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terça-feira, abril 11, 2023

Crédito público para o consumo, uma ilusão que colide com a cobrança de juros

Publicado em 11 de abril de 2023 por Tribuna da Internet

Lula precisa agir atacando os problemas possíveis e imediatos

Pedro do Coutto

Uma pesquisa do Datafolha publicada na edição desta segunda-feira de O Globo, aponta que em matéria de popularidade a posição do presidente Lula da Silva é muito boa junto aos que ganham até dois salários mínimos e também positiva entre os que a renda mensal oscila entre dois a cinco salários mínimos. Mas, em contradição, a posição é muito ruim entre os que recebem por mês de cinco a dez salários mínimos, e principalmente entre os que recebem mais de dez pisos salariais.

Reportagem de Sérgio Roxo, Jeniffer Gularte e Paula Ferreira, O Globo, revela que o presidente da República, sentindo o problema e desejando melhorar a sua posição junto à classe média, está preparando uma ofensiva com oferta de crédito e redução nas dívidas contraídas pela população de renda melhor.

CONFRONTO – Liberar crédito público para ampliar o consumo, na minha opinião, é uma medida que colide com a realidade brasileira, pois os juros cobrados pelo sistemas bancários e financeiro são muito altos, superiores à inflação, o que representa um impasse para o pagamento natural  porque, como todos sabem, os salários brasileiros continuam perdendo a corrida para os índices inflacionários.

É só confrontar os números dos últimos quatro anos para se ver concretamente o retrocesso da remuneração do trabalho. O plano do presidente da República conta com a redução dos juros nos cartões de crédito. Uma redução que parece impossível no sentido de dar amparo aos que devem, pois a taxa atual cobrado por essa modalidade financeira está na escala estratosférica de 417% ao ano, taxa que é a maior desde 2017. Baixar de 417% é fácil, mas para quanto? O absurdo continua. Não há condição de financiar uma dívida rotativa com uma taxa cobrada desta forma pelos bancos que emitem os cartões de crédito.

ILUSÃO – Quanto à redução do Imposto de Renda, que seria uma iniciativa capaz de atingir diretamente a classe média, embora tenha sido amplamente anunciada como compromisso na campanha eleitoral, não há sinais de que passará da ilusão para a realidade. O governo já anunciou para este ano a faixa de isenção de R$ 1903 para R$ 2102. Essa medida entrará em vigor em 1º de maio, mas o governo não fala no compromisso de ampliar a faixa de isenção para R$ 5 mil.

Portanto, a visão do governo de que melhoraria a posição da classe média com a ampliação de crédito e alívio no pagamento das dívidas, não se configura concretamente. O governo terá que buscar outros argumentos, partindo do princípio de que tem que incluir medidas que funcionem na prática. O governo Lula da Silva precisa agir atacando os problemas possíveis e imediatos, não recorrendo às promessas douradas que não resistem à prova do tempo.

CAMPEONATO CARIOCA –  A vitória do Fluminense na final do campeonato Carioca assinalou uma vitória do entusiasmo e do empenho contra um Flamengo que se acomodou na vantagem que possuía de dois a zero conquistada no primeiro embate.

O Fluminense precisava vencer por pelo menos dois gols para empatar a disputa. O fator entusiasmo pesou muito. Venceu por quatro a um. Foi um espetáculo em matéria de futebol, com a vitória do imprevisto que vai se incorporar à história do esporte carioca e brasileiro. Mais uma vez, prevalece a eterna afirmação: “em matéria de futebol, ninguém vence na véspera”.


segunda-feira, abril 10, 2023

VISITA DE PÁSCOA AO ABRIGO SÃO VICENTE DE PAULO - JEREMOABO/BA

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Uma das boas coisas da cidade de Jeremoabo que o prefeito Deri do Paloma ainda não conseguiu demolir a exemplo do Parque de Exposição, foi o Abrigo dos Vicentinos, verdadeiro milagre.
Caso o prefeito sem noção que só anda vituperando,  usando nomes de santos na sua boca em vão, resolvesse prestar um grande serviço social e de utilidade pública aos cidadãos que para sobreviverem com dignidade hoje dependendem do Abrigo dos Vicenteinos, bastaria deixar de cometer Improbidade Administrava juntamente com secretários e vereadores da situação ao autopromoverem-se as custas do dinheiro público, prática essa imoral e ilegal, revertendo todo esse dinheiro em benefício dos Vicentinos.
Mais de 04(quatro)anos de sangria ilegal é muito dinheiro, Nossa Senhora das Candeias com certesa ficaria alegre.

