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sexta-feira, abril 14, 2023

No gabinete fundo de quital do prefeito de Jeremoabo, ficou estabelicido dois tipos de atendimentos: os mais iguais e os menos iguais

Após o prefeito de Jeremoabo Deri do Paloma transferir seu gabinete de prefeito para o fundo do quintal da sua residência, o artista aculturado e sem ética, classificou  dois tipos de " cheiro de gente" para ser atendido; os menos iguais e os mais iguais, sendo que o mais iguais pessoas ilustres tipo Antônio Manoel, são recebidos na parte interna da sua rsidência com toda mordomia, já a plebe rude, os menos iguais, são recebidos na parte externa, no fundo da casa, quando muito com direito a um cafésinho, isso quando é recebido.

Considerando que contra fatos não há argumentos, observem as fotos.






 

Nem diante da crise de insegurança nas escolas o prefeito de Jeremoabo tem ética e competência para discutir a gravidadev dos fatos.

Estamos diante de um DESRESPEITO A POLÍCIA DO ESTADO DA BAHIA, o sem noção e sem ética do prefeito Deri do Paloma, deixar de fazer uma reuinião de suma importância no Prédio da Prefeitura para realizar no quintal da sua residência, distante 3 km do centro da cidade.

 



Diante dessa administração incompetente, sem noção e sem ética o municipio de Jeremoabo está a deriva entregues às baratas.

O prefeito Deri do Paloma para discutir com autoridades  policiais especializados no assunto, marcou uma reunião as escondidas no fundo do quintal da sua residência sem convidar os vereadores.

A reúnião deveria ser realizada na sala de reunião do prédio da prefeitura ou mesmo no gabinete do prefeito, e não em fundo de quintal, demonstrando um desrespeito as autoridades convidadas.

Estamos diante de uma degradação ética e moral, porém, cabe aos vereadores de Jeremoabo, quando falo em vereadores estou referindo-me a vereadores da oposição; fazer sua parte e seguir o exemplo dos vereadores de Manaus, conforme reproduçaõ:


Vereadores aprovam Audiência Pública para discutir segurança nas escolas de Manaus

Eduardo Assis propôs em regime de urgência a

 realização da Audiência Pública com representantes

 da Educação e Segurança


Em meio aos recentes episódios de violência registrados em escolas de diversas regiões do país e diante da preocupação da sociedade civil frente a esses ataques, vereadores da Câmara Municipal de Manaus (CMM) aprovaram nesta segunda-feira (10/04), de forma unânime, Requerimento de nº3838/23, apresentado pelo vereador Dr. Eduardo Assis (Avante), para realização de Audiência Pública com o objetivo de discutir a segurança nas escolas do município.


O encontro contará com a presença de representantes de órgãos de Educação, Segurança, Defensoria Pública do Amazonas (DPE), Conselho Tutelar e Ministério Público do Estado do Amazonas (MP/AM), entre outros.

Segundo Eduardo Assis, que ocupa o cargo de vice-presidente da Comissão de Educação da Câmara de Manaus (COMED/CMM), é importante reforçar as discussões em volta do assunto que tem deixado pais e responsáveis preocupados com a segurança de seus filhos dentro das escolas.

“Não podemos mais esperar que esses ataques continuem acontecendo, seja em Manaus, ou em qualquer outro lugar. É necessário que todos nós venhamos a lutar juntos pela segurança dos nossos pequenos. Um lugar que era para ser seguro, não está sendo. Portanto, devemos discutir os melhores caminhos para dar paz e melhorias na infraestrutura escolar”, enfatiza.

O vereador de Manaus menciona que foi elaborado um Projeto de Lei que prepara a instalação do ‘Botão do Pânico’ em escolas, creches e CMEI´s do município de Manaus.

“É indiscutível que se deve promover políticas públicas para que haja ações a fim de garantir segurança e melhorar a prevenção de violências contra as crianças e professores, principalmente, por estarem nas dependências e cuidados do Poder público”, disse.

