão leninista, tratava-se de "combater as ilusões no terreno das ilusões". Por isso estavam errados, naquela ocasião, o PSTU e outros que adotaram uma postura vanguardista, denuncista e isolada dos movimentos sociais.
2. Em 2006, a situação é outra. Nosso leitor médio já sabe, muito bem, qual é a vocação, a natureza e a prática do governo Lula. Não há mais o que esperar do governo dos transgênicos, do Haiti, dos mais espetaculares lucros do sistema financeiro, da privatização das reservas de petróleo da bacia de Campos etc. etc. Aliás, há sim o que esperar: mais desmandos, mais humilhações, mais corrupção, mais degradação moral da esquerda.
3. Apesar disso, o jornal ainda mantém a linha do "governo em disputa". A edição 188 traz uma capa repugnante. Metade dela é dedicada a uma foto-pôster de um Lula disfarçadamente constrangido pelo abraço de uma senhora explicitamente emocionada. A outra metade traz um editorial envergonhadamente lulista. Duda Mendonça qualificaria a capa como excessivamente pró-Lula. E a tal capa não é um caso isolado. A edição 187, por exemplo, diz que "desvios de petistas fortalecem a direita". Errado. É o PT inteiro, sua prática inteira, o governo Lula inteiro que "fortalece a direita". A votação em Alckmin não é o resultado de uma burrada de última hora, mas sim de quatro anos de frustrações e decepções.
4. Sim, há o argumento de que "muitos ainda estão iludidos". Sei, e o nosso papel, suponho, é nivelar a consciência por baixo... Não acredito nisso. Estamos no final de 2006, quando milhões já fizeram sua experiência com Lula, e não no início de 2003, quando ninguém ainda sabia ao certo o que iria acontecer. Esse argumento é inaceitável. 5. Há o argumento de que Lula é menos pior do que Alckmin. Talvez. Mas, nesse caso, não deveriam tentar encontrar, com grandes e potentes lupas, os tais "pontos positivos" no governo Lula (supostamente, sua política externa, o aumento do salário mínimo e outras mistificações e blá-blá-blás semelhantes), pois isso significa alimentar ilusões. Deveriam apenas dizer, se fosse o caso: entre o péssimo e o pior, ficamos com o péssimo, só por não ser o pior. E ponto final.
6. Mas sequer é o caso de propor o voto no "menos pior", por uma razão muito simples e trágica: o preço que teremos que pagar por essa proposta. Governos de colaboração de classe são, historicamente, a ante-sala do fascismo. Foi assim na Espanha e França, nos anos 30; em 1964, no Brasil; em 1973, no Chile. Será sempre assim, pois governos de colaboração de classe têm, por vocação, desarmar os trabalhadores, corromper suas lideranças, conduzir os movimentos sociais à prostração e à passividade, mediante a distribuição das migalhas que sobram dos banquetes dos ricos. É o que faz o bolsa-família, por exemplo, defendido como o auge da virtude pública por antigos trabalhadores e sindicalistas, hoje burocratas corruptos regiamente pagos pelo Estado. É embelmática a frase do antigo presidente da CUT, Jair Menegueli: "Ganho hoje R$ 20.000,00 por mês; é muito para o que eu ganhava antes, mas é muito menos do que ganha a Xuxa". Lula gosta de dizer que o seu governo fez em 4 anos muito mais do que o de FHC em 8. Isso é uma verdade absoluta, em pelo menos um caso específico: em 4 anos, ele causou uma devastação maior na esquerda, do que os 8 anos de FHC... e os 20 de ditadura militar. Pedir o voto em Lula, em 2006, é manter as ilusões no mais espetacular e eficaz governo de colaboração de classe instituído na América Latina contemporânea. É um ato de suicídio político.