Rui Costa, o “Travador da República” acumula desavenças nos 100 primeiros dias de governo

Publicado em 10 de abril de 2023 por Tribuna da Internet

Ministro da Casa Civil, Rui Costa, concede entrevista coletiva sobre primeira reunião ministerial do governo Lula. Ele fala diante de microfone, sentado diante de mesa - Metrópoles

Rui Costa sabe ser antipático e está colecionando inimigos

Guilherme Amado e Edoardo Ghirotto
Metrópoles

A coleção de desavenças de Rui Costa foi a principal marca do ministro da Casa Civil nos 100 primeiros dias de governo Lula. Colegas da Esplanada e parlamentares — incluindo os petistas — já tiveram desentendimentos com o chefe da Casa Civil. Conhecido por ser ríspido e controlador, Costa é comparado com frequência a Dilma Rousseff, mas são as grosserias do ministro que tiram os aliados do sério.

No mês passado, um bate-boca iniciado por Costa fez um deputado da base governista perder a cabeça e abandonar uma reunião com Lula.

“FOI GROSSEIRO” – Algumas reclamações em relação a Costa já haviam sido divulgadas pelas repórteres Catia Seabra e Julia Chaib, no dia 24 de março. Bruno Farias, um deputado de primeiro mandato, do Avante de Minas Gerais, contou à coluna que se irritou com Costa após ter levado uma patada dele na frente de Lula. Em uma reunião que aconteceu no hotel Royal Tulip, em Brasília, o parlamentar tratava com o presidente sobre a publicação da medida provisória (MP) para pagar o piso da enfermagem. Lula pediu para Costa ir até o encontro e explicar o andamento da MP. Foi aí que o caldo entornou.

“Ele foi grosseiro comigo. Eu apelei com ele naquele dia”, disse Farias. “O Lula pediu para chamar o Rui Costa, para ele editar a MP com urgência, porque era um compromisso de campanha. Ele foi muito grosseiro, e eu não aceitei.”

O deputado contou que decidiu abandonar a reunião com Lula após a discussão. “Fui embora, sim. Fui embora com raiva.”

HADDAD REVIDOU – A coluna apurou que as reuniões com Costa no Palácio do Planalto são costumeiramente tensas. O ministro estipula um limite de três minutos para os colegas falarem sobre os projetos das suas pastas. Em uma das ocasiões, o ministro das Cidades, Jader Filho, foi interrompido de forma abrupta quando o cronômetro zerou.

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, também é interrompida com frequência por Costa, segundo relatos feitos à coluna. Auxiliares de Tebet colocam panos quentes na situação e negam que o ministro tenha sido grosseiro.

Em outra reunião, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicava uma proposta com um papel de anotações na mão. Costa percebeu que Haddad havia extrapolado o tempo e tirou o papel das mãos dele, o que incomodou o chefe da equipe econômica. Haddad virou-se para Costa e falou que todos os presentes eram ministros do governo e que não aceitaria ter o raciocínio cortado ao meio.

CHÁ DE CADEIRA – Comenta-se no Palácio do Planalto que, certa vez, Costa não avisou a Haddad que uma reunião com empresários atrasaria. O ministro da Fazenda passou 45 minutos sentado na sala de espera antes de ir embora do Planalto, contrariado e sem participar do encontro.

O ministro da Justiça, Flávio Dino, também não engoliu a rispidez de Costa. “Quem ele acha que é para levantar a voz para mim?”, disse o ministro a um colega do Planalto. Dino falou para pessoas próximas a Lula que, se a relação com a Casa Civil não melhorar, ele cogita pedir demissão em dezembro e reassumir o mandato de senador.

Costa, segundo os petistas, também não atende nem retorna ligações telefônicas — postura que, no primeiro governo Lula, gerou antipatia que terminaria por ser fatal ao então chefe da Casa Civil, José Dirceu, quando precisou de apoio político para sobreviver ao mensalão.

