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quinta-feira, julho 07, 2022

Pacheco recorre a argumentos falsos para salvar Bolsonaro da CPI dos pastores do MEC

Publicado em 7 de julho de 2022 por Tribuna da Internet

Charge do Zé Dassilva (nsctotal.com.br)

Pedro do Coutto

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, recorreu a argumentos falsos para tentar justificar a sua posição pelo adiamento dos trabalhos da CPI sobre a corrupção dos pastores do MEC que transacionavam liberação de verbas do FNDE com prefeitos municipais.

A CPI, requerida pelo senador Randolfe Rodrigues, tinha mais assinaturas do que as necessárias para a sua instalação e não cabia a Pacheco fazer juízo de valor. Pacheco disse que a proximidade das eleições prejudicaria os trabalhos e que dificultaria com que depoentes fossem ouvidos e senadores comparecessem. Nada disso é da sua competência.

PARCIALIDADE – O funcionamento da CPI significa na prática e não na suposição. Rodrigo Pacheco agiu com parcialidade propondo que a CPI seja instalada após as eleições de outubro. O fez para salvar o governo do risco dos reflexos que o escândalo provocaria ainda mais junto ao eleitorado do país.

Uma vergonha a decisão que mancha a sua atuação como presidente do Congresso. Ficou mal diante da opinião pública. O episódio revela o medo que o governo tem diante da CPI dos pastores que em nome de Deus praticavam as maiores heresias.

NA CÂMARA, OUTRO ESCÂNDALO – Na Câmara, a atuação do presidente da Casa, Arthur Lira, proporcionou maior velocidade à promulgação da emenda mista dos combustíveis, do Auxílio-Brasil, da isenção de impostos. Tudo misturado em um só propósito, o de refletir a favor do governo. Danilo Forte retirou a emenda que incluía no festival de auxílios, um deles voltado para os motoristas do Uber, além dos caminhoneiros, taxistas e do aumento do vale-gás.

O episódio, tanto no Senado quanto na Câmara, mas sobretudo no Planalto, foi mais um desastre da série que se verifica no país, com etapas se sucedendo, todas não somente inconstitucionais, mas contra a essência da própria Carta Magna do país.

Na edição de terça-feira da Folha de S. Paulo, Hélio Schwartsman analisa o problema e termina o seu artigo lembrando a bomba fiscal que Bolsonaro deixará para o seu sucessor a partir de janeiro de 2023. É preciso também considerar um aspecto ainda pior; pela primeira vez na história do Brasil se aprova uma emenda constitucional com o apoio de todos os deputados e senadores, com exceção de José Serra, com prazo limitado de seis meses.

GOLPES NO PIX – Não bastassem os golpes praticados no mercado financeiro, atingindo pessoas pouco informadas sobre o tema, incluindo o caso das bitcoins, agora também os falsários e ladrões deslocam-se para o Pix. A reportagem excelente é de Natalie Vanz Bettoni, Folha de S. Paulo desta quarta-feira, revela as tramas ilegais e as promessas de lucratividade altíssimas com a transferência de recursos através do sistema Pix de uma conta para a outra.

Estão sendo usados o Instagram e o Twitter, e o Banco Central, mais uma vez, não tomou providência voltada para a segurança das aplicações e dos clientes. O delegado da Divisão de Crimes Cibernéticos de São Paulo, Thiago Chinellato, explica na reportagem os truques usados pelos falsários e a forma de defesa diante de tais investidas.

O sistema inclui lavagem de recursos ilegais e tal manobra pode representar envolvimento criminal das pessoas que aderem a mais esse golpe que se projeta no país.

FOME NO PAÍS –  Na noite de terça-feira, no programa Em Pauta, da GloboNews, foi debatido a fome no país, que atinge 33 milhões de brasileiros e brasileiras, daí porque a oposição concordou votar pelo aumento do Auxílio-Brasil. O aumento da fome no país, digo, é uma consequência da política do ministro Paulo Guedes aceita por Bolsonaro.

A fome é uma consequência lógica da calamidade que se pratica. Os preços sobem sem parar. Os salários ou perdem para a inflação ou encontram-se congelados. Como fazer frente às despesas? Agora mesmo, foi aprovado um aumento de 15% dos planos de saúde e uma revisão das mensalidades por faixa etária, que não estava prevista no contrato inicial. O resultado só pode ser um desastre social. A fome é o começo.


