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quarta-feira, agosto 03, 2022

EUA sanciona 'namorada' de Putin e oligarcas russos por guerra na Ucrânia




O Estados Unidos colocaram em prática, nesta terça-feira (2), uma série de sanções contra a suposta namorada do presidente russo, Vladimir Putin, e oligarcas ligados ao Kremlin pelo apoio à guerra contra a Ucrânia.

"Enquanto inocentes sofrem com a guerra ilegal de agressão, os aliados de Putin enriqueceram para defender seus estilos de vida opulentos", afirmou a secretária do Tesouro, Janet Yellen, em comunicado.

As sanções abrangem vários bilionários próximos a Putin, incluindo Grigoryevich Guryev, dono da segunda maior propriedade de Londres depois do Palácio de Buckingham.

Também foi penalizado Viktor Filippovich Rashnikov, um dos maiores contribuintes com o tesouro russo e acionista majoritário da MMK, que está entre as maiores siderúrgicas do mundo.

Alina Kabaeva, ex-atleta olímpica considerada a namorada de Putin, assim como Natalia Popova, esposa de Kirill Dmitriev, gestor do enorme fundo soberano russo, estão entre os sancionados.

Segundo o Tesouro, Popova trabalha para a firma de tecnologia Innopraktika, dirigida por uma das filhas de Putin.

"O Departamento do Tesouro usará todas as ferramentas à disposição para responsabilizar a elite russa e os colaboradores do Kremlin por sua cumplicidade em uma guerra que custou inúmeras vidas", afirmou Yellen.

O Departamento de Estado também sancionou, inclusive com restrições de vistos, vários oligarcas "que administram empresas que geram grandes receitas", assim como cerca de 900 funcionários e várias empresas ligadas à Defesa que ajudam "a máquina de guerra da Rússia".

As sanções bloqueiam os ativos de indivíduos ou empresas nos Estados Unidos e proíbem que indivíduos ou entidades americanas façam negócios com eles.

"Hoje, os Estados Unidos tomam medidas adicionais para garantir que o Kremlin e as pessoas próximas sintam os efeitos agravantes de nossa resposta à desmedida guerra de agressão do Kremlin", disse o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken.

AFP / Estado de Minas

Segunda chance - Editorial




Pacotes de estímulo a política industrial e energia limpa podem ajudar Biden a superar descrédito

​Os últimos meses foram difíceis para o presidente dos Estados Unidos, Joseph Biden. A inflação elevada, a ameaça de uma nova recessão e a popularidade em baixa ampliam o risco de derrota nas eleições legislativas de novembro, quando estará em jogo a maioria detida pelo Partido Democrata no Congresso.

Se a experiência de Barack Obama ensina algo, seria o fim de qualquer ambição em torno da agenda do partido. Pesquisas recentes indicam que a maior parte dos eleitores democratas prefere que Biden não concorra à reeleição em 2024.

Apesar do quadro adverso, o presidente americano alcançou vitórias expressivas e, em alguns casos, até surpreendentes. No ano passado, o Congresso já aprovara dois pacotes de grande repercussão.

O primeiro proveu US$ 1,9 trilhão em auxílios durante a pandemia de Covid-19. O valor é visto hoje como excessivo, no entanto, por ter ampliado a demanda muito além da produção e estimulado pressões inflacionárias que agora custam caro à popularidade de Biden.

O outro destinou US$ 1 trilhão para infraestrutura, com desembolsos previstos ao longo de vários anos. Teve apoio amplo e foi saudado como uma iniciativa importante para reposicionar a economia americana no cenário competitivo global.

Na semana passada, o Congresso, novamente por ampla maioria, aprovou um programa de incentivos que reserva US$ 280 bilhões para pesquisa e produção de semicondutores, indústria que ocupará papel central no desenvolvimento tecnológico no futuro.

O objetivo é fazer retornar ao país parcelas significativas das cadeias de produção que hoje estão concentradas na Ásia, sinal inequívoco da disposição dos EUA em abraçar políticas industriais e mobilizar sua base produtiva para se contrapor ao avanço da China.