TRAVADOR DA REPÚBLICA – Na Câmara, a bancada do PT apelidou Costa de “travador-geral da República”. Os parlamentares estão incomodados com os impedimentos que a Casa Civil coloca nos acordos firmados entre a Secretaria de Relações Institucionais, de Alexandre Padilha, e os deputados que querem compor a base do governo Lula.

Na última semana, contudo, o ministro da Casa Civil amenizou a sisudez que o marcou neste início de governo. No Planalto, a mudança de postura é atribuída ao constrangimento causado pela reportagem de Seabra e Chaib.

Lula comentou com auxiliares que está ciente das reclamações sobre Costa, mas afirmou que isso não interferiu no andamento do governo até agora. O presidente está satisfeito com Costa e diz admirar o trabalho do ministro.

FALTA EQUILÍBRIO – Quem conhece Costa da temporada no governo baiano diz que as oscilações de temperamento são de sua personalidade.

O líder do governo no Senado, Jaques Wagner, fez chegar aos ministros que os períodos de calmaria com Costa costumam ter validade de um mês. Wagner também já teve relação melhor com o afilhado político.

A coluna procurou a Casa Civil para Costa comentar os casos narrados nesta reportagem, mas o ministério afirmou que não se pronunciaria. O espaço permanece aberto para manifestações.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – A piada é velha, mas ainda está dentro do prazo de validade. Com um ministro truculento na Casa Civil, criando seguidos problemas dentro do Planalto, o presidente Lula nem precisa ter inimigos. (C.N.)

9 Lula é aconselhado a fazer anúncio único de indicações a tribunais superiores




Por Gustavo Uribe

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi recomendado a fazer um anúncio único de indicações a vagas abertas em cortes superiores.

Com a aposentadoria do ministro Ricardo Lewandowski, na terça-feira (11), o petista poderá indicar um nome ao Supremo Tribunal Federal (STF) e três ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Em agosto, o ministro Felix Fischer se aposentou ao completar 75 anos. E, no início deste ano, o ministro Jorge Mussi antecipou a sua saída da corte superior. No sábado (8), o ministro Paulo de Tarso Sanseverino morreu devido a um câncer.

Segundo relatos feitos à CNN, a recomendação de um anúncio único tem partido de congressistas e auxiliares, para os quais ela facilitaria uma aprovação pelo Senado Federal.

A avaliação é de que, ao fazer um anúncio em conjunto, Lula teria a oportunidade de fazer acenos a diferentes grupos políticos e a vincular todos os nomes a uma espécie de esforço concentrado do Congresso Nacional para aprová-los.

Diferentemente do STF, cuja escolha do chefe do Poder Executivo é livre e baseada em critérios como notável saber jurídico, reputação ilibada e idade entre 35 e 70 anos, para o STJ é apresentada ao presidente uma lista tríplice, que é votada pelo plenário da corte superior.

A composição do STJ deve respeitar uma proporção entre três grupos: juízes dos tribunais regionais federais, desembargadores dos tribunais de Justiça dos estados e advogados e integrantes do Ministério Público.

As listas tríplices para as vagas de Fischer e de Mussi ainda não foram elaboradas. A expectativa é de que sejam votadas e apresentadas a Lula em agosto.

Caso Lula decida fazer um único anúncio, portanto, a indicação ao STF ficaria para o segundo semestre.

Em café da manhã com jornalistas, na quinta-feira (6), Lula disse que não tem pressa para a indicação do sucessor de Lewandowski. “Acho que tem mais gente preparada para ir à Suprema Corte do que tinha quando eu tive que escolher, há 13 anos”, ressaltou.

A expectativa é de que Lula indique, ainda neste ano, substitutos para as ministras Laurita Vaz, do STJ, e Rosa Weber, do STF, no mês de outubro. E, em setembro, para o lugar do procurador-geral da República, Augusto Aras.

