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terça-feira, dezembro 12, 2023

O Tribunal de Contas pode muito, mas não é um poder

em 12 dez, 2023 8:08

Adiberto de Souza

A posse da nova mesa diretora do Tribunal de Contas de Sergipe escancarou o respeito dos políticos por aquela Casa. Com ou sem mandatos, eles foram em massa prestigiar a solenidade. O concorrido evento também serviu para mostrar que muita gente – inclusive alguns coleguinhas da imprensa – acha que o TCE é um poder. Não é! Ao Contrário dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, a chamada corte de contas é um mero órgão técnico auxiliar da Assembleia. O Tribunal de Contas do Estado apenas elabora parecer, ou seja, diz o que parece ser. No jargão popular, produz sugestões, palpites. Compete aos conselheiros fazer e aprovar pareceres sobre as ações do Executivo, para posterior analise dos deputados e vereadores. A estes cabe aprovar, ou não, as ponderações técnicas do TCE. Oriundos geralmente do meio político, pois são em sua maioria indicados pela Assembleia, alguns conselheiros se acham magistrados e até pensam, equivocadamente, que os seus palpites têm força de veredicto. Longe disso! Portanto, os pareceres só assustam o gestor que não possui maioria no Legislativo, pois se o tiver as orientações sobre prestação de contas gestadas no TCE são rejeitadas numa sessão parlamentar relâmpago e ponto final. Home vôte!

Sabatina tranquila

Os brasileiros aguardam com muita expectativa a sabatina no Senado do indicado ao Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino. Diferente da atenção de agora, o ministro aposentado do STF, Carlos Ayres Britto, foi bem recebido pelos senadores, em 2003. Entrevistado sobre o assunto pela Rede CNN Brasil, o magistrado sergipano disse que buscou “orientações, instruções” para sua sabatina. “Eu sou uma pessoa serena, tranquila, por característica central. Sabia que estava à altura do cargo, modéstia à parte, sem lisonja para mim mesmo. Foi muito bom, foi uma sessão muito boa”, explicou. Aff Maria!

Conversa fiada

O vereador aracajuano Nitinho Vitale (PSD) desmentiu uma informação que circulou nas redes sociais dando conta que ele poderia assumir uma cadeira na Câmara Federal. “Fiquei sabendo dessa história por um site, mas nunca tratei sobre isso com ninguém”, desmentiu o pedessista. Pelo que foi divulgado, o deputado federal Fábio Reis (PSD) se licenciaria para substituir o irmão Sérgio (PSD) na Secretaria de Representação de Sergipe em Brasília e, por consequência, Nitinho ocuparia a cadeira de Fábio no Congresso. Que viagem maluca a desse site!

Visita ilustre

Quem deu com os costados, ontem, em Aracaju foi o conceituado advogado Paulo Iotti, um ativista dos direitos humanos e presidente do Grupo de Advogados pela Diversidade Sexual e de Gênero. Veio participar como palestrante do Encontro Estadual do Ministério Público de Sergipe, que teve como tema “o Ministério Público e os Direitos Humanos”. Para quem não sabe, Paulo Iotti foi autor da ação aprovada pelo Supremo Tribunal Federal criminalizando os atos discriminatórios contra a comunidade LGBTQIA+. Supimpa!

Fazendo política

O ministro Márcio Macêdo (PT) aproveitou o dia de ontem para fazer política em Aracaju. Almoçou com o governador Fábio Mitidieri (PSD) para tratar sobre pautas do interesse de Sergipe junto ao governo federal, prestigiou a posse da conselheira Susana Azevedo na presidência do Tribunal de Contas do Estado, visitou o ex-governador Albano Franco (PSDB), entregou tratores a várias prefeituras e recebeu demandas de movimentos sociais. Até parece que o fidalgo já está em plena campanha para o governo de Sergipe. Marminino!