Mas é na peça ainda em discussão no Congresso que está o maior impacto potencial. Na semana passada, anunciou-se um acordo para destravar um pacote de US$ 369 bilhões em incentivos para desenvolvimento de fontes de energia limpa —necessárias para viabilizar redução de até 40% nas emissões de carbono do país até 2030.

O projeto também permite um corte no déficit federal, diminuindo gastos com medicamentos e fechando brechas na cobrança de impostos das empresas, além de abater despesas das famílias com saúde.

Graças a essa combinação, foi possível conquistar o voto do único senador democrata que vinha impedindo a formação de maioria a favor do projeto. A votação final do pacote está prevista para setembro.

Não é pouco para um governo que afundou tão rapidamente no descrédito, ainda que o reconhecimento esperado por Biden dos eleitores pareça longe de garantido.

Folha de São Paulo

Supremo volta do recesso fortalecido




Por Luiz Carlos Azedo (foto)

Fux reiterou que “nossa democracia conta com um dos sistemas eleitorais mais eficientes, confiáveis e modernos de todo o mundo” e “uma justiça eleitoral transparente”

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, no discurso de abertura do semestre, reverberou o fortalecimento da Corte em razão do maciço apoio que recebeu da sociedade civil, nos dois manifestos anunciados na semana passada, um liderado por juristas ligados à tradicional Faculdade de Direito do Largo do São Francisco, e o outro por empresários e banqueiros ligados à Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) e à Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), respectivamente. Ambos foram uma resposta aos ataques feitos pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) às urnas eletrônicas, à Justiça Eleitoral e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em particular, aos ministros do STF Luís Roberto Barroso, Édson Fachin e Alexandre de Moraes — respectivamente ex, atual e futuro presidente da Corte eleitoral.

Fux reiterou que “nossa democracia conta com um dos sistemas eleitorais mais eficientes, confiáveis e modernos de todo o mundo” e “uma Justiça Eleitoral transparente, compreensível e aberta a todos aqueles que desejam contribuir positivamente para a lisura do prélio eleitoral”. O presidente do STF também condenou a violência nas eleições: “O Supremo Tribunal Federal anseia que todos os candidatos aos cargos eletivos respeitem os seus adversários, que, efetivamente, não são seus inimigos. Confia na civilidade dos debates e, principalmente, na paz que nos permita encerrar o ciclo de 2022 sem incidentes”, disse.

Na mesma sessão, o ministro Alexandre de Moraes, que presidirá o TSE durante as eleições de outubro, fez uma defesa enfática do atual sistema de votação: “Quem conhece as urnas eletrônicas, quem conhece o sistema de votação, se de boa-fé for, certamente vai verificar que nós podemos nos orgulhar do nosso sistema eleitoral”.

Entretanto, no mesmo dia de reabertura dos trabalhos da Corte, Bolsonaro exibiu os músculos, anunciando a indicação de dois ministros para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) que não estavam entre os preferidos da maioria do Supremo: Paulo Sérgio Domingues, juiz do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), que tem o apoio de Humberto Martins e da futura presidente do STJ, Maria Thereza de Assis Moura; e Messod Azulay Neto, juiz do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, indicado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do presidente.

Queda de braços

Nos bastidores do Supremo, ontem, o mal-estar era grande. O preterido nas indicações foi o desembargador do Tribunal Regional Federal da Região (TRF-1) Ney Bello, cujo nome era articulado pelo ministro do STF Gilmar Mendes. Paulo Sérgio é ligado ao ministro Nunes Marques, aliado incondicional de Bolsonaro na Corte. Os dois nomes ainda precisam ser aprovados pelo Senado, o que deve ocorrer antes das eleições. Bello foi responsável pela decisão que tirou o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro da cadeia, mas isso não adiantou muito.

Mesmo fortalecido, outro sinal de que o Supremo não terá vida fácil foi o pedido de arquivamento do inquérito que apura se Bolsonaro vazou dados sigilosos de uma investigação da Polícia Federal (PF) ainda não finalizada, feito ontem pelo Ministério Público Federal (MPF). A vice-procuradora-geral, Lindôra Araújo, braço direto do procurador-geral, Augusto Aras, no texto do pedido, acusou nominalmente Alexandre de Moraes de violar o sistema acusatório ao determinar novas medidas na apuração.

