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sexta-feira, julho 05, 2024

PF indicia cantor Sérgio Reis e deputado Zé Trovão pelo 7/9 de tom golpista em 2021

 Foto: Reprodução/Arquivo

O deputado Zé Trovão05 de julho de 2024 | 09:05

PF indicia cantor Sérgio Reis e deputado Zé Trovão pelo 7/9 de tom golpista em 2021

BRASIL

A Polícia Federal viu crime do deputado federal Zé Trovão (PL), do cantor Sérgio Reis e de outras 11 pessoas na organização dos atos no 7 de setembro de 2021, realizados em Brasília, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). A informação foi divulgada pelo UOL e confirmada pela Folha.

Os dois participaram da organização dos atos antidemocráticos naquele ano com a ajuda do movimento dos caminhoneiros. Zé Trovão foi alvo de mandado de prisão e ficou foragido à época (atualmente usa tornozeleira eletrônica), já Reis teve contra si um mandado de busca e apreensão da PF em 20 de agosto daquele ano.

Entre os indiciados também estão o presidente da Aprosoja (Associação Brasileira dos Produtores de Soja), Antonio Galvan, e o jornalista bolsonaristas Oswaldo Eustáquio.

A investigação foi iniciada a pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República) após Sergio Reis, Zé Trovão e outros envolvidos na organização da manifestação na qual defenderam o fechamento do STF (Supremo Tribunal Federal) e o bloqueio de estradas.

O cantor Sérgio Reis, por exemplo, entrou na mira do STF após defender o afastamento dos ministros da corte pelo Senado Federal.

Em uma das falas, que foi feita em reunião privada e veio a público, Reis disse que “se em 30 dias não tirarem os caras nós vamos invadir, quebrar tudo e tirar os caras na marra. Pronto. É assim que vai ser. E a coisa tá séria”.

O 7 de setembro de 2021 foi marcado pela escalada no tom dos ataques de Bolsonaro ao ministro Alexandre de Moraes e ao STF.

Em discurso na manifestação em São Paulo, o então presidente atacou o STF e chamou Moraes de canalha. “Sai, Alexandre de Moraes! Deixa de ser canalha! Deixa de oprimir o povo brasileiro”, disse.

A PF, ao concluir a investigação sobre o caso, apontou para a prática de incitação ao crime, associação criminosa e na tentativa de impedir o livre do exercício dos Poderes, previsto na Lei se Segurança Nacional, vigente à época dos fatos.

Procurado, o deputado Zé Trovão não respondeu ao contato da reportagem.

Em nota, o jornalista Oswaldo Eustáquio afirmou que a “tardia conclusão do inquérito 4879, iniciado em 2021, revela apenas que a perseguição política sobre conservadores continua.”

“A manifestação de 7 de setembro é a prova real que nunca tivemos objetivo de uma ruptura institucional, já que foi uma manifestação organizada, com liderança e que não quebrou nenhum patrimônio público, não deixou um papel de bala na Esplanada dos Ministérios mesmo com milhares de pessoas a mais que o 8 de janeiro”, diz a nota.

FolhapressPoliticaLivre

Carlos Bolsonaro foi alvo de quebra de sigilo em investigação do caso Marielle

Foto: Renan Calixto/Arquivo/GOVBA

Carlos Bolsonaro05 de julho de 2024 | 09:25

Carlos Bolsonaro foi alvo de quebra de sigilo em investigação do caso Marielle

BRASIL

O vereador Carlos Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foi alvo de quebra de sigilo telefônico e telemático pela Polícia Civil do Rio de Janeiro no inquérito que investigou os mandantes da morte da vereadora Marielle Franco (PSOL).

A apuração acabou descartando envolvimento do vereador no crime. As interceptações, porém, identificaram uma rede de contas de email e redes sociais vinculadas a Carlos, bem como sua movimentação política.

O filho do ex-presidente se tornou um dos suspeitos em razão de uma discussão que teve com um assessor de Marielle em maio de 2017, dez meses antes do homicídio.