Desigualdade tem cor

Embora muita gente insista em não querer enxergar a realidade em sua volta, a desigualdade tem cor no Brasil. Vejam alguns exemplos: os brancos concentram os melhores indicadores, é a população que mais vai à escola e conclui o estudo. Segundo pesquisa do movimento Todos pela Educação, o desemprego é maior entre os negros (7,5%) e pardos (6,8%) que entre os brancos (5,1%). O trabalho infantil é maior entre pardos (7,6%) e negros (6,5%), que entre brancos (5,4%). A taxa de analfabetismo é 11,2% entre os negros; 11,1% entre os pardos; e 5% entre os brancos. Cruz, credo!

Juiz medalhado

O juiz de direito José Anselmo de Oliveira foi homenageado, ontem, pela Assembleia Legislativa com a Medalha da Ordem do Mérito Parlamentar. Esta homenagem é concedida às pessoas que contribuem para o progresso de Sergipe. Autor da honraria, o deputado Manuel Marcos (PSD) ressaltou o trabalho cidadão, educacional e jurista desenvolvido com maestria pelo magistrado. Emocionado, José Anselmo disse que, no que depender dele, de seu esforço e de tudo aquilo que adquiriu com base nos estudos, colocará em prática sempre o seu melhor. Então, tá!

Vacine-se

A Secretaria da Saúde de Aracaju está disponibilizando o reforço com a vacina bivalente contra a covid-19 para pessoas com 60 anos ou mais. Também devem tomar o imunizante os imunocomprometidos acima de 12 anos de idade, que tenham recebido a última dose há mais de seis meses. A vacinação pode ocorrer em qualquer uma das 45 Unidades de Saúde da Família e nos três shoppings da capital sergipana. O objetivo deste reforço é prevenir contra as novas sublinhagens da doença. Se você tem direito a esta nova dose da vacina não deixe de colocar o braço na seringa. Arre égua!

Lero-lero político

O Cidadania, o PSOL e o PSB exibem, esta semana, propaganda partidária em rede nacional de rádio e televisão. As inserções serão transmitidas na programação noturna das emissoras, entre 19h30 e 22h30 desta terça-feira, na quinta e no sábado. No total, serão 12 minutos de propaganda partidária na semana, distribuídos da seguinte maneira: cinco minutos para o Cidadania, quatro minutos para o PSOL e três minutos para o PSB. Caso você não esteja interessado nesse lero-lero político, desligue o rádio e a televisão na hora do blá-blá-blá. Crendeuspai!

Valdevan fora

Depois de muita briga entre as chapas concorrentes, o desembargador Marcelo Freire Gonçalves, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP), acatou os argumentos da Chapa 4 e considerou legais as eleições para a diretoria do Sindimotoristas. Com isso, o ex-deputado federal Valdevan Noventa (PL) teve que entregar a presidência do maior sindicato da América Latina ao adversário Edvaldo Santiago, eleito com 14.028 votos. Agora, o ex-deputado deve focar nas eleições municipais em Sergipe. Há quem garanta que Noventa deita e levanta pensando em se eleger prefeito. Ah, bom!

Boca de siri

Perde tempo quem tenta arrancar da cúpula do PSB sergipano qualquer informação sobre a hipótese de o partido ser entregue, de mão beijada, ao governador Fábio Mitidieri (PSD). Desde que tal possibilidade foi ventilada, os presidentes estadual e municipal da legenda, respectivamente, Valadares Filho e Elber Batalha Filho, esquivam-se de tratar abertamente sobre o assunto. Do lado do governo também existe um silêncio sepulcral em torno do tema, enquanto a direção nacional do PSB tem dado calado por resposta. Assim também já é demais também!

Pichador invocado

Pichação num muro da avenida Contorno, em Aracaju: “O Brasil é o país onde a arte é crime e a corrupção é arte”. Danôsse

INFONET

Um recurso eleitoral julgado improcedente na segunta instãncia TRE, não quer dizer que a batalha terminou, ainda resta o TSE que poderá manter ou modificar a sentença.