Lindôra saiu em defesa da atuação de Aras, ao pedir o encerramento da investigação. Segundo ela, seu chefe atuou de forma técnica, jurídica, isenta, sem intenção de “prejudicar ou beneficiar determinadas pessoas”. O inquérito foi aberto porque Bolsonaro, em agosto de 2021, divulgou nas redes sociais a íntegra de um inquérito da PF que apura um suposto ataque ao sistema interno do TSE, em 2018. Segundo a Corte, não houve risco às eleições.

Correio Braziliense

Esquerda alemã se afasta de deputada após tuíte pró-Rússia




Sahra Wagenknecht, ex-copresidente do partido A Esquerda, acusou Verdes de priorizarem "guerra insana contra a Rússia". Mensagem provocou repúdio do atual comando da legenda e de diversos colegas de bancada no Parlamento

Sahra Wagenknecht, copresidente do partido alemão A Esquerda de 2015 a 2019, está cada vez mais isolada em sua legenda em função de suas posições sobre a guerra na Ucrânia.

Deputada federal desde 2009, Wagenknecht publicou um tuíte na segunda-feira (01/08) sobre a reativação de usinas elétricas movidas a carvão na Alemanha – para compensar a queda nas importações de gás da Rússia. Na mensagem, ela afirmou que o Partido Verde, que integra a coalizão que governa o país, não se interessava mais em proteção climática, pois sua prioridade agora seria a "guerra insana contra a Rússia".

A forma como ele se referiu à guerra de agressão do regime de Vladimir Putin contra a Ucrânia, deixando a entender que a Rússia seria a vítima, levou diversos parlamentares do A Esquerda a criticarem Wagenknecht publicamente.

Nicole Gohlke, porta-voz do partido no Bundestag (câmara baixa do Parlamento alemão), acusou Wagenknecht de criar uma "polêmica distorcida". Cornelia Möhring, porta-voz da legenda para políticas de desenvolvimento, escreveu também no Twitter: "Você só é minha colega de bancada formalmente".

Outros críticos apontaram que a retórica de Wagenknecht a aproximaria de extremistas de extrema direita e do movimento Querdenken ("pensamento lateral") na Alemanha, que foi um dos responsáveis pelos protestos contra as medidas de combate à pandemia.

Dietmar Bartsch, líder da bancada do A Esquerda no Bundestag, afirmou: "A posição do A Esquerda é e segue clara: nós condenamos a guerra de agressão criminosa da Rússia da forma mais enfática possível". Janine Wissler, atual copresidente da legenda, escreveu no Twitter que a a Rússia estava promovendo uma guerra de agressão contra a Ucrânia com milhares de mortos e milhões de refugiados, e que apresentar isso de outra forma seria uma distorção dos fatos e uma posição contrária à do partido.

A reação a Wagenknecht foi compartilhada por diversos outros políticos do A Esquerda, como a deputada federal Anke Domscheit-Berg, que afirmou estar "cansada de ser corresponsabilizada por suas declarações equivocadas (...) Tenho que me distanciar disso!".

Nesta terça-feira, um dia após o seu tuíte que despertou reações, Wagenknecht publicou uma nova mensagem, na qual disse que "era claro que o conflito foi desencadeado por uma guerra de agressão da Rússia que deve ser condenada".

Essa não é a primeira vez que Wagenknecht provoca controvérsia com declarações públicas. Ela já foi criticada no passado por elogiar o regime chavista da Venezuela, manifestar dúvidas sobre as vacinas contra a covid-19 – e não se vacinar –, além de ter expressado visões negativas sobre imigração e refugiados que levantaram comparações com posições do partido de ultradireita Alternativa para a Alemanha (AfD) e críticas de colegas de partido.

Grupo hoje minoritário

Em 2018, quando era uma das principais líderes da legenda, Wagenknecht lançou um movimento político suprapartidário com o objetivo de fazer um contraponto a tendências de extrema direita na sociedade alemã, mas a iniciativa não prosperou. Hoje, ela enfrenta um momento de baixa na legenda.

Em uma convenção partidária em Junho, em Erfurt, seu grupo político sofreu diversas derrotas. Mas um procedimento interno para expulsá-la do A Esquerda foi considerado improcedente pelo seu diretório estadual, no estado da Renânia do Norte-Westfália.