O PL solicita detector de metal, brigada de incêndio e saída de emergência. No momento o documento está em avaliação na Casa Legislativa.

Texto e foto: Assessoria de Comunicação do vereador 

O programa Avança-Jerê para promover o prefeito e a secretária de educação usa Fake News para informar que segurança nas escolas do município é obrigação do governo federal

 



Quem assistiu o programa Avança-Jerê deve ter observando que a informação de utilidade pública foi fazer propaganda do proprietário da Jeremoabo FM, mandar lembranças e parabenizar a o povo, fazer propaganda de bandas, incentiver os jovens e ingerir bebidas alcoolicas nas festas juninas e para promover o prefeito e seu conluio ao informar que a segurança nas escolas é obreigação do governo federal  porém o prefeito Deri do Paloma tomou a iniciativa implantando o primeiro prevenção de seguranças nas escolas do estado da Bahia.

Será que é verdedae essa informação?

A pergunta que não cala é: implantou segurança em todas escolas do município incluindo da Zona Rural ou é apenas mais uma propaganda enganosa?

Desmentindo a informação do Programa Avança-Jerê, afirmo e confirmo que  SEGURANÇA NAS ESCOLAS É PRIORIDADE DO GOVERNO MUNICIPAL, vejamos o porque:

 "Não há receita mágica para garantir a segurança do ambiente escolar. Ela deve ser matéria de contínua discussão, principalmente nas reuniões de seu conselho deliberativo, em que o diálogo entre profissionais da educação, educandos e pais vai construir o caminho da solução dos mais complicados problemas. Mas, não nos esqueçamos: a segurança nas escolas depende de superarmos continuamente as violências na comunidade e na sociedade. Daí a necessidade de praticarmos também nossa cidadania, seja pelo engajamento nos movimentos sociais do bairro e da cidade onde moramos, seja pela participação em instâncias políticas mais amplas, que definem as regras da sociedade. Alguém me disse há dias que a tendência atual no mundo globalizado é a de que aumentem ainda mais as diferenças salariais, até mesmo entre os servidores públicos. Você já pensou? Para os que ganham mais, talvez seja uma boa notícia. Embora, hoje, como sempre, quem está bem de vida seja alvo mais comum da criminalidade. E para os funcionários de escolas, lá embaixo na tabela, um pouco acima do salário mínimo, como fica? Ficará melhor ou pior na exata medida da participação dos funcionários nas mobilizações do sindicato, nas reuniões e nos projetos dos vereadores e dos deputados. Numa democracia, a solução passará sempre pela mobilização e pela participação!" (http://portal.mec.gov.br/)

Em Jeremoabo para combater uma das causas da violência nas escolas é combater a Improbidade praticada pelo dinheiro que chega para manutenção das escolas e para o Transporte, escolar, inclusive eliminando os fantasmas e os laranjas.

É preciso inteligência e pertinácia, pois se trata de um desafio complexo, de efeitos de curto, médio e longo prazos. Não há como suprimir etapas e não há tempo a perder

Em nosso país, o principal marco e referência dos direitos da infância é o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei Federal n° 8.069, de 13 de julho de 1990), conhecido pela sigla ECA, o qual reconhece a condição de sujeitos de direitos, como pessoas em desenvolvimento e que, por isso, devem ter prioridade no acesso aos direitos fundamentais:

Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade.

 Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.

Novo pedido para prisão de Tacla Duran leva ao desespero a Máfia da Corrupção

Publicado em 14 de abril de 2023 por Tribuna da Internet

Prisão de Wesley e Joesley reforça J&F 'familiar' | Exame

Wesley e Joesley estão preocupados com a situação de Duran

Carlos Newton

Comandadas pelos irmãos Wesley e Joesley Batista, da JBS, empresas e empreiteiras envolvidas na Lava Jato montaram um forte lobby para evitar o pagamento de cerca de R$ 18 bilhões que estão devendo à Petrobras e a União, em função dos acordos de leniência que firmaram na Justiça se oferecendo para devolver os recursos obtidos com corrupção e outras irregularidades.