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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é a última instância da Justiça Eleitoral, e possui competência para julgar recursos interpostos contra decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs). Assim, um recurso eleitoral julgado improcedente na segunda instância não significa que a decisão final seja definitiva.

O recorrente, ou seja, a pessoa que recorreu da decisão, pode interpor recurso ordinário no TSE, que terá o efeito de suspender a execução da decisão recorrida até o julgamento do recurso. O TSE pode confirmar a decisão do TRE, reformar a decisão para julgar o recurso procedente, ou ainda anular a decisão do TRE e determinar o retorno dos autos à instância inferior para novo julgamento.

Portanto, ainda que a decisão do TRE tenha sido desfavorável ao recorrente, o TSE pode rever a decisão e conceder o que foi pedido no recurso. Isso ocorre porque o TSE é o órgão máximo da Justiça Eleitoral, e possui competência para uniformizar a jurisprudência eleitoral em todo o país.

Aqui estão alguns exemplos de situações em que o TSE pode reformar a decisão do TRE:

  • Se o TRE interpretar incorretamente a lei eleitoral;
  • Se o TRE deixar de aplicar a lei eleitoral;
  • Se o TRE aplicar a lei eleitoral de forma inconstitucional;
  • Se o TRE não fundamentar adequadamente sua decisão;
  • Se o TRE for parcial ou incompetente para julgar a causa.

Assim, o recurso ordinário no TSE é uma importante ferramenta para garantir o direito de defesa e o acesso à justiça eleitoral.

O problema agora é saber se Anabel através de seus advogados irá recorrer ao TSE já que o joga ainda não terminou, tem a prorrogação do segundo tempo

Cabe a Lula e aos moderados encontrar um idioma para tratar com a oposição

Publicado em 11 de dezembro de 2023 por Tribuna da Internet

Charge do dia: Oposição circular!

Charge do Tiago Recchia, (Gazeta do Povo)

Maria Hermínia Tavares
Folha

Os estudos sobre o populismo de extrema direita têm crescido na mesma medida do reconhecimento de sua presença perturbadora nas democracias atuais. Os especialistas divergem tanto em identificar suas causas quanto ao seu poderio de destruir os sistemas democráticos.

Concordam, porém, que líderes populistas promovem a polarização política afetiva e dela se nutrem. O que, por sua vez, torna mais crispada a livre competição por votos e mais difícil a construção posterior de convergências que facilitem a vida dos eleitos.

CASO DO BRASIL – A profunda fenda política aberta pela vitória de Bolsonaro e ampliada sob o seu infausto mandato é o tema da obra “Biografia do Abismo”, do cientista político Felipe Nunes e do jornalista Thomas Traumann, a caminho das livrarias.

Nutridos por uma fartura de pesquisas, sustentam que nos últimos anos a natureza da polarização mudou. A extrema direita bolsonarista alçou ao topo do embate político a defesa de valores próprios da vida privada —modelos de família, crenças religiosas, educação dos filhos— em detrimento de questões socioeconômicas mais aptas e gerar convergências, como o papel do Estado e o combate à pobreza.

Facilitou assim a decantação de identidades políticas de natureza afetiva e, por isso mesmo, virtualmente irredutíveis e inegociáveis.

REDES SOCIAIS — A explosão do uso e abuso das redes sociais, onde as informações circulam a jato em grupos homogêneos de opinião, só reforçou o processo pelo qual a polarização foi dando lugar ao enrijecimento de posições que os autores denominam “calcificação política”.

Ela teria extravasado da velha disputa pelos corações e mentes do eleitor para invadir relações pessoais e familiares, entre colegas de trabalho e até nas escolhas de onde fazer compras.

Entre os petistas raiz teria ocorrido algo semelhante, de tal forma que, segundo os autores, o conflito calcificado poderá ter vida longa.

DEPENDE DE LULA – Se depender da extrema direita, a tendência se manterá, pois só a beneficia. Mas, a julgar pelas sondagens, nada indica que os eleitores de Bolsonaro sejam todos feitos da mesma matéria rija e impermeável. Ou que o petismo puro-sangue seja majoritário. Até porque o seu mentor maior sempre foi pragmático e afeito a buscar consensos.