Ao defender urnas eletrônicas, o ministro da Defesa decepciona Bolsonaro e Fachin

Publicado em 7 de julho de 2022 por Tribuna da Internet

Ministro da Defesa diz não duvidar das urnas eletrônicas: ‘É simplesmente um espírito colaborativo'

General Paulo Sérgio afirmou que não duvida das urnas

Jussara Soares e Daniel Gullino
O Globo

O ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, disse nesta quarta-feira não duvidar das urnas eletrônicas. Em audiência na Comissão de Relações Exteriores da Câmara de Deputados, ele disse que as sugestões feitas pelas Forças Armadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) têm “espírito colaborativo”. A reunião teve também a participação dos comandantes da Marinha, Exército e Força Área.

— Não se está se está duvidando ou achando isso ou aquilo outro (sobre urnas), simplesmente com espírito colaborativo. Esse é o espírito da equipe das Forças Armadas para ajudar o Tribunal Superior Eleitoral. Isso eu disse em reuniões presenciais com o presidente e o vice-presidente (do TSE), ministro (Edson) Fachin e o ministro Alexandre de Moraes desde o início. Estamos sempre prontos, permanecemos colaborativos para a melhoria do processo — disse o ministro.

REUNIÃO NO TSE – O ministro da Defesa voltou a cobrar uma reunião entre técnicos das Forças Armadas e do TSE para discutir algumas das propostas para serem implementadas ainda neste ano.

— Fizemos várias propostas. Algumas aceitas, outras parcialmente, outras seriam para pleitos futuros. Estamos conversando para ver o que pode ser implementado ainda, tudo isso para a gente ter mais transparência, segurança e melhores condições de auditabilidade. Só isso, não tem outro viés — completou.

Em sua fala aos parlamentares, o ministro da Defesa disse que as Forças Armadas foram convidadas pelo TSE para participar a Comissão de Transparências das Eleições (CTE) e montaram um equipe técnica para colaborar. “As propostas das Forças Armadas foram realizadas desde setembro do ano passado até os dias atuais com muita propriedade, com muita tranquilidade , com muita transparência” — afirmou.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – As declarações do ministro da Defesa e dos comandantes militares na Câmara decepcionaram o presidente Jair Bolsonaro e também o presidente do TSE, Edson Fachin. Demonstraram a isenção e a neutralidade que se espera deles. E ficou claro que Fachin está tendo faniquitos à toa, ao se comportar como se as eleições estivessem ameaçadas pelos militares. (C.N.)

Apesar do desmatamento atual, o futuro da inovação no país é altamente ecológico

Publicado em 7 de julho de 2022 por Tribuna da Internet

Têxtil - Celulose solúvel para exportação - Perspectivas 2020

Brasil terá a maior fábrica de celulose solúvel do mundo

Paulo Hartung
Estadão

Os desafios impostos às atuais gerações exigem o permanente exercício da resiliência e a urgente reinvenção de nossos hábitos. Uma economia verdadeiramente descarbonizada não será possível se continuarmos a trilhar o mesmo caminho de descaso com a natureza que nos trouxe até a emergência climática que hoje vivenciamos.

A inovação é a via que pode nos levar à realidade de sustentabilidade planetária, requerida como precondição à qualidade de vida das atuais e das próximas gerações.

MUITAS OPORTUNIDADES– Como bem alertaram Horacio Lafer Piva, Pedro Passos e Pedro Wongtschowski, em artigo recente, “a inovação é o motor do aumento da produtividade, da eficiência no uso de energia e recursos naturais”.

Nesse sentido, o Brasil está de frente para uma enorme janela de oportunidades. Temos em nossas mãos o benefício dos ricos ativos ambientais, além de matriz energética diferenciada. Também temos exemplos consolidados que iluminam o horizonte da bioeconomia.

A experiência do setor de árvores cultivadas é um benchmark mundial. A indústria de base florestal planta, colhe e replanta, comumente em áreas antes degradadas pela ação humana. São 9,5 milhões de hectares de cultivo, cuja produtividade saltou desde a década de 1970, fruto de pesquisa, desenvolvimento e capacitação profissional. Um exemplo é o eucalipto, que saiu de 10 m³ por hectare/ano, desde a década de 1970, e atualmente alcança 35 m³ por hectare/ano, a maior média do mundo.