A dívida era de aproximadamente R$ 25 bilhões, dos quais já foram pagos R$ 6,7 bilhões, e jamais houve reclamações, No entanto, após a libertação de Lula da Silva e outras decisões do Supremo que praticamente inviabilizaram a Lava Jato, as empresas resolveram reagir e o lobby foi montado pela JBS, que será a maior beneficiária, pois se  comprometeu a pagar R$ 10,3 bilhões mas até agora só devolveu R$ 580 milhões.

ATÉ O ADVOGADO – Além de comandar o Lobby da Corrupção, a JBS disponibilizou um de seus principais advogados, Walfrido Warde, que já escreveu três livros  defendendo as empresas envolvidas na Laja Jato.

Warde então entrou no Supremo com uma ação para revogar os acordos de leniência, apresentada por três partidos que antes alegavam combater a corrupção, mas agora estão abertamente a favor — PSol, PCdoB e Solidariedade.

Tudo ia bem, já até se comemorava o fim do “punitivismo” da Lava Jato e a “descondenação” das empresas, porque o juiz federal Eduardo Appio, novo responsável pela Lava Jato no Paraná, havia revogado os mandados de prisão preventiva expedidos contra o doleiro Rodrigo Tacla Duran, que há anos está foragido na Espanha e voltaria nesta sexta-feira, dia 14. Mas a festa teve de ser cancelada. Na última terça-feira, dia 11, tudo se complicou novamente, porque Tacla Duran teve a prisão preventiva restabelecida pelo desembargador Marcelo Malucelli, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).

Tacla Duran: reviravolta imposta pelo TRF-4 às vésperas de novo depoimento  contra Moro e Dallagnol | Revista Fórum

Duran é garoto-propaganda da Máfia da Corrupção

ERRO DO JUIZ – Ao restabelecer a prisão do doleiro, o desembargador Malucelli considerou que o juiz Appio não poderia ter revogado as ordens contra ele, porque o processo havia sido apenas suspenso por ordem do então ministro do STF, Ricardo Lewandowski. E suspender não significa extinguir o processo.

Detalhe: em março, o magistrado do TRF-4 já havia se posicionado contra um pedido de Tacla Duran para que Moro fosse declarado suspeito em relação a ele nos processos da Lava Jato.

A Máfia da Corrupção entrou em desespero, porque até preparara uma estrondosa entrevista coletiva para Tacla Duran no aeroporto, quando desembarcasse hoje em São Paulo, vindo da Espanha, onde está foragido.

A MÁFIA REAGE – Como seria de ser esperar, os lobistas reagiram e desde quarta-feira estão a distribuir informações visando a manchar a imagem do desembargador federal.  

A Máfia da Corrupção alega que Malucelli vem a ser pai do advogado João Eduardo Barreto Malucelli, 28 anos, que aparece como sócio do senador Sergio Moro (União-PR) e da deputada federal Rosângela Moro (União-SP) no escritório Wolff & Moro Sociedade de Advogados, sediado em Curitiba.

As fofocas vão além e dizem que o filho do desembargador, além de sócio no escritório de advocacia, tem um relacionamento com Julia Wolf, filha mais velha de Rosângela e Moro.

É FÁCIL RECONHECER – Essa atuação da Máfia da Corrupção, que tem Tacla Duran como uma espécie de garoto-propaganda, é facilmente identificável.

Nos processos a que responde, ele é “réu confesso”, porque prestou depoimento à Justiça Espanhola e admitiu que atuava como doleiro para as empreiteiras Odebrecht e UBC, entre outras, e criara duas empresas de fachada, uma na Espanha e a outra em Cingapura, para emitir notas frias e justificar os depósitos nas contas de paraísos discais

Mesmo assim, as matérias plantadas pelos lobistas sempre apresentam o doleiro como “advogado da Odebrecht”. E ao invés de apontá-lo como réu confesso, essas reportagens identificam Duran como “vítima de extorsão” pelo então juiz Moro e o procurador Deltan Dallagnol.

