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sábado, abril 22, 2023

Lula evita polêmica e não participará de sessão da Revolução dos Cravos no parlamento português



Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a primeira-dama Janja da Silva em chegada a Portugal nesta sexta-feira (21).

Apesar de convite do presidente da Assembleia, presença e possibilidade de discurso do brasileiro em cerimônia histórica do país gerou oposição de partidos políticos

Por Léo Lopes

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que chegou nesta sexta-feira (21) em Portugal, resolveu evitar polêmicas e decidiu não participar da sessão solene de comemoração da Revolução dos Cravos, no parlamento português, no próximo dia 25.

A presença do brasileiro e, principalmente, a possibilidade de Lula discursar na cerimônia, que celebra o episódio histórico de deposição da ditadura salazarista em 1974, gerou controvérsia política na Assembleia da República e oposição de partidos políticos.

A CNN Portugal apurou que o petista optou por não incluir a sessão solene em sua agenda durante os cinco dias de visita oficial de Estado. Ele deve partir, ao final da manhã da próxima terça-feira (25), rumo a Madrid, onde almoçará com o rei da Espanha, Filipe VI.

Entenda a polêmica

Tudo começou quando o ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho, anunciou a presença do petista na sessão do 25 de abril, provocando revolta de partidos como o Partido Social Democrata (PSD), “Chega” e da Iniciativa Liberal (IL).

De acordo com a CNN Portugal, o PSD afirmou não aceitar que o presidente brasileiro discursasse na Assembleia da República durante a sessão solene comemorativa, e o líder da IL declarou que os deputados deixariam o local se isso ocorresse.

Após reunião com líderes dos partidos, ficou acertado que Lula seria recebido em uma outra sessão, de boas-vindas.

De acordo com a agenda oficial do parlamento, a sessão de boas-vindas para o presidente brasileiro acontecerá às 10h, no horário de Lisboa, no plenário da Assembleia. Já a sessão da Revolução dos Cravos acontecerá a partir das 11h30.

O presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, chegou a declarar que Lula poderia assistir à segunda sessão sem discursar, mas a CNN Portugal apurou que ele não o fará.

Partidos da direita de Portugal prometem protestos contra 

Mesmo que o presidente brasileiro não discurse em homenagem ao 25 de abril português, Lula deve ter uma sessão de boas-vindas agitada.

A CNN Portugal reportou que ao menos dois partidos planejam realizar protestos contra o petista – motivados sobretudo pelas recentes declarações polêmicas sobre a guerra na Ucrânia.

Em entrevista coletiva em Abu Dhabi, Lula apontou que EUA e UE teriam propiciado o prolongamento do conflito e que a decisão da batalha teria sido tomada “por dois países”.

“O presidente Putin não toma iniciativa de paz. O Zelensky não toma iniciativa de paz. A Europa e os Estados Unidos terminam dando contribuição para a continuidade dessa guerra”, disse.

Dessa forma, o presidente do partido português de extrema-direita Chega, André Ventura, disse que Lula deve ser condenado pela “proximidade com a Rússia”, pela “incapacidade de ver o sofrimento do povo ucraniano”, pela “sua proximidade à China”, pela “hesitação em condenar as ditaduras sul-americanas” e pela “corrupção”.

O Chega é o mesmo partido que está organizando uma cúpula mundial da extrema-direita para maio, em Lisboa, e convidou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que confirmou presença.

Ventura ainda chamou de “ultrajante” a possibilidade da presença do brasileiro na sessão da Revolução dos Cravos. O líder do Chega anunciou que organizará a “maior manifestação de sempre contra um dignatário estrangeiro em Portugal”.

Segundo Ventura, serão mobilizados “portugueses e brasileiros, todos os que se quiserem juntar”.

O deputado Rui Rocha, presidente do partido Iniciativa Liberal (IL), também planeja um protesto.

Em conversa com jornalistas, Rocha declarou sobre Lula: “Nós não aceitamos, quando estamos com uma guerra na Europa, que o ‘lobby putinista’ de que Lula da Silva faz parte venha impor-se aos portugueses numa data tão importante como 25 de Abril. Mas queremos dar um sinal de que não aceitamos essa imposição.”

Ele afirmou que o líder da bancada parlamentar do partido, Rodrigo Saraiva, estará presente na sessão de boas-vindas segurando uma bandeira da Ucrânia, enquanto o resto da bancada irá se retirar do plenário.

“Nós estaremos lá e enfrentaremos Lula da Silva olhos nos olhos, pela liberdade e pela Ucrânia”, acrescentou Rocha.