O grupo de Wagenknecht, minoritário no A Esquerda, afirma que a Otan e os Estados Unidos são corresponsáveis pela guerra na Ucrânia, ecoando a narrativa de Moscou de que o ataque contra o país vizinho teria sido uma medida de proteção preventiva para preservar a segurança do território russo.

Tradicionalmente, o A Esquerda mantinha boas relações com Moscou. O partido tem raízes na República Democrática Alemã (RDA), a ditadura comunista do Leste, extinta com a reunificação do país. Em seguida, o todo-poderoso Partido Socialista Unitário (SED), que governara a Alemanha Oriental por décadas, reformou-se e rebatizou-se inicialmente como Partido do Socialismo Democrático (PDS). Em 2007, o PDS fundiu-se com uma dissidência mais à esquerda do Partido Social-Democrata (SPD), liderada pelo político Oskar Lafontaine – atual marido de Sahra Wagenknecht –, passando a se chamar A Esquerda.

Deutsche Welle

Do varejo para o atacado




Restaurar ordem, disciplina e hierarquia nos quartéis é tão difícil quanto reflorestar a Amazônia

Por Eliane Cantanhêde (foto)

Do varejo para o atacado: depois de rasgar o Estatuto Militar e o Regimento Interno do Exército e deixar as Forças Armadas no maior dilema ao atrair o general da ativa Eduardo Pazuello para um palanque eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro agora quer levar não um militar, mas o Exército Brasileiro para um ato de campanha no 7 de Setembro, a menos de um mês da eleição. Em vez de o presidente ir ao desfile do Dia da Pátria, o desfile é que vai servir a ele.

Em tensas conversas no fim de semana, militares da ativa e da reserva concordaram em que ordem do presidente se cumpre, porque ele é comandante em chefe das Forças Armadas, mas que é importante explicar a ele quanto é inviável levar tropas para desfilar junto a civis em plena Copacabana. Argumento técnico, questão de logística...

O desfile militar é, desde sempre, na Avenida Presidente Vargas, em frente ao Palácio Duque de Caxias, e, quando tentaram mudar para o Aterro, deu errado. Largura da via, acesso, escoamento, segurança... Ok. Mas, depois que o Alto-comando ignorou todas as regras para perdoar Pazuello, tudo é possível. No fim, decretam-se cem anos de sigilo...

Se as fotos dos tanques fumacentos e fedorentos desfilando na frente do Planalto, no dia da votação do voto impresso pelo Congresso, simbolizaram uma ameaça à democracia, o que dizer das imagens das tropas em

Copacabana num ato eleitoral? E pode piorar, se Bolsonaro ameaçar de novo não cumprir ordem judicial, como em 2021.

Quando se abrem as porteiras e as boiadas pisoteiam leis ambientais, lei eleitoral, responsabilidade fiscal, Estatuto Militar..., demora muito, e, às vezes, é impossível voltar atrás. Os livros de história mostrarão o quanto os militares de turno abriram as porteiras para o capitão insubordinado e o quanto recuperar ordem, disciplina, hierarquia e apartidarismo nos quartéis é difícil como reflorestar a Amazônia.

Já no quarto mês após a posse, Bolsonaro discursou num ato golpista, em cima de uma caminhonete, com o QG do Exército ao fundo. E pode terminar seu governo numa motociata eleitoral na frente da Academia Militar das Agulhas Negras

(Aman), após a cerimônia de formatura de novos cadetes, em agosto, e obrigando o Exército a animar bolsonaristas em Copacabana, em setembro.

As cicatrizes ficarão por muitos anos, mas há resistências e o profissionalismo do general Edson Pujol é a melhor referência para o atual comandante do Exército, general Marco Antonio Freire Gomes, que, até hoje, não emprestou o nome, o cargo e a farda para interesses políticos que possam manchar sua biografia e a instituição que comanda.

O Estado de São Paulo

ONU: Japão pede união em defesa de pacto de não proliferação nuclear




Em discurso, premiê japonês apresentou Plano de Ação de Hiroshima

Japão - O primeiro-ministro do Japão, Kishida Fumio, disse durante a reunião de revisão do Tratado sobre a Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP) que o Japão está determinado a continuar dando apoio ao tratado juntamente com todas as partes envolvidas.

