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sexta-feira, junho 02, 2023

Deputados não são conservadores e querem participar mais do poder do governo

Publicado em 2 de junho de 2023 por Tribuna da Internet

Charge do Miguel Piava (brasil247.com)

Pedro do Coutto

A votação da noite de quarta-feira, que terminou com a aprovação da Medida Provisória do presidente Lula reestruturando os ministérios, mostrou de forma clara que, ao contrário do que sustentam alguns comentaristas, uma grande parte dos deputados não é conservadora, mas deseja participar mais das decisões de poder do governo, sentindo-se representada nas etapas da Administração, incluindo contratos de obras com verbas públicas.

A questão refletiu uma larga margem de votos a favor do Palácio do Planalto, ao contrário do que vinha sendo exposto no noticiário até pelo presidente da Câmara, deputado Arthur Lira, colocando em dúvida o destino da MP que entre outras alterações, dividiu o Ministério da Economia na Fazenda, no Planejamento, no Trabalho e na Previdência Social. Alice Cravo, Camila Turtelli, Gabriel Saboia, Jennifer Gularte, Lauriberto Pompeu e Sérgio Roxo, O Globo desta quinta-feira, destacam o episódio na Câmara dos Deputados.

PELA TANGENTE – Um alívio tanto para o governo quanto para o próprio Arthur Lira, que assim se livrou de uma interpretação caso o desfecho fosse outro de ter obstruído a reforma ministerial. A sua imagem ficaria sensivelmente comprometida ainda mais do que a do próprio presidente da República que, se não assumisse diretamente a articulação política, o encaminhamento da matéria não sairia do lugar. A matéria só se movimentou a partir de Lula da Silva atuar diretamente para liberar R$ 1,7 bilhão do orçamento dos parlamentares para a realização de obras de seus interesses eleitorais.

Interesses eleitorais sempre existirão. São eternos. O que é preciso dizer é que não há conservadorismo quando setores do Legislativo ensaiam uma insatisfação e uma obstrução. Ser conservador não é isso. A resistência inicial de votar matérias de amplo interesse do governo e do país tem como objetivo um acordo fisiológico. Não quero dizer também que tudo que é fisiológico é negativo. Muitas vezes, uma obra, objeto de destaque de um deputado ou senador, é de interesse coletivo. Mas é preciso ver os interesses políticos dos parlamentares na resistência inicial.

Sobre o assunto escreveu também Daniel Weterman, O Estado de S. Paulo. Frisou que com a liberação de emendas no valor de R$ 1,7 bilhão, este ano Lula já repassou ao Legislativo R$ 5,5 bilhões. Mas o Congresso, acrescenta Weterman, ainda quer mais participação. É do jogo político, sem dúvida. E se examinarmos concessões através da história, encontraremos decisões fisiológicas muito maiores.  Não espantam os analistas políticos mais antigos essa sequência de fatos integrantes da ação humana.  

GOOGLE –  Na edição de ontem de O Globo, Dimitrius Dantas publicou reportagem, destacando os ataques em massa do Google, incluída a Meta e o Facebook, contra o Projeto de Lei que estabelece sanções penais em relação às fake news e às mensagens que tentam inocular a violência na vida política brasileira. Atingiram 13 milhões de mensagens em várias escalas da comunicação desenvolvida.

O impulsionamento do Google e do Facebook foi medido pela Netlab na Universidade Federal do Rio de Janeiro. O ministro Alexandre de Moraes já determinou a retirada de publicidade comercial combatendo o projeto da plataforma do Google.  

DESEMPREGO – Reportagem de Carolina Nalin e Maeli Prado, O Globo desta quinta-feira, revela com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE, que o índice de desemprego permaneceu em 8,5%, o que representa 9,1 milhões de homens e mulheres. Ao todo, a mão-de-obra ativa do país está em 98 milhões de pessoas, mas abrange tanto os de carteira assinada quanto os trabalhadores informais sem vínculo empregatício.

Os trabalhadores informais encontram-se na escala de 42% do índice global. Por seu turno, o Instituto Brasileiro de Economia da FGV identificou uma queda de 1,6% na procura por emprego. Conclui-se que essa redução decorre do Auxílio Brasil de R$ 600 por unidade familiar carente, acrescido de R$150 por filho de até seis anos de idade.