Segundo os depoimentos, o assessor da vereadora apresentava a Câmara para amigos quando apontou para o lado em que ficava o gabinete de Carlos e afirmou que ali seria a “ala fascista” do Legislativo carioca. O vereador ouviu e confrontou o funcionário de Marielle. Ao ouvir os gritos, ela interveio e chegou a discutir com Carlos.

A quebra de sigilo telemática solicitada pelo delegado Daniel Rosa ocorreu em dezembro de 2019. Teve como alvo 21 aparelhos celulares e 11 números de telefone indicados pela operadoras em nome de Carlos, bem como contas a ele vinculadas no Google e na Apple.

Foram solicitados dados de janeiro de 2017 até a data da decisão, proferida em janeiro de 2020. A decisão do juiz Gustavo Kalil também autorizou a interceptação telefônica de três números de telefones associados a Carlos.

Os relatórios das quebras apontam que nada foi encontrado sobre Marielle nos dados levantados. Eles descrevem, porém, parte da movimentação política do filho do ex-presidente.

A quebra identificou quatro correios eletrônicos vinculados a Carlos. Num deles, a polícia encontrou a foto de uma folha de papel com login e senha de mais de 70 perfis de email, Youtube, Twitter (antigo nome do X), blogs, entre outros serviços de internet.

A imagem está borrada, impedindo a identificação precisa dos perfis.

Relatório de interceptação telefônica mostra que um dos telefones em nome de Carlos era usado por Thiago Medeiros da Silva, assessor do vereador na Câmara Municipal. Num dos diálogos interceptados, ele orienta um homem, identificado apenas como “Magrelo”, a não ir a um evento do Aliança pelo Brasil, sigla que Bolsonaro tentou criar antes das eleições de 2022.

A interceptação durou 15 dias, entre 24 de janeiro e 7 de fevereiro. Não houve pedido de renovação da medida cautelar.

A investigação sobre Carlos foi feita após a polícia ter descartado o envolvimento do próprio ex-presidente no caso.

Jair Bolsonaro foi incluído no inquérito após a apreensão da planilha de controle de entrada e saída de visitantes do Condomínio Vivendas da Barra, onde o ex-presidente vivia e tinha como vizinho o ex-PM Ronnie Lessa, assassino confesso de Marielle.

A tabela mostrava que o ex-PM Élcio Queiroz, outro réu confesso na participação do homicídio, foi autorizado a entrar no local no dia do crime por uma pessoa da casa de Bolsonaro. Segundo as investigações, ele e Lessa partiram dali para matar Marielle.

Em depoimento, um porteiro do condomínio afirmou que a liberação foi feita pelo próprio ex-presidente.

Investigação posterior mostrou que o porteiro errou ao indicar a casa de Bolsonaro como a responsável pela liberação da entrada de Élcio. Em novo depoimento, ele disse que se equivocou por nervosismo ao falar aos policiais sobre o suposto envolvimento do ex-presidente.

Seis anos após o crime, a Polícia Federal apontou o conselheiro do TCE-RJ Domingos Brazão e o deputado Chiquinho Brazão (sem partido) como os mandantes do crime. O STF (Supremo Tribunal Federal) tornou os irmãos réus pelo homicídio de Marielle e seu motorista Anderson Gomes.

Italo Nogueira e Bruna Fantti/FolhapressPoliticaLivre

Advogados de Bolsonaro criticam PF, e Flávio fala em perseguição

Quinta-Feira, 04/07/2024 - 22h00

Por Julia Chaib e Marianna Holanda | Folhapress

Advogados de Bolsonaro criticam PF, e Flávio fala em perseguição
Foto: Reprodução Youtube / Jair Bolsonaro

Advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticaram a Polícia Federal pelas conclusões do inquérito que apurou a venda de artigos de luxo recebidos de presente pelo governo brasileiro.
 