CORREDORES ECOLÓGICOS – Em moderna e sustentável técnica de manejo, essas áreas são intercaladas com mais de 6 milhões de hectares conservados, em mosaicos na paisagem. Formam-se verdadeiros corredores ecológicos, o que beneficia o solo, a água e a biodiversidade.

Assim, a indústria de base florestal oferece à sociedade alternativas ambientalmente amigáveis a itens oriundos de matéria-prima de origem fóssil, por meio de embalagens de papel, tecidos, canudos, cadernos, fraldas, pisos laminados, painéis de madeiras, entre outros milhares de produtos. Trabalho no hoje, sem tirar o foco do amanhã.

A celulose solúvel, por exemplo, já é uma realidade. O insumo tem imensa gama de aplicações, mas sua principal destinação é para a fabricação de viscose, alternativa ao poliéster em tecidos. A Bracell, em Lençóis Paulista (SP), expandiu o projeto Star, tornando-o flexível, cujas linhas podem produzir tanto celulose kraft quanto a solúvel. A LD Celulose, joint venture entre a austríaca Lenzing e a brasileira Dexco, também iniciou a operação de sua nova unidade, no Triângulo Mineiro, totalmente voltada para a fabricação de celulose solúvel.

GRANDES INOVAÇÕES – A atuação conjunta com startups representa outra rota para a inovação dentro do setor. A Klabin investiu na startup israelense Melodea. O objetivo é utilizar a nanocelulose para substituir as barreiras de plástico ou alumínio em embalagens de leite ou sucos para torná-las mais recicláveis e biodegradáveis.

Já a Suzano está levantando uma planta comercial em parceria com a finlandesa Spinnova, com vistas ao desenvolvimento de fios têxteis a partir da celulose microfibrilada, diminuindo em até 90% o uso de água e químicos.

Este caminho, que conecta meio ambiente à inovação, gera riquezas e oportunidades. O setor de árvores cultivadas é responsável por uma das maiores carteiras de investimentos privados no Brasil.

UMA NOVA ERA – Há outros modelos de negócios modernos e verdes com potencial de consolidar o País como protagonista desta nova era. No Sul da Bahia, a Symbiosis Investimentos ousou quando decidiu, há mais de uma década, partir para a silvicultura de árvores nativas da Mata Atlântica.

Após mais de dez anos de testes, monitoramento e avanços, a companhia já reflorestou cerca de 1.500 hectares com 56 diferentes tipos de espécies. Entre os objetivos estão recuperar áreas e colher madeira nobre nas áreas destinadas para produção.

Com criatividade, somos capazes de preservar a natureza, sequestrar carbono, valorizar e restaurar floresta. Nesse sentido, estão sendo articulados fundos para investir em projetos de restauração de espécies nativas em biomas brasileiros, como a re.green e a Mombak. Além disso, este ano passou a ser autorizada a coleta de sementes, com fins de restauração, em unidades federais de conservação.

UM BRASIL VERDE – Esses são apenas alguns dos exemplos, eis que há outros tantos setores econômicos com semelhante dinamismo para embalar o desenvolvimento verde nacional.

De toda sorte, esse cenário virtuoso depende de avanços na reorganização do País. É preciso rever o caótico sistema tributário e garantir segurança jurídica; os investimentos em educação e ciência precisam ser robustecidos; a infraestrutura de dados tem de avançar, especialmente com a tecnologia 5G; e a pauta do meio ambiente necessita ser tratada como política de Estado.

Com expertise reconhecida, potencial ímpar e uma agenda prioritária bem definida para alavancar um desenvolvimento ambientalmente virtuoso, nosso país tem tudo para se tornar um protagonista da inovação pela sustentabilidade. Que avancemos sem mais demoras e obtusidades rumo a um made in Brazil estrutural e essencialmente verde.

Mais uma piada do ano Secretários latifundiários, secretário emprsário, secretária dona de posto de combustel, requerendo jusitça gratuita

 

                                           Foto Divulgação - amo direito.


Nota da redação deste Blog - Hoje deparei-me diante de um fato que aconteceu em Jeremoabo no mínimo escalafobético, secretários  latifunciários, secretáios empresários,secretária dona de posto de combustívél,e sevidores públicos municipais, que ingressaram com uma Ação contra Beto, requendo Justiça Gratuita.