Cláudia Moreno, economista do C6 Bank, diz que o desemprego só não voltou a subir porque a pesquisa tem base nos que estão procurando ocupação e não nos que deixaram de procurar em função do Auxilio Brasil. A renda média dos brasileiros e brasileiras manteve-se em R$ 2.891 por mês. A meu ver, muito baixa.

Qual o valor do salário dos ministros do STF?




Plenária do Supremo Tribunal Federal (STF) em Brasília (DF)

Magistrados da Suprema Corte são última instância do Poder Judiciário do país; ganhos foram atualizados em 2023

Por Tiago Tortella

O Supremo Tribunal Federal (STF) é a última instância do Poder Judiciário no Brasil. A Corte é composta por 11 ministros, indicados por presidentes da República, que permanecem no cargo até os 75 anos, idade em que acontece a aposentadoria compulsória. Nesta quinta-feira (1º), Lula indicou Cristiano Zanin para a Corte.

Além disso, para assumir vaga no STF, é necessário ter mais de 35 anos e menos de 65 anos, ter amplo conhecimento jurídico, além de uma boa reputação, sem qualquer acusação ou suspeita. Por fim, o indicado ou indicada é sabatinado no Senado.

A última atualização no salário dos magistrados foi votada e autorizada pelo Congresso em 2022, e sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em janeiro de 2023.

Com a atualização, cada ministro do STF passou a ganhar R$ 41,650,92 desde 1° de abril de 2023.

Esse valor será corrigido progressivamente, passando para R$ 44.008,52 a partir de 1º de fevereiro de 2024: e para R$ 46.366,19 a partir de 1º de fevereiro de 2025.

O valor do salário dos ministros do STF também serve como referência para os proventos pagos aos magistrados de outros tribunais superiores, juízes federais e magistrados. Além disso, é usado como teto para remunerações no serviço público federal.

Com informações de Jéssica Otoboni

Agência Senado / CNN

"Sou de direita, me dê dinheiro!"




A direita precisa se unir. Todo o mundo mandando pix para todo o mundo já, porque a esquerda é malvada. O mundo se divide entre nós, os bons, e eles, os maus, sem nenhuma complexidade.

Por Bruna Frasolla (foto)

Um dia tuitei qualquer coisa contra Lutero e apareceu um internauta aleatório dizendo que eu não podia criticar Lutero, senão dividiria os cristãos. A ironia histórica é deliciosa. Lutero foi justamente o maior divisor da Cristandade desde o Cisma de 1054, que separou Roma de Constantinopla, com católicos no Ocidente e ortodoxos no Oriente. A divisão do Cisma pelo menos foi geográfica e não deu origem a guerras intestinas; a um lisboeta não importava o credo de um moscovita. Na modernidade, porém, Lutero e os príncipes alemães opostos aos Habsburgos lançaram boa parte da Europa Ocidental em guerras civis. Ao cabo, a divisão foi mais linguística que geográfica, com os reinos de línguas latinas permanecendo católicos e os demais, grosso modo, criando igrejas protestantes estatais. A Península Ibérica conseguiu se isolar da confusão. Já a coroa da França, católica, perseguia os súditos protestantes, enquanto que as coroas protestantes perseguiam os súditos católicos.

Essa frase é mais comum em duas versões seculares: “A esquerda precisa se unir!” e “Não vamos dividir a direita!”. A delas tinha uma variante que mostrava bem o contexto em que surgiu: “Esquerda unida, só na cadeia.” Era a época do regime militar, quando o esquerdismo se consolidou como identidade coletiva. Uma plêiade de denominações (leninistas, trotskistas, estalinistas, foquistas, maoistas, contracultura, hippie etc.) brigava entre si e só ficava junta mesmo quando o pessoal ia em cana. Entre a ditadura e a redemocratização, os rótulos políticos, outrora precisos, foram se convertendo na vaga identidade do esquerdista.

Rótulo e identidade são coisas diferentes. Um rótulo político serve para abreviar um pensamento político, ao passo que uma identidade serve para alguém se situar no mundo. Idealmente, um pensamento político deve ser compartilhado por um número amplo; uma identidade, porém, deve ser talhada individualmente, pois comporta vários predicados. Tais predicados fazem uma pessoa ser valorizada ou desvalorizada entre os seus pares.