7. Fizemos, mais ou menos, essa discussão na reunião do conselho, sábado passado. Venceu a proposta de apoio a Lula. Não tenho mais o que fazer em tal conselho. Antes que me acusem de "intransigência", "birra", "radicalismo" etc, lembro que já perdi muitas vezes em votações realizadas no conselho. Na verdade, perdi quase todas as vezes. Fui voto único contra o lançamento do jornal no fórum de porto alegre, perdi ao propor o encerramento do jornal papel etc. De fato, não me lembro de ter vencido uma única vez, sempre que manifestei divergência do senso comum. Nada disso me fez deixar o conselho. Mas, agora, o Rubicão foi atravessado. Eu me recuso a emprestar o meu nome a um chamado que visa perpetuar um governo sórdido de conciliação de classe. Lamento, mas é isso.
Abs José Arbex Jr.
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Não quero nem posso ver o meu nome publicamente associado a uma linha editorial que julgo absolutamente errada e nefasta para a luta dos trabalhadores e jovens brasileiros. Não assumo e nem quero assumir nenhuma responsabilidade por essa linha.
Car@s
Com grande e sincero pesar, cumpro o dever de comunicar o meu desligamento voluntário do conselho editorial do jornal Brasil de Fato, pela razões expostas abaixo. Não se trata, em absoluto, de uma ruptura com o jornal, com quem pretendo manter uma relação de colaboração; nem é de ruptura com os movimentos que sustentam politicamente o jornal, que continuam a merecer toda a minha admiração e respeito. Trata-se, apenas, de honestidade política e intelectual. Não quero nem posso ver o meu nome publicamente associado a uma linha editorial que julgo absolutamente errada e nefasta para a luta dos trabalhadores e jovens brasileiros. Não assumo e nem quero assumir nenhuma responsabilidade por essa linha.
1. Em 2003, estava corretíssima a linha editorial do "governo em disputa". Era uma linha que permitia ao jornal dialogar com os seus leitores, à época completamente iludidos com o governo Lula. Quando o jornal pedia que Lula rompesse com a burguesia, caminhava ao lado de seus leitores, de forma a conduzi-los para a conclusão inevitável de que jamais haveria tal ruptura.
Era uma linha pedagógica. Para usar uma expressão leninista, tratava-se de "combater as ilusões no terreno das ilusões". Por isso estavam errados, naquela ocasião, o PSTU e outros que adotaram uma postura vanguardista, denuncista e isolada dos movimentos sociais.
2. Em 2006, a situação é outra. Nosso leitor médio já sabe, muito bem, qual é a vocação, a natureza e a prática do governo Lula. Não há mais o que esperar do governo dos transgênicos, do Haiti, dos mais espetaculares lucros do sistema financeiro, da privatização das reservas de petróleo da bacia de Campos etc. etc. Aliás, há sim o que esperar: mais desmandos, mais humilhações, mais corrupção, mais degradação moral da esquerda.
3. Apesar disso, o jornal ainda mantém a linha do "governo em disputa". A edição 188 traz uma capa repugnante. Metade dela é dedicada a uma foto-pôster de um Lula disfarçadamente constrangido pelo abraço de uma senhora explicitamente emocionada. A outra metade traz um editorial envergonhadamente lulista. Duda Mendonça qualificaria a capa como excessivamente pró-Lula. E a tal capa não é um caso isolado. A edição 187, por exemplo, diz que "desvios de petistas fortalecem a direita". Errado. É o PT inteiro, sua prática inteira, o governo Lula inteiro que "fortalece a direita". A votação em Alckmin não é o resultado de uma burrada de última hora, mas sim de quatro anos de frustrações e decepções.
4. Sim, há o argumento de que "muitos ainda estão iludidos". Sei, e o nosso papel, suponho, é nivelar a consciência por baixo... Não acredito nisso. Estamos no final de 2006, quando milhões já fizeram sua experiência com Lula, e não no início de 2003, quando ninguém ainda sabia ao certo o que iria acontecer. Esse argumento é inaceitável. 5. Há o argumento de que Lula é menos pior do que Alckmin. Talvez. Mas, nesse caso, não deveriam tentar encontrar, com grandes e potentes lupas, os tais "pontos positivos" no governo Lula (supostamente, sua política externa, o aumento do salário mínimo e outras mistificações e blá-blá-blás semelhantes), pois isso significa alimentar ilusões. Deveriam apenas dizer, se fosse o caso: entre o péssimo e o pior, ficamos com o péssimo, só por não ser o pior. E ponto final.