CNN

À PF, ex-ministro Gonçalves Dias diz que não foi omisso e que não tem responsabilidade sobre atos de 8/1




O depoimento durou cerca de quatro horas e meia e ele partiu sem falar com a imprensa; a oitiva ocorre após a CNN revelar imagens exclusivas de Dias no Palácio do Planalto durante os atos criminosos

O ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Gonçalves Dias prestou depoimento à Polícia Federal (PF), nesta sexta-feira (21), sobre a atuação do órgão durante os atos criminosos do 8 de janeiro. O depoimento ocorre após a CNN revelar imagens exclusivas de Dias no Palácio do Planalto.

Segundo fontes da CNN, Dias respondeu a todas as perguntas feitas pela PF e disse que não tem responsabilidade sobre os crimes que ocorreram durante o ataque aos Três Poderes. Ele também teria afirmado que não foi omisso e que agiu para impedir os atos.

O depoimento durou cerca de quatro horas e meia e ele partiu sem falar com a imprensa.

Gonçalves Dias se mostrou disposto a colaborar com a Polícia Federal no que for preciso durante as investigações.

Por conta do feriado de Tiradentes nesta sexta, não houve expediente na PF, apenas o depoimento do ex-ministro. Um funcionário da Procuradoria-Geral da República (PGR) que atua junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) nos casos que envolvem o 8 de janeiro também acompanhou a oitiva.

O depoimento de Dias acontece por determinação do ministro do STF Alexandre de Moraes.

O general chegou em um carro pelo estacionamento do prédio cerca de 20 minutos antes do horário do depoimento, previsto para começar às 9h.

Na decisão divulgada na quinta-feira (20), Moraes determinou que a PF identifique todos os militares que aparecem nos vídeos e informe se eles já foram ouvidos.

“Caso não tenham sido ouvidos, os depoimentos devem ser realizados em 48 (quarenta e oito) horas”, determinou o ministro.

“Na data de hoje, a imprensa veiculou gravíssimas imagens que indicam a atuação incompetente das autoridades responsáveis pela segurança interna do Palácio do Planalto, inclusive com a ilícita e conivente omissão de diversos agentes do GSI”, disse Moraes, em referência ao material divulgado pela CNN na quarta-feira (19).

Na ação, o magistrado também havia solicitado que o ministro interino do GSI, Ricardo Cappelli, identificasse em até 24 horas “todos os servidores civis e militares que aparecem nas citadas imagens e quais as providências tomadas”.

Nesta quinta-feira, Cappelli afirmou em suas redes sociais que havia respondido aos questionamentos realizados por Moraes. “Vamos acelerar a sindicância em curso no GSI”, citou.

Veja a linha do tempo dos acontecimentos:

    Por volta das 9h, a CNN divulga imagens que teve acesso com exclusividade do circuito interno de 22 câmeras do Palácio do Planalto no dia dos atos criminosos

    Perto do meio-dia, o GSI diz que condutas de agentes públicos estão sendo apuradas

    Oposição aumenta pressão por CPMI de 8 de janeiro

    Às 13h, a Polícia Federal decide antecipar a convocação de Gonçalves Dias sobre o ataque aos Três Poderes

    Esperado para ser ouvido por volta das 14h, o então ministro do GSI não comparece ao Congresso para falar sobre 8 de janeiro

    Comissão da Câmara aprova convocação do então ministro do GSI

    À tarde, Lula se reúne com chefe do GSI após imagens divulgadas pela CNN 

    Gonçalves Dias pede demissão do GSI

    Número 2 de Flávio Dino no Ministério da Justiça, Ricardo Capelli assume interinamente o cargo

Nesta sexta-feira (21), Cappelli começa a se reunir com os departamentos da pasta nesta sexta-feira (21), apesar do feriado em Brasília pelo aniversário da cidade.

O objetivo é levantar informações sobre como o GSI funciona e quem são os militares carimbados pelo bolsonarismo, que continuam trabalhando na estrutura, em quem o governo considera que não pode confiar. A decisão final será do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Entre as possibilidades, há desde o fim do GSI à implementação de um modelo misto de gestão, com a participação de civis e militares.

CNN repudia insinuações sobre reportagem e libera íntegra de conteúdo

A CNN repudiou as insinuações do ex-ministro Gonçalves Dias sobre a reportagem que o levou à saída do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

Diante das declarações do general, a CNN informa que a íntegra das imagens que envolvem o ex-ministro e os criminosos que invadiram o Palácio do Planalto está disponível em todas as suas plataformas (assista abaixo).

CNN

Brasil, prestes a se tornar o maior exportador de milho do mundo

 





Em sua fazenda em Sinop, no Mato Grosso, o produtor rural Ilson José Redivo terminou o plantio de milho há algumas semanas, imediatamente depois da colheita de soja no mesmo terreno.