Assim, dependerá dele e dos moderados que se agrupam em torno do seu governo reconhecer as diferenças no campo adversário e encontrar o idioma comum do reconhecimento e do diálogo.

Em alguns casos, isso poderá levar à ampliação de espaços na administração federal. Ou, como se viu há pouco, à nomeação de um procurador-geral de passado conservador.


Lewandowski no Ministério repetirá o equívoco da gestão anterior de Sérgio Moro


Aliados de Lula veem Lewandowski com favorito para Ministério da Justiça

Uma dúvida: Lewandowski vai servir a Lula ou ao governo?

Merval Pereira
O Globo

Nada mais exemplar da “calcificação” das posições ideológicas na sociedade brasileira – termo já consagrado pelo livro “Biografia do abismo”, do cientista político Felipe Nunes e do jornalista Thomas Trauman –  do que a constatação de que as mesmas atitudes criticadas por um lado são adotadas por esses mesmos críticos quando lhes convém.

A possibilidade de o ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski vir a ser o próximo ministro da Justiça do governo Lula, tratada com naturalidade por petistas e associados, tem o mesmo significado de o então juiz Sérgio Moro ter aceitado ser ministro da Justiça do governo Bolsonaro.

TIPO “CONFISSÃO” – A aceitação por parte de Moro foi considerada uma confissão de que ele condenou o ex-presidente Lula para beneficiar Bolsonaro, o que é desmentido pelos fatos.

Ficou famoso o vídeo em que Bolsonaro, ainda candidato inexpressivo, bate continência para o juíz Sérgio Moro, então o todo poderoso da Operação Lava Jato. Moro nem lhe dá confiança, parece não saber de quem se trata. Tanto que, depois da repercussão, sentiu-se na obrigação de ligar para o deputado para se desculpar pela deselegância.

Fatos posteriores demonstraram, porém, que Moro cometeu um erro político trágico ao associar-se a Bolsonaro. Na ocasião em que aceitou o convite, disse a interlocutores que estava indo para controlar os exageros do presidente eleito na questão das armas e dos direitos humanos, ao mesmo tempo em que considerava possível ganhar espaço no governo para acelerar a política de combate à corrupção. A ida para o STF seria um bônus ambicionado. Não conseguiu nada disso e, como aconteceu com muitos, inclusive militares, acabou enredado numa associação política tóxica.

VIROU ASSESSOR – Depois de romper com Bolsonaro, apareceu a seu lado como assessor em debate eleitoral na televisão, explicitando que seu alvo preferencial sempre foi Lula, não importando a quem se aliasse. E que sua proximidade com Bolsonaro, da mesma forma que seu antagonismo a Lula, eram bem mais ideológicos do que deveriam ser.

E o que dizer do ministro Ricardo Lewandowski no ministério da Justiça de Lula? Por que sua eventual aceitação do cargo é avaliada com normalidade, depois de toda sua história ligada ao presidente, desde a nomeação por influências familiares até sua atuação sempre coerente a favor do ex-presidente, mesmo quando preso por acusações de corrupção?

O que dizer da teratológica interpretação da Constituição que permitiu que a presidente Dilma fosse impedida para o exercício do cargo, mas pudesse concorrer ao Senado dois anos depois? Coube ao eleitorado mineiro fazer valer a vontade constitucional, derrotando-a nas urnas.

IGUAL A MORO – A atuação do ministro Lewandowski a favor dos governos petistas pode ser vista como lealdade, ou mesmo uma coerência ideológica, o que lhe favorece na avaliação dos seus iguais, mas não difere da do ex-juiz Sérgio Moro.

Da mesma maneira, os erros de português do hoje senador Sérgio Moro são usados abusivamente pelos petistas para desmoraliza-lo.

