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terça-feira, janeiro 10, 2023
Como Steve Bannon e outros aliados de Trump estimularam invasões de bolsonaristas em Brasília.
A montanha pariu um rato ou o blefe bolsonarista foi um tiro no pé
8 de janeiro de 2023, 22:19 h
Roberto Ponciano
"Não pode haver anistia, não pode haver leniência e todos devem ser punidos. A história se repetiu como farsa, a montanha pariu um rato"
Escrevo ainda no calor do momento e das emoções que o ataque à democracia feito hoje, pelos nazistas bolsonaristas, provocou em todos nós. Marx dizia que a história não se repete verdadeiramente, a primeira vez ocorre como tragédia, a segunda fez se repete como farsa. Uma farsa dupla, primeiro tentando copiar o ensaio de golpe que ocorreu em setembro de 2021 (quando estivemos realmente, muito perto da ruptura do Estado democrático de Direito), de outro lado, num viralatismo Bento Carneiro, imitando o ataque ao Capitólio nos Estados Unidos.
Com a leniência e com a prevaricação do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, do secretário de segurança pública, Anderson Torres, do procurador (ou será prevaricador geral da república) geral da república, Augusto Aras, que desapareceu, uma pequena tropa estimada entre 3 mil e 5 mil pessoas teve o acesso à Praça dos 3 Poderes franqueada pelas forças de segurança pública, num roteiro de filme de quinta categoria, e puderam simular um ataque à democracia, depredando e quebrando a sede de cada um dos poderes. Não é possível deixar de citar o novo Ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, que acoitou e fez vista grossa aos acampamentos, dando uma declaração estapafúrdia de que lá havia uma manifestação democrática e, assim, sinalizando uma carta branca aos golpistas para que pudessem conspirar livremente.
A demonstração cabal de que o ataque ao Congresso, ao Palácio do Planalto e do STF foi uma opereta bufa, ensaiada com a PM do Distrito Federal, não são as fotos de policiais militares fazendo vista grossa, tirando selfies com os terroristas, ou confraternizando dentro dos espaços depredados, a maior prova de que era um ato combinado foi que, 30 minutos depois da mudança de comando na segurança do Distrito Federal, pouco mais do que meia hora após Ricardo Capelli ser nomeado interventor, aquele exército de Brancaleone foi facilmente desalojado dos 3 poderes e isolado de volta à rodoviária de Brasília.
Não foi um grande ato de apoio ao nazismo e a estética não é de vitória ou avanço do Bolsonarismo. A imagem é de um ato derrotado, de uma tentativa torpe e fraca fracassada e de decréscimo e decrepitude do movimento golpista. Alguns me interpelam dizendo que subestimo o nazifascismo no Brasil. Alto lá, eu denuncio o crescimento do nazismo no Brasil desde Joaquim Barbosa e a farsa do mensalão, que foi continuado com a criminosa lava jato e que desembocou nos destrambelhados de julho de 2013, no golpe contra Dilma e na prisão de Lula. Seguramente fui um dos primeiros a comparar o mensalão e a lava jato (quando eram moda e seus defensores eram heróis) com o marcarthismo e o fascismo e disse que seria o ovo da serpente que iria parir movimentos nazifascistas no Brasil. Moro é mais pai do movimento nazista no Brasil que Bolsonaro, este é o bebê de Rosemary de uma noite de amor comprado, num motel barato de beira de estrada, entre o ativismo judicial e a histeria da mídia golpista.
O nazifascismo no Brasil cresceu e se consolidou, mas não, o movimento golpista não está em crescimento no momento. Ele teve seu auge no dia 7 de setembro de 2021, quando estivemos cara a cara com um golpe, a reação das instituições, incluído aí o TSE e o STF, junto com a inércia de Bolsonaro (que não sabia se queria ser tirano ou ganhar a eleição) evitaram o pior. A dúvida entre o fechamento do país e de ganhar as eleições gastando quase meio trilhão de reais imobilizou o nazifascismo bolsonarista. O nazismo não cresce na disputa democrática, sua vitalidade se deve principalmente a um ethos guerreirista de ódio. A aposta bolsonarista em tentar inundar a população de benesses eleitoreiras e ganhar a eleição através do aparelhamento do Estado acabou isolando sua ala mais radical, que desinchou. Junte-se a isto a própria atividade do STF que começou a mapear e punir empresários e líderes bolsonaristas coibindo a liberdade de seus movimentos.