Seria muito vazio alguém que se enxergasse primariamente como um único predicado ambulante. No entanto, em ambientes sectários ou polarizados, a adesão a uma corrente política é sobrevalorizada como índice suficiente de bondade e correção moral. Desta maneira o rótulo político e a identidade se confundem. Se alguém diz que é um esquerdista, é informação bastante para os seus pares. A pessoa não precisa fazer nada, nem provar seu valor. E assim qualquer nulidade que repita chavões irrefletidos e bajule as pessoas certas conseguia subir na vida investindo na identidade, no predicado único, de esquerdista. Ser de esquerda era garantia de possuir as virtudes necessárias em meios letrados, nos quais o apadrinhamento é muito importante. Mas como os meios letrados alcançaram uma uniformidade de pensamento insuportável, declarar-se de esquerda não era mais grande coisa. O politicamente correto veio bem a calhar, já que serviu para, entre uma montanha de esquerdistas que pensam igual, selecioná-los com base em critérios diferentes do pensamento, tais como cor da pele, sexo e orientação sexual.

Coisa importante a ser notada: quem vive de identidade vive de ser (ou parecer ser) alguma coisa, e não de fazer coisas. Assim, quanto mais o identitarismo se fortaleceu no âmbito acadêmico, mais irrelevante ele se tornou para a sociedade. O bolchevique tentava fazer coisas; o identitário vive numa bolha narcisista de autoafirmação. É escondido durante eleições majoritárias, porque se abrir a boca, tira voto. Mas ele não está nem aí, porque o que quer é afirmar a própria identidade. Se Bolsonaro fosse reeleito, a vida deles seria mais interessante, porque teriam mais ocasião para dar chilique e fazer drama.

Esse uso do esquerdismo como identidade unidimensional não tinha equivalente na direita até o advento do olavismo como movimento virtual. Se na ditadura o mundo das letras (universidade e jornalismo) eram o âmbito da dissidência, no século XXI é a internet. E a dissidência não se dava mais em relação ao anticomunismo, mas sim à social-democracia e ao progressismo. Tornou-se uma briga de velha classe falante contra nova classe falante. Mas com algumas diferenças bem importantes: a esquerda se hospeda em instituições que a sustentam com o erário, ou então são bancadas por ONGs de bilionários. A direita, por outro lado, vive numa anarquia generalizada, e via de regra se financia pedindo pix, vendendo curso, criando start-up ou ganhando por monetização no Youtube.

Creio que a única iniciativa economicamente estável da nova direita tenham sido as editoras de livros. Não à toa, é um ramo que não exige fidelidade ideológica ou político-partidária da clientela. Um leitor de Gertrude Himmelfarb, de Thomas Sowell, de Ortega y Gasset ou de Gustavo Corção dificilmente será um lacrador do PSOL (que não lê nada), mas tampouco se limitará ao eleitorado de Jair Bolsonaro ou do MBL. As editoras da nova direita acessam o mercado geral de letrados, que aliás está muito mal servido com o sequestro de editoras tradicionais por lacradores, com seus “leitores sensíveis”, tabus e mau gosto. As editoras surgidas da nova direita vivem de livros, como as outras, e não da identidade direitista.

Assim, podemos dizer que a constituição da nova direita favorece a multiplicação de trambiqueiros e charlatães, sobretudo virtuais. A melhor prova disso na certa foram os youtubers que, desde o segundo turno até o 8 de janeiro, ficavam anunciando golpe militar dentro de 72 horas. Muita gente via, eles ganhavam engajamento, o Youtube remunerava e - por que não? - ganhavam pix, já que eram boas almas direitistas.

Os direitistas trambiqueiros lembram muito os pastores trambiqueiros de igrejinhas de esquina. Ambos usam da frivolidade de um grande grupo para ganhar dinheiro sem que nenhuma instituição relevante se responsabilize por isso. Se um petista enganou um esquerdista, ele pode ir reclamar no diretório do PT. Mas se um youtuber avulso enganou um direitista, ele desaparece como o pastor obscuro que foi preso vendendo droga.

Naturalmente há padres ruins na Igreja Católica, mas há responsabilidade: todo malfeito do padre macula a Igreja, e ela é chamada a responder. Alegando insatisfação com a degeneração moral dessa instituição, Lutero e seguidores puderam criar uma nova instituição. Mas depois veio outra, e mais outra, e mais outra, de modo que, em potencial, há tantas igrejas quantos grãos de areia na praia. Abriram-se as portas para cada um dizer: “Agora vou me desligar dessa instituição desgraçada e criar uma nova, pela qual eu respondo”. E assim sucessivamente, de modo que as igrejas, cada vez mais miudinhas, equivalessem a responsabilidade nenhuma. Esse é o caso das igrejas evangélicas no Brasil e nos EUA, onde elas nunca foram religiões estatais. O Brasil por ter sido um país com religião católica oficial, e os EUA por terem sido fundados por protestantes de seitas variadas e, assim, nunca ter tido uma religião oficial.