Já os filhos de Bolsonaro criticaram, nas redes sociais, o processo e a PF. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) falou em perseguição "descarada".
 

Bolsonaro foi indiciado nesta quinta-feira (4) sob suspeita dos crimes de organização criminosa (com previsão de pena de reclusão de 1 a 3 anos), lavagem de dinheiro (3 a 10 anos) e apropriação de bem público (2 a 12 anos).
 

Além dele, Fabio Wajngarten e Frederick Wassef, dois de seus advogados, foram incriminados como suspeitos de lavagem e associação criminosa.
 

Advogado de Bolsonaro e ex-secretário de Comunicação Social da Presidência, Wajngarten classificou o indiciamento pela PF como uma decisão "arbitrária, injusta e persecutória". "É uma violência inominável e um atentado ao meu direito de trabalhar", disse, em nota publicada nas redes sociais.
 

Wajngarten firmou que o indiciamento se baseia em uma afronta legal por ele ter exercido o trabalho de advogado do ex-presidente e que não há provas para incriminá-lo.
 

"A PF sabe que não fiz nada a respeito do que ela apura, mas mesmo assim quer me punir porque faço a defesa permanente e intransigente do ex-presidente Bolsonaro. Se a intenção é a de me intimidar, não conseguirão."
 

Para o auxiliar de Bolsonaro, "o triunfo do estado policial por aqueles que se disseram vítimas dele, usado contra adversários políticos, certamente é um capítulo tenebroso de nossa democracia e será devidamente corrigido, ao tempo e a hora, por nossas instituições."
 

Ele também argumentou que só tomou conhecimento do caso das joias pela imprensa e que orientou, posteriormente, que os presentes vendidos nos Estados Unidos pelo ex-presidente e assessores fossem entregues ao TCU (Tribunal de Contas da União).
 

"Vazamentos anteriores da própria PF demonstraram cabalmente que eu jamais participei de qualquer negociação em torno da compra e venda dos presentes, que aliás só soube deles pela imprensa. Repito que apenas dei uma orientação jurídica para a devolução", escreveu.
 

Wassef criticou em nota o que ele chamou de "vazamentos da PF" e disse que só está passando "por isso" porque advoga para Bolsonaro.
 

"Nem eu e nem os demais advogados do ex-presidente tivemos acesso ao relatório final, o que choca a todos, o vazamento à imprensa de peças processuais que estão em segredo de justiça. Estou passando por tudo isto apenas por exercer advocacia em defesa de Jair Bolsonaro", afirmou Wassef.
 

Ele ainda afirmou que recomprou um rolex vendido por assessores de Bolsonaro nos Estados Unidos para devolver à Polícia Federal e que entregou os documentos que provam isso espontaneamente à PF.
 

Já a defesa do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que foi indiciado por lavagem de dinheiro, organização criminosa e apropriação de bens públicos, afirmou que ele está cumprindo o acordo de colaboração premiada que fez com a PF "normalmente".
 

Os filhos de Bolsonaro saíram em defesa do pai nas redes sociais. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse que o ex-presidente sofre perseguição "declarada e descarada". Ele disse ainda que as joias foram devolvidas à União e que não houve dano ao erário.
 

"Aí o grupo de PFs [policiais federais], escalados a dedo pra missão, indicia a pessoa", afirmou o parlamentar, em rede social.
 

O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PL), por sua vez, não citou diretamente o indiciamento, mas disse: "Eu tenho vergonha dessa 'Polícia Federal'".
 

Já o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) disse que a investigação não tem credibilidade, e que o pai segue tendo apoio popular.
 

"Sem cargo, inelegível e agora indiciado, mas segue arrastando uma multidão pelas ruas em que passa, sabe por quê? Porque ninguém acredita mais nessa porcaria", afirmou. 

