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domingo, abril 16, 2023

Governo proibirá contratos com empresas que se envolverem em atos golpistas

Publicado em 16 de abril de 2023 por Tribuna da Internet

'QG' bolsonarista: 1,2 mil extremistas são levados à PF em Brasília

Empresas que alugaram os ônibus também serão enquadradas

Deu na Veja

Empresas e pessoas físicas que participarem de atos antidemocráticos ficarão proibidas de contratar com a Administração Pública Federal. Essa é a posição da Advocacia-Geral da União (AGU), em parecer que será publicado nesta quarta-feira (12) no Diário Oficial da União. O governo federal seguirá o posicionamento exposto no parecer.

No documento, que foi aprovado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a AGU afirma que o Estado pode impedir quem participa ou promove atos antidemocráticos de concorrer em licitações e contratar com órgãos do governo. A medida será obrigatória e deverá ser seguida por todos os setores do Poder Executivo Federal.

INCONSTITUCIONAIS – A AGU argumenta ainda que os atos atentatórios possuem alta carga de reprovabilidade na legislação brasileira e são incompatíveis com princípios constitucionais.

A regra que será publicada prevê que os órgãos terão prazo de cinco anos para abrirem processo contra empresas e pessoas envolvidas nos atos, a partir da ciência do fato. Após o fim do processo de responsabilização, a contratação poderá ser vetada pelo prazo de três a seis anos. Após os atos de 8 de janeiro, a AGU também entrou na Justiça para pedir que os financiadores da tentativa de golpe sejam condenados ao pagamento de R$ 100 milhões por danos morais coletivos.

De acordo com o órgão, a ação envolve 54 pessoas físicas, três empresas, uma associação e um sindicato. Esses também são processados por danos materiais estimados em R$ 20 milhões, por financiarem o fretamento de ônibus para transportar os investigados para Brasília.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Está corretíssima a AGU. Empresa que promove atos antidemocráticos não pode ser contratada pelo governo que quis derrubar. O parecer é óbvio e tem de ser respeitado. (C.N.)

Governo Biden vê afronta em declarações de Lula sobre os EUA na visita à China

Publicado em 16 de abril de 2023 por Tribuna da Internet

Ninguém vai proibir Brasil de aprimorar relação com China, diz Lula Por  Reuters

Lula deu várias alfinetadas nos EUA e se aproximou da China

Patrícia Campos Mello

Apesar de se declarar neutro na disputa geopolítica entre Estados Unidos e China, o Brasil parece ter se alinhado claramente aos chineses e à Rússia. Essa é a percepção — e o receio — de integrantes do governo americano ouvidos pela Folha, que alegam que os brasileiros não só não têm prezado pelo equilíbrio em seus posicionamentos como teriam adotado uma clara oposição a Washington.

A reportagem entrou em contato com o Itamaraty com um pedido de comentário pouco antes da publicação deste texto, mas ainda não houve retorno.

CRÍTICAS AOS EUA – De fato, em sua visita à China, encerrada neste sábado (15), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez uma série de críticas aos EUA – disse que o país incentiva a continuidade da Guerra da Ucrânia, atacou a hegemonia do dólar e insinuou que os americanos pressionam o governo brasileiro a boicotar a China. Em seu encontro com Joe Biden em fevereiro, Lula não usou a Casa Branca como palco para fazer críticas a Pequim ou a Moscou.

As fontes americanas afirmam não pressionar o Brasil a não ter relações com o regime de Xi Jinping ou a escolher um dos dois países — os próprios EUA têm grande intercâmbio com a China, argumentam.

Mas entendem que o presidente brasileiro e sua equipe de política externa, liderada pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o assessor especial de Lula, Celso Amorim, adotaram um tom aberto de antagonismo aos EUA.

PAZ NA UCRÂNIA – Um dos aspectos mais problemáticos, na visão de Washington, é Lula enxergar os EUA como um obstáculo para o fim da guerra na Ucrânia — e a China e a Rússia como os países que vão levar a paz ao conflito.

Em Pequim, o petista afirmou que é preciso que os americanos “parem de incentivar a guerra e comecem a falar em paz, para a gente convencer o Putin e o [Volodimir] Zelenski de que a paz interessa a todo mundo e [de que] a guerra só está interessando, por enquanto, aos dois”.