A "safrinha", que começou nos anos 1980 como um cultivo secundário, superou há uma década a colheita de verão e, graças a ela, espera-se que o Brasil alcance um novo recorde de produção.

Com isso, o país pode superar os Estados Unidos como maior exportador de milho, algo que aconteceu apenas em 2013.

Nesta região do Centro-Oeste, os campos se estendem até perder de vista.

Ilson José encadeia as duas culturas, soja e depois milho, em "quase 100%" de suas terras, que ocupam 1.550 hectares. A colheita do grão acontece em junho.

A produção brasileira de milho deve alcançar 124,9 milhões de toneladas (+10,4% em relação ao ano passado), das quais 76,3% correspondem a esta segunda safra, segundo o último relatório da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), publicado na semana passada.

E tudo isso apesar do "atraso na colheita de soja" devido ao "excesso de chuva" em Mato Grosso, o principal produtor de soja e milho do país e onde o inverno temperado e a distribuição de chuvas possibilitam uma segunda safra anual.

- Com ajuda dos transgênicos -

O aumento do preço do milho, impulsionado especialmente pela abertura de usinas de etanol produzido com base neste cereal a partir de 2017, estimulou os produtores a investirem na "safrinha", explica o produtor rural à AFP.

"A segunda safra de milho se tornou mais atrativa, compramos mais fertilizantes, sementes geneticamente melhoradas e máquinas agrícolas que permitem um plantio mais rápido e preciso", afirma Ilson José.

Além disso, foi possível "aumentar a superfície" destinada ao grão, "melhorar nossa produtividade e, com isso, aumentar nossa produção de forma significativa".

As variedades transgênicas ocupam atualmente quase a totalidade dos campos de milho no país.

Com as previsões atuais de produção, "o país deve aumentar seu excedente para exportação", opina João Pedro Lopes, analista de mercado de commodities para a consultoria StoneX.

Existe alta demanda pelo milho brasileiro, em especial devido aos problemas que enfrentam exportadores tradicionais como Estados Unidos e Argentina, afetados pelo clima, e também a guerra na Ucrânia.

Ademais, essa demanda é impulsionada pela abertura do mercado chinês, após a assinatura de um acordo entre o governo brasileiro e Pequim no início de 2022, destaca Lopes.

- Desafios -

De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês), o Brasil poderia exportar 52 milhões de toneladas de milho este ano, frente às 31,9 milhões de toneladas em 2022, e superar assim o país norte-americano, cujas projeções de exportação são estimadas em 49 milhões de toneladas.

"O Brasil está se impondo como concorrente dos Estados Unidos e tem capacidade de fazer sua produção crescer ainda mais. Ainda há muita superfície disponível para o cultivo", em espaços agrícolas já existentes, "e podemos melhorar nossa produtividade", garante Enori Barbieri, vice-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho).

Contudo, para continuar melhorando o seu desempenho internacional, ao mesmo tempo em que lida com uma demanda interna crescente - impulsionada pelas necessidades do setor de proteína animal e de etanol -, o Brasil deverá superar alguns desafios.

O país deve "ter condições de elevar os investimentos em máquinas e equipamentos no campo", para que "as atividades de semeio e colheita sejam realizadas de forma mais acelerada", além de continuar melhorando "a infraestrutura logística para o escoamento da produção", adverte Lucilio Alves, pesquisador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea).

Por outro lado, a capacidade de armazenamento continua sendo insuficiente, assinala Ricardo Arioli, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

De acordo com as suas estimativas, o déficit de armazenamento apenas em Mato Grosso foi "de quase 60 % nas últimas safras" de soja e milho.

AFP / Estado de Minas

Políticos sondam Alckmin sobre impeachment de Lula




Alckmin contou a Lula sobre o ocorrido. 'Eu confio em você', teria dito o presidente a seu vice

O ex-governador de São Paulo, por sua vez, teria colocado um ponto final no assunto. 'O presidente é o Lula'

Políticos ligados ao PSDB e que integram o bloco de oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Congresso Nacional consultaram, de acordo com a coluna “Último Segundo”, do Portal “IG”, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) sobre um pedido de impeachment do chefe do Executivo. De acordo com o texto, os ex-colegas de Alckmin queriam saber se ele “toparia assumir o país em caso de afastamento de Lula”. 

O ex-governador de São Paulo, por sua vez, teria colocado um ponto final no assunto. “O presidente é o Lula”. Ainda conforme a coluna “Último Segundo”, um tucano chegou a confirmar o diálogo, mas negou que o PSDB tenha interesse na abertura de um processo de impeachment contra Lula. “Foi uma conversa informal em que os deputados brincavam”, relatou. 