Legislação eleitoral estabelece série de restrições a partir deste sábado; saiba quais

Sexta-Feira, 05/07/2024 - 00h00

Por Anderson Ramos

Urnas eletrônicas
Foto: Divulgação / TRE-BA

Este sábado (6) marca os três meses antes do primeiro turno das eleições municipais de 2024. A data também determina uma série de limitações que os partidos e candidatos precisam cumprir para seguir à risca a legislação eleitoral e garantir os seus nomes nas urnas em outubro sem maiores problemas. 

 

As limitações são embasadas na Lei nº 9.504/1997. Um dos principais regulamentos diz respeito aos servidores públicos. Concursados, comissionados ou temporários, eles precisam ser afastados para manter a lisura do processo eleitoral. 

 

“Se o servidor público não se afastar, a ideia é que ele possa manipular setores da administração pública para se beneficiar. Por exemplo: se um diretor de escola não se afastar, ele pode fazer gestões para que os professores apoiem a candidatura dele. Um outro servidor público qualquer que esteja sob a administração dele pode influenciar para que ele não seja perseguido”, exemplificou o advogado especialista em direito eleitoral, Ademir Ismerim. 

 

Também a partir do dia 6 de julho, fica proibida a contratação de shows pagos com recursos públicos na realização de inaugurações de obras públicas ou divulgação de prestação de serviços públicos, assim como a veiculação de nomes, slogans e símbolos de candidatos que estejam na disputa. 

 

Os candidatos também são impedidos pela lei de comparecer a inaugurações de obras públicas. A limitação não vale para os políticos que não vão concorrer a cargos públicos neste ano, a exemplo do presidente, governadores, deputados e senadores. 

 

O advogado também alertou para dúvidas referentes à publicidade. “Outdoors de prefeituras ou de candidatos a vereador não podem ser instalados durante este período, e aqueles que já estiveram nas ruas precisam ser retirados”, frisou o especialista. “Caso algumas dessas infrações sejam cometidas, os candidatos ficam inelegíveis”, pontuou. 

 

PRÓXIMAS DATAS

A próxima data do calendário eleitoral será a janela das convenções partidárias, que se inicia no dia 20 de julho e termina no dia 5 de agosto. A partir daí, os partidos precisam fazer o registro das candidaturas até o dia 15 de agosto. No dia seguinte, a Justiça Eleitoral já libera oficialmente as propagandas eleitorais, que seguem até o dia 3 de outubro.

 

O 1º turno do pleito está marcado para 6 de outubro e já o 2º turno será no dia 27 de outubro, caso necessário, em municípios com mais de 200 mil eleitores. Na Bahia, além de Salvador, mais três cidades estão aptas a ter o segundo turno, que são: Feira de Santana, Vitória da Conquista e Camaçari. 

Veja os principais pontos do novo relatório da reforma tributária

 

Veja os principais pontos do novo relatório da reforma tributária

Por Folhapress

Veja os principais pontos do novo relatório da reforma tributária
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

O grupo de trabalho que analisa o projeto de regulamentação da reforma tributária na Câmara dos Deputados divulgou nesta quinta-feira (4) seu parecer sobre o projeto.
 

O texto deixou de fora as carnes da lista de produtos da cesta básica nacional -que terá alíquota zero--, aumentou descontos tributários para o setor de construção civil e definiu que carros elétricos e jogos de azar terão incidência do chamado "imposto do pecado".
 

Veja os principais pontos do texto apresentado nesta quinta:
 

CESTA BÁSICA NACIONAL SEM CARNE
O texto define os produtos que compõem a chamada cesta básica nacional, uma lista de itens consumidos pela população de baixa renda que terão isenção dos futuros impostos, e deixou de fora as carnes.
 

A proposta original já havia excluído as proteínas animais da cesta, sob o argumento de que a inclusão de frango e aves, peixes e carnes vermelhas poderia elevar a alíquota média final prevista para os novos tributos. A decisão de não incluir as carnes na lista foi do Ministério da Fazenda
 

No novo parecer, a justificativa permanece a mesma: a inclusão da carne pode elevar em 0,57 ponto percentual a alíquota média da CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) e do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), impostos que serão criados pela reforma, que passaria de 26,5% para 27,1%.
 