Após a eleição, Jair Bolsonaro entrou em curto, ainda que sua ala mais terrorista tenha tentando radicalizar e colocar o país em pé de guerra fechando rodovias, e, posteriormente acampando em quartéis, os movimentos de não reconhecimento das eleições, mesmo com o continuado financiamento de empresários (que temem perder o financiamento público farto que tiveram de Bolsonaro para aparelhar o próprio movimento fascista), não conseguiram ser grande e fortes.
Fiquei até um pouco espantado com algumas reações nossas no dia de hoje, alguns amigos meus chegaram a alertar para um perigo iminente de golpe, mesmo que se fazendo aquela conferência de fatores necessários para golpe, faltassem todos. Não tinha apoio internacional, não tinha apoio majoritário da elite e do mercado, não tinha apoio sequer da imprensa, não havia ameaça de levantamento militar. Tirando a revolta com a depredação do patrimônio público e da inação do Governo do DF, a ameaça de golpe era zero (assim como era de zero a ameaça de golpe no capitólio).
O blefe, baile da Ilha Fiscal e canto de ganso do ativismo golpistas bolsonarista soou mais como um ato de desespero que um ato coordenado eficaz. A partir do fracasso da patetada de hoje, dia 08 de janeiro, as consequências podem ser funestas para o bolsonarismo. O discurso de complacência com concentrações em porta de quartéis, em rodovias, ou mesmo caravanas pró golpe em Brasília serão facilmente criminalizados. No dia de hoje, há um consenso que todo e qualquer ato que vise a derrubada do governo eleito pode ser barrado no seu nascedouro. Com as listas de passageiros, cerca de 3 a 5 mil membros terroristas do bolsonarismo serão fichados e ou presos, empresários concatenados com o ato de hoje também sofrerão ações penais.
O botim político do ato de hoje não é positivo para o bolsonarista, até o Ibaneis tenta agora se desvencilhar (inutilmente do ato de hoje). Não, 49% dos eleitores votaram em Bolsonaro mas não temos, felizmente no Brasil 49% de fascistas. A ala extremista do bolsonarismo se isola e perde validação, todos os atos de repressão a eles estão previamente justificados e serão festejados até pela ala de centro-direita do governo, para nosso espanto, hoje, a mesma Rede Globo, que ajudou no golpe contra Dilma e Lula, pedia prisão e medidas duríssimas contra todos os golpistas tachando todos de terroristas.
Pesquisa feita hoje mostra que 90% das pessoas entrevistadas condenaram os atos terroristas, isto significa que mesmo quem votou em Bolsonaro deixou de apoiar as patetices dos esquizóides acampados em frente ao quartel. Neste momento já são cerca de 500 presos e, certamente, as prisões devem alcançar cerca de mil pessoas. 40 ônibus estão confiscados, as listas de passageiros já estão sendo investigadas pela Polícia Federal. Não há crise institucional, o governo hoje se encontra mais seguro que ontem e a página das manifestações patéticas de frente para os quartéis será virada.
Isto está longe de subestimar o nazifascismo. Ele veio para ficar e tomou corpo com Joaquim Barbosa, Sérgio Moro e Jair Bolsonaro, mas o tiro no pé que os fascistas deram não os ajudarão a evoluir no sentido de se organizar para um golpe de Estado, muito pelo contrário, dará força para que seja reprimido sem oposição da opinião pública o movimento golpistas, seus líderes presos e suas redes de financiamento monitoradas e sequestradas. Toda tentativa de golpe, quando fracassado, leva a um refluxo do movimento que o tenta.