Só mesmo em Jeremoabo com funcionários e secretários da prefeitura que poderá acontecer tamanha insensatez. 

Será que os secretários  assinara alguma procuração ser ler.

  • TJDFT

Gratuidade de justiça – necessidade de comprovação de insuficiência – teto de 5 salários mínimos

“2. A finalidade da justiça gratuita é garantir o amplo acesso à Jurisdição às pessoas notoriamente menos favorecidas economicamente. 2.1. O art. 5º, inc. LXXIV, da Constituição Federal e o art. 99, § 2º, do CPC, preceituam que a concessão desse benefício exige a efetiva demonstração da necessidade da medida, que não pode ser deferida com suporte na alegada presunção de hipossuficiência. (...)3. O deferimento da gratuidade de justiça exige que o interessado demonstre efetivamente a alegada condição de hipossuficiência financeira que o impede de arcar com as despesas do processo sem o comprometimento da manutenção de patrimônio mínimo. 4. A Resolução nº 140, de 24 de junho de 2015, editada pela Defensoria Pública do Distrito Federal, estabelece como pessoa hipossuficiente aquela que recebe renda mensal correspondente ao valor de até 5 (cinco) salários mínimos.”
Acórdão 1359527, 07132904020218070000, Relator: ALVARO CIARLINI, Terceira Turma Cível, data de julgamento: 28/7/2021, publicado no DJE: 18/8/2021.


Blindagem e premonição




Retardar CPI do MEC é interferir na eleição a favor de Bolsonaro

Por Bernardo Mello Franco (foto)

O presidente do Senado mudou de tática para blindar o Planalto de investigações comprometedoras. No ano passado, Rodrigo Pacheco retardou sozinho a criação da CPI da Covid. Agora ele costurou um acordo para que a maioria governista o ajude a barrar a CPI do MEC.

A manobra de 2021 foi parar no Supremo. Numa tentativa de enrolar a Corte, Pacheco alegou que a comissão poderia ter “efeito inverso ao desejado”, como “gerar desconfiança da população em face das autoridades públicas”. O ministro Luís Roberto Barroso não caiu na conversa. Leu a Constituição e mandou instalar a CPI.

Desta vez, o presidente do Senado convocou o bloco governista para socorrê-lo. Ontem ele anunciou que vai abrir a nova comissão, mas só depois das eleições. Atribuiu a decisão aos líderes partidários, que teriam decidido evitar a “contaminação das investigações pelo processo eleitoral”. Na verdade, o objetivo é driblar o Supremo e evitar que a CPI atrapalhe a campanha de Jair Bolsonaro.

A desculpa do calendário não para em pé. Aceitá-la equivaleria a dizer que o Congresso não pode investigar o governo em anos eleitorais. Até o fechamento das urnas, o Planalto ganharia uma licença para delinquir. Além disso, dois terços dos senadores não precisarão renovar o mandato em outubro. Haveria quorum suficiente para tocar a CPI — e a pandemia mostrou que os parlamentares não precisam estar em Brasília para trabalhar.

Impedir a investigação vai contaminar mais o processo eleitoral do que abri-la. A razão é simples: o eleitor tem o direito de saber se o presidente interferiu na Polícia Federal para proteger o aliado Milton Ribeiro e esconder a bandalheira no MEC.

Bolsonaro atua abertamente para neutralizar os órgãos de controle. Além de manter a PF sob pressão, conseguiu domesticar a Procuradoria-Geral da República e a Controladoria-Geral da União. Ontem o chefe da CGU, Wagner Rosário, relativizou o escândalo dos pastores e afirmou que não há corrupção na “alta cúpula” do governo.

Quem engolir esse discurso também deve acreditar que o presidente não vazou informações sigilosas antes da prisão do ex-ministro. Como disse Ribeiro, o homem só teve um “pressentimento”.

O Globo

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CPI já seria bem vinda

A CPI poderia ser uma arma eleitoral expensas da boa investigação

Por Hélio Schwartsman

Cada categoria precisa lidar com a sua deformação profissional. Delegados e promotores veem crimes por todos os lados; médicos não conseguem olhar para o rosto das pessoas sem tentar adivinhar do que elas vão morrer. Jornalistas somos quase obrigados a apoiar CPIs, mesmo sabendo que elas raramente produzem boas investigações. É que, mesmo quando fracassam nesse objetivo precípuo, ainda servem para expor aos olhos de todos coisas que governantes gostariam de manter a sete chaves –algo que a maioria dos jornalistas se compraz em assistir.