Resulta que a turba de evangélicos e de direitistas brasileiros guardam uma semelhança política pertinente, que é o fato de compartilharem uma identidade coletiva sem responsabilidade nem institucionalidade. Fica essa confusão generalizada, onde todo o mundo diz representar todo o mundo, e que os rivais são trambiqueiros a serem extintos. Se um pastor ganha um fiel, outro perde. O mesmo se dá com as facções da direita: vide a briga de foice entre bolsonaristas, MBL e lavajatistas, iniciada quando o bolsonarismo era governo e continuada até agora. Inclusive, como a direita brasileira vive de mercado, o correligionário está fadado a se tornar concorrente.

O paralelo vai mais longe. O pastor trambiqueiro pede dinheiro e mais dinheiro a fim de resolver problemas pontuais, tais como possessão demoníaca, conflitos familiares e até falta de dinheiro. O certo é o pagamento, e não a solução de quaisquer desses problemas. Quanto mais aparições demoníacas, melhor para o negócio. Quanto maior o sucesso da esquerda, melhor para a campanha eleitoral do candidato de direita. E aqui não deixa de ser paradoxal, já que, em tese, políticos devem ser eleitos para resolver problemas públicos. Ora, se vivemos num inferno comunista, de que adianta votar num deputado? Se a liberdade de expressão foi para o saco com ajuda das Big Techs, qual o sentido de apostar em youtubers para o que quer que seja? É como se o fracasso fosse sucesso, porque o que se espera é mais o espetáculo de um martírio que soluções reais para problemas palpáveis.

Aqui temos uma espécie de legitimação pela perseguição promovida por autoridades. Não importa se um jornalista é péssimo e não fez nada de relevante; se foi perseguido pela autoridade, será considerado um grande homem. Esse ethos é bem protestante. Uma vez que os seguidores de Lutero se fragmentaram em mil pedaços e não puderam se mostrar moralmente superiores à Igreja Católica (note-se que as pautas antiaborto e antirracismo eram católicas e obscurantistas antes de serem abraçadas pela direita evangélica), resta usar a Inquisição para criar uma identidade protestante oprimida e anticatólica. “Somos bons porque somos mártires, somos mártires porque eles são maus”. Aí define-se mais o eles do que o nós. E tudo isso lembra, outra vez, a dinâmica identitária da esquerda e da direita: somos bons porque somos mártires da ditadura militar/de Xandão, somos mártires porque eles são maus”. E isso é falso. Muita gente ruim foi barbaramente perseguida ao longo da história da humanidade, comunistas inclusive. No fundo, o martírio pela perseguição acaba por demonizar a figura da autoridade em si mesma. E quando o ex-oprimido vira autoridade, não quer se enxergar como autoridade abusiva em hipótese alguma, pois abusivo é só o outro.

Há mais outro vício que a direita e a esquerda compartilham com o protestantismo. Na Igreja Católica, uns poucos têm que ser instruídos e versados em teologia. O porteiro e o lavrador podem ser analfabetos, pois confiam no padre que estudou por eles e os aconselha. Já o protestantismo parte do pressuposto pouco realista de que cada porteiro e lavrador tem que ler a Bíblia e ser versado o suficiente em teologia para concluir que o pastor está correto em sua interpretação particular da Palavra – concordando, por exemplo, com a doutrina da predestinação. Ora, é muito difícil uma comunidade inteira, dotada de trabalhadores braçais e pouco escolarizados, apreender teses opostas e manter em mente o significado da doutrina que ele apoia. Mais fácil dizer “sou calvinista”, criando uma identidade ligada a um homem particular. E, com a retórica maniqueísta do martírio, está claro que nós somos bons porque somos calvinistas, vocês são maus porque são opressores. Portanto, um único predicado capaz de tornar alguém bom dentro de um nicho – como esquerdista ou direitista.