Na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu uma mediação, com a inclusão do frango na lista. Nesta semana, ele defendeu imposto zero para as carnes que serão consumidas "pelo povo".
 

Já presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) posicionou-se de forma contrária à inclusão.
 

A pressão, no entanto, segue forte para deixar as carnes em geral com alíquota zero, e parlamentares nos bastidores já dão como praticamente certa a mudança.

 

IMPOSTO DO PECADO TERÁ JOGOS DE AZAR E CARROS ELÉTRICOS
A reforma tributária cria o Imposto Seletivo (IS), apelidado de "imposto do pecado", que funcionará como uma alíquota extra para coibir comportamentos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente.
 

O relatório divulgado nesta quinta incluiu a cobrança do IS para jogos de azar (inclusive as bets) e carros elétricos. Por outro lado, os caminhões foram retirados da lista.
 

Permaneceram na lista de produtos a serem tributados pelo IS veículos (exceto caminhões), bebidas, cigarros, minérios, bebidas alcoólicas e açucaradas.
 

O deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) explicou que a decisão de retirar os caminhões da lista está associada ao fato de que o Brasil é um país essencialmente rodoviário. "Atividade produtiva, gente. O Brasil é um país rodoviário, 85%", disse.
 

As armas também ficaram de fora da lista do IS. No ano passado, quando a PEC (proposta de emenda à Constituição) da reforma foi analisada no plenário da Câmara, deputados do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, conseguiram derrubar essa cobrança.
 


FUNDOS IMOBILIÁRIOS E FIAGROS PODERÃO ESCOLHER REGIMES DE TRIBUTAÇÃO
O grupo de trabalho decidiu que os fundos imobiliários e os Fiagros (Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais) poderão optar pelo regime de tributação com a entrada em vigor da reforma tributária.
 

Uma das alternativas estabelece que os fundos passem a ser tributados pelo IBS e pela CBS. Com a mudança, os fundos passariam a ser contribuintes dos dois novos tributos da reforma, como se fossem uma pessoa jurídica, mas em compensação poderiam apropriar créditos tributários a partir da entrada em vigor da reforma, em 2026.
 

A outra alternativa é deixar essas operações sem tributação, como é hoje, mas sem garantir os créditos.
 

Para técnicos do governo, a medida seria vantajosa para os fundos, e a carga tributária iria, na prática, cair para a maioria deles.
 

Havia, porém, forte resistência dos representantes dos administradores dos fundos, que avaliam que teriam perda de rentabilidade. A decisão do grupo de trabalho foi dar a opção aos gestores.
 

A decisão sobre a taxação de fundos de previdência com os novos impostos, no entanto, ficará para o colégio de líderes. Hoje, os fundos fechados pagam PIS-Cofins na gestão do fundo, mas já questionam na Justiça essa cobrança.
 

No projeto do Executivo, a regra do PIS-Cofins foi mantida para a CBS e o IBS. Os fundos pediram para ficar fora dessa cobrança. Os representantes dos fundos de pensão alegam que eles perderiam rentabilidade, o que poderia gerar perdas para os participantes.
 


SETOR IMOBILIÁRIO E CONSTRUÇÃO CIVIL GANHAM MAIS DESCONTOS
O parecer atendeu parcialmente a demanda do setor imobiliário e da construção civil e reduziu a tributação para atividades da área. Agora, o desconto nas alíquotas será de 40% para operações com bens imóveis e de 60% para operações com aluguéis. O projeto inicial previa desconto de 20%.
 

Para o setor, no entanto, o projeto acabou elevando a carga de impostos para imóveis em geral, chegando a dobrá-la. Pelos cálculos da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil), seria necessário um desconto de 60% para manter uma carga próxima da atual.
 