Na segunda-feira (1º), Kishida tornou-se o primeiro premiê japonês a participar de uma Conferência de Revisão das Partes do TNP. Em um discurso proferido na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, Kishida disse que o tratado "tem servido como pedra fundamental do regime internacional de desarmamento e não proliferação nuclear para a realização da segurança e da paz internacional,”

Kishida pediu aos delegados presentes na reunião que "unissem as forças para alcançar um resultado significativo nesta conferência."

O premiê revelou um plano de ação com cinco pontos que visa concretizar um mundo sem armas nucleares de maneira realista. O primeiro ponto do "Plano de Ação de Hiroshima" enfatiza a importância de se estender o período durante o qual nenhuma arma nuclear é utilizada.

O segundo ponto trata da transparência. O premiê pediu a todos os Estados que possuem armas nucleares que reportem informações sobre a situação da produção de materiais físseis.

O terceiro ponto diz respeito a continuar com os esforços para reduzir os arsenais nucleares no mundo. Kishida disse que o Japão apoia o diálogo entre os Estados Unidos e a Rússia para que os dois países reduzam ainda mais seus estoques. Ele também disse que Tóquio "incentiva os EUA e a China a se engajarem em um diálogo bilateral sobre desarmamento e controle de armas nucleares."

Ele enfatizou a necessidade de revitalizar as discussões sobre o Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares (ou CTBT, na sigla em inglês) e afirmou que convocará uma reunião a nível de líderes durante a Assembleia Geral da ONU, em setembro, para "dar um impulso que facilite a entrada em vigor do CTBT."

Kishida disse que o Japão está comprometido em desempenhar um papel para lidar com a questão do desenvolvimento nuclear e de mísseis da Coreia do Norte. Acrescentou que o governo japonês está pronto para contribuir com 10 milhões de dólares para que a ONU crie um "Fundo para Jovens Líderes por um mundo sem armas nucleares". Ele disse que o Japão convidará futuros líderes ao país e lhes fornecerá oportunidades para aprender em primeira mão as realidades do uso de armas nucleares.

Kishida disse que vê a cúpula do G7 de 2023, que será realizada em Hiroshima, como uma chance de "mostrar, a partir de Hiroshima, o firme compromisso do Japão de nunca mais repetir a catástrofe dos bombardeios atômicos."

Segurando uma dobradura de papel típica da cultura japonesa, o origami, Kishida disse que "os grous [uma espécie de ave] de papel passaram a simbolizar as orações de pessoas do mundo todo pela paz e por um mundo sem armas nucleares". Ele disse que "daria passos rumo a um mundo sem armas nucleares juntamente com todas as pessoas ao redor do mundo que compartilham esse mesmo desejo".

NHK / Agência Brasil

China tem o direito de proteger soberania, diz a Rússia




A Rússia defendeu esta terça-feira que a China tem o direito de tomar as "medidas necessárias para proteger a sua soberania", classificando como "evidente provocação" a visita a Taiwan da presidente da câmara baixa do Congresso norte-americano, Nancy Pelosi.

"A parte chinesa tem o direito de tomar as medidas necessárias para proteger a sua soberania e a sua integridade territorial em relação ao problema de Taiwan", declarou o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) russo em comunicado.

"Consideramos que as relações entre as partes no estreito de Taiwan são um assunto exclusivamente interno da China", acrescentou, sublinhando que, para Moscovo, "existe só uma China e o Governo chinês é o único Governo legítimo que representa toda a China, e Taiwan é parte inalienável da China".

O MNE russo classificou a visita da líder democrata da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos a Taiwan como uma "evidente provocação" destinada a deter a China.

O exército chinês declarou que iria "lançar uma série de ações militares direcionadas em resposta" à visita de Pelosi.

"Exortamos Washington a abster-se de ações que minam a estabilidade regional e a segurança internacional e a reconhecer a nova realidade geopolítica, na qual já não há lugar para a hegemonia norte-americana", declarou o MNE russo.

Horas antes, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, tinha declarado que esta visita provocava um "aumento da tensão" na região e acusou Washington de escolher "a via do confronto".