6. Mas sequer é o caso de propor o voto no "menos pior", por uma razão muito simples e trágica: o preço que teremos que pagar por essa proposta. Governos de colaboração de classe são, historicamente, a ante-sala do fascismo. Foi assim na Espanha e França, nos anos 30; em 1964, no Brasil; em 1973, no Chile. Será sempre assim, pois governos de colaboração de classe têm, por vocação, desarmar os trabalhadores, corromper suas lideranças, conduzir os movimentos sociais à prostração e à passividade, mediante a distribuição das migalhas que sobram dos banquetes dos ricos. É o que faz o bolsa-família, por exemplo, defendido como o auge da virtude pública por antigos trabalhadores e sindicalistas, hoje burocratas corruptos regiamente pagos pelo Estado. É embelmática a frase do antigo presidente da CUT, Jair Menegueli: "Ganho hoje R$ 20.000,00 por mês; é muito para o que eu ganhava antes, mas é muito menos do que ganha a Xuxa". Lula gosta de dizer que o seu governo fez em 4 anos muito mais do que o de FHC em 8. Isso é uma verdade absoluta, em pelo menos um caso específico: em 4 anos, ele causou uma devastação maior na esquerda, do que os 8 anos de FHC... e os 20 de ditadura militar. Pedir o voto em Lula, em 2006, é manter as ilusões no mais espetacular e eficaz governo de colaboração de classe instituído na América Latina contemporânea. É um ato de suicídio político.
7. Fizemos, mais ou menos, essa discussão na reunião do conselho, sábado passado. Venceu a proposta de apoio a Lula. Não tenho mais o que fazer em tal conselho. Antes que me acusem de "intransigência", "birra", "radicalismo" etc, lembro que já perdi muitas vezes em votações realizadas no conselho. Na verdade, perdi quase todas as vezes. Fui voto único contra o lançamento do jornal no fórum de porto alegre, perdi ao propor o encerramento do jornal papel etc. De fato, não me lembro de ter vencido uma única vez, sempre que manifestei divergência do senso comum. Nada disso me fez deixar o conselho. Mas, agora, o Rubicão foi atravessado. Eu me recuso a emprestar o meu nome a um chamado que visa perpetuar um governo sórdido de conciliação de classe. Lamento, mas é isso.
Abs José Arbex Jr.
© Copyleft http://www.midiaindependente.org:
É livre a reprodução para fins não comerciais, desde que o autor e a fonte sejam citados e esta nota seja incluída.
domingo, outubro 22, 2006
Uma trajetória
Por Carlos José Marques,
Diretor Editorial
ISTOÉ está completando 30 anos e queremos, caro leitor, relembrar com esta edição especial um pouco dessa trajetória. A ISTOÉ 30 anos que você tem em mãos se pretende uma edição de colecionador – uma revista para guardar e consultar, porque radiografa um período especial de nossa história, do Brasil e, com licença para auto-referência, da própria ISTOÉ. Nessas três décadas, desde a primeira edição, a Revista vem demonstrando sua vocação para registrar, provocar e participar das mudanças do País. Na capa número 1, já clamava pelo fim do regime totalitário e pela volta à democracia. Marcava assim uma linha editorial bem definida, de vigilância e crítica ao sistema – abrindo sempre espaço para mostrar e analisar o outro lado dos fatos. É um princípio que ISTOÉ segue até hoje.