CNN

A luta do poder pelo poder




Programas e projetos, mesmo os mais abrangentes, comportam ações de cunho eleitoreiro

Por Gaudêndio Torquato (foto)

Nas grandes democracias ocidentais, a luta pelo poder tem, como pano de fundo, fronteiras ideológicas. O alvo é a chegada ao poder para implantar programas compatíveis com as demandas populares, vistas sob a lupa de partidos e facções. Nos EUA, por exemplo, a maior democracia ocidental, os slogans procuram resgatar ideários. Trump, o ex-presidente que é réu, procura se acolher sob a sombra do MAGA (“Make America Great Again”). Biden esboça o ideário da grandeza americana e seu papel na liderança internacional.

Por aqui, observa-se um retrocesso. A disputa até levava em conta programas banhados por doutrinas e os partidos de esquerda, a partir do PT, brandiam as bandeiras do socialismo. O PSDB, as bandeiras da social-democracia. Recentemente, o bolsonarismo levantou os véus do conservadorismo. Coisa de extrema direita, como armamento da sociedade e defesa de temáticas polêmicas como educação nas escolas, política dura na área dos gêneros, imunidade das igrejas evangélicas, inserção dos militares na política etc. Nada resistiu, porém, às forças que têm chegado ao poder, iluminadas pelo lema: o poder pelo poder.

O PT velho de guerra ensaia a volta de programas de certo verniz doutrinário, mas monta um superministério, que confere ao Estado um corpo paquidérmico, para agradar os partidos que apoiam o governo. Adere ao poder pelo poder. É impensável que a sombra da política cubra a estrutura administrativa.

Kennedy e Tocqueville

Voltemos aos dias de ontem. Tornou-se célebre o dito de John Kennedy: "Não pergunte o que a América pode fazer por você, mas o que você pode fazer pela América". A frase ofuscou-se na névoa do tempo. A força doutrinária tem perdido pontos mesmo nos EUA. Os partidos já não acendem aquela chama de civismo que tanto maravilhou Alexis de Tocqueville, há mais de 200 anos, quando o jovem advogado de 26 anos foi enviado pela França para estudar o sistema penitenciário estadunidense.

Descrevia ele em sua clássica obra sobre a democracia ameri­cana: "Os grandes partidos são instrumentos que se ligam mais a princípios que a suas consequências, às generalidades que aos casos particulares, às ideias e não aos homens". A queda de braço entre as duas estruturas que se revezam no poder mostram que a balança dos pesos e contrapesos está precisando de reparos.

A política, lá como aqui, refunda-se sob a égide do salve-se quem puder. A polarização cheia de ódio chegou para disseminar a desunião da sociedade. O altruísmo, valor tão enaltecido pela democracia norte-americana, cedeu lugar ao pragmatismo; o fervor social esfria, basta ver a avaliação negativa que a população confere a seus presidentes, passado a euforia eleito­ral.

Mudanças de paradigma

Sob uma teia de tensões, os EUA vivem esta segunda década do século XXI com a imagem de liderança mundial em processo de declínio. Quais as razões para tal mudança de paradigma? A principal causa aponta para a alteração da fisionomia política na sociedade pós-industrial. A política deixa de ser missão para se tornar profissão, desvio que ocorre na esteira do desvanecimento das ideologias.

Ademais, o motor econômico, principalmente na moldura da globalização, passou a movimentar a máquina política, como se aduz dos atuais embates que os EUA travam com a China e a Rússia, sob a ameaça de nova Guerra Fria e temor de uma III Guerra Mundial. Ideários e escopos doutrinários perdem subs­tância. A imagem de misseis nucleares povoa as mentes.

Intransigência no Brasil

O fio desse rolo já chegou até aqui. O que ocorre no Brasil tem que ver com a prática da intransigência, do im­passe político e da polarização entre situação e oposição. Desde outubro do ano passado, política não dá trégua aos com­petidores. A gana pelo poder é tão desmesurada que os climas eleito­rais se intercambiam. Bolsonaro, o capitão, enrolado em pacotes de joias, ensarilha as armas. Lula arruma a voz.

O teatro do pleito de 2026 está sendo montado. No Brasil, é assim. A eleição seguinte começa logo depois da apuração dos resultados da eleição anterior. Nos espa­ços governativos de todas as instâncias, programas e projetos, mesmo os mais abrangentes, comportam ações de cunho eleitoreiro. Políticas de longo prazo, nem pensar. O Brasil é o território do "aqui e agora".