A crise envolvendo o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Gonçalves Dias, provocou, nesta semana, desgaste ao governo Lula, que passou a apoiar a abertura de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre os atos terroristas de 8 de janeiro em Brasília. 

A temperatura alta da política na capital federal pode ter estimulado oposicionistas a levar o assunto ao pessebista. Depois da “consulta sobre o impeachment”, informou o Portal “IG”, Alckmin contou a Lula sobre o ocorrido. “Eu confio em você”, teria dito o presidente a seu vice. 

AFP / Estado de Minas

Tem que investigar




Vídeo de general ligado a Lula reacende a chama da CPI do 8 de janeiro, cria dor de cabeça ao governo e atrapalha a pauta econômica. 

Por Wilson Lima (foto)

O roteirista de Brasil é um ser maravilhoso. Vira e mexe, ele surpreende a todos com tramas rocambolescas que dariam inveja a qualquer executivo da indústria dos serviços de streaming. A revelação de um vídeo, pela CNN Brasil, que liga o general da reserva Marco Edson Gonçalves Dias, ex-GSI, aos atos terroristas de 8 de janeiro é um exemplo dessas reviravoltas que nem mesmo o mais brilhante escritor hollywoodiano ousaria imaginar.

Em menos de 24 horas, o governo federal enfrentou a primeira queda de um ministro e ainda será obrigado a enfrentar uma CPMI e a ver a sua pauta econômica ser atravancada por um tipo de investigação que, segundo o velho ditado, todos sabem como começa, mas ninguém sabe como termina.

Na quarta-feira última, a CNN divulgou vídeos em que o general Gonçalves Dias, durante o 8 de janeiro, é flagrado no Palácio do Planalto em atitude aparentemente permissiva com invasores do prédio. Nas imagens, ele não somente ficou impávido junto aos manifestantes, como parece até colaborar com momentos da invasão.

Em um primeiro momento, o Palácio do Planalto, sua blogosfera e a mídia amiga tentaram ignorar as cenas. Mas os fatos se impuseram. A repercussão foi tão negativa que o presidente Lula se viu obrigado a convocar uma reunião de emergência para tratar do episódio.

A reunião ocorreu na sala do ministro da Secom, Paulo Pimenta, e participaram também Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Rui Costa (Casa Civil). Crusoé apurou que esse encontro foi tenso. Lula cobrou de Gonçalves Dias explicações sobre o episódio. O presidente da República até defendeu a permanência do auxiliar, mas Pimenta, Padilha e Costa disseram que a situação era insustentável. Lula foi voto vencido.

Durante o encontro, Padilha, Costa e Pimenta argumentaram que não somente houve quebra de confiança por parte do GSI, como o general da reserva colocou o governo no epicentro da crise sobre o 8 de janeiro e deu munição para as bancadas bolsonaristas tanto da Câmara quanto do Senado. Tudo que o governo federal não queria. Mais: a avaliação do Planalto é que o fato de Gonçalves Dias ter escondido do governo a existência desses vídeos também deixou, em situação extremamente delicada, a Polícia Federal, pelo fato de ela não ter identificado um integrante do governo em meio aos manifestantes.

A conclusão após a reunião, que durou em torno de uma hora e meia, é que a demissão de Gonçalves Dias não bastaria para debelar a crise. Seria necessário um amplo plano de ação calcado, a partir de então, no apoio à CPMI e, em paralelo, na tentativa de desacreditar o material divulgado pela CNN. “É hora de controlar a narrativa”, disse um integrante do núcleo duro do governo a Crusoé. Há um receio claro por parte do Executivo de que a ala bolsonarista do Congresso consiga emplacar a tese de que o governo foi leniente com os vândalos em 8 de janeiro. Detalhe: essa virada dramática na narrativa (impondo ao governo algum tipo de participação no episódio) já foi detectada nos primeiros trackings do PT.

Por isso, o governo federal desistiu de enterrar a CPMI e agora intensifica esforços para controlar a investigação. Mas não será uma tarefa fácil. Pelo histórico, a relatoria e presidência do colegiado são divididos entre Câmara e Senado. Quando uma casa fica com a presidência, a outra controla da relatoria. Ou vice-versa.

Aí começa o jogo de xadrez. Se a tradição das duas Casas for seguida, a relatoria e a presidência da CPMI serão destinadas aos maiores blocos partidários. Na Câmara, o maior bloco reúne o PP de Arthur Lira, o PSB governista e o União Brasil – partido que é metade governista e metade, não; no Senado, o bloco majoritário reúne MDB, PSD, PT e União Brasil.