Unir a direita (ou a esquerda) não deveria ser prioridade de ninguém, pois não moramos no Direitistão nem no Esquerdistão, e sim no Brasil, com suas complexidades e conflitos. Essas são identidades que só têm sentido dentro de um país dividido e radicalizado, estado que não é nada desejável em si mesmo. O foco de todo brasileiro de mente sadia deveria ser discernir quem está certo e quem está errado em leituras e propostas, a fim de buscar soluções para os problemas do país. Em vez de dizer "ele é de direita", deveríamos nos preocupar em dizer "ele tem razão". É narcisismo achar que a autoafirmação individual como “de direita” (o que quer que isso signifique) é um fim importante para o público. É narcisismo, e é punido com golpe de trambiqueiro.

Gazeta do Povo (PR)

Como os caças F-16 poderiam mudar a guerra na Ucrânia




Por Ricardo Fan

As Forças Aéreas Ucranianas poderiam, em breve, voar com o F-16 Fighting Falcon nos céus dos territórios ocupados, já que o presidente estadunidense Joe Biden apoiou seu repasse, por países europeus, ao país invadido pela Rússia. 

O F-16 Fighting Falcon é um avião de combate multiuso, desenvolvido pela empresa norte-americana General Dynamics (atualmente Lockheed Martin). É um caça leve e ágil, projetado para executar uma variedade de missões, incluindo superioridade aérea, ataque ao solo, interdição, reconhecimento e apoio aéreo aproximado.

O F-16 entrou em serviço na Força Aérea dos Estados Unidos em 1979 e foi posteriormente adotado por várias nações em todo o mundo. Ele se tornou um dos caças mais amplamente utilizados e bem-sucedidos da história, com mais de 4.600 unidades produzidas. A aeronave também é conhecida como “Viper” devido à sua semelhança com a serpente cascavel, além de ser chamada de “Falcão de Combate”.

Uma das características distintivas do F-16 é sua configuração monomotor, o que o torna mais leve e manobrável em comparação com muitos caças bimotores. Ele possui uma asa em delta, uma fuselagem compacta e um design aerodinâmico altamente eficiente. O avião é equipado com um motor a jato Pratt & Whitney F100 ou General Electric F110, que proporcionam um desempenho excepcional em termos de velocidade e capacidade de subida.

O F-16 é altamente manobrável e possui um sistema de controle de voo eletrônico fly-by-wire, o que significa que os comandos do piloto são transmitidos eletronicamente aos sistemas de controle da aeronave, em vez de serem transmitidos por cabos mecânicos. Essa característica torna a aeronave mais ágil e responsiva.

O avião possui uma ampla variedade de armamentos, incluindo mísseis ar-ar, mísseis ar-solo, bombas e foguetes. Também pode ser equipado com um canhão de 20 mm para combate a curta distância. Além disso, o F-16 pode ser equipado com pods externos que fornecem capacidades adicionais, como designação de alvos a laser, reconhecimento e guerra eletrônica.

Ao longo dos anos, o F-16 passou por várias atualizações e variantes, aprimorando suas capacidades. Algumas das variantes notáveis incluem o F-16C/D Block 50/52, F-16E/F Block 60 e o F-16V (Viper), este último sendo uma atualização de cockpit e sistemas para versões mais antigas do F-16.

Nota: os pilotos americanos também se referem ao F-16 pelo apelido “Viper”. Esse apelido é derivado da semelhança do avião com a serpente cascavel, conhecida como “viper” em inglês. A denominação “Viper” é amplamente utilizada como uma forma mais informal e encurtada de se referir ao F-16 Fighting Falcon entre os pilotos e entusiastas da aviação.

Como o F-16 pode impulsionar a capacidade da Ucrânia para uma Vitória na Guerra

Comentários do General Mark Milley

O F-16 é um caça supersônico, desenvolvido na década de 1970, nos Estados Unidos, que atinge a velocidade de 1.235 quilômetros por hora. Entretanto, o presidente do Joint Chiefs General dos EUA, Mark Milley, afirmou, recentemente, que não seria uma “arma mágica”.

A Rússia tem vantagem

“Os russos têm 1.000 caças de quarta geração”, disse o general Milley a repórteres do Pentágono, após terminar uma reunião virtual com o Grupo de Contato de Defesa Ucraniano.

Ganhar superioridade aérea

Milley explicou que para obter superioridade aérea diante da Rússia, a Ucrânia precisaria de muitos caças de quarta e quinta geração.

A jogada inteligente

Para ele, a coisa mais inteligente que os aliados da Ucrânia poderiam ter feito foi exatamente o que fizeram: fornecer as armas de defesa aérea certas.

