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quarta-feira, junho 24, 2020

Deputado bolsonarista pagou R$ 238,5 mil da cota parlamentar a acusados de propagar fake news


Otoni é um dos principais aliados do clã presidencial no Rio de Janeiro
Bernardo Mello e João Paulo Saconi
O Globo
O deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ), um dos 11 parlamentares bolsonaristas que tiveram quebra de sigilo autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, já destinou R$ 238,5 mil de sua cota parlamentar a acusados de disparo indevido de mensagens de texto e de WhatsApp em eleições.
A Aplicanet Informática foi alvo de representação da Procuradoria-Geral Eleitoral do Rio em 2014 por enviar conteúdo “para diversos celulares” usando termos depreciativos contra opositores do então candidato a governador Anthony Garotinho. A empresa, embora não tenha figurado nas prestações de contas de Garotinho, chegou a anunciar em seu site à época que havia lançado o novo portal do então candidato a governador.
PAUTAS ANTIDEMOCRÁTICAS – A Procuradoria-Geral da República (PGR) investiga o uso de verbas da cota parlamentar para o financiamento de atos com pautas antidemocráticas pelo país, que pedem o fechamento do Congresso Nacional e do STF.
Além de Otoni, vice-líder do governo na Câmara, outros nove deputados e um senador, Arolde de Oliveira (PSD-RJ), tiveram seus sigilos fiscal, bancário e telemático quebrados neste mês por decisão do ministro Alexandre de Moraes, relator tanto deste inquérito quanto do procedimento que apura fake news e ataques ao Supremo.
Um dos alvos da investigação da PGR, como O Globo revelou na última segunda-feira, é a destinação de dinheiro público pelos parlamentares a empresas do publicitário Sérgio Ferreira