Política de golpes preventivos

A ausência de estratégia de longo prazo deriva da efervescência eleitoral que impregna o ânimo dos conjuntos. Não se abre espaço para a busca de consenso entre blocos de um lado e de outro a respeito de temáticas relevantes. A disputa obede­ce a uma lógica que Thomas Hobbes cunhou de política de golpes preventivos: A teme que B ataque e decide atacar primeiro, mas B, temendo isso, quer se antecipar, fazendo que A, pressentindo o golpe, tente reagir, e assim por diante. 

O ataque não abriga armas de des­truição ideológica (até porque as ideologias estão no fundo do baú), mas movimentos táticos. Repito: as clivagens do passado, originadas em antagonismos de classes, perdem sentido no fluxo da expansão econômica e da subida de parcelas das margens sociais ao centro da pirâmide.

Servir à polis é algo que não entra nas cacholas. As alianças eleitorais não são firmadas sob ideários. O contrato de hoje pode se desfazer amanhã.

O Tempo

China simula ataque a Taiwan em 2° dia de exercícios militares




Manobras começaram um dia após a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, retornar de uma breve visita aos Estados Unidos. Governo Chinês reivindica a ilha como parte do seu território 

Por Yimou LeeBen Blanchard

O exército da China simulou ataques de precisão contra Taiwan em um segundo dia de exercícios ao redor da ilha neste domingo, com o Ministério da Defesa taiwanês relatando várias surtidas da força aérea e dizendo que estava monitorando as forças de mísseis da China.

A China, que reivindica Taiwan como seu próprio território, iniciou três dias de exercícios militares ao redor da ilha no sábado, um dia após a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, retornar de uma breve visita aos Estados Unidos.

A televisão estatal chinesa informou que as patrulhas de prontidão de combate e exercícios em torno de Taiwan continuam.

“Sob o comando unificado do centro de comando de operações conjuntas do teatro, vários tipos de unidades realizaram ataques de precisão conjuntos simulados em alvos-chave na ilha de Taiwan e nas áreas marítimas circundantes, e continuam a manter uma postura ofensiva ao redor da ilha”, afirmou.

O Comando de Teatro do Leste das forças armadas chinesas divulgou uma curta animação dos ataques simulados em sua conta do WeChat, mostrando mísseis disparados de terra, mar e ar em Taiwan, com dois deles explodindo em chamas ao atingirem seus alvos.

Uma fonte familiarizada com a situação de segurança na região disse à Reuters que a China estava conduzindo ataques aéreos e marítimos simulados contra “alvos militares estrangeiros” nas águas da costa sudoeste de Taiwan.

“Taiwan não é o único alvo deles”, disse a fonte, falando sob condição de anonimato, já que não estava autorizada a falar com a mídia. “É muito provocativo.”

O Ministério da Defesa de Taiwan disse que, até as 16h (horário local) de domingo, avistou 70 aeronaves chinesas, incluindo caças Su-30 e bombardeiros H-6, bem como 11 navios, em torno de Taiwan.

O Ministério reiterou que as forças de Taiwan “não escalarão conflitos nem causarão disputas” e responderão “apropriadamente” aos exercícios da China.

Reuters / CNN


É absurdo anular acordos de leniência da Lava-Jato - Editorial




Ação movida por três partidos no Supremo cria revisionismo para expurgar corrupção da História

É completamente descabida a ação conjunta movida por PSOL, PCdoB e Solidariedade junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) exigindo a suspensão do pagamento de indenizações e multas pelas empresas cujos executivos confessaram atos de corrupção desmascarados pela Operação Lava-Jato. Sob o argumento ardiloso de que os acordos de leniência assinados pelas empresas foram “pactuados em situação de extrema anormalidade político-jurídico-institucional”, os três partidos pretendem acabar com o que chamam de “hermenêutica punitivista e inconstitucional do lavajatismo”. O STF deveria negar imediatamente o pedido.

Os erros e ilegalidades cometidos pelo então juiz Sergio Moro em conluio com procuradores são todos de conhecimento público, assim como suas decisões sobre a própria carreira política fora do Judiciário. Nenhum desses fatos, contudo, justifica interromper o ressarcimento do Estado por criminosos confessos.