"Queremos sublinhar mais uma vez que estamos absolutamente solidários com a China, a sua atitude perante o problema é compreensível e absolutamente justificada", declarou Peskov.

Por sua vez, a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova, declarou: "Washington traz desestabilização ao mundo. Nenhum conflito resolvido nas últimas décadas, mas muitos conflitos provocados".

A braços com pesadas sanções económicas na sequência da sua intervenção militar na Ucrânia, a Rússia tem procurado aproximar-se da China.

Nancy Pelosi é a governante norte-americana mais importante a deslocar-se a Taiwan nos últimos 25 anos. Pequim fez saber que considerava a sua presença uma grande provocação.

Jornal de Notícias (PT)

Rússia acusa EUA de coordenarem ataques com mísseis na Ucrânia




Ao mesmo tempo que tem apoiado Kiev com armamento desde o início do conflito, Biden tem apelado para que se evite um confronto direto entre as tropas russas e as da NATO

A Rússia acusou, esta terça-feira, os Estados Unidos de estarem "diretamente envolvidos" nos combates na vizinha Ucrânia, ao coordenar, alegadamente, os ataques com mísseis do exército ucraniano.

O porta-voz da Defesa russo, Igor Konashénkov, apontou as declarações à imprensa britânica do subchefe da inteligência militar ucraniana, Vadym Skibitsky, que diz provarem que Kiev e Washington coordenam as operações dos lança-foguetes móveis HIMARS.

"Tudo isto confirma de forma irrefutável que Washington, apesar das declarações da Casa Branca e do Pentágono, está diretamente envolvido no conflito na Ucrânia", afirmou o general russo, em comunicado.

Konashénkov destacou que "a administração de [Joe] Biden é diretamente responsável por todos os ataques com mísseis em bairros residenciais e infraestruturas civis nas cidades do Donbass e outras regiões, que causaram a morte massiva de civis".

O porta-voz lembrou que os mísseis HIMARS realizaram "dezenas de ataques" contra Donetsk, incluindo aquele que matou 50 prisioneiros ucranianos na sexta-feira, numa prisão naquela região do Donbass, no leste da Ucrânia.

Skivitsky negou que os EUA indiquem os alvos a serem atingidos, mas não descartou que ambos os países troquem informações antes de cada ataque.

Ao mesmo tempo que tem apoiado Kiev com armamento desde o início do conflito, Biden tem apelado para que se evite um confronto direto entre as tropas russas e as da NATO.

Os EUA anunciaram na segunda-feira um novo pacote de ajuda militar para a Ucrânia, de 550 milhões de dólares, que inclui projéteis e lança-foguetes HIMARS.

Jornal de Notícias (PT)

O desbloqueio dos portos da Ucrânia - Editorial




A flexibilização do bloqueio aos portos é boa notícia, a ser celebrada com cautela ante as mostras de cinismo do Kremlin

Ontem, após cinco meses de conflito na Ucrânia, o primeiro cargueiro deixou o porto de Odessa. É o resultado de acordos celebrados na sexta-feira pela Ucrânia e a Rússia com a Turquia, sob a supervisão da ONU. Ainda que não altere o impasse em solo ucraniano, a flexibilização do bloqueio aos portos é digna de ser festejada. Mas com cautela. Na véspera da invasão, o presidente russo, Vladimir Putin, alegou que suas tropas só estavam lotadas na fronteira com a Ucrânia para exercícios militares. No sábado passado, dia seguinte ao acordo, a Rússia bombardeou Odessa.

Conhecida como o “celeiro da Europa”, a Ucrânia é o quinto maior exportador mundial de cereais. Desde o início da invasão, a ONU alerta para as consequências catastróficas do bloqueio russo para a segurança alimentar global. Todos os dias, 828 milhões de pessoas passam fome e outros 47 milhões estão na iminência de integrar esse rol, especialmente na África, Oriente Médio e Ásia.

Pelo acordo, a Ucrânia liberará um corredor entre suas minas no Mar Negro. A Rússia, por sua vez, conseguiu garantias da ONU e União Europeia de que suas exportações de grãos e fertilizantes não sofrerão sanções. Um “centro de coordenação” em Istambul formado por Rússia, Ucrânia, Turquia e ONU inspecionará os navios para garantir que não carregam armas.