A tentativa fracassada reforça o discurso de Flávio Dino que não pode haver anistia, que não pode haver leniência e que todos devem ser punidos. A história se repetiu como farsa, a montanha pariu um rato.
https://www.brasil247.com/blog/a-montanha-pariu-um-rato-ou-o-blefe-bolsonarista-foi-um-tiro-no-pe
Força-tarefa tenta frear avanço do AVC entre os mais jovens no pós-pandemia
Por Cláudia Collucci | Folhapress
A prevalência de AVC (Acidente Vascular Cerebral) entre pessoas abaixo de 50 anos quase dobrou no período da pandemia de Covid-19, acendendo o alerta para a doença que lidera as causas de internações e mortes no país e que sempre esteve associada a idades mais avançadas.
Dados preliminares compilados pela Organização Mundial de AVC (World Stroke Organization, a WSO) mostram que a taxa de pessoas com menos de 45 anos acometidas pela doença passou de 10%, antes da crise sanitária, para 18%, no fim do ano passado.
Para neurologista brasileira Sheila Martins, 52, que assumiu a presidência da WSO em novembro, a piora dos hábitos de vida entre os mais jovens e a interrupção de tratamentos por aqueles que já tinham fatores de risco, situações que se intensificaram durante a pandemia, estão entre as hipóteses para o aumento.
"Estamos vendo muitos jovens com pressão alta, diabetes, colesterol elevado, obesidade, inatividade física, tabagismo, consumo exagerado de álcool e muito estressados. São fatores de risco que levavam ao AVC aos 60, 70 anos, e que foram puxados para mais cedo", explica a médica, chefe do serviço de neurologia e neurocirurgia do Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre (RS) e professora da UFRGS (Universidade federal do Rio Grande do Sul).
A própria infecção pelo vírus Sars-CoV-2 também pode ter algum papel nesse aumento de casos, uma vez que a Covid-19 é uma doença trombogênica, ou seja, ela se caracteriza por ter um alto risco de formação de coágulos. "Nós vimos pacientes jovens com AVC sem causas [clássicas] aparentes, mas que tinham tido Covid", diz.
Nas últimas três décadas, o AVC liderou as causas de mortes no Brasil, mas após a adoção de um programa nacional de enfrentamento da doença, em 2011, em que foram criados centros de enfrentamento da doença, passou para o segundo lugar. Em 2022, porém, voltou à liderança.
"Batemos o nosso recorde de casos de AVC no país, cerca de 105 mil. Normalmente, tínhamos 100 mil, 102 mil", diz Martins, primeira mulher latino-americana à frente da WSO, maior organização médica mundial dedicada à doença, que reúne 4.000 membros individuais e 90 sociedades científicas em todos os continentes, com mais de 55 mil especialistas.
Além da piora dos hábitos e dos reflexos da doença, a neurologista lembra que muitas pessoas deixaram de procurar os hospitais temendo a Covid-19 e também houve uma desestruturação dos serviços de AVC para dar lugar ao atendimento emergencial da infecção.
No Hospital de Clínicas de Porto Alegre, ligado à UFRGS, eram atendidos cerca de 700 de AVCs por ano. Em 2020, foram mil. Em 2021, 1.200. Em 2022, deve repetir esse número ou ficar um pouco acima.
Sheila Martins está coordenando uma força-tarefa internacional com a meta de reduzir pela metade o número de mortes pela doença, com capacitação dos profissionais da saúde para o atendimento e tratamento rápido e adequado dos casos. No Brasil, ela foi uma das responsáveis pela implantação dos centros de AVC em hospitais públicos e privados e pela elaboração de um programa nacional.
"Identificar rapidamente os sinais e garantir o socorro ágil evita o comprometimento mais grave, que pode deixar sequelas permanentes como redução de movimentos, perda de memória e prejuízo à fala, além de diminuir drasticamente o risco de morte", explica.
Existem dois tipos de acidente vascular cerebral: o isquêmico, que ocorre quando falta sangue em alguma área do cérebro, responsável por 80% a 85% dos casos; e o hemorrágico, quando uma artéria ou veia se rompe.
A trombólise endovenosa, que consiste em uma injeção que dissolve os coágulos que entopem o vaso sanguíneo, é um dos principais tratamentos do AVC isquêmico. Ela pode ser aplicada em até 4,5 horas após o AVC.