Vários foram os protagonistas de suas páginas e capas. Muitos dos quais anônimos, brasileiros comuns que, em determinado momento, fizeram história e atuaram de forma decisiva no desenrolar dos fatos. Foi assim que, já em 1979, o então pouco conhecido sindicalista Luiz Inácio da Silva estreava na grande imprensa como capa da ISTOÉ, liderando uma greve no ABC paulista. Tempos depois, um também desconhecido motorista, de nome Eriberto França, protagonizava através das páginas de ISTOÉ o processo que desembocaria no impedimento do então presidente da República, Fernando Collor de Mello. As revelações do motorista Eriberto, numa entrevista-bomba à Revista, ligavam diretamente o dinheiro do empresário PC Farias às despesas pessoais de Collor, que acabou se afastando do cargo. Numa outra guinada da história, em maio de 93, ISTOÉ trazia uma reportagem mostrando as relações obscuras do então ministro da Economia, Elizeu Rezende, com uma grande empreiteira. O ministro caiu e para o seu lugar o presidente Itamar convocou Fernando Henrique Cardoso, que, ao assumir o comando da economia, lançou o Plano Real e no ano seguinte foi eleito presidente do Brasil. Dois anos depois, ISTOÉ revelou o primeiro escândalo do governo FHC: as manobras para a definição de uma licitação de US$ 1,4 bilhão para a compra de radares na Amazônia, em um caso que depois veio a ser conhecido como o escândalo do Sivam e levou à queda do embaixador Júlio César Gomes dos Santos.
Avanços e desvios na história do País foram levantados e mostrados seguidamente pela ISTOÉ, sempre no compromisso de buscar a verdade dos fatos e dos seus atores, acima de tudo. A primeira prova de caixa 2 nas campanhas eleitorais veio através de reportagem da ISTOÉ, em 1995, que mostrava documentos comprometedores de parlamentares, no episódio que ganhou a alcunha de “A Pasta Rosa”. Outro rumoroso evento que maculou a imagem do Congresso, a fraude no painel eletrônico do Senado, teve suas primeiras notícias através das páginas de ISTOÉ – trazendo com exclusividade gravações comprometedoras, cujo teor provocou a renúncia dos senadores Antônio Carlos Magalhães e José Roberto Arruda. Mais recentemente, no ano passado, uma secretária de nome Karina Somaggio e documentos do Coaf deram, através das páginas de ISTOÉ e de seu filhote, a Revista ISTOÉDinheiro, o mapa das operações fraudulentas do “mensalão”, investigado até hoje por uma Comissão Parlamentar de Inquérito.
Contribuições como essa traçam uma mostra do papel que a Revista vem exercendo junto à sociedade brasileira nesses 30 anos e que almeja continuar exercendo, através da prática cotidiana de um jornalismo noticioso, analítico, plural e independente. Um jornalismo que não compactua com interesses específicos de grupos ou pessoas, que tem como missão essencial, primordial, melhor informar a você, leitor. Um jornalismo que abre o leque de cobertura a todas as transformações sociais, políticas e econômicas, do País e do mundo; às evoluções tecnológicas e aos eventos que, gradativamente, mudaram hábitos e conceitos. Para ampliar essa visão é que ISTOÉ, após cinco anos de negociação, fechou uma inédita parceria com o Grupo Time Inc. , maior conglomerado editorial de revistas do planeta. Pelo acordo, desde janeiro último, o conteúdo de People, Fortune e Time – três bíblias do modelo de revistas de informação – passou a ser incluído, respectivamente, nas páginas de ISTOÉGente, ISTOÉDinheiro e ISTOÉ. É um dos resultados da constante busca de aprimoramento editorial de sua ISTOÉ. Essa busca renova, a cada semana, nossas metas de excelência, num trabalho incessante que, apesar dos 30 anos, está só começando. Várias outras inovações estão por vir, é só aguardar. E, desde já, a partir das páginas seguintes, você, leitor, pode fazer um mergulho em parte da evolução cumprida até aqui. É, decerto, um retrato esclarecedor e analítico do que foram esses últimos 30 anos. Boa leitura.
Diretor Editorial
ISTOÉ está completando 30 anos e queremos, caro leitor, relembrar com esta edição especial um pouco dessa trajetória. A ISTOÉ 30 anos que você tem em mãos se pretende uma edição de colecionador – uma revista para guardar e consultar, porque radiografa um período especial de nossa história, do Brasil e, com licença para auto-referência, da própria ISTOÉ. Nessas três décadas, desde a primeira edição, a Revista vem demonstrando sua vocação para registrar, provocar e participar das mudanças do País. Na capa número 1, já clamava pelo fim do regime totalitário e pela volta à democracia. Marcava assim uma linha editorial bem definida, de vigilância e crítica ao sistema – abrindo sempre espaço para mostrar e analisar o outro lado dos fatos. É um princípio que ISTOÉ segue até hoje.