Dois recursos principais

Em uma conversa com Amna Nawaz, da PBS News Hour, o tenente-general reformado Doug Lut explicou que havia duas capacidades que o F-16 poderia fornecer às forças ucranianas.

Do lado ofensivo

“Em primeiro lugar, no lado ofensivo, daria o apoio aéreo aproximado de precisão às tropas terrestres”, disse Lut.

Recuperar território

Ele acrescentou ainda que isso seria muito importante para recuperar o território perdido em futuras ofensivas ucranianas.

Ataques de fogo profundo

“A segunda coisa que [o F-16] pode fazer no lado ofensivo é fornecer fogos profundos”, continuou Lut. Em outras palavras, a arma daria à Ucrânia a capacidade de ultrapassar as linhas inimigas.

Poderia atingir centros de comando

Assim, segundo Lut, os ucranianos poderiam atingir importantes centros de comando e controle russos, bem como sedes-chave e locais de logística, em lugares que, atualmente, não podem alcançar, como a Crimeia e o Mar Negro.

Lado defensivo

No lado defensivo, os F-16 poderiam ser usados para enfrentar aeronaves não tripuladas, mas seriam muito mais úteis contra alvos como mísseis de cruzeiro direcionados à infraestrutura.

O F-16 pode fazer a diferença

“Então, tanto no lado ofensivo quanto no lado defensivo, o F-16 pode realmente fazer a diferença”, explicou Lut, embora reconheça que a arma demoraria meses até ser usada.

Sem batalhas frente a frente

Onde não veríamos os caças F-16 fazendo a diferença seria nas trocas frontais com os sistemas de defesa aérea mais modernos da Rússia, como o S-400, de acordo com o Business Insider.

A Ucrânia precisa ser criativa

Em entrevista para o referido site, o Diretor Executivo do Mitchell Institute for Aerospace Studies, Douglas Birkey, observou que os ucranianos, provavelmente, teriam que ser criativos com seus novos caças para ver resultados reais no campo de batalha.

Contra uma parede

“As costas da Ucrânia estão contra a parede. Eles não podem vencer em uma guerra de desgaste centrada no solo”, explicou Birkey, acrescentando que a Rússia “acabaria vencendo essa luta e sangrando a Ucrânia até secar”.

Quebrando o impasse

Birkey disse também que o F-16 poderia quebrar o impasse no solo, mas depois observou que, para a aeronave ser eficaz, a Força Aérea Ucraniana precisaria adotar um conjunto de táticas muito específicas, que poderiam explorar as vulnerabilidades das defesas aéreas russas.

Uma estratégia mista

“Ninguém está a defender que a Ucrânia voe os F-16 cegamente contra as defesas russas. O uso eficaz do poder aéreo requer uma mistura de estratégia, tática, capacidade e tecnologia para obter os efeitos desejados”, disse Birkey. 

Teremos que esperar para ver

Ele observou ainda que aeronaves não tripuladas podem ser usadas para sobrecarregar as defesas, dando aos F-16 da Ucrânia a oportunidade de atingir seus alvos. 

DefesaNet

Blogueiro russo: ‘Golpe contra Putin já está sendo tramado’ por Prigozhin




Prigozhin, Putin

A roda está girando rápido na Rússia e o que parecia um tabu intransponível – acusar o presidente – agora já circula à luz do dia. 

Por Vilma Gryzinski

“Uma tentativa de golpe já foi anunciada. O que vai acontecer em seguida, eu não sei, principalmente porque o Wagner está sendo retirado com urgência para a retaguarda. Está claro que paira no ar um risco de golpe”.

Qualquer uma dessas palavras valeria muitos anos na cela mais profunda do sistema prisional russo, mas agora parece que está virando normal falar o que antes era indizível. Quem mencionou um golpe em formação por parte de Ievgueni Prigozhin, o sinistro e ao mesmo tempo eficiente chefe do Grupo Wagner, foi Igor Girkin.

Para facilitar, Girkin é descrito como o blogueiro militar que escreve sob o pseudônimo Strelkov e sempre dá informações importantes sobre a guerra na Ucrânia da perspectiva russa. Mas ele é muito mais do que isso. Ultranacionalista que antecipou a doutrina do “mundo russo” – toda a esfera dos antigos impérios – adotada por Vladimir Putin como justificativa histórica para invadir o vizinho, ele foi o autodeclarado ministro da Defesa de Donetsk, a região ucraniana onde parte da população russa se rebelou e agora foi anexada por Moscou.