Além do acordo, a boa colheita no Hemisfério Norte e o dólar forte contribuíram para baixar os preços dos alimentos em um terço em relação ao pico deste ano. Mas as sequelas da pandemia e a perspectiva de uma guerra longa ainda os mantêm 40% acima de janeiro de 2020.

O porta-voz do Kremlin disse que a retomada do tráfego no Mar Negro é “uma boa chance de testar a efetividade desses mecanismos”. Mas essa efetividade depende, sobretudo, da boa vontade do próprio Kremlin. O acordo não foi um ato de caridade russo, mas uma resposta às pressões de parceiros e aos riscos de escoltas americanas. De toda forma, a ONU não dispõe de meios para exigir seu cumprimento.

Os bombardeios do sábado passado teriam atingido alvos militares e, portanto, não implicam, tecnicamente, um rompimento. Mas suscitam desconfiança nos exportadores e mantêm os prêmios dos seguros altos. Com isso, os preços dos grãos seguem elevados, facilitando à própria Rússia financiar sua guerra. O ataque também sinaliza que a Rússia mantém os planos de controlar o sul da Ucrânia e de dificultar as exportações de Kiev.

Ou seja, após meses com a agressão ilegítima de Putin restringindo a cadeia de alimentos, a comunidade internacional conseguiu recuperar uma rota importante. Mas nada impede que Putin tenha cedido para, em seguida, impor novas restrições.

A aliança ocidental precisa manter os esforços para abrir rotas alternativas por terra. Até o momento, essa aliança forneceu armas suficientes à Ucrânia para reduzir o avanço russo, mas não para retomar seu território. Enquanto a Rússia não for forçada a recuar e não se convencer de que os custos da guerra continuarão a crescer, a segurança alimentar global seguirá em risco. 

O Estado de São Paulo

Acordos e chantagens




Por Carlos Andreazza (foto)

Os acordos de Brasília. A gente escuta sobre o que tratariam e parece difícil de acreditar. Mas todo o “difícil de acreditar” deve ser relativizado ante a existência — foi notícia — de ministros do STF em peleja pública para que suas influências políticas prevaleçam. No caso, para que o indicado de Jair Bolsonaro ao STJ fosse o afilhado de um em detrimento do de outro.

Fala-se mesmo que um teria ameaçado retirar o apoio ao presidente da República. Refiro-me a um ministro do Supremo; que ameaçava não mais apoiar o chefe de Estado caso o escolhido fosse o desafeto apadrinhado por outro ministro do STF. Temos: ministro de Corte constitucional que apoia presidente da República; e ameaça lhe retirar apoio.

Afinal, levou o que queria.

Não deixa de ser façanha, ainda que alcançada via chantagem. Bolsonaro é um traidor contumaz. Mas precisava — precisa — daquele supremo apoio. Precisa muito mais de confrontos.

Escrevo isso a propósito de uma ideia de acordo ventilada nos últimos dias. A plantação segundo a qual os civis do Planalto, os supostos moderados, trabalhariam para convencer o TSE, a partir da futura presidência de Alexandre de Moraes, a aceitar conjunto de propostas do Ministério da Defesa para as urnas eletrônicas.

É furada. Armadilha. A História ensina. Vide o episódio, movido a boa-fé, por meio do qual o tribunal convidou os militares a participar da tal comissão de transparência. Ofereceu espaço, abriu a casa, e os infiltrados de Bolsonaro, legitimados à mesa, logo subiram na cama, de coturno, desde onde — desde dentro — aumentaram o volume dos ataques à credibilidade do sistema eleitoral.

Não pode haver nenhum acordo. Porque, em termos conceituais, havendo ainda alguma República, juízes não fazem acordos com agentes políticos. E porque, em termos objetivos, havendo Brasília, já existem elementos suficientes para saber que em Bolsonaro não se confia.

Não é de hoje que os que fazem acordo com Bolsonaro servem a um teatro de traição em que — mui bem alimentados — aceitam o papel de traídos. Arthur Lira nunca foi traído. O Congresso rejeitou, soberanamente, o projeto para votação impressa. Naquela ocasião, o presidente garantiu que, derrotada a PEC, desistiria da pregação contra a urna eletrônica. Não desistiu. De lá para cá, acirrou a agressividade. E o que houve? A sociedade entre Bolsonaro e Lira, lavrada na forma do orçamento secreto, só se aperfeiçoou. (Traído foi o Parlamento.)