Vários foram os protagonistas de suas páginas e capas. Muitos dos quais anônimos, brasileiros comuns que, em determinado momento, fizeram história e atuaram de forma decisiva no desenrolar dos fatos. Foi assim que, já em 1979, o então pouco conhecido sindicalista Luiz Inácio da Silva estreava na grande imprensa como capa da ISTOÉ, liderando uma greve no ABC paulista. Tempos depois, um também desconhecido motorista, de nome Eriberto França, protagonizava através das páginas de ISTOÉ o processo que desembocaria no impedimento do então presidente da República, Fernando Collor de Mello. As revelações do motorista Eriberto, numa entrevista-bomba à Revista, ligavam diretamente o dinheiro do empresário PC Farias às despesas pessoais de Collor, que acabou se afastando do cargo. Numa outra guinada da história, em maio de 93, ISTOÉ trazia uma reportagem mostrando as relações obscuras do então ministro da Economia, Elizeu Rezende, com uma grande empreiteira. O ministro caiu e para o seu lugar o presidente Itamar convocou Fernando Henrique Cardoso, que, ao assumir o comando da economia, lançou o Plano Real e no ano seguinte foi eleito presidente do Brasil. Dois anos depois, ISTOÉ revelou o primeiro escândalo do governo FHC: as manobras para a definição de uma licitação de US$ 1,4 bilhão para a compra de radares na Amazônia, em um caso que depois veio a ser conhecido como o escândalo do Sivam e levou à queda do embaixador Júlio César Gomes dos Santos.
Avanços e desvios na história do País foram levantados e mostrados seguidamente pela ISTOÉ, sempre no compromisso de buscar a verdade dos fatos e dos seus atores, acima de tudo. A primeira prova de caixa 2 nas campanhas eleitorais veio através de reportagem da ISTOÉ, em 1995, que mostrava documentos comprometedores de parlamentares, no episódio que ganhou a alcunha de “A Pasta Rosa”. Outro rumoroso evento que maculou a imagem do Congresso, a fraude no painel eletrônico do Senado, teve suas primeiras notícias através das páginas de ISTOÉ – trazendo com exclusividade gravações comprometedoras, cujo teor provocou a renúncia dos senadores Antônio Carlos Magalhães e José Roberto Arruda. Mais recentemente, no ano passado, uma secretária de nome Karina Somaggio e documentos do Coaf deram, através das páginas de ISTOÉ e de seu filhote, a Revista ISTOÉDinheiro, o mapa das operações fraudulentas do “mensalão”, investigado até hoje por uma Comissão Parlamentar de Inquérito.
Contribuições como essa traçam uma mostra do papel que a Revista vem exercendo junto à sociedade brasileira nesses 30 anos e que almeja continuar exercendo, através da prática cotidiana de um jornalismo noticioso, analítico, plural e independente. Um jornalismo que não compactua com interesses específicos de grupos ou pessoas, que tem como missão essencial, primordial, melhor informar a você, leitor. Um jornalismo que abre o leque de cobertura a todas as transformações sociais, políticas e econômicas, do País e do mundo; às evoluções tecnológicas e aos eventos que, gradativamente, mudaram hábitos e conceitos. Para ampliar essa visão é que ISTOÉ, após cinco anos de negociação, fechou uma inédita parceria com o Grupo Time Inc. , maior conglomerado editorial de revistas do planeta. Pelo acordo, desde janeiro último, o conteúdo de People, Fortune e Time – três bíblias do modelo de revistas de informação – passou a ser incluído, respectivamente, nas páginas de ISTOÉGente, ISTOÉDinheiro e ISTOÉ. É um dos resultados da constante busca de aprimoramento editorial de sua ISTOÉ. Essa busca renova, a cada semana, nossas metas de excelência, num trabalho incessante que, apesar dos 30 anos, está só começando. Várias outras inovações estão por vir, é só aguardar. E, desde já, a partir das páginas seguintes, você, leitor, pode fazer um mergulho em parte da evolução cumprida até aqui. É, decerto, um retrato esclarecedor e analítico do que foram esses últimos 30 anos. Boa leitura.