No caso da CPI do MEC, temos duas especificidades, uma que reforça sua necessidade —e para já, não para depois da eleição— e outra que eleva o ceticismo em relação aos resultados. Jair Bolsonaro se vale de narrativas que contrariam frontalmente os fatos. Diz que em seu governo não existe corrupção, quando isso é demonstravelmente falso. Nesse contexto, tudo o que contribua para restabelecer a preponderância dos fatos é bem-vindo. Não creio que denúncias de corrupção possam definir a disputa presidencial deste ano, papel este reservado à economia, mas é sempre preferível que o eleitor vote com mais conhecimento a com menos.

Em relação aos resultados concretos, receio que eles tenderiam a ser ainda mais acanhados que o normal, caso a CPI começasse antes do pleito. É que, nos próximos três meses, tudo o que vier a acontecer na política terá a campanha como pano de fundo. A CPI quase certamente seria convertida numa arma eleitoral, o que ocorreria às expensas da boa investigação.

Basicamente, não acho que a CPI possa revelar nada muito mais grave do que aquilo que já sabemos, mas seria bom lembrar ao eleitor que esse governo mente diuturnamente quando afirma ter acabado com a corrupção. E não é só no governo que ela se faz presente. Ela está na própria primeira família, com suas rachadinhas, cheques e traficâncias com pastores.

Folha de São Paulo

Lula no primeiro turno?




Temos 12 pré-candidatos e o eleitor têm direito de votar até no Eymael

Por Mariliz Pereira Jorge (foto)

Se a sua resposta for qualquer coisa diferente de "claro", quando perguntado sobre o seu voto no primeiro turno, pode preparar o crachá de fascista. Não vale indecisão, não vale outro candidato, não vale dizer que o voto é secreto, não vale desconversar. Na semana passada, foi a cantora Anitta. Hoje, pode ser você. Parte da esquerda já decidiu que "ou você é Lula ou é Bolsonaro".

Ao que tudo indica, a disputa será essa. Acho que concordamos em que qualquer coisa é melhor do que Bolsonaro. Se na urna eletrônica as opções fossem "Bolsonaro" e "Qualquer Coisa", eu votaria em "Qualquer Coisa" sem pensar. Mas uma das lições que aprendi com minha mãe é que não sou todo mundo. Por mais que eu queira me livrar do mandrião desde 2018, temos uma eleição com 12 pré-candidatos e o eleitor têm direito de votar até no Eymael.

Ciro Gomes, o terceiro colocado, tem chance? Tudo indica que não. Alguém acredita na candidatura de Simone Tebet? Bem, as pessoas têm direito a sonhar. Se a Constituição diz que o Eymal pode ser candidato, a mesma Constituição garante que podemos votar no Eymael. Como eu disse, qualquer coisa é melhor do que Jair. Mas o lulista/petista diz que não pode.

Ao ser questionada, Anitta declarou que está "estudando os candidatos" e que sua vontade real "é que o Brasil encontre um meio-termo". Mas se às vésperas do primeiro turno o cenário for o que temos agora, vota em Lula contra o "Voldemort". Até tentaram, mas Anitta é incancelável.

Há mais gente como ela, mas com medo de dizer, por exemplo, que só votaria no petista no segundo turno —e a contragosto. Ao cidadão comum resta o crachá de fascista, porque ninguém pode discordar da militância. Não precisa de marqueteiro para saber a repulsa que essa inquisição causa aos não convertidos, mas a fiscalização só vai piorar. Para liquidar o assunto no primeiro turno, é melhor mudar a tática.

Folha de São Paulo

Defesa diz não colocar em dúvida credibilidade do sistema eleitoral




Ministro Paulo Sérgio Nogueira participou de audiência na Câmara

Por Alex Rodrigues 

O ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, disse não colocar em dúvida a credibilidade do sistema eleitoral brasileiro, mas voltou a defender a necessidade do que chamou de “aprimoramentos” no uso das urnas eletrônicas.