Também despertou preocupação Lula declarar que Zelenski, presidente do país invadido, “não pode […] ter tudo” dias antes da viagem à China, em encontro com a imprensa. Na ocasião, ele também afirmou que “Putin não pode ficar com o terreno da Ucrânia”, mas que “talvez se discuta a Crimeia” —o que poderia indicar que, na visão do petista, Kiev deveria abrir mão do território, anexado por Moscou em 2014, antes da invasão que culminou com o conflito atual.

CRIMES DE GUERRA – Por fim, dizem as fontes americanas, o governo brasileiro está repetindo fielmente o discurso do Kremlin —que após invadir um país, violando sua soberania e desrespeitando a Carta da ONU, ainda estaria cometendo inúmeros crimes de guerra.

Na visão de Washington, o Brasil deveria ter um papel nas negociações de paz. Eles alegam, no entanto, que as declarações de Lula minam a credibilidade do país como um mediador equilibrado e neutro.

Um funcionário do governo americano argumenta ainda que o engajamento do Brasil com a Ucrânia tem sido muito menor do que com a Rússia, o país agressor. E menciona a visita do chanceler russo, Serguei Lavrov, ao Brasil nesta semana.

VISITA À HUAWEI – Lula também fez questão de visitar a Huawei, gigante de telecomunicações que é alvo de sanções dos EUA. O governo americano pressionou a gestão Bolsonaro a barrar a empresa no leilão do 5G no Brasil, mas não conseguiu. Os americanos alegam que ela compartilha dados sigilosos com o governo chinês.

Lula disse que a visita à Huawei tinha como objetivo “dizer ao mundo que não temos preconceito na nossa relação com os chineses”. “Ninguém vai proibir que o Brasil aprimore a sua relação com a China”, afirmou ele, em Pequim.

O petista também reuniu-se com outras autoridades chinesas e afirmou que deseja “elevar o patamar da parceria bilateral e equilibrar geopolítica mundial” – ecoando a retórica da China de defesa da multipolaridade, que se traduziria em uma redução da influência dos EUA.


Ataques escolares são planejados em grupos de extrema-direita

 

Alerta sobre o crescimento de grupos neonazistas na internet vêm sendo feitos há bastante tempo pela pesquisadora Adriana Dias que, até o ano passado, conseguiu mapear mais de 500 grupos

Bruno Rodrigues, da redação
Divulgação/Polícia Civil

Os atentados que vem ocorrendo em escolas, em todo o país, estão bem longe de serem considerados eventos casuais, iniciativa individual de “lobos solitários” ou apenas reflexos da chamada “cultura do bullyng”. Na verdade, é evidente que, em praticamente todos os casos, o acusado mostrou ter alguma relação com grupos de ódio e de extrema direita que seguem atuando de forma impune na internet.



Foi, por exemplo, o caso da tentativa de ataque em uma escola situada no município gaúcho de Maquiné, no Litoral Norte do estado, um dos mais recentes. Felizmente frustrado pela ação investigativa da polícia civil, o ataque seria realizado por um adolescente que não só participava de grupos de extrema direita, de onde recebia incentivos, mas que guardava em sua casa vários símbolos e bandeiras que remetiam ao nazismo, além de  facas, canivetes, fardas camufladas e capacetes.

Foi também o caso do atentado com coquetéis molotov, em fevereiro deste ano em uma escola de Monte Mor-SP, felizmente sem vítimas. Adolescente, de apenas 16 anos, usava roupas pretas e uma braçadeira com uma suástica (foto) e era membro de grupos de extrema-direita na internet. A perícia que foi na casa do adolescente, também aprendeu livros sobre nazismo e duas réplicas de armas.

É fato que a presença de grupos nazistas na internet já existe há, pelo menos, umas duas décadas. Mas nos últimos anos eles deram um salto em sua expansão e recrutamento de jovens. Não por acaso, justamente naqueles anos que correspondem aos anos de governo Bolsonaro.

Recentemente falecida, a pesquisadora Adriana Dias deixou um importante estudo sobre o crescimento de grupos neonazistas brasileiros que podem fornecer boas pistas ao problema dos atentados em escolas. Até o ano passado, Dias conseguiu mapear 530 núcleos que, até então, reuniam algo em torno de 10.000 integrantes.