Os três partidos tentam sustentar que o Brasil viveu um período de violação generalizada de direitos fundamentais, batizado com o epíteto curioso de Estado de Coisas Inconstitucional. Esquecem que as empresas brasileiras envolvidas na Lava-Jato fizeram acordos com a Justiça de outros países, como Estados Unidos ou Suíça. Será que, na visão de PSOL, PCdoB e Solidariedade, nesses lugares também houve atropelo indiscriminado de direitos fundamentais?

O revisionismo proposto pela ação conjunta pretende expurgar da História brasileira o maior caso de corrupção já desvendado por aqui. Em certa medida, lembra as ordens do líder soviético Josef Stálin para apagar de fotografias as imagens de ex-aliados que haviam se tornado inimigos.

Amplos setores da esquerda acreditam na teoria da conspiração segundo a qual a Lava-Jato foi fruto de uma operação conjunta entre juízes, Ministério Público, Polícia Federal, autoridades americanas, adversários do PT, imprensa e quem mais lhes convém colocar no balaio. Entre os motivos alegados está a noção estapafúrdia de que o objetivo da operação era prejudicar a ascensão de um Brasil rico em petróleo e a operação das empreiteiras brasileiras no exterior. A conveniência política dessa narrativa é óbvia: com ela, os culpados são magicamente transformados em vítimas. O próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva espalha essa versão, provando que, na hora de disseminar desinformação, pouco deve ao antecessor.

Infelizmente, o pedido de suspensão dos pagamentos não é um caso isolado. A Lei das Estatais, uma das poucas respostas institucionais sólidas aos casos de corrupção desmascarados, começou a ser alvejada mesmo antes da posse. Em dezembro, o PCdoB ajuizou ação no STF questionando a quarentena a dirigentes partidários e de campanha eleitoral indicados para estatais. Em decisão liminar do ministro Ricardo Lewandowski ainda sujeita a julgamento em plenário, parte sensível da lei foi anulada. Espera-se que os ministros derrubem tanto essa liminar quando o pedido descabido de suspensão do pagamento de indenizações e multas. A Petrobras recebeu de volta mais de R$ 6 bilhões roubados, uma pequena fração dos desvios descobertos. É preciso evitar que a corrupção se repita.

O Globo

China simula ataques contra 'alvos cruciais' em Taiwan




A China simulou neste domingo (9) ataques contra "alvos cruciais" em Taiwan, no segundo dia de manobras militares que devem prosseguir até amanhã, em resposta à reunião entre a presidente taiwanesa e o líder da Câmara dos Representantes americana.

O Exército chinês simulou "ataques de precisão" contra "alvos cruciais na ilha de Taiwan e nas águas circundantes", com a participação de dezenas de aviões e tropas terrestres, informou a televisão estatal do país asiático.

Pequim destacou que os exercícios têm a participação de contratorpedeiros, lanchas de alta velocidade e aviões de combate, entre outros.

As manobras militares começaram depois que a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, reuniu-se, na quarta-feira, na Califórnia, com o presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Kevin McCarthy. Pequim prometeu responder ao encontro com medidas "firmes e contundentes".

"Não há razão para Pequim transformar essa reunião em algo que ela não é, e usá-la como pretexto para reagir de forma exagerada", declarou hoje um porta-voz do Departamento de Estado americano.

O Ministério da Defesa de Taiwan detectou neste domingo 11 navios de guerra e 70 aviões chineses ao redor da ilha, mesmo número registrado na véspera.

A pasta afirmou que responde às manobras "com calma e serenidade" e explicou que os aviões de guerra detectados até as 16h locais incluíam caças e bombardeiros.

As manobras têm o objetivo de estabelecer a capacidade da China para "tomar o controle do mar, o espaço aéreo e da informação [...] para criar uma dissuasão e um cerco total de Taiwan", destacou o canal estatal CCTV no sábado.

Taiwan e o governo dos Estados Unidos criticaram a operação, que recebeu o nome "Espada Conjunta", e pediram "moderação" a Pequim, ao mesmo tempo que afirmaram manter aberto os canais de comunicação com a China.