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P.S. 1 –
 Tacla Duran é espertíssimo e está tomando um belo dinheiro das empresas da Lava Jato com estórias do arco da velha, como se dizia antigamente. O fato concreto é que a Lava Jato investigou quase dois mil suspeitos e empresas, cerca de 600 foram denunciados e se tornaram réus, perto de 200 envolvidos foram condenados, mas apenas um, justamente Tacla Duran, teria sofrido extorsão… E ainda há quem acredite nele, como o surpreendente juiz Eduardo Appio, que se declara petista e assinava suas decisões judiciais com a sigla LUL22.

P.S. 2 – Duran alega ter provas da extorsão, periciadas por uma firma particular na Espanha, mas são grosseiramente forjadas, conforme já publicamos aqui na Tribuna, com absoluta exclusividade e sem a menor contestação. Para o doleiro binacional, que tem cidadania brasileira e espanhola, quanto mais a questão durar, melhor, porque ele vai reforçando o caixa 2 com o dinheiro da JBS e das outras empresas assumidamente corruptas. E vida que segue, diria João Saldanha. (C.N.)

Governo quer BNDES “gigante”, com juros menores para uns e mais altos para outros

Publicado em 14 de abril de 2023 por Tribuna da Internet

BNDES é essencial para o Brasil - Agência de Notícias da Indústria

Lobby dos banqueiros pretende que BNDES eleve os juros…

Célio Yano
Gazeta do Povo

Embora o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e aliados critiquem o patamar da taxa básica de juros definida pelo Banco Central (BC), a atuação da atual gestão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) pode acabar contribuindo para tornar o crédito mais caro no país.

Isso porque a concessão de juros subsidiados a determinados setores pelo BNDES, defendida pela direção do banco, tende a pressionar para cima a chamada taxa neutra de juros para o restante do mercado, aumentando os encargos para empresas e pessoas físicas que não têm acesso às linhas subsidiadas.

INDÚSTRIA E TECNOLOGIA – Desde que assumiu a presidência do banco de fomento, Aloízio Mercadante defende uma redução na chamada Taxa de Longo Prazo (TLP), utilizada como referência para os contratos de concessão de crédito da instituição. A expectativa é de que uma proposta seja anunciada nos próximos dias.

A justificativa é que o BNDES precisaria voltar a ser indutor da indústria e da inovação tecnológica no setor produtivo, uma vez que o atual custo da TLP, considerado elevado por Mercadante, estaria retirando a competitividade do banco.

Para se ter uma ideia, em meados de 2011, a participação da indústria na carteira de empréstimos do BNDES chegou a 48%. Hoje o setor responde por menos de 20% do valor total de desembolsos. Entre 2008 e 2015, o volume de operações do banco girou em torno de 3,4% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro – hoje equivale a cerca de 1%.

SUBSIDIAR JUROS – “Nosso projeto é voltar ao patamar histórico dos desembolsos do BNDES desde o início da implantação do real, que é de 2% do PIB. Para isso, queremos dobrar o tamanho do BNDES até 2026 para que possa cumprir seu papel de desenvolvimento econômico e social”, disse o presidente do banco em coletiva no dia 14 de março.

“Algumas atividades precisam de subsídio para serem viáveis e o retorno delas não é econômico, mas de externalidade. Elas geram ganhos, como em tecnologia, inclusão social e mudança ambiental”, afirmou o diretor de planejamento do BNDES, Nelson Barbosa, ao jornal “Folha de S.Paulo”.

A TLP foi criada em 2017, no governo de Michel Temer (MDB), em substituição à Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), que era aplicada nos financiamentos do banco até então. A TJLP era calculada com base na inflação esperada nos 12 meses seguintes, a partir das metas anuais fixadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

ELEVANDO JUROS – A concessão de empréstimos pelo BNDES a juros subsidiados baseados na TJLP é considerada por analistas do mercado como uma das razões para a Selic, taxa básica de juros, ter ficado em patamares elevados entre 2013 e 2016.