São fóruns, salas de conversa, perfis, páginas e todo um volume de conteúdo cujo alcance atinge mais de meio milhão de pessoas.

Ainda segundo Dias, particularmente desde janeiro de 2019, um anos depois da fatídica eleição de Bolsonaro, grupos de extrema direita vêm em uma onda crescente. 

Ódio disseminado nas redes foi estimulado pela extrema direita 

Essa onda de ataques em escolas só pode ser enxergada como resultante natural da exposição de jovens ao discurso de ódio, às ideologias de extrema direita disseminadas em fóruns da internet e canais do YouTube e à normalização da violência. Ou seja, elas são o reflexo do que se passou com nosso país ao longo dos últimos anos, em que a direita esteve (e ainda está, vale dizer) em permanente ofensiva, inclusive no plano ideológico. Logo, não são problemas de fácil solução, pois exigem disputa a longo prazo, em toda a sociedade.

A primeira disputa, sem dúvidas, é o combate permanente a todo tipo de ideologia neofascista reacionária, dentro e fora da escola. Para isso, é fundamental que a escola seja, também, espaço de mobilização do movimento estudantil, em articulação com pais e professores, através de grêmios e sindicatos atuantes na base. Só essa articulação tem a capacidade de colocar a disputa de ideias em patamares mais altos, além de inibir e isolar ações inspiradas nessas ideologias nazistas.

Em boa medida, os ataques nas escolas também buscam como objetivo espalhar uma sensação de pânico generalizado nas pessoas, jogando parte da população do país no desespero. Quanto mais articulação política houver entre a comunidade escolar, menos capacidade de disseminar desespero terão essas ações.

Nesse mesmo sentido, a educação no nosso país precisa de uma verdadeira revolução. O problema é que o Novo Ensino Médio caminha no sentido justamente oposto. É preciso revogá-lo, para que seja possível um amplo programa de melhoria nas escolas, com salas de aulas menos lotadas e menos desconfortáveis, mais valorização das disciplinas relacionadas às artes e ciências humanas, carga horária menos sufocante para os professores, atendimento psicológico, etc.

Além disso, é necessário a implementação de medidas no plano jurídico. Nesse sentido, o ministro Flávio Dino acertou ao anunciar uma força tarefa com 50 policiais federais para permanente monitoramento das redes, uma ação preventiva importante afim de combater fóruns neofascistas secretos onde os atentados são planejados e divulgados. Mas é necessário ir mais além. Por que não é possível que ainda não haja nenhum tipo de regulação das plataformas virtuais, que também acabam tornando-se espaço para disseminação de ideologias da extrema direita, reacionárias e misóginas, a exemplo da redpill ou dos incel, que viraram pauta nas últimas semanas, em razão da ameaça feita por um youtuber redpill contra uma influencer feminista.

Militarização das escolas não é solução

A mesma extrema-direita que dissemina discurso de ódio nas redes, que fomenta racismo, misoginia, xenofobia e LGBTfobia, agora, de forma não pouco cínica, mostra-se consternada a cada ataque que é noticiado. Ao mesmo tempo em que faz esse jogo de cena, ela tem buscado apresentar seu programa para o problema dos atentados, cujo eixo assenta-se na militarização das escolas, na defesa da liberação do homeschooling e, ainda, em saídas superficiais agitadas para mero efeito de distração, como a proibição de jogos eletrônicos de guerra.

Está claro que trata-se de um problema profundo, para o qual, propostas superficiais ou violentas com essas, não só não resolverão, como poderão piorá-lo. Na verdade, segundo estudos do Instituto Nacional de Justiça realizados nos EUA, agência de pesquisa do Departamento de Justiça americano, a política de policia nas escolas não resolve a questão. De acordo com o relatório do Instituto, que analisou pesquisas publicadas entre 2000 e 2020 sobre policiamento escolar, a presença de policiais não aumentou a segurança e não preveniu ataques. Ainda segundo o Instituto, estudos comparativos demonstram que escolas sem policiamento tiveram aproximadamente 3% menos crimes e problemas disciplinares do que as escolas com policiais. 