Quando falou “conge” em vez de “conjuge”, foi ridicularizado, sem que se ao menos se desse a chance de ter sido uma decorrência do sotaque caipira. No áudio em que supostamente fala “com mim” em vez de “comigo”, não fica claro o erro, mas os ataques a ele são os mesmos.

CRÍTICAS ELITISTAS – Quando se criticam os erros de português do presidente Lula, os que o fazem são corretamente taxados de elitistas, arrogantes, preconceituosos. Por que não qualificar da mesma maneira os que criticam Moro?

Pode-se dizer que, sendo um juiz, Moro deveria dominar melhor o português. É um fato. Acho até que a história de superação de vida de Lula merece todas as homenagens, e sua origem humilde justifica erros de português (que já são raríssimos hoje, e às vezes até propositais), enquanto, como professor universitário e magistrado, os erros de Moro não deveriam existir.

 Só quero chamar a atenção para a situação esdrúxula de o erro depender do lado em que nos encontramos politicamente.


Corte de ministérios em ritmo de tango, na Argentina renovada por Milei


Em primeiro decreto, Milei cortou pela metade número de ministérios

Pedro do Coutto

O presidente Javier Milei assumiu o governo da Argentina anunciando o corte de ministérios e cortes de gastos, lembrando que o período inicial de seu governo será destinado à recuperação da economia.  No domingo, poucas horas depois de tomar posse como presidente, em Buenos Aires, Milei assinou o seu primeiro decreto na Casa Rosada, reduzindo o número de ministérios de 18 para nove.

De acordo com o texto, “é necessário adaptar as disposições da Lei de Ministérios e os objetivos estabelecidos com o objetivo de racionalizar e tornar mais eficientes as ações do Estado Nacional”. O caminho é difícil, pois se o simples corte de ministérios resolvesse problemas econômicos não haveria dificuldades no mundo, bastando enxugar a máquina pública.

REUNIÃO – Nesta segunda-feira, estava prevista a primeira reunião ministerial convocada por Milei e de acordo com a assessoria do novo governo, todos os ministros participariam do encontro.

As pastas que funcionarão a partir de agora são Segurança, a cargo da terceira colocada no pleito, Patricia Bullrich; Justiça, chefiado por Mariano Cuneo Libarona; Economia, sob comando de Luiz Caputo; Relações Exteriores, com Diana Mondino à frente; Interior, chefiado por Guillermo Francos; Saúde, de Mario Russo; e Defesa, sob domínio de Luís Petri. E os recém-criados: Capital Humano, liderado por Sandra Pettovello, e Infraestrutura, de Guillermo Ferraro.

PENDÊNCIAS – Já por aqui, o ano se aproxima do final e problemas continuam existindo entre o governo e o Congresso. Reportagem de Vitória Abel e Geralda Doca, O Globo, anuncia a intensificação das articulações do ministro Fernando Haddad para aprovar medidas que elevam receita em R$ 47 bilhões. Haddad conta com isso para alcançar o seu objetivo de zerar o déficit público no próximo ano.

O governo continua refém do Centrão e não há no país o que é essencial, o avanço da economia, única forma capaz de produzir recursos financeiros. Os problemas ainda se avolumam e notamos, além disso, a questão da insegurança pública que atemoriza a todos, em diversas cidades, influenciando o ânimo da população.

O governo Lula tem que se ajustar às realizações de obras concretas de interesse da população, essenciais para o desenvolvimento social e para o avanço econômico de modo geral. De outra forma, tanto no Brasil quanto na Argentina, não terá ajuste fiscal que dará jeito. Temos um quadro desafiador na passagem do tempo de um exercício para o outro.


segunda-feira, dezembro 11, 2023

Pesquisa confirma que o povo não aguenta mais a prepotência do Supremo

Publicado em 11 de dezembro de 2023 por Tribuna da Internet

Ditadura do Supremo em plena democracia indica que o Brasil é altamente  criativo - Flávio Chaves

Charge do Bier (Arquivo Google)

Vicente Limongi Netto

Pobre Suprema Corte. O povo cansou da falta de isenção, da falsa humildade, da evidente parcialidade e da absurda arrogância dos togados, com banca de donos da verdade. Se antes os formidáveis ministros não botavam os pés na rua, sem escoltas, agora, então, com o melancólico e assustador resultado da pesquisa Datafolha, os ministros Barroso, Fux, Moraes, Fachin, Gilmar, Zanin e companhia foram lembrados pela Polícia Federal que a prudência vale ouro.