Ao participar de uma audiência pública realizada pela Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, o ministro disse que nenhum sistema informatizado é inviolável. Foi com base nesta crença que as Forças Armadas aceitaram o convite do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para participar da Comissão de Transparência das Eleições que a Corte criou em setembro de 2021.

“Convidados pelo TSE, montamos uma equipe técnica, com gente capacitada, engenheiros que conhecem de programação, para que pudéssemos ajudar tentando aperfeiçoar o processo [eleitoral]”, disse o ministro durante sua exposição. “Não se trata de qualquer dúvida com relação ao sistema eleitoral. As Forças Armadas estavam quietinhas no seu canto quando foram convidadas pelo TSE”.

Segundo Oliveira, parte das 15 propostas “técnicas” que os militares apresentaram ao TSE buscam apenas “mitigar ao máximo as possibilidades de ataques cibernéticos” e eventuais falhas “que possam comprometer as eleições”. “Tanto as eleições de 2022, quanto as posteriores”, acrescentou o ministro.

“Não queiram me convencer de que há sistema que não mereça aperfeiçoamento. Sabemos que estes sistemas eletrônicos sempre precisam de aperfeiçoamentos. Não há programa imune a ataques, [imune] a ser invadido”, disse o ministro.

TSE

Em mais de uma ocasião, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) refutou argumentos sobre a possibilidade do resultado de eleições ser alterado devido à falhas no sistema eletrônico de votação. Em julho, a Corte divulgou uma nota tratando especificamente das considerações já então apresentadas pelo Ministério da Defesa.

Segundo o TSE, as urnas eletrônicas utilizadas no Brasil, do modelo UE 2020, contam com módulos de segurança criptografado e certificado superiores aos definidos pelo Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), autarquia federal vinculada à Casa Civil da Presidência da República.

A Corte Eleitoral também destacou que o programa (software) desenvolvido pela própria Justiça Eleitoral foi submetido a testes públicos de segurança durante os quais não foi constatado nenhum tipo de comprometimento ou vulnerabilidade às simulações de ataques ao sistema.

“Além disso, relembre-se que, a qualquer tempo, é permitido aos partidos políticos fiscalizar todas as fases do processo de votação e apuração das eleições, bem como o processamento eletrônico da totalização dos resultados”, informa o TSE, na nota em que reafirma trabalhar “de forma incessante para garantir eleições limpas, justas e seguras”.

Para esclarecer dúvidas sobre a segurança do processo eleitoral e rebater boatos, o TSE criou uma página com informações sobre a tecnologia utilizada no país há mais de 25 anos e que, segundo a Corte, “transformou o processo eleitoral brasileiro”.

Agência Brasil

Moraes e Barroso recusam convite do Senado para debater ‘ativismo judicial’




Os ministros Alexandre de Moraes (dir.) e Luís Roberto Barroso (esq.), do Supremo Tribunal Federal, rejeitaram um convite feito por senadores ligados ao governo que queriam debater o chamado "ativismo judicial". Os dois ministros não participaram de uma audiência pública da Comissão de Transparência do Senado e a ausência gerou revolta dos parlamentares, que já são tradicionalmente críticos à atuação do STF. O tribunal informou que os dois ministros estavam fora de Brasília e nenhum deles havia confirmado a participação no evento.

Além de Moraes e Barroso, também haviam sido convidados o ministro do Superior Tribunal de Justiça João Otávio Noronha e os ex-ministros do STF Marco Aurélio Mello e Francisco Rezek. Nenhum deles compareceu.

O presidente Jair Bolsonaro e a bancada governista costumam criticar diretamente a atuação do STF e direcionam os ataques especialmente a Barroso e Moraes. O senador Esperidião Amin (Progressistas-SC) esteve na audiência e fez uma série de críticas à decisão dos dois ministros de não comparecer. "Infelizmente isso tem sido sistemático. Ministros do Supremo, que são sempre tratados com muito respeito por todos nós, como é devido... O Supremo no País é o esteio da democracia, é a segurança da democracia", declarou Amin ao Estadão.

A ausência dos ministros acontece em meio às discussões de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), patrocinada pelo Centrão, que busca limitar o poder do Supremo.

"Eles têm muita desenvoltura para dar entrevista fora do País, falando de questões políticas, mas não se dispõem a debater com o Senado, que é um foro que os habilita para tomarem posse", disse o parlamentar de Santa Catarina.