Não existem moderados a serviço de Bolsonaro. Nem militares nem civis. Ou se é moderado, ou se tem poder.

Quem faz acordo com Bolsonaro ou é trouxa, e será emboscado, ou é Lira. (Não há trouxas.) Ou trouxa, ou oportunista radical. Já escrevi e repito: oportunistas radicais se adaptam. Sob o bolsonarismo, para o amplo exercício do oportunismo, será preciso radicalizar. Oportunistas radicais se radicalizam. Ciro Nogueira, por exemplo. Seria o amortecedor. Hoje — mais poderoso que nunca — aplaude o presidente chamando ministros do Supremo de “surdos de capa preta” e convocando novo 7 de Setembro. Virou mola de autocrata. Um oportunista radical que se radicalizou em nome dos negócios, sócio de Bolsonaro, gestor do orçamento secreto, senhor da Codevasf e do FNDE.

Não à toa, atenção, a proposta de acordo, que seria negociada por esses moderados com Moraes, vale-se da projeção do 7 de Setembro e tem por corpo a chantagem. O TSE cederia, incorporaria as demandas das Forças Armadas, em troca de os eventos bolsonaristas no Dia da Independência transcorrerem sem novos ataques ao STF e às instituições republicanas.

Chantagem.

Outrora dedicado servidor parlamentar de Dilma Rousseff, a quem chamava de presidenta, o ora radicalizado Fábio Faria, ministro das Comunicações, deu a letra em entrevista ao GLOBO, em 28 de julho. Questionado sobre os ataques de Bolsonaro a ministros do Supremo e ao sistema eleitoral, disse:

— Vai ter uma solução aí no próximo mês.

Referia-se ao acordo. Declarou crer “em uma solução pacífica”, a ser promovida por “discussão entre o presidente do TSE e o presidente da República”. Moraes e Bolsonaro. Que tal?

Mais adiante, questionado sobre o presidente haver convocado apoiadores às ruas pela “última vez”, deu a senha:

— No 7 de Setembro, se tiver tudo solucionado, o que é que tem as pessoas irem às ruas de verde e amarelo?

Se estiver tudo solucionado. Né? O que significará, na gramática populista, estar tudo solucionado? E se não estiver? Sabemos que não estará; ou não existiria bolsonarismo, cuja competitividade depende do conflito. É convite a armadilha.

Faria desenha:

— O presidente se elegeu pela democracia. Ele quer mais transparência. Esse assunto está sendo tratado. Não acredito que vá passar de agosto. Não acredito que a gente vai ter um 7 de Setembro sem isso resolvido.

É convite transparente a armadilha por meio de chantagem. Ofereça a mão — e perca a cabeça.

O Globo

China lançará "operações militares" por visita de Pelosi a Taiwan




Advertência é do Ministério da Defesa da China

Pequim - Os militares chineses foram colocados em alerta máximo e lançarão "operações militares direcionadas" em resposta à visita da presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, a Taiwan, afirmou o Ministério da Defesa da China nesta terça-feira (2).

Separadamente, o Comando de Teatro Oriental do Exército de Libertação Popular chinês disse que realizará operações militares conjuntas perto de Taiwan a partir da noite de hoje e testará o lançamento de mísseis convencionais no mar a leste de Taiwan.

Os exercícios incluirão operações aéreas e marítimas conjuntas no norte, sudoeste e nordeste de Taiwan, disparos reais de longo alcance no Estreito de Taiwan e lançamentos de mísseis de teste no mar a leste de Taiwan, disse o Comando do Teatro Oriental.

Resposta

Em resposta, o Ministério da Defesa de Taiwan disse que a China está tentando ameaçar portos e cidades importantes ao anunciar exercícios militares ao redor da ilha nos próximos dias.

Em comunicado, o ministério disse que os exercícios visam intimidar psicologicamente os cidadãos de Taiwan, acrescentando que as Forças Armadas "reforçaram" seu nível de alerta e os cidadãos não devem se preocupar.

Reuters / Agência Brasil

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