Números do Datafolha revelam que cresceu a reprovação do Supremo Tribunal Federal (STF) junto aos brasileiros. Atingiu 38%. Enquanto a aprovação recuou para 27%. Tristeza. Números amargos, desoladores e preocupantes. O melancólico quadro começou quando a Suprema Corte virou caixa de ferramentas do PT, de Lula e de desprezíveis capachos. Será difícil reverter o jogo. Acabou a lua de mel do povo com os garbosos juízes do STF.

MANGA COM SAL – Seguramente, time que tem Paulo Henrique Ganso, em excelente forma física e técnica, considerado “gênio”, pelo técnico Fernando Diniz, não precisa do bom, mas em fim de carreira,  Renato Augusto (Esportes – Correio Braziliense – 11/12). No Corinthians. o meia já não rendia o esperado. Atleta cerebral, sabe jogar, mas as pernas não aguentam mais jornadas duras. A vitalidade não é mais a mesma.

Acredito que mesmo com Ganso contundido, Renato Augusto não suporta mais jogar uma partida inteira. A não ser que o Fluminense esteja com ampla vantagem no placar. Nessa linha, a matéria do Correio especula – a meu ver, açodadamente – que caso Renato Augusto seja mesmo contratado pelo Fluminense, André, Martinelli, Arias, Ganso ou Keno, um deles sairá do time.

É mais fácil acabar com as capivaras que infestam Brasília, do que o atilado Diniz barrar algum jogador dos citados. O técnico interino da seleção brasileira não comeu manga verde com sal.

ONÇAS E DRAGÕES – O Globoplay anuncia o documentário “Diário de uma Onça”.  Não sei por quê, mas botei na cabeça que o interessante trabalho jornalístico foi inspirado nas deputadas Bia Kicis, Gleisi Hoffmann e Maria do Rosário, na senadora Damares Alves e na ministra Marina Silva.

Na pauta da emissora, depois virá uma série sobre os dragões. Deve haver políticos brigando de foice para ver quem ganha os principais holofotes, para competir com as onças. 


Uso do termo “genocídio” para a reação israelense visa à condenação dos judeus

Publicado em 11 de dezembro de 2023 por Tribuna da Internet

Presidente Lula conversa com o presidente da Autoridade Palestina — Planalto

Lula devia parar de falar em “genocídio” dos palestinos

Demétrio Magnoli
Folha

Amin al-Husseini, mufti de Jerusalém, deflagrou em 1936 a Revolta Árabe na Palestina britânica. No exílio, em novembro de 1941, redigiu uma declaração conjunta com a Alemanha nazista e a Itália fascista destinada a “resolver” a “questão judaica” no Oriente Médio “como foi solucionada na Alemanha e na Itália”. O documento paradigmático continua, até hoje, a nortear os defensores da eliminação do Estado de Israel.

A guerra de 1948 nasceu da rejeição da Liga Árabe à bipartição da Palestina aprovada pela ONU. A Guerra de 1967 foi precipitada pela aliança entre Egito e Síria baseada no objetivo de supressão do Estado judeu. O Hamas, fundado com uma carta que reafirma o antigo objetivo exterminista, surgiu em campanha de terror contra os Acordos de Oslo de 1993. A guerra em Gaza representa a continuação da resistência judaica ao plano de varrer os judeus da Terra Santa formulado em 1941.