O poder do presidente
País está maduro e, qualquer que seja o eleito,
terá que promover reformas e investir em infra-
estrutura para pôr o Brasil na rota do crescimento
Por Hugo Studart e Rudolfo Lago
O Brasil está a poucos dias de fazer uma
escolha crucial para o seu futuro. Depois de uma longa ditadura militar, do trauma de ter o primeiro presidente eleito após 28 anos de arbítrio apeado do poder por um processo de impeachment, de sobreviver à hiperinflação e de viver a experiência de ser governado por um trabalhador, o País está maduro o suficiente para escolher seu caminho de desenvolvimento. No domingo 29, ao apertar a tecla “confirma” das urnas eletrônicas, os 126 milhões de eleitores estarão dizendo quem será o timoneiro eleito para fazer o Brasil entrar definitivamente na nova rota, assegurando distribuição de renda, empregos, ajuste fiscal e reformas políticas indispensáveis. Caberá necessariamente ao futuro presidente, seja ele quem for, reduzir o tamanho do Estado, controlar as despesas públicas com mão de ferro e assim se livrar dos vícios de administrações ineficientes, perdulárias e eternizadoras de privilégios. O futuro exige um Estado moderno, ágil, com capacidade de investimento em infra-estrutura e alta competitividade. Ingredientes fundamentais para a receita de um crescimento consistente. E, embora o presidencialismo brasileiro assegure muitos poderes ao presidente da República, não são poucos os desafios impostos àquele que será escolhido.
Se há um consenso nos discursos de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de Geraldo Alckmin (PSDB) ele está na conclusão de que o principal desafio do próximo governante será eliminar os gargalos provocados pela estrutura precária das estradas, portos, aeroportos, hidrelétricas, etc., do País. Apenas na área da agricultura, estima-se que os gargalos de infra-estrutura aumentam em cerca de 30% o preço final de cada produto. O problema é que o tamanho da demanda por obras de infra-estrutura é tão grande que não há dinheiro para fazer tudo. De acordo com levantamento feito pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, para eliminar todos os gargalos, seria necessário fazer-se 100 grandes obras que custariam R$ 400 bilhões. Extrapola em muito o que há de recursos para investimentos. O Ministério do Planejamento estima que há 19 obras de emergência, que precisam começar agora. Mas mesmo para elas não há dinheiro suficiente: elas custariam R$ 40 bilhões. Apenas para recuperar os 84,4 mil quilômetros de rodovias – 75% delas estão em estado deficiente – seriam necessários R$ 20 bilhões, segundo a Confederação Nacional de Transportes (CNT).
No Brasil, presidencialista por opção dos brasileiros, o presidente da República tem poderes que extrapolam o próprio presidencialismo. Ele pode, por exemplo, trabalhar com Medidas Provisórias (MPs), atributo que permite ao chefe do Executivo fazer as vezes do Legislativo. Com elas, o presidente impõe regras de vigência temporária para toda a sociedade e cria um forte constrangimento para o Legislativo. As MPs passam a valer a partir do momento em que são editadas e, para rejeitá-las, teria que ser revisto tudo o que aconteceu no País durante suas vigências. Usar esse artifício tem sido uma constante no presidencialismo brasileiro. Foi dessa maneira que Fernando Collor de Mello confiscou a poupança de todos. Durante seus oito anos de mandato, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso editou 263 Medidas Provisórias. O presidente Lula, por sua vez, nos últimos três anos assinou 186 MPs. E isso não vai mudar. Tanto Lula como Alckmin em nenhum momento da campanha discutiram a possibilidade de restringir o uso das Medidas Provisórias.