Integrantes das duas casas admitem que o governo federal dificilmente terá ingerência na escolha do represente da Câmara na mesa diretora da CPMI. Isso porque esse bloco é controlado, fundamentalmente, por Lira e por Elmar Nascimento, líder do União Brasil. Ou seja: no final das contas, caberá a Lira ou a Elmar – que tem pressionado o governo federal pela liberação de cargos e emendas – a responsabilidade da indicação do representante dos deputados na mesa da CPMI.

Para piorar a situação do Planalto, na próxima terça-feira o PP vai discutir, institucionalmente, como vai lidar com a investigação. Lideranças do partido ouvidas por Crusoé admitem que a tendência é que a sigla adote uma postura crítica em relação ao Planalto durante as investigações, colaborando para desgastar ainda mais a imagem do Executivo na CPMI. Para a oposição, de maneira geral, o objetivo será dividir as responsabilidades frente aos atos de 8 de janeiro. Se é inegável que bolsonaristas e antipetistas estavam na confusão que foi a invasão dos Três Poderes, eles não devem ser os únicos culpados – dizem os proponentes dessa versão da história –, uma vez que integrantes do governo se omitiram, não forneceram a segurança necessária ou até mesmo incentivaram a turba dos vândalos.

Gonçalves Dias, ao ser nomeado por LulaNa Câmara, a CPI contará com três deputados do PL — muito provavelmente Eduardo Bolsonaro (SP), Alexandre Ramagem (RJ) e André Fernandes (CE), esse último autor do pedido de CPI —, três da federação do PT com o PCdoB, um do Psol, um do União Brasil – a maior chance é que seja Kim Kataguiri (SP) –, e um deputado de cada uma destas siglas: PP, PSDB, PDT, MDB, PSD, Republicanos e Podemos. Esse último vai indicar Deltan Dallagnol (PR) para o colegiado.

Apesar do cenário adverso, um dos vice-líderes do governo no Congresso Lindbergh Farias (PT-RJ) ainda tenta manter o otimismo. “Há uma maioria do governo, a presidência será do governo, do bloco governista. E o relator também. Essa história que o autor da CPI vira presidente ou relator não existe. Isso é quando há acordo e nós nunca chamamos acordo”, disse ele nesta quinta-feira, 20, durante entrevista coletiva.

No Senado, a tendência é que o governo tenha um maior controle da investigação. A princípio, a CPMI terá dois senadores do MDB (Renan Calheiros mais um segundo integrante da sigla), dois do União Brasil (são cotados Soraya Thronicke e o ex-juiz Sergio Moro), um do Podemos (Marcos do Val é o mais cotado), um do PSDB (Izalci Lucas), três do PSD (Otto Alencar e Omar Aziz e um terceiro), um do PT (Humberto Costa), um do PSB (Jorge Kajuru), três do PL (entre os mais cotados estão Flávio Bolsonaro e Magno Malta) e um do PP (provavelmente Luis Carlos Heinze).

No Senado, apesar de fazer parte do bloco majoritário, a tendência é que o integrante da Casa que fará parte da mesa diretora seja do PSD, maior partido da Casa. Isso pode fazer com que seja repetida a tática do partido de indicar Omar Aziz para comandar a investigação.

Por ter sido o autor do pedido de CPMI, o PL trabalha para ter, ao menos, a vice-presidência do colegiado, uma tática que foi adotada na CPI da Covid. Na época, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) ganhou espaço na mesa justamente mediante acordo. E eis a grande fragilidade do PL: integrantes de Câmara e Senado não querem abrir espaço para André Fernandes, justamente por ele ser visto como integrante da ala mais radical do bolsonarismo.

Além de tentar controlar a investigação, o governo federal vai tentar adotar durante a CPMI o discurso de que a oposição tenta transformar em verdade uma grande “teoria da conspiração” ou uma clássica “narrativa bolsonarista”. Em outra linha, a base governista vai insistir na quebra de sigilo de possíveis financiadores, influenciadores, e até de parlamentares com suspeita de envolvimento nos atos de 8 de janeiro. Nesse ponto, integrantes do PT não descartam, por exemplo, pedir a quebra de sigilo telefônico e telemático de integrantes do próprio colegiado como os deputados Eduardo Bolsonaro e André Fernandes, além de outros integrantes da base bolsonarista como Sílvia Waiãpi (PL-AP) e Clarissa Tércio (PP-PE). Estes três últimos (Fernandes, Waiãpi e Tércio) já são alvo de investigações no STF justamente por envolvimento nos atos de 8 de janeiro.