- 'Advertência séria' -

A China considera a ilha de Taiwan, de 23 milhões de habitantes, uma de suas províncias que ainda não conseguiu reunificar com o restante do território desde o fim da guerra civil, em 1949.

As manobras "servem como advertência severa contra o conluio entre as forças separatistas que buscam 'a independência de Taiwan' e as forças externas", advertiu no sábado o porta-voz militar chinês, Shi Yin.

Washington reiterou no sábado o apelo para que "status quo não mude" na ilha.

"Estamos confiantes em que contamos com recursos e capacidade suficientes na região para garantir a paz e a estabilidade", afirmou o Departamento de Estado.

O governo chinês anunciou que na segunda-feira os exercícios utilizarão munição letal no Estreito de Taiwan, perto da costa de Fujian, uma província que fica diante da ilha.

Os exercícios, que têm uma dimensão "operacional", pretendem demonstrar que o exército chinês estará preparado, "caso as provocações se intensifiquem", para "resolver a questão de Taiwan de uma vez por todas", declarou à AFP o analista militar Song Zhongping.

- 'Expansionismo autoritário'-

A AFP não constatou neste domingo um aumento das atividades militares na costa norte da ilha de Pingtan, na província de Fujian, perto de onde devem acontecer as manobras com munição letal.

Ao longo de uma estrada perto da costa, Lin Ren colocou o hino chinês para tocar enquanto vendia café atrás de um carro. "Acho que (os exercícios) mostram claramente que temos os meios (...) para unificar o território", disse à AFP o homem de 29 anos.

A presidente Tsai denunciou no sábado o "expansionismo autoritário" da China e afirmou que Taiwan "continuará trabalhando com os Estados Unidos e outros países (...) para defender os valores da liberdade e da democracia".

A China está irritada com a aproximação dos últimos anos entre as autoridades taiwanesas e o governo dos Estados Unidos, que, apesar da ausência de relações oficiais, fornece à ilha um importante apoio militar.

Em agosto, a China executou manobras militares sem precedentes ao redor de Taiwan e disparou mísseis em resposta a uma visita à ilha da democrata Nancy Pelosi, antecessora de McCarthy na presidência da Câmara de Representantes.

O governo dos Estados Unidos reconheceu a República Popular da China em 1979 e, em tese, não deveria ter nenhum contato oficial com a República da China (Taiwan) com base no princípio de "uma só China" defendido por Pequim.

AFP / Estado de Minas

Professor terá de usar tornozeleira eletrônica após fala ofensiva sobre ataque em SC

Segunda-Feira, 10/04/2023 - 08h40

Por Leonardo Vieceli | Folhapress

Professor terá de usar tornozeleira eletrônica após fala ofensiva sobre ataque em SC
Foto: Tiago Ghizoni/NSC

A Justiça de Santa Catarina afastou do trabalho neste domingo (9) o professor da rede estadual em Joinville que é investigado por comentários ofensivos sobre o ataque contra uma creche de Blumenau, na quarta-feira (5), que matou quatro crianças. A decisão contra o professor atendeu a uma representação da Polícia Civil. Além de afastar o docente do trabalho, a Justiça também determinou que ele passe a usar tornozeleira eletrônica, já que está proibido de ir a qualquer unidade escolar pública ou privada.
 

Segundo a decisão, ele deve permanecer distante ao menos 50 metros das instituições. O professor ainda está proibido de manter contato com qualquer estudante que tenha sido seu aluno ou presenciado os fatos narrados no inquérito.
 

A Secretaria de Educação de Santa Catarina instaurou uma investigação contra o professor após ele ser acusado por pais e alunos de ter feito comentários ofensivos sobre o ataque em Blumenau.
 

De acordo com o relato que chegou à pasta, o docente disse que "mataria mais do que quatro pessoas, pois a população está muito grande".
 

"Mataria uns 15, 20. Entrar com dois facões, um em cada mão e 'pá'. Passar correndo e acertando", disse o professor em um vídeo gravado por alunos e publicado nas redes sociais.
 

O caso foi divulgado pelo portal NSC Total. De acordo com o site, pais e estudantes afirmam que o professor costumava fazer comentários violentos, com o uso de xingamentos.

 

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