“Taxa Selic e TJLP apresentaram sensível descolamento durante o período de ampliação do papel do BNDES no mercado de crédito total”, diz relatório da XP Investimentos divulgado no fim de março. “A taxa Selic tinha que ser maior do que o necessário porque o BNDES concedia um grande volume de crédito com taxas de juros muito abaixo do equilíbrio.”

A diferença de taxas levava a distorções na alocação de capital, permitindo que empresas que tivessem acesso ao financiamento do banco se beneficiassem de menores custos em relação àquelas que não tinham esse acesso.

NOVA TAXA  – Sucessora da TJLP, a atual TLP é obtida a partir de uma parcela pré-fixada, baseada na média de três meses da taxa de juro real da NTN-B de 5 anos vigente no momento da contratação do financiamento, mais uma parte variável de acordo com o IPCA do mês.

Com a utilização da TLP, há uma redução dos custos do Tesouro Nacional com subsídios, uma vez que os juros cobrados nos empréstimos feitos pelo banco pagam os custos de captação do Tesouro Nacional.

Em março, a parcela fixa da TLP atingiu seu pico histórico de 6,15% ao ano. Agora, a direção do banco quer uma mudança no cálculo da taxa.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– Enviada por Mário Assis Causanilhas, a matéria merece reflexões, porque segue com críticas ácidas do “mercado” à política de juros do BNDES, que seria uma das causas da inflação. Por óbvio, os banqueiros abominam a concorrência dos juros menores praticados pelo BNDES. Mas o fato concreto é que, se não houver juros baixos, a indústria brasileira não conseguirá se modernizar para se tornar competitiva. E o crescimento da economia necessita da reindustrialização. Lembremos que, para deslanchar sua economia, a China imitou o Brasil e criou seu próprio BNDES, que hoje é o maior do mundo, superando o alemão e o brasileiro. Culpar o BNDES pelas altas taxas de juros é tipo Piada do Ano, a serviço dos banqueiros. (C.N.)

Na política há iniciativas que atrapalham, como o caso de pequenas importações chinesas

Publicado em 14 de abril de 2023 por Tribuna da Internet

O episódio provocou grande desgaste para o governo nas redes sociais

Pedro do Coutto

O secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, revelou a iniciativa de taxar importações chinesas até US$ 50 no exato momento em que o presidente Lula da Silva está na China e se encontrará com o presidente Xi Jinping  para articular um relacionamento comercial ainda mais amplo. Não poderia ter ocorrido um momento mais impróprio para a investida. Claramente Robinson Barreirinhas não teve a mínima consideração com o momento da visita do presidente da República à segunda economia mundial e parceira do Brasil na compra e venda de produtos.

O presidente Lula incluiu em sua comitiva empresários que mantêm relacionamento com empresas chinesas e também outros que desejam iniciar um movimento bilateral. Reportagem no O Globo sobre a iniciativa do secretário da Receita é de Renan Monteiro, Geralda Doca, Eliane Oliveira, Sérgio Roxo, Carolina Nalin, Rafaela Ribas e Glauce Cavalcanti. Na Folha de S. Paulo, é de Danielle Brant.

DESGASTE POLÍTICO – O reflexo tributário da medida, evidentemente, é pequeno, como reconheceram Mônica Waldvogel e Flávia Oliveira no programa Em Pauta da GloboNews. Não compensa o desgaste político, principalmente no momento da visita de Lula. Robinson Barreirinhas lançou um dardo exatamente contra empresas chinesas, ignorando a atmosfera da semana e as relações internacionais entre Brasil e China.

Iniciativas, sejam econômicas, financeiras ou tributárias, não podem ser lançadas a qualquer momento, pois atrapalham relações políticas maiores que estão em jogo. Foi exatamente esse o caso criado pela Receita Federal. Em sua coluna no O Globo, Miriam Leitão sustenta a impropriedade do momento em que a medida foi anunciada e a sua capacidade de desagradar não só as autoridades de Pequim, mas também o próprio Itamaraty e as consumidoras brasileiras que importam produtos de vestuário, de adereços e bijuterias.