Do outro lado desse ringue, os deputados de oposição ao governo federal vão trabalhar pela quebra de sigilos de integrantes do governo federal como o ministro da Justiça, Flávio Dino, ou do próprio ex-GSI general Gonçalves Dias. A base bolsonarista também pedirá depoimentos de integrantes do governo federal, como o próprio Dino, integrantes da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal e da Polícia Rodoviária Federal. O propósito é emplacar a tese de que o governo federal foi omisso em diversos momentos, antes da invasão da Praça dos Três Poderes e durante o evento golpista.

Enquanto bolsonaristas e petistas se digladiam, durante os próximos seis meses (tempo de duração do inquérito), a pauta econômica tende a ficar em segundo plano. Líderes de Câmara e Senado são uníssonos em afirmar que matérias como o novo arcabouço fiscal e a reforma tributária terão sua tramitação prejudicada, justamente aquilo que o governo não queria.

Será ainda mais difícil para o Executivo impedir mudanças nos dois textos. Uma alteração é tida como certa no novo arcabouço fiscal: a retirada do item que isenta a União de responsabilidade por descumprimento de metas fiscais. De cara, uma nova derrota para o governo Lula.

“Eu não acredito que a Câmara ficará paralisada com a instalação da CPMI”, disse, otimista, o relator da proposta de novo marco fiscal, Cláudio Cajado (PP-BA). “Temos outros temas importantes para enfrentar e não me refiro apenas ao arcabouço.”

A tendência é que a reforma tributária sofra mais com essa CPMI. A expectativa inicial era que o projeto fosse votado, em plenário, já no mês de maio. Mas a tendência é que fique para junho ou, nas projeções mais pessimistas das lideranças, para o início de julho, às vésperas do recesso parlamentar.

Em política, reviravoltas são absolutamente normais. Mas essa guinada, surgida após algumas imagens virem a público, é a demonstração cabal de que a política brasileira compete bem com qualquer filme ou série disponível nas plataformas de streaming.

Revista Crusoé

Basta de segredos - Editorial




A crise gerada pelo vazamento de imagens do 8 de Janeiro, que derrubou o ministro do GSI, expõe as consequências da cultura da opacidade. O sigilo generalizado nesse caso é inaceitável

A revelação, pela CNN, de imagens de câmeras de segurança do Palácio do Planalto nas quais aparece o então ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias, durante a invasão de bolsonaristas da sede do Executivo no 8 de Janeiro precipitou um turbilhão político. Os trechos divulgados mostram agentes acompanhando Dias no terceiro andar enquanto os invasores circulam sem serem detidos.

O agora ex-ministro alega que atuou para conduzi-los ao segundo andar, onde, com o reforço da PM, as prisões foram realizadas. É plausível, mas, na prática, o estrago político está feito – afinal, desde aquele fatídico dia, os bolsonaristas se empenham em emplacar a tese de que a invasão e a depredação das sedes dos Três Poderes foram facilitadas e lideradas por “infiltrados” do governo e do PT.

No meio político, as versões abundam e se chocam. Membros do governo alegam que os agentes do GSI seriam bolsonaristas e estariam apoiando o vandalismo até a chegada de Dias, homem de confiança do presidente Lula da Silva, para impor a ordem. A oposição reavivou teorias conspiratórias e questionou a parcialidade da Justiça na condução dos processos. Tornou-se insustentável a posição do ministro, que se demitiu, e o governo, antes refratário à instalação de uma CPI sobre o 8 de Janeiro, por temer que se transformasse em ribalta para a oposição, passou a apoiá-la.

Há muitas questões no ar. Se os agentes foram coniventes, por que não foram denunciados pelo ministro? Se o presidente sabia dessa conduta, por que não demitiu todos antes? Por que a Procuradoria-Geral da República não os denunciou e o Supremo Tribunal Federal não os indiciou?

São indagações cujas respostas são urgentes, sem tergiversações, mas isso só será possível se e quando se levantar o sigilo de todas as imagens daquele dia trágico em Brasília, para que sejam escrutinadas pela sociedade. Sem isso, todas as teorias podem fazer sentido, ainda mais quando vêm acompanhadas de imagens cuja autenticidade se desconhece e que podem ter sofrido toda sorte de manipulações.

Tudo isso expõe – in nuce, mas de maneira explosiva – um vício de origem, com todas as suas consequências nefastas: a cultura da opacidade entranhada em Brasília.

Todo poder emana do povo. Os membros dos Três Poderes são mandatários, o povo é seu mandante. E, no entanto, o mandante tem sido mantido no escuro por seus mandatários. Na coisa pública, a transparência é a regra, e o sigilo, a exceção, como está na Constituição.