Para os casos mais graves, há indicação da trombectomia mecânica, em que um cateter é introduzido até o ponto da oclusão responsável pelo AVC. Na ponta do cateter há um "stent retriver" (que é retirado), capaz de aderir ao trombo e resgatá-lo, desobstruindo assim o vaso sanguíneo.
O procedimento pode ser feito até 24 horas após os primeiros sintomas da doença. No Brasil, ele foi aprovado pela Conitec (comissão de incorporação de tecnologias no SUS), mas ainda aguarda publicação de portaria do Ministério da Saúde.
A neurologista diz que é importante também que a população esteja informada sobre os sintomas do AVC e, ao senti-los, busque rapidamente um hospital preparado_não necessariamente o mais próximo. "Na maior parte dos lugares, é melhor chamar uma ambulância, o Samu 192, que está preparado para direcionar o paciente para os centros de AVC no país, tanto públicos quanto privados."
Segundo ela, a WSO tem apoiado os países de baixo e médio desenvolvimento na implantação dos serviços de AVC e na capacitação dos profissionais. "Temos um grupo internacional de experts que nos apoia nesses locais por meio de um aplicativo de telemedicina que conseguimos por doação. Em tempo real, um especialista de qualquer lugar do mundo consegue ver a tomografia, discutir o caso com um médico na Etiópia e orientar o tratamento."
Em países mais pobres, afirma a médica, nem o tratamento mais simples, a trombólise endovenosa, está disponível. "Discuto com os ministros de saúde, os gestores locais, mostrando que o tratamento é custo efetivo. O paciente tem alta hospitalar mais rápida, têm menos sequelas e volta para o trabalho."
Em conjunto com a OMS (Organização Mundial da Saúde), a neurologista também tem trabalhado em um projeto que prevê adoção de políticas de saúde voltadas às mudanças de estilo de vida, oferta de medicamentos gratuitos no controle de doenças, como a diabetes e hipertensão, entre outros.
"Precisa ter uma reestruturação do cuidado cardiovascular na atenção primária com prevenção monitorada. A pressão arterial tem que ser medida por todos os profissionais. Se o paciente vai buscar receita, remédio, vai ser vacinado, tem que medir a pressão dele. Se estiver fora do alvo, tem que investigar, tratar."
Em conversa com Lula, Biden declara apoio à democracia no Brasil e condena ataque às instituições
Por Redação
O presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden, telefonou para o atual governante do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nesta segunda-feira (9) e declarou apoio à democracia brasileira. Um comunicado conjunto dos dois países revelou o conteúdo da conversa entre os chefes de estado.
Biden transmitiu o apoio incondicional dos Estados Unidos à democracia do Brasil e à vontade do povo brasileiro, expressa nas últimas eleições, em 2022, vencidas pelo por Lula. O presidente americano também condenou a violência e o ataque às instituições democráticas e à transferência pacífica do poder.
No telefonema, os dois líderes comprometeram-se a trabalhar juntos em temas enfrentados pelo Brasil e pelos Estados Unidos, entre os quais mudança do clima, desenvolvimento econômico, paz e segurança.
O presidente dos EUA também convidou Lula para visitar Washington, a capital americana, no início de fevereiro, para consultas aprofundadas sobre uma ampla agenda comum. O convite foi prontamente aceito pelo petista.
Lula já previa uma viagem aos Estados Unidos em fevereiro. A potência americana estava na lista de prioridades do petista, que, antes, deve visitar os vizinhos Argentina, no dia 23 de janeiro, e Uruguai, no dia 25 do mesmo mês. Portugal e China devem fechar as visitas prioritárias do presidente brasileiro.
Bahia NOtícias
INSS muda sistema para revisão da vida toda, mas não tem data para pagar correção
Segunda-Feira, 09/01/2023 - 22h00
Por Ana Paula Branco | Folhapress
O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) admitiu, nesta segunda (9), ter criado a opção "Revisão da Vida Toda" em seu serviço online Meu INSS. A nova ferramenta gerou alerta para uma possibilidade de o órgão federal previdenciário conceder a correção de forma administrativa, sem o aposentado precisar ir à Justiça.