CASHBACK PARA POPULAÇÃO DE BAIXA RENDA É MANTIDO
Os deputados mantiveram no relatório as porcentagens que foram definidas para o cashback, mecanismo que prevê a devolução de impostos para a população de baixa renda, no texto original enviado pelo governo.
 

O projeto prevê cashback de 100% da CBS e 20% do IBS para aquisição de botijão de gás (13 kg), e de 50% da CBS e 20% do IBS para as contas de luz, de água e esgoto e de gás encanado. Para os demais produtos, a devolução será de 20% da CBS e do IBS.
 


ISENÇÃO FISCAL PARA ABSORVENTE E TAXAÇÃO PARA O VIAGRA
O principal medicamento para tratamento de disfunção erétil vendido no Brasil, o Viagra, vai pagar 40% da alíquota de 26,5% prevista para os novos impostos CBS e IBS, criados pela reforma tributária em discussão da Câmara.
 

O medicamento entrou na lista de itens de saúde com desconto parcial dos tributos definida pelo GT (Grupo de Trabalho) da Câmara responsável pela relatoria do projeto de lei de regulamentação da reforma. O remédio vai pagar 10,6% de imposto.
 

No texto original enviado pelo Ministério da Fazenda, o Viagra receberia isenção total dos impostos. No lugar dele na lista com alíquota zero entrou o absorvente menstrual. O deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) defendeu a mudança como justiça social para baratear os absorventes para mulheres mais pobres.
 

"Zeramos a alíquota para a dignidade menstrual e aumentamos a do Viagra", afirmou.
 


PROJETO CRIA NANOEMPREENDEDOR, QUE TERÁ ISENÇÃO
O grupo de trabalho propôs a criação da figura do "nanoempreendedor", pessoa física não formalizada com faturamento de até R$ 40,5 mil por ano. A categoria será isenta do recolhimento dos novos tributos e poderá continuar na informalidade, respeitado o limite de valor.
 

A medida tem potencial para alcançar revendedores de produtos de catálogo, motoristas de aplicativo e entregadores.
 

Sem a mudança, a visão é de que todas as pessoas que atuam nas plataformas ou como revendedoras precisariam se formalizar, mesmo que as vendas ou a prestação de serviços sejam esporádicas ou fonte de complementação de renda da família.
 

Se o faturamento passar dos R$ 40,5 mil anuais, aí sim será exigida a formalização, que poderá ser feita na forma de inscrição como MEI (microempreendedor individual) -com recolhimento de R$ 3 ao regime do IBS e da CBS, além da contribuição previdenciária- ou conforme a nova regulamentação dos aplicativos em discussão no Congresso Nacional. O limite de faturamento do MEI é de R$ 81 mil por ano.


Anderson Torres tem licença para criação de animais silvestres suspensa e terá que pagar multa

 

Anderson Torres tem licença para criação de animais silvestres suspensa e terá que pagar multa
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

O ex-ministro da Justiça Anderson Torres perdeu um processo ambiental, teve a licença para criação de animais silvestres suspensa e terá que pagar uma multa de R$ 20 mil. A defesa tentava recorrer da decisão, que agora não cabe mais recurso.

 

Segundo o Conselho de Meio Ambiente do Distrito Federal, Torres tinha aves da fauna silvestre nativa “em desacordo com a licença ambiental obtida”. A mãe do ex-ministro também foi penalizada.

 

Os dois processos, dele e da mãe, Amélia Gomes da Silva Torres, verificavam irregularidades na criação de pássaros. Anderson foi alvo do Ibama e do Instituto Brasília Ambiental (Ibram) em duas operações em 2023, em fevereiro e em abril, quando ele estava preso sob suspeita de omissão e conivência com os ataques de 8 de janeiro.

 

As informações são do Metrópoles. Na segunda ação, 55 aves foram apreendidas em um criadouro e levadas ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama em Brasília. Meses depois, um laudo da PF apontou que 13 animais morreram, mas o Ibama alegou que os pássaros chegaram ao local “debilitados”.

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