Antes, era membro do FSB, o serviço de espionagem que Putin remodelou, mantendo a mesma essência da velha KGB. Os ucranianos acham que ele pertencia mesmo ao GRU, a inteligência militar russa. E a justiça holandesa o indiciou, in absentia, pela derrubada do avião da Air Malasia, estilhaçado por um míssil russo em 2014 quando sobrevoava a região ucraniana rebelada, um monstruoso crime que matou 298 pessoas.

Com toda essa bagagem, Girkin agora está anunciando um golpe contra Putin nos seguintes termos: “Se Prigozhin continuar a ser o chefe do Wagner, o motim acontecerá de forma rápida e radical”.

Detalhe importante: tanto Girkin quanto Prigozhin analisam a guerra de forma “extremamente negativa” para a Rússia, nas palavras do blogueiro, e defendem uma radicalização muito além dos limites da atual campanha, incluindo a total militarização do país.

“Não tenho medo de dizer que estamos caminhando para uma derrota militar”, disse Girkin.

Uma derrota, ou a percepção de uma derrota, certamente criaria o campo em que vicejariam as ameaças ao poder absoluto de Putin.

Os boatos são tantos que Prigozhin tomou uma das atitudes mais suspeitas nesse tipo de situação: negou tudo. E ainda disse que seu exército particular, considerado desde a criação como “o exército de Putin”, não tem poder suficiente para dar um golpe contra seu criador.

Muitos analistas consideram Prigozhin uma figura inaceitável para o establishment russo, um ex-criminoso de rua que cumpriu nove anos de prisão por assalto, ex-vendedor de cachorro quente que conquistou as graças de Putin – e os contratos do governo para o fornecimento de rações ao exército – quando o bajulava em seu restaurante flutuante em São Petersburgo.

Também é anotado o fato de que ele é judeu por parte de pai – e os russos estão muito longe de se comparar aos ucranianos, que elegeram presidente um comediante judeu, respeitado e aclamado pela opinião pública como um líder de dimensões heroicas pela forma como conduz a resistência a uma ameaça nada menos que existencial.

Ao desmentir que planeje um golpe – levantando, obviamente, mais suspeitas –, Prigozhin aproveitou para dizer que quem tem capacidade de fazer isso é seu grande inimigo interno, o ministro da Defesa, Serguei Shoigu, pois comanda as forças especiais do Exército. Shoigu, civil que usa farda de general por causa do cargo, é um alvo privilegiado de Prigozhin.

A facilidade com que a palavra “golpe” entrou no vocabulário corrente – embora nada disso apareça para o público geral – é especialmente espantosa se considerarmos que estamos tratando de um país onde um cidadão comum foi condenado a dez anos de cadeia por ter uma fitinha na mochila com as cores da bandeira ucraniana.

Prigozhin tem sob seu comando uma força formada por ex-militares e ex-prisioneiros comuns calculada em cerca de 50 mil homens, mesmo depois de ter sofrido 30 mil baixas, especialmente na insana batalha pelo controle de Bakhmut. A utilidade dele ficou muito clara, apesar das declarações desbocadas e ameaçadoras contra os comandantes militares – e, indiretamente, até contra Putin.

“É claro que ele não está agindo sozinho. Se estivesse, já teria sido eliminado”, disse Igor Girkin. “Ele faz parte da máfia no poder e está se movimentando”.

“Tudo que falta agora é um ataque inimigo estratégico sério. E a situação política no país pode mudar a ponto de ficar irreconhecível ainda nesse verão”.

Declarações assim fazem parte de uma armação, um jogo combinado com Putin, ou realmente representam vulnerabilidades num sistema de poder caracterizado pelo controle total e absoluto? Putin usa os “cães de guerra” para exemplificar como tudo seria pior ainda sem ele – e talvez assustar os próprios serviços de segurança sobre os quais seu poder se assenta?

O ataque com drones em Moscou no início da semana criou um ambiente de maior urgência – e a oportunidade para Prigozhin, mais uma vez, investir, no seu insuperável linguajar, contra os “traseiros gordos hidratados com cremes caros” do Ministério da Defesa.

Tem traseiros pegando fogo atualmente na Rússia – e isso que declarações como as de Prigozhin e Girkin apenas abrem estreitas janelas sobre o que realmente é dito nos bastidores de um regime que esperava conquistar um país menor e mais fraco em uma semana e agora enfrenta rumores de golpe que, por si só, já simbolizam uma derrota tremenda.