Recém-aprovada pelo STF (Supremo Tribunal Federal), a revisão da vida toda inclui no cálculo de aposentadorias, auxílios e pensões as contribuições feitas antes de 1994, beneficiando quem tinha contribuições maiores antes do início do Plano Real. Até o momento, a correção só teria caminho pela Justiça.
À reportagem o INSS afirma que segue aguardando a publicação do acórdão para identificar quais providências adotará nas revisões.
"Contudo, apenas com intuito de dar tratamento específico para essa demanda no momento oportuno, o INSS criou a opção "Revisão da Vida Toda" diferenciando-a das demais revisões sem implicar em reconhecimento administrativo. Esses pedidos ainda terão que aguardar um posicionamento do STF e da Procuradoria do INSS", diz o instituto.
Para o IBDP (Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário), foi apenas uma forma de separar os pedidos de revisão para terem uma estatística. O instituto de advogados recomenta cautela.
"Apesar da comodidade de encontrar o caminho para a revisão ao acessar o site, colocar CPF e a senha gov.br e navegar até 'Recurso e Revisão', o IBDP orienta os beneficiários dos riscos da solicitação sem o acompanhamento profissional, como a redução dos valores de aposentadoria ao constatar erro, beneficiando a autarquia", afirma, em nota.
"O ideal é procurar um especialista em previdência para ter certeza de que a revisão da vida toda é vantajosa, pois ela não é para todo mundo", diz Joseane Zanardi, coordenadora do IBDP.
"É necessário ter cuidado, pois quando se faz pedido de revisão administrativa pelo site ou aplicativo, consta alerta de que, se for verificado qualquer erro por parte do INSS, o valor da aposentadoria pode ser revisto e eventualmente diminuído, mesmo que não faça parte do pedido de revisão", diz.
*
QUEM PODE PEDIR A REVISÃO DA VIDA TODA
À exceção do salário-maternidade, todos os demais pagamentos previdenciários são revisáveis. A correção em questão, no entanto, atinge um público específico.
Para entrar com o pedido da revisão da vida toda, o beneficiário do INSS deve cumprir alguns requisitos:
- O primeiro pagamento do auxílio, da aposentadoria ou da pensão ter ocorrido há menos de dez anos
- Ter se aposentado de 29 de novembro de 1999 a 13 de novembro de 2019, pelas regras anteriores à reforma da Previdência
- Comprovar que os melhores salários foram anteriores a julho de 1994, quando o Plano Real entrou em vigor
- Fazer o cálculo com um especialista para saber se a renda considerando todos os salários de contribuição será mais vantajosa
O essencial para ter direito à correção é o segurado ter contribuições relevantes (em quantidade e valores) antes de julho de 1994 ou poucas contribuições após julho de 1994. Essas contribuições serão incluídas no cálculo do benefício, que, inclusive, pode ficar sem a aplicação do divisor mínimo nas aposentadorias.
O pedido administrativo da revisão da vida toda não é obrigatório, não existe nenhuma norma interna no INSS. "Além disso, no julgamento pelo STF, a questão não foi objeto de decisão. Por isso, se torna estranha a inclusão deste pedido administrativo de uma revisão que não pode ser feita pelos servidores do INSS, exatamente por falta de norma que os autorizem", explica Zanardi.