Tem muito mais serventia investir em ações preventivas da polícia para identificar e prender nazistas e fascistas que planejam ataques em escolas, como a operação que impediu o atentado na escola de Maquiné-RS. Isso só foi possível porque a polícia havia descoberto o plano através da apreensão de um outro adolescente, do Paraná, que teria ligação com o adolescente que planejava o atentado no interior gaúcho.

Tomar as ruas do país 

União Brasileira dos Estudantes Secundaristas está convocando um dia nacional de mobilização para o dia 19 de abril, em defesa da revogação do Novo Ensino Médio e pela paz nas escolas. A construção desse dia nacional de mobilização, como parte de uma jornada de lutas ao longo das próximas semanas, precisa ser encabeçado por toda a comunidade escolar: estudantes, pais e professores. E abraçado por todos os segmentos democráticos da sociedade. Se não ocuparmos as ruas em grandes atos de repúdio aos massacres, certamente a rede subterrânea dos neonazistas e da extrema-direita seguirá à vontade para estimular novos atentados e seguir disseminando pânico.

https://esquerdaonline.com.br/2023/04/13/ataques-escolares-sao-planejados-em-grupos-de-extrema-direita/

Deixar colégios parecidos com prisões não resolve problema, diz Sou da Paz

 

"É constrangedor e, sobretudo entristecedor, no país de Cecília Meireles, Darcy Ribeiro, Florestan Fernandes, Nísia Floresta, Paulo Freire, Anísio Teixeira - educadores de reconhecimento internacional - os descaminhos atuais da  educação brasileira serem tratados como caso de polícia e de doença mental; com ajuda de políticos, mídia e setores da sociedade." (Fernando Mousinho).


Deixar colégios parecidos com prisões não resolve problema, diz Sou da Paz

postado em 12/04/2023 20:35 / atualizado em 12/04/2023 22:32]]

A adoção de medidas de segurança que tornem as escolas parecidas com prisões, como contratação de seguranças armados ou detectores de metal, não resolve a escalada de ataques no País. Isso é o que diz nota publicada nesta quarta-feira, 12, pelo Instituto Sou da Paz, referência em estudos de segurança pública.

No início desta semana, o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), anunciou que vai colocar pelo menos um policial armado em cada uma das 1.053 escolas da rede estadual de ensino. A medida foi sinalizada após um ataque à creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau, ter deixado quatro crianças mortas.

O Sou da Paz se solidarizou com as vítimas, mas disse que "as evidências mostram que as iniciativas que direcionam investimento apenas em mais segurança dentro das escolas não funcionam". A nota cita, como parâmetro, o massacre de Columbine (1999), que deixou 15 mortos. O massacre é considerado um dos mais emblemáticos até hoje.

"A partir dele, o país (Estados Unidos) realizou uma série de medidas, como colocar detector de metais, portas reforçadas e câmeras de segurança com reconhecimento facial, além de policiais armados em escolas", diz o documento. "Mas elas não foram suficientes para diminuir o número de casos violentos."

Prova disso, continua o instituto, é que Parkland e Santa Fé tinham policiais armados dentro dos ambientes escolares em 2018, mas os agentes não foram capazes de impedir massacres que ocorreram naquele ano e que deixaram 17 e 10 mortos, respectivamente, em cada uma dessas cidades.

Medidas promovem teatro da segurança, diz pesquisadora

O posicionamento do Sou da Paz é endossado por outros especialistas ouvidos pelo Estadão, como Carol Campos, diretora-executiva do Vozes da Educação, empresa de consultoria educacional. "Colocar polícia na porta da escola não vai resolver o problema, porque aí nós naturalizamos que aquele espaço é um lugar onde pode acontecer violência", diz. Ela afirma que medidas como instalação de cercas elétricas, câmeras de vigilância, detectores de metal e catracas são um "teatro da segurança".

O problema só será resolvido, defende Carol, quando a escola criar protocolos de prevenção a ataques adaptados à sua própria realidade, aprender a resolver essa e outras formas de violência no ambiente escolar e, então, lidar com as consequências caso uma eventual tragédia aconteça. "A segurança do aluno vai existir quando houver um vínculo profundo de confiança e acolhimento com a escola."

https://www.correiobraziliense.com.br/

Ônibus de transporte escolar fica sem freio e pneus carecas é denunciado pelo Vereador Neguinho de Lié, estudantes de Jeremoabo correndo risco de vida

 

Risco aos alunos:  ônibus escolar sem freios e pneus carecas aparecendo os arames.