DESENCONTRO – Não há qualquer tipo de criação de imposto novo que vá ao encontro do interesse da população. Pelo contrário. Essa opinião é também de Gabriel Galípolo, secretário executivo do Ministério da Fazenda que está substituindo Fernando Haddad que se encontra exatamente na China.

Miriam Leitão focaliza os efeitos políticos e o descompasso com objetivos extremamente mais importantes que levaram Lula à Xangai e Pequim. É preciso sensibilidade política para os governantes, principalmente atenção ao momento em que se declara uma iniciativa que nem partiu do Palácio do Planalto, mas de uma Secretaria do Ministério da Fazenda. Tenho a impressão de que a administração brasileira deu mais um exemplo de descontrole e desconexão.

DÍVIDA BRUTA – Na Folha de S. Paulo, Thiago Amâncio, com  base em dados divulgados pelo FMI ontem em Washington, focaliza a previsão de um crescimento da dívida bruta brasileira numa escala de 88% do PIB. Até a divulgação desses novos dados, o FMI calculava a dívida brasileira numa escala de 86% do Produto Interno Bruto. A tendência, acredito, está nos juros de 13,75% ao ano da Selic fixados pelo Banco Central em função da emissão dos títulos novos do Tesouro colocados no mercado e o interesse maior de aplicadores em função dos juros reais (8%, os maiores do mundo). Juros reais decorrem da diferença da taxa fixada e da inflação do país.

A inflação encontrada pelo IBGE para 2022 foi de 5,7%. Outro fator está na rolagem do endividamento. Não tendo dinheiro para pagar os juros, o BC emite novos títulos que vão se acrescentar ao passivo da dívida, hoje aproximadamente na escala de R$ 6 trilhões. Enquanto isso, em Washington, participando em um evento programado pela XP, o presidente do Bacen elogiou a regra fiscal proposta por Haddad e reconheceu que a inflação caiu. Mas, ressalvou, que pressões de demanda permanecem.

Com isso, Roberto Campos Neto colidiu mais uma vez diretamente com as afirmações do presidente Lula da Silva na reunião ministerial de segunda-feira, quando afirmou que a inflação brasileira não é de demanda. Ou seja, não se trata de uma disputa pelo mercado decorrente de uma participação intensa dos que possuem mais recursos para adquirir os produtos, Mais um desencontro entre o presidente do Banco Central e o presidente da República. Campos Neto, no fundo, defende os juros de 13,75% com o apoio dos bancos, dos fundos de investimento e dos grandes aplicadores financeiros. O problema da fome no país não se encontra na pauta  do Banco Central.

DEPOIMENTO –  No depoimento prestado na quarta-feira à Polícia Federal, o general Gustavo Henrique Dutra de Menezes, ex-comandante militar do Planalto, afirmou que o presidente Lula concordou com uma proposta sua de adiar a desmobilização do acampamento em frente ao Quartel-General do Exército para a manhã do dia 9 de janeiro.

No dia 8, portanto na véspera, houve a invasão de Brasília e a onda de depredações no Palácio do Planalto, no Congresso e no Supremo Tribunal Federal. A reportagem é de Eduardo Gonçalves, O Globo desta quinta-feira. O general Dutra de Menezes era o chefe do Comando Militar do Planalto e foi exonerado do cargo. Porém, surpreendentemente a meu ver, a exoneração só foi publicada no Diário Oficial de ontem.

O acampamento em frente ao QG foi instalado absurdamente logo após o resultado das eleições. A iniciativa não foi apenas em Brasília e o objetivo do movimento, evidentemente coordenado por um comando uniforme, era fazer com que as Forças Armadas violassem a Constituição Federal e o resultado democrátivo das urnas, impedindo pela força a posse do presidente da República. O general Dutra de Menezes provavelmente não foi indagado sobre as razões que levaram à instalação do acampamento em plena via pública no espaço em relação ao qual o Exército usa o rigor para observar a movimentação das pessoas.

 

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