CUIDADOS ANTES DE PEDIR A CORREÇÃO
1 - Conferir a partir de quando os salários de contribuição constam em seu Cnis (Cadastro Nacional de Informações Sociais)—geralmente a partir de 01/1982
2 - Requerer inclusão dos salários de contribuição a partir do primeiro de trabalho (no caso de emprego formal) ou da primeira contribuição paga ao INSS (no caso de autônomo)
3 - Conferir se todos os salários de contribuição, do primeiro dia de vínculo empregatício/recolhimento previdenciário, mesmo após 07/1994 até o mês imediatamente anterior ao do protocolo do benefício a ser revisado, constam no período básico de cálculo e se estão corretos
4 - Verificar se o tempo de contribuição considerado pelo INSS já está registrado no Cnis, pois muitas vezes há documentos que somente se encontram no processo administrativo, como certidões de regimes próprios, certidão militar e de menor aprendiz
5 - Submeter ao recálculo previamente, para apurar se há proveito econômico em favor do segurado
6 - Ao constatar que há erros nos salários de contribuição a partir da reanálise, é importante adotar algumas providências:
- Separar a documentação que prova seus salários de contribuição anteriores a 07/1994: demonstrativos de pagamento, contracheques
- Na ausência destes comprovantes, obter extrato do FGTS ou mesmo relação Rais/Caged
- Se for possível, faça contato com o empregador da época e solicite relação de salários de contribuição, ficha financeira ou cópia da ficha de registro de empregado (esta última, desde que contenham discriminadamente, mês a mês, todos os valores de salários)
- Nos casos de contribuintes autônomos, empregados domésticos, empresários e facultativos que contribuíram antes de 12/1984, essas contribuições também podem não se encontrar no Cnis, pois estão em microfichas. O segurado deverá ter acesso a este documento pelo INSS para fazer o cálculo correto
Atenção! Verifique se o servidor já não colocou essas microfichas no processo concessório, por isso a importância de ter acesso ao processo inteiro para poder refazer os cálculos.
Segundo o IBDP, analisar todo o processo permite achar outros erros na concessão que não seja necessariamente o uso das contribuições anteriores a julho de 1994.
Após acusações de Bia Kicis, Polícia Federal desmente informação de morte de idosa nas dependências do órgão
A Polícia Federal usou as redes sociais na noite desta segunda-feira (9) para desmentir a informação de que uma mulher idosa teria morrido nas dependências do órgão, em Brasília, na noite de ontem.
A posição da PF foi divulgada após a deputada federal bolsonarista Bia Kicis (PL-DF) ter usado seu tempo no púlpito da Câmara para disseminar a informação falsa. A fala da parlamentar ocorreu durante a discussão do PDL 1/2023, que trata sobre a intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal.
Apesar de repudiar, o que classificou como "atos de vandalismo e depredação do patrimônio público e os ataques a policiais", Kicis se manifestou contra a intervenção federal no DF, além de afirmar que o afastamento do governador Ibaneis Rocha foi "ilegal".
"Não se justifica essa intervenção no Distrito Federal. Eu fui Procuradora do Distrito Federal. Já passamos por outra situação em que se pedia intervenção e que, ao final, acabou não sendo concedido. Tenho aqui comigo parecer da Procuradoria-Geral do Distrito Federal que afirma que as Forças de Segurança do Distrito Federal são plenamente capazes de manter a segurança jurídica", disse a deputada durante o uso da palavra.
Confira o momento em que a deputada Bia Kicis usa a tribuna da Câmara dos Deputados para disseminar a informação falsa:
Momento em que a deputada Bia Kicis (PL-DF) usa o púlpito da Câmara para espalhar a fake news de que uma senhora teria morrido sob a custódia da Polícia Federal.
— Irlan Simões ???? (@IrlanSimoes) January 10, 2023
No próximo tweet, o trecho em que ela espalha nova fake news: de que a OAB teria confirmado a morte da senhora. pic.twitter.com/f8nF3m4PsZ
Hoje da Tribuna,informei que recebi a notícia do falecimento de uma idosa sob custódia da PF mas que não havia confirmação do fato.Posteriormente anunciei a confirmação pela OAB.O Presidente da OAB/DF me alerta que a confirmação não partiu da OAB. Peço desculpas pelo equívoco.
— Bia Kicis (@Biakicis) January 10, 2023
Bahia Notícias
Força Nacional receberá mais de 600 policiais de 15 estados para reforçar segurança do DF
Terça-Feira, 10/01/2023 - 09h40
Por Folhapress
A Força Nacional receberá mais 611 policiais de 15 estados para reforçar a segurança do Distrito Federal após os atos de vandalismo que ocorreram no domingo (8).
A decisão de acionar a Força Nacional foi tomada devido à convocação de manifestações de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inconformados com o fato de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ter tomado posse como chefe do Executivo.