A precariedade do transporte escolar do município de Jeremoabo  vêm sendo alvo de denúncias  feitas por vereadores e pais e alunos da rede municipal. A situação foi exposta pelo  Vereador Neguinho de Lié.

Conforme o vereador, os ônibus têm apresentado defeitos mecânicos graves e na última semana um ônibus continha  freio apenas numa roda danteira,  situação agravada por pneus carecas apontamdo a arames. (Veja fotos abaixo)

Não só o Vereador como também os alunos que utilizam o transporte escolar da Prefeitura de Jeremoabo, reclamaram da má conservação de ônibus que fazem essa locomoção. Conforme explicam, pneus estão carecas e evidências de defeitos nos freios também são constantemente notadas. "A entrada da minha casa fica na descida e percebi que o motorista encontrava dificuldades em parar o ônibus", disse um deles. O jovem solicitou que seu nome não fosse divulgado.
Na segunda-feira,  o vereador Neguinho de Lié, foi até o pátio onde os ônibus estão estacionados e conferiu ser verídica a reclamação dos alunos. 
Irresponsabilidade
Esses não são os únicos problemas relatados por estudantes. Diversas crianças que assistem aulas no período vespertino, disseram que, o veículo da Zona Rural que os conduzia, teve o freio totalmente acabado sendo que o motorista do mesmo, percebeu que isso havia acontecido, em uma curva, na descida. "Fiquei com muito medo, mas ele foi devagar e chegamos bem", relata.
  
Será que esse ônibus  sem freios e com pneus carecas,  está com as documentações e inspeções em dias.?

                                                               

                                            




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Carta aberta ao ministro Flávio Dino, sobre enquadramento das redes sociais

Publicado em 16 de abril de 2023 por Tribuna da Internet

Dino pede exclusão de 270 contas em rede social ligadas a ataques contra escolas | O TEMPO

Dino está corretíssimo ao regulamentar as redes sociais

Jorge Béja

Não escondo e torno pública. Sem fanatismo, sem ortodoxia, sem proselitismo, mas com todas as reverências, máximo respeito e toda a admiração e aplauso, reconheço em Flávio Dino (Flávio Dino de Castro e Costa), atual ministro da Justiça e Segurança Pública, as notabilidades do saber, da dedicação aos interesses da Nação e do povo brasileiro, da ética, da paz, da serenidade, do pudor e muito mais qualidades.

Que dizer de um acadêmico de Direito, formado em 1991, que três anos depois (1994), assume o nobilíssimo cargo de Juiz Federal mediante concurso público, em que foi aprovado em primeiro lugar? Que dizer de um Juiz Federal que, após judicar por doze anos (1994-2006), de livre e espontânea vontade, deixa a magistratura e o magistério universitário para ingressar na vida política?

CARREIRA BRILHANTE – Ingressa e se elege deputado federal,  governador do Maranhão (Estado em que nasceu), senador e desde Janeiro de 2023, Ministro da Justiça e Segurança Pública!. Induvidosamente, Flávio Dino é um talentoso brasileiro. Notavelmente raro.

O senhor ministro sabe da admiração que tenho por sua pessoa e por sua bagagem cultural. Tudo começou nos bancos escolares do Colégio Marista fundado pelo padre Champagnat (Marcellin Champagnat, 1789-1840).

Algo semelhante à minha vida. O início, com os monges beneditinos (Colégio São Bento–RJ). Depois, muitos anos de convívio e aprendizado com os sacerdotes Salesianos de Dom Bosco (Giovanni Melchior Bosco, 1816-1888).

VOU A BRASÍLIA – Agora, após 45 anos de exercício contínuo e sem interrupção da advocacia, sempre e exclusivamente voltada para a Responsabilidade Civil, Pública e Privada e sempre em defesa dos vitimados… os estudos…, a bagagem de experiência…, os cursos na UFRJ e na Universidade de Paris-Sorbonne, me impulsionam a prestar minha colaboração ao Flávio Dino no nobilíssimo desempenho do cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública. E tudo sem ônus, sem qualquer outro interesse que não seja a ordem, o progresso e a pacificação.