Por que, então, três meses após as invasões, as cenas registradas pelas câmeras dos Três Poderes ainda não estão disponíveis para exame da população? Pode haver maior interesse público que a verificação dos fatos ocorridos durante o maior atentado à democracia desde o fim da ditadura? Se há trechos que põem em risco a segurança nacional ou dados constitutivamente sigilosos, que sejam mantidos sob segredo, devidamente justificado. Mas, obviamente, eles são exceção. O resto já deveria estar à disposição dos cidadãos.

No entanto, não só as gravações, mas todos os inquéritos são mantidos sob sigilo. E não há meses, mas há anos, já que as investigações sobre o 8 de Janeiro foram incorporadas ao inquérito secreto das fake news aberto em 2019.

Essa situação sombria, além de ser, por princípio, inaceitável, é contraproducente para os próprios Poderes. Governo e Congresso se veem colhidos pela turbulência quando têm pautas importantíssimas a avançar, como o arcabouço fiscal ou a reforma tributária. A Justiça, justamente no momento em que inicia o julgamento dos acusados pelas invasões, é enredada por suspeitas e pressões políticas de todos os lados. Ela está colhendo o que plantou. Mas os frutos são amargos para a população. O sigilo fere justamente o bem que supostamente deveria preservar: a normalidade institucional.

Para resgatá-la, não é preciso mais que seguir a Constituição: a publicidade é a regra. O Brasil não pode ficar refém das versões fabricadas nos desvãos de Brasília. Transparência já!

O Estado de São Paulo

Medvedev ameaça enviar Reino Unido para o abismo com as ondas de uma arma nuclear




O ex-presidente russo Dmitri Medvedev

O ex-presidente russo Dmitri Medvedev disse, esta sexta-feira, que Moscovo vai enviar o Reino Unido para o abismo, com as "ondas criadas pelo mais recente sistema de armas", em reação às recentes sanções do Governo britânico a autoridades russas.

"O Reino Unido foi, é e será o nosso inimigo eterno", escreveu Medvedev na rede social Telegram. "De qualquer forma, em breve a sua ilha atrevida e repugnantemente húmida será lançada para o abismo do mar por ondas criadas pelo mais recente sistema de armas russo", acrescentou.

O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia respondia às sanções impostas a autoridades russas pelo Governo britânico, pela detenção esta semana do jornalista e político russo-britânico Vladimir Kara-Murza.

Sobre as ameaças, Medvedev estaria a referir-se ao míssil nuclear de 200 toneladas, conhecido como Satan II, noticiou o jornal The Telegraph.

O chefe de Estado russo, Vladimir Putin, já se tinha gabado que o míssil, oficialmente conhecido como Sarmat, "dará atenção àqueles que estão a tentar ameaçar a Rússia".

Analistas militares referiram que este pode chegar a Londres em menos de 13 minutos caso esteja baseado no extremo oeste da Rússia.

Na sua mensagem, o ex-presidente russo (2008-2012) que já recebeu o ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em Moscovo, destacou que o Reino Unido tornou-se tão "desatualizado" que nem se conseguia lembrar do nome de Rishi Sunak.

O Reino Unido anunciou hoje sanções contra cinco russos acusados de envolvimento no envenenamento e prisão do opositor Vladimir Kara-Murza, condenado na segunda-feira a 25 anos de prisão.

São alvo das sanções dois investigadores e uma juíza russa, "envolvidos na prisão de Vladimir Kara-Murza", segundo um comunicado do ministério dos Negócios Estrangeiros britânico.

Além de Denis Kolesnikov, Andrei Zadatchine e Elena Lenskaia, dois agentes dos serviços de segurança russos, Alexandre Samofal e Konstantin Koudriavtsev, "ligados aos envenenamentos de 2015 e 2017" também foram sancionados, acrescenta-se no documento.

Os cinco foram sujeitos a proibições de viagem e os seus bens foram congelados.

"O Reino Unido continuará a apoiar Kara-Murza e a sua família", garantiu o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, James Cleverly, pedindo à Rússia que o "liberte imediata e incondicionalmente".

Jornal de Notícias (PT)

Postado há  por  

O exército de Stédile




As invasões do MST geral ampla rejeição na sociedade e no Congresso. Só Lula segue apoiando os fora-da-lei. 

Por Duda Teixeira (foto)

O registro oficial, feito pelo onipresente fotógrafo Ricardo Stuckert, da recepção dada à comitiva brasileira no Grande Palácio do Povo, em Pequim, na sexta, 14, mostra o ditador chinês Xi Jinping, sua esposa Peng Liyuan, o presidente Lula, a primeira-dama Janja e outros integrantes da delegação. Duas fileiras atrás dos chefes de governo, exatamente acima da cabeça de Xi, está João Pedro Stédile. O líder do Movimento do Trabalhadores Rurais Sem Terra, o MST, aparece de jaqueta azul e sem gravata.