PROPAGANDA – Os parágrafos anteriores parecem história, mas são propaganda. O método que os orienta é a seleção e descontextualização, não a falsificação. Eles obedecem à estratégia de produzir uma narrativa de conspiração. Foi assim que Arlene Clemesha, professora de História Árabe na USP, escreveu seu artigo sobre a Nakba. A diferença: no lugar de propaganda pró-Israel, fabricou propaganda anti-Israel.

O também professor e cientista político Leonardo Avritzer já refutou essa narrativa histórica enviesada, evidenciando os matizes e a complexidade da questão. Resta iluminar o lugar da conspiração no discurso ideológico de Clemesha.

Narrativas de complô adoram textos originários: o plano dos conspiradores. Pode ser a declaração Husseini/Hitler ou, na versão de Clemesha, o Plano Dalet. O documento, um entre tantos produzidos por atores diferentes, nos dois lados, em épocas e contextos diversos, emerge no artigo dela como a prova de algo como uma “Nakba permanente”. O artigo é sobre a guerra atual, embora simule abordar a guerra de 1948.

CONSPIRAÇÃO JUDAICA – O ponto relevante: a noção de uma conspiração judaica apoiada num plano escrito tem sua própria história. A fonte do antissemitismo contemporâneo encontra-se nos Protocolos dos sábios de Sião, a fraude policial inventada na Rússia czarista sobre um projeto de dominação mundial articulado por sombrios líderes judeus.

No artigo de Clemesha, o Plano Dalet cumpre a função dos Protocolos. Seria um roteiro ancestral seguido por sucessivos governos sionistas com o objetivo de concluir a despossessão palestina. Sábios de Sião, parte 2.

Arlene Clemesha não quer a paz em dois Estados. Acha que israelenses e palestinos precisam “encontrar formas de viverem juntos, do rio ao mar” –a senha do “Estado único” inscrito na carta do Hamas de 2017, cujo pressuposto óbvio é o desaparecimento de Israel. Para isso, sugere um intercâmbio esdrúxulo destinado a “gerar a reparação”: o reconhecimento dos sofrimentos dos judeus no Holocausto e dos palestinos na Nakba.

E A REPARAÇÃO? – A equiparação dos dois eventos é, quase, negação do Holocausto. Mas o truque vai além. A “reparação” pelo Holocausto não caberia jamais aos palestinos, que não participaram do genocídio nazista. Já a “reparação” pela Nakba caberia a Israel, a quem o artigo atribui veladamente a autoria de um genocídio continuado. Finalidade: traçar um sinal de equivalência entre o Estado judeu e a Alemanha de Hitler.

O artigo não surpreende: nove anos atrás, na hora do massacre terrorista da redação do Charlie Hebdo, Clemesha atribuiu às vítimas a responsabilidade por suas mortes. O que deveria surpreender é o uso ritual do termo “genocídio” para mencionar a operação de guerra israelense.

Lula faz isso, noite e dia. Prefere, sempre, “genocídio” a “crimes de guerra”. Há um motivo para isso, exposto de modo (mal) oculto no artigo de Clemesha: não se trata de condenar atos desse ou daquele governo de Israel, mas de condenar inapelavelmente o próprio Estado judeu.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Belíssimo artigo de Demétrio Magnoli. É inaceitável a demonização que fazem dos judeus. O problema é que os palestinos islamitas transformaram Israel num motivo para morrerem como heróis. Na verdade, são escravos em vida, acorrentados por uma religião que lhes proíbe a alegria de viver, aprisiona as mulheres e persegue os homossexuais. Assim, a maioria dos jovens islamitas prefere ir logo para o paraíso, onde cada um é esperado por 72 virgens e um punhado de viúvas sedentas de amor. Quando morrem, seus pais se orgulham, é uma inversão total de valores. Os islamitas acreditam nisso, ninguém jamais conseguirá vencê-los sem guerra. Depois de destruírem os judeus, vão atacar os cristãos, os espiritualistas, os ortodoxos, os umbandistas, será um nunca-acabar. Como dizem os árabes, “Maktub” (Assim estava escrito), (C.N.)


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