Mesmo assim, o efetivo que atuou junto com a Segurança Pública do Distrito Federal não foi suficiente para conter os vândalos que entraram na Esplanada dos Ministérios no domingo. Eles invadiram áreas do Congresso, do Planalto e do STF (Supremo Tribunal Federal), e entraram em confronto com a PM (Polícia Militar).
Dino disse durante coletiva de imprensa desta segunda-feira (9) que haveria o fortalecimento da Força Nacional. Na ocasião, ele falou em cerca de 500 homens.
"Nós recebemos a colaboração de governadores e governadoras de vários estados, aproximadamente dez estados, que já enviaram contingentes que foram mobilizados por portaria que editei ontem e vou editar outras para fortalecimento da Força Nacional. Nós teremos aproximadamente 500 homens na Força Nacional oriundos desses estados", disse.
Fazem parte da lista os seguintes estados: Ceará, Bahia, Alagoas, Piauí, Rio Grande do Norte, Acre, Amapá, Amazonas, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Sul.
O presidente Lula decretou intervenção federal na Segurança Pública do Distrito Federal. O interventor, Ricardo Cappelli, indicou o novo comandante da PM nesta segunda, coronel Klepter Rosa.
"Sigo na Academia Nacional de Polícia acompanhando os trabalhos das forças de segurança. Presto minha homenagem aos policiais que seguem conosco sem dormir desde ontem, garantindo o sucesso das ações deflagradas após a intervenção decretada pelo presidente Lula", disse, nas redes sociais.
As forças de segurança conseguiram desocupar ainda no domingo os prédios públicos invadidos na praça dos Três Poderes, usando para isso diversas bombas de efeito moral e spray de pimenta.
Helicópteros da PM e da Polícia Federal também agiram, sobrevoando a praça e atirando bombas de gás. A tropa de cavalaria também foi acionada, além de carros blindados.
Dino disse nesta segunda que haverá a abertura de três inquéritos para investigar os ataques ao Congresso, STF (Supremo Tribunal Federal) e Palácio do Planalto.
A intenção é saber quem são as pessoas que participaram dos atos e as que bancaram o movimento, que ainda estão sendo identificadas. Cerca de 1.500 indivíduos que participaram dos atos foram presos.
O titular da pasta disse ainda que já foram identificados financiadores de dez estados pelos atos de vandalismo, mas não detalhou quantos seriam, em quais estados e a quais grupos seriam ligados.
"Não é possível ainda distinguir nitidamente responsabilidades quanto ao financiamento. O que é possível afirmar cabalmente [é] que havia financiamento. Nós temos a relação de todos os contratantes de ônibus, todas essas pessoas serão chamadas a prestar esclarecimentos, porque são pessoas que contrataram ônibus e não eram para excursões turísticas. Temos a relação, a PRF forneceu à PF", disse.
VEJA O TAMANHO DO EFETIVO ENVIADO POR ESTADO
Ceará – 70 policiais
Bahia – 70 policiais
Alagoas – 43 policiais
Piauí – 20 policiais
Rio Grande do Norte – 30 policiais
Acre – 30 policiais
Amapá – 20 policiais
Amazonas – 30 policiais
Espírito Santo – 25 policiais
Goiás – 30 policiais
Maranhão – 30 policiais
Pará – 60 policiais
Paraíba – 30 policiais
Pernambuco – 50 policiais
Rio Grande do Sul – 73 policiais
Após atos terroristas, interventor do DF dispensa superintendente da PF em Brasília
Por Redação
O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Ricardo Cappelli, dispensou o delegado Victor Cesar Carvalho dos Santos (foto em destaque), até então superintendente regional de Polícia Federal no Distrito Federal. O interventor federal na segurança pública do DF até 31 de janeiro de 2023 tomou a decisão um dia após os atos terroristas na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (10/1). Ainda não há substituto, conforme informações do Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.
O delegado Victor Cesar assumiu como superintendente da PF no Distrito Federal em 8 de outubro de 2021. Santos foi o delegado responsável pela segurança do papa Bento XVI, quando o então pontífice veio ao Brasil. Ele substituiu Hugo de Barros Correia, que coordenava as ações da corporação no DF desde maio daquele ano.
Bahia Notícias
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