Revista Veja

01/06/2023 - Comentários com Junior de Santinha - Jornal da Tarde

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Nota da redação deste Blog - Radialista Junior de Santinha, o eleitor vota nesses políticos improbos porque  como se diz popularmente, “somos o único animal que tropeça duas vezes na mesma pedra”.
Em Jeremoabo mesmo, tem vereadores cara de pau que zombam da inteligência do povo com o maior cinismo; ao tentar desviar a corrupção praticada no governo Deri do Paloma vem falar em erro de governos anteriores, na tentativa de justificar o injustificável.
Para desmascarar esses artistas basta fazer as seguintes perguntas: se houve improbidade porque vocês vereadores hoje da situação não instalaram uma CPI?
Porque vocês vereadores da situação hoje " donos da moralidade, não abriram um processo de Impeachment ?
É verdade que alguns eleitores trocam o voto por dinheiro ou dentaduras ou sapatos ou celulares no dia da eleição. Mas isso é uma minoria. São as massas (de todas as classes sociais: elites e classes A, B, C, D e E), no entanto, que decidem as eleições e que votam nos corruptos)." (Luiz Flávio Gomes)

Estudo aponta que fazer sexo pode reduzir risco de infecção grave pela Covid-19

 

Estudo aponta que fazer sexo pode reduzir risco de infecção grave pela Covid-19
Foto: Pixabay

Um estudo publicado pela revista científica Fertility and Sterility apontou que o sexo pode o reduzir o risco de infecção grave pela Covid-19. Realizado por especialistas da Universidade de Bagdá, no Iraque, o estudo analisou mais de 16 mil participantes de 33 países, que foram divididos em dois grupos. O primeiro praticava sexo, pelo menos, três vezes por mês. Já o segundo fazia com uma frequência menor.

 

Dessa forma, foi observado que 76,6% dos indivíduos do primeiro grupo não foram infectados pela Covid-19, enquanto que na segunda parcela foram 40,4%. A pesquisa durou cerca de quatro meses.

 

Segundo o Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, os pesquisadores concluíram que praticar sexo com maior frequência aumenta a capacidade do sistema imunológico de lidar com patógenos. Ou seja, organismos capazes de causar doença em um hospedeiro. Isso explicaria a menor incidência da doença entre aqueles que tiveram três relações sexuais por mês.

 

Na opinião dos especialistas, “os resultados deste estudo sugerem um papel protetor para o sexo na infecção por Covid-19, independentemente da idade da pessoa ou do comportamento sexual”. 

 

Contudo, por ter sido do tipo observacional, o estudo não identificou a causa exata da relação entre a infecção por Covid-19 e o comportamento sexual dos voluntários. Por isso, os pesquisadores defendem uma análise mais profunda desse resultado.

Rogério Marinho é condenado à perda de mandato e função pública pela Justiça do RN

 

Rogério Marinho é condenado à perda de mandato e função pública pela Justiça do RN
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

A Justiça do Rio Grande do Norte condenou o senador Rogério Marinho (PL) à perda de função pública e do seu mandato legislativo, nesta quinta - feira (01). 

 

A condenação veio após o juiz Bruno Montenegro Ribeiro Dantas, considerar que Marinho, enquanto vereador da Câmara Municipal de Natal, foi responsável por incluir "de forma desleal" a nomeação de uma funcionária "fantasma" no quadro da casa. O juiz entendeu que a ação do senador causou prejuízo aos cofres públicos

 

A decisão afirmou ainda que o então vereador nomeou uma médica como funcionária pública, mas ela "sequer tinha ciência do seu vínculo com a Casa Legislativa", além de não ter exercido regularmente as atribuições dos cargos para os quais foi nomeada. 

 

As punições contra o senador foram a perda de função pública, suspensão dos direitos políticos por oito anos e o pagamento de multa. Ele também foi proibido de contratar com o Poder Público e receber benefícios ou incentivos fiscais. 

 

Em nota, a assessoria jurídica de Marinho disse que ele não concorda com as conclusões da justiça, mas "respeita” a determinação do juiz.

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Publicado em 28 de dezembro de 2024 por Tribuna da Internet Facebook Twitter WhatsApp Email Charge do Duke (Arquivo |Google) Charge do Duke ...

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