Outra particularidade do poder do presidente do Brasil está na liberdade de
gastar o dinheiro do Orçamento. Nos Estados Unidos e na maior parte dos
países presidencialistas, o Orçamento é impositivo. Significa que a lei
orçamentária aprovada por deputados e senadores precisa ser executada integralmente. No Brasil é diferente. O Orçamento é apenas autorizativo. Determina um limite de gastos, mas o presidente gasta o quanto quiser. Há algumas vinculações e fundos específicos, mas mesmo nesses casos o presidente tem possibilidade de manobras. O fato de poder gastar mais ou menos dá ao governante um imenso poder de barganha. É por isso que desde a redemocratização todos
os presidentes trocaram apoio no Congresso pela aprovação de emendas ao Orçamento. Neste ano, no total, o Orçamento foi de R$ 1,6 trilhão, dos quais apenas R$ 24,4 bilhões para investimentos, ou seja, para novos programas e obras. “Temos no Brasil um presidencialismo extremamente forte, no qual o presidente alia instrumentos comuns dos sistemas presidencialistas a outros mais típicos do parlamentarismo, com um grande poder de alterar o Orçamento ao seu bel-prazer e com uma estrutura de Estado bastante centralizada, que gera uma relação de dependência muito grande dos Estados e municípios”, avalia o cientista político Cristiano Noronha, da empresa de consultoria Arko Advice. “O presidente brasileiro pode muito”, conclui Noronha.
Dito assim, pode parecer que depende apenas de uma canetada do presidente, de um ato de vontade, resolver todos os graves problemas de infra-estrutura do País. “O presidente brasileiro pode, de fato, ter prerrogativas grandes, mas vivemos numa democracia e por isso são grandes os seus limites e os instrumentos de controle que existem para evitar que se extrapole esse poder”, alerta o diretor de documentação e analista do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Antônio Augusto de Queiroz. Segundo ele, uma grande amarra do presidente está no fato de o País viver o que se chama de “democracia de coalizão”: como nenhum partido é capaz de exercer o poder sozinho, é preciso negociar com o Congresso para aprovar emendas e projetos de lei. “Há uma agenda legislativa para os próximos anos que inclui reforma política, com a extinção da reeleição, reforma tributária, ajustes importantes na Previdência, que não poderá ser aprovada sem uma profunda negociação entre quem estiver no governo e quem estiver na oposição. E o clima que resultará da eleição está longe de ser de conversa e negociação. Será preciso habilidade e inteligência”, comenta o analista do Diap. Ou seja: o poder é grande, mas, se não for bem exercido, pode comprometer o futuro de crescimento e desenvolvimento.
terá que promover reformas e investir em infra-
estrutura para pôr o Brasil na rota do crescimento
Por Hugo Studart e Rudolfo Lago
O Brasil está a poucos dias de fazer uma
escolha crucial para o seu futuro. Depois de uma longa ditadura militar, do trauma de ter o primeiro presidente eleito após 28 anos de arbítrio apeado do poder por um processo de impeachment, de sobreviver à hiperinflação e de viver a experiência de ser governado por um trabalhador, o País está maduro o suficiente para escolher seu caminho de desenvolvimento. No domingo 29, ao apertar a tecla “confirma” das urnas eletrônicas, os 126 milhões de eleitores estarão dizendo quem será o timoneiro eleito para fazer o Brasil entrar definitivamente na nova rota, assegurando distribuição de renda, empregos, ajuste fiscal e reformas políticas indispensáveis. Caberá necessariamente ao futuro presidente, seja ele quem for, reduzir o tamanho do Estado, controlar as despesas públicas com mão de ferro e assim se livrar dos vícios de administrações ineficientes, perdulárias e eternizadoras de privilégios. O futuro exige um Estado moderno, ágil, com capacidade de investimento em infra-estrutura e alta competitividade. Ingredientes fundamentais para a receita de um crescimento consistente. E, embora o presidencialismo brasileiro assegure muitos poderes ao presidente da República, não são poucos os desafios impostos àquele que será escolhido.
Se há um consenso nos discursos de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de Geraldo Alckmin (PSDB) ele está na conclusão de que o principal desafio do próximo governante será eliminar os gargalos provocados pela estrutura precária das estradas, portos, aeroportos, hidrelétricas, etc., do País. Apenas na área da agricultura, estima-se que os gargalos de infra-estrutura aumentam em cerca de 30% o preço final de cada produto. O problema é que o tamanho da demanda por obras de infra-estrutura é tão grande que não há dinheiro para fazer tudo. De acordo com levantamento feito pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, para eliminar todos os gargalos, seria necessário fazer-se 100 grandes obras que custariam R$ 400 bilhões. Extrapola em muito o que há de recursos para investimentos. O Ministério do Planejamento estima que há 19 obras de emergência, que precisam começar agora. Mas mesmo para elas não há dinheiro suficiente: elas custariam R$ 40 bilhões. Apenas para recuperar os 84,4 mil quilômetros de rodovias – 75% delas estão em estado deficiente – seriam necessários R$ 20 bilhões, segundo a Confederação Nacional de Transportes (CNT).