Amin é da base do presidente Bolsonaro e compartilha da mesma opinião crítica ao STF que tem o chefe do Poder Executivo. De acordo com o senador, o inquérito das fake news, relatado por Moraes, que investiga o financiamento e a disseminação de notícias falsas e tem os apoiadores de Bolsonaro como principais alvos, é "uma inquisição" e "não tem objeto".

"Pode ser que um ministro desses, vindo aqui, dialogando com a gente, possa nos convencer de que tem fundamento", disse o senador sobre o inquérito.

De acordo com ele, a audiência pública não foi prejudicada com a ausência. "Não prejudicou a comissão, prejudica o Supremo. Temos que ter um Judiciário fortalecido pela sua autocontenção e não pelo seu ativismo".

O requerimento para a audiência pública é de autoria do senador Eduardo Girão (Podemos-CE), que justificou o convite a Moraes por considerar que o ministro "presidiu inquéritos recheados de irregularidades, que não coadunam com o Direito Positivo e com o próprio Estado democrático de Direito pátrio".

Ao justificar o convite a Barroso, Girão afirmou que ele fez "articulações políticas no Congresso contra o voto auditável nas urnas eletrônicas". Barroso foi presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no ano passado e é um dos maiores defensores do sistema eletrônico de votação. As urnas eletrônicas são atacadas constantemente por Bolsonaro e apoiadores, que costumam dizer que não é possível auditar o voto. Apesar disso, o modelo atual das urnas permite instrumentos de audibilidade.

Participaram da audiência o advogado Ives Gandra Martins, o ex-desembargador Ivan Sartori, o advogado Djalma Pinto, o desembargador Fernando Carioni e o advogado Wildemar Felix Assunção e Silva.

Integrante da Comissão de Transparência, o senador Wellington Fagundes (PL-MT), do partido de Bolsonaro, também reprovou a falta de participação dos ministros do STF. "Sempre que possível, um ministro convidado para participar e discutir um tema, sempre é bom (participar)", declarou.

"O nome está falando, ativismo judicial, ninguém quer um Poder invadindo outros Poderes. Sempre tem que ter uma harmonia, independência com harmonia. O foco e o objetivo (da audiência) seria de discutir", completou o parlamentar.

O senador Lasier Martins (Podemos-RS), que também é integrante da comissão, foi outro a se irritar com a recusa dos dois ministros do STF. Segundo ele, seria uma forma de "aproximação e diplomacia" com o Senado.

"Não atendendo ao convite mostram desconsideração a este Poder, afetando a harmonia estabelecida pela Constituição. Se tivessem comparecido, as razões do convite poderiam ser respondidas, desfazendo eventuais mal entendidos", declarou o senador.

Mesmo com a ausência, o senador afirmou que os ministros serão convidados novamente para outra audiência. "De qualquer maneira, estaremos renovando o convite, com esperança de sermos compreendidos".

Estadão / Dinheiro Rural

Pílula contra ressaca começa a ser vendida na Europa; entenda




Começou a ser vendida nesta semana na Europa uma pílula que promete aliviar os efeitos da ressaca. Dois comprimidos do suplemento Myrkl devem ser tomados pelo menos uma hora antes da ingestão de bebida, segundo a fabricante, para aliviar os incômodos efeitos do dia seguinte a uma noite de exagero no álcool, como dor de cabeça, cansaço ou tontura.

Ainda de acordo com a empresa, o remédio permite que o álcool no organismo seja quebrado em água e gás carbônico. Isso ocorre por meio da ativação de bactéria (Bacillus subtilis and Bacillus coagulans), um aminoácido (L-cysteine) e da vitamina B12.

A ideia é fazer com que essa decomposição aconteça antes de o líquido chegar ao fígado, onde o processamento da substância é mais lento. Conforme a empresa, com o uso do produto a redução nos níveis de álcool após uma hora é de cerca de 70%.

O suplemento pode ser comprado online, com 30 cápsulas ao preço de £30 (cerca de R$ 192). Há opções de entrega delivery para o Reino Unido, Irlanda, Alemanha, França, Noruega, Itália, Suécia, Dinamarca, Áustria, Finlândia e Suíça.

Estadão / Dinheiro Rural

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