Exatamente uma semana antes, na sexta, 7 de abril, o mesmo Stédile estrelou um vídeo do MST no Youtube. Ele afirmou que o Brasil viveu seis anos de golpes e de governos antipopulares, referindo-se aos mandatos de Michel Temer e de Jair Bolsonaro. Então, afirmou que o MST teria contribuído, “de todas as formas possíveis”, para mudar essa situação e eleger o presidente Lula. Mas não basta eleger o presidente, diz ele. É preciso organizar os trabalhadores do campo para fazer manifestações em todos os estados e pressionar o governo — diga-se, o Incra — a fazer a reforma agrária. Enfim, ele prometeu um “Abril de Lutas”.

O convite para Stédile integrar a comitiva brasileira na China não deixa dúvidas de que ele conta com a confiança de Lula, que por sua vez nunca condenou seus delitos. Em 2015, o petista ameaçou convocar o “exército” do Stédile para brigar com os manifestantes que pediam o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Na campanha presidencial de 2022, após ser pressionado por Bolsonaro, Lula defendeu o MST, dizendo que seus integrantes só invadiam terras improdutivas. A julgar pela frase de Stédile, o MST também panfletou para o atual presidente no ano passado.

É essa carta branca que o petista dá ao MST que tem incentivado o cometimento de mais crimes este ano. No início de março, o movimento ocupou três propriedades da Suzano ao sul da Bahia e mais uma, em Jacobina, mais ao norte. Mas a reação foi intensa e o MST teve de voltar para a toca. Produtores rurais expulsaram os invasores em Jacobina. Nas áreas da Suzano, a Justiça concedeu rapidamente a reintegração de posse. No Congresso, a Frente Parlamentar Agropecuária, com 300 dos 513 deputados, deixou claro que não aceitaria uma conivência governamental.

Mas Lula, surdo para a grita geral, seguiu dando amplo trânsito a Stédile e seus comparsas. Depois de levá-lo para a China, o governo mudou a chefia do Instituto Nacional de Reforma Agrária em 19 estados.

A balbúrdia, enquanto isso, só cresceu. O MST invadiu prédios públicos em vários estados e propriedade rurais em Pernambuco. De novo, houve resistência. A Frente Parlamentar Agropecuária pediu a prisão de Stédile. A Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil, CNA, solicitou ao STF uma liminar para impedir invasões de propriedades. O movimento colheu declarações negativas do presidente da Câmara Arthur Lira, do presidente do Senado Rodrigo Pacheco, do ministro da Agricultura Carlos Fávaro, do ministro do Desenvolvimento Agrário Paulo Teixeira, do governador do Espírito Santo Renato Casagrande e do governador do Rio de Janeiro Cláudio Castro. De Lula, não se ouviu nenhum pio.

A ação que mais expôs o arcaísmo do MST foi a invasão de terras da Embrapa, em Petrolina, a oeste de Pernambuco. Essa instituição foi criada para aumentar a produção de alimentos nos anos 1970. Nessa época, o Brasil precisava importar comida. Nos quarenta anos seguintes, a Embrapa formou pesquisadores e criou tecnologias, como o plantio direto na terra e a fixação de nitrogênio nas plantas, que tornaram o país um dos maiores exportadores de alimentos do mundo.

Esses avanços beneficiaram as empresas do agronegócio, assim como ajudaram a tirar muitos pequenos produtores familiares da miséria. Na Embrapa Semiárido, essa que foi atacada pelo MST em Pernambuco, foram desenvolvidos sistemas de irrigação com cisternas e um feijão resistente ao clima seco da caatinga. A unidade também ajudou a ampliar a produção e a exportação de goiaba, manga, uva e vários frutos do semiárido, como cajá, graviola e caju. “A Embrapa Semiárido tem uma lista enorme de serviços prestados à agricultura familiar. Graças a isso, muitos pequenos produtores melhoraram de padrão de vida. Para o MST, contudo, é como se eles tivessem cometido o crime de não serem mais pobres”, diz o economista Antonio Buainain, do Núcleo de Economia Aplicada, Agrícola e do Meio Ambiente da Universidade Estadual de Campinas.

Quanto mais Lula dá cargos para o MST e mais deixa o grupo livre para aprontar das suas, mais o movimento irrita a sociedade brasileira. Na Câmara, Lira ameaçou abrir uma CPI do MST, caso Lula não barre novas invasões, como foi antecipado por O Antagonista. Para o bem dos brasileiros, é fundamental que a Embrapa siga com os seus trabalhos e que as propriedades privadas, de todos os tamanhos, sejam respeitadas. O Brasil já entendeu isso. Só Lula não se deu conta.

Revista Crusoé

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