No Brasil, presidencialista por opção dos brasileiros, o presidente da República tem poderes que extrapolam o próprio presidencialismo. Ele pode, por exemplo, trabalhar com Medidas Provisórias (MPs), atributo que permite ao chefe do Executivo fazer as vezes do Legislativo. Com elas, o presidente impõe regras de vigência temporária para toda a sociedade e cria um forte constrangimento para o Legislativo. As MPs passam a valer a partir do momento em que são editadas e, para rejeitá-las, teria que ser revisto tudo o que aconteceu no País durante suas vigências. Usar esse artifício tem sido uma constante no presidencialismo brasileiro. Foi dessa maneira que Fernando Collor de Mello confiscou a poupança de todos. Durante seus oito anos de mandato, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso editou 263 Medidas Provisórias. O presidente Lula, por sua vez, nos últimos três anos assinou 186 MPs. E isso não vai mudar. Tanto Lula como Alckmin em nenhum momento da campanha discutiram a possibilidade de restringir o uso das Medidas Provisórias.
Outra particularidade do poder do presidente do Brasil está na liberdade de
gastar o dinheiro do Orçamento. Nos Estados Unidos e na maior parte dos
países presidencialistas, o Orçamento é impositivo. Significa que a lei
orçamentária aprovada por deputados e senadores precisa ser executada integralmente. No Brasil é diferente. O Orçamento é apenas autorizativo. Determina um limite de gastos, mas o presidente gasta o quanto quiser. Há algumas vinculações e fundos específicos, mas mesmo nesses casos o presidente tem possibilidade de manobras. O fato de poder gastar mais ou menos dá ao governante um imenso poder de barganha. É por isso que desde a redemocratização todos
os presidentes trocaram apoio no Congresso pela aprovação de emendas ao Orçamento. Neste ano, no total, o Orçamento foi de R$ 1,6 trilhão, dos quais apenas R$ 24,4 bilhões para investimentos, ou seja, para novos programas e obras. “Temos no Brasil um presidencialismo extremamente forte, no qual o presidente alia instrumentos comuns dos sistemas presidencialistas a outros mais típicos do parlamentarismo, com um grande poder de alterar o Orçamento ao seu bel-prazer e com uma estrutura de Estado bastante centralizada, que gera uma relação de dependência muito grande dos Estados e municípios”, avalia o cientista político Cristiano Noronha, da empresa de consultoria Arko Advice. “O presidente brasileiro pode muito”, conclui Noronha.
Dito assim, pode parecer que depende apenas de uma canetada do presidente, de um ato de vontade, resolver todos os graves problemas de infra-estrutura do País. “O presidente brasileiro pode, de fato, ter prerrogativas grandes, mas vivemos numa democracia e por isso são grandes os seus limites e os instrumentos de controle que existem para evitar que se extrapole esse poder”, alerta o diretor de documentação e analista do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Antônio Augusto de Queiroz. Segundo ele, uma grande amarra do presidente está no fato de o País viver o que se chama de “democracia de coalizão”: como nenhum partido é capaz de exercer o poder sozinho, é preciso negociar com o Congresso para aprovar emendas e projetos de lei. “Há uma agenda legislativa para os próximos anos que inclui reforma política, com a extinção da reeleição, reforma tributária, ajustes importantes na Previdência, que não poderá ser aprovada sem uma profunda negociação entre quem estiver no governo e quem estiver na oposição. E o clima que resultará da eleição está longe de ser de conversa e negociação. Será preciso habilidade e inteligência”, comenta o analista do Diap. Ou seja: o poder é grande, mas, se não for bem exercido, pode comprometer o futuro de crescimento e desenvolvimento.
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