Este intróito longo é necessário. E tão logo me sinta curado do mal que me leva a tantas internações hospitalares, vou a Brasília abraçar o ministro Flávio Dino. E para o exercício do seu ministério, dizer-lhe, pessoalmente: “Totus Tuus”.

Ministro, sua luta no combate aos discursos de ódio, à violência e a tudo que produz grave dano ao povo brasileiro, mormente às crianças, aos adolescentes, culminando em tanta violência nas escolas — e tudo divulgado pelas redes sociais via internet — não será uma luta em vão.

PILASTRA FORTE – Ouvi o senhor anunciar que a portaria a ser baixada pelo ministro busca no Código Civil, no artigo 21 da Lei do Marco Civil da Internet e ainda no Código de Proteção em Defesa do Consumidor, as pilastras legais para a sua validade jurídica.

Ministro, creio que o artigo 21 do Marco Civil da Internet, que considera criminosa a exibição de toda nudez sem o consentimento da pessoa focalizada desnuda, não é a pilastra mais forte da portaria. Isto porque entra em confronto com o princípio da Reserva Legal do artigo 1º do Código Penal (“Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal”). Portanto, a analogia que a portaria —- ou o pronunciamento público do ministro a ela fez referência — é imprópria.

Ministro, a pilastra forte, fortíssima aliás, é o próprio Código Civil. Nem precisa tomar emprestado o Código de Defesa do Consumidor. Tudo está no Código Civil.

SÃO EMPRESAS – Twitter, Facebook, WhatsApp, Instagram, Tick Tok e todas as demais chamadas “plataformas digitais” são empresas. São pessoas jurídicas de direito privado. Não importa que estejam sediadas fora do território nacional. Basta que aqui adentrem. Adentram e ainda lucram.

Vamos ao artigo 931 do Código Civil (“…os empresários individuais e as empresas respondem independentemente de culpa pelos danos causados pelos produtos postos em circulação”. Pronto, ministro. É o denominado princípio da Responsabilidade Civil Objetiva consagrado na Constituição Federal e tão proclamado por Aguiar Dias, Cretella Junior e todos os demais renomados juristas brasileiros e franceses.

OUTRA PILASTRA – Vamos agora ao artigo 1125 do Código Civil (“Ao Poder Executivo é facultado, a qualquer tempo, cassar a autorização concedida a sociedade nacional ou estrangeira que infringir disposição de ordem pública ou praticar atos contrários aos fins declarados no seu estatuto”.

“C’est Tout”, como dizem os franceses. É o quanto basta. Discurso de ódio, divulgação e/ou estímulo à violência nas escolas, propagação de ódio e demais cenas e situações de igual conteúdo, além de não estarem permitidos no estatuto de qualquer empresa idônea e civilizada — salvo as diabólicas —, ferem as leis penais e ferem naturais disposições de ordem pública.

Ferem os costumes. Ferem a tradição. E costume e tradição são fontes do Direito.

PILASTRA FINAL – Tem mais, ministro. Vamos aos artigos 1137 (“A sociedade estrangeira autorizada a funcionar ficará sujeita às leis e tribunais brasileiros, quanto aos atos ou operações praticados no Brasil’) e 1138 (“A sociedade estrangeira autorizada a funcionar é obrigada a ter, permanentemente, representante no Brasil, com poderes para resolver quaisquer questões e receber citação judicial pela sociedade”.

Novamente “C’est Tout”. A lei é clara. Por “operações praticadas no Brasil”, como consta no artigo 1137 é o mesmo que por “operações divulgadas e transmitidas para o Brasil”. Ninguém melhor, mais competente, culto, sensível e habilidoso do que o senhor, ministro Flávio Dino, para resolver e acabar para sempre com esta praga que violenta a paz do povo brasileiro.

Registro que esta Carta-mensagem foi por mim ditada do leito hospitalar. E anotada por uma competente acompanhante que a vai digitá-la e, em seguida, enviar ao senhor Ministro.

Aqui me despeço. E em breve estarei em Brasília para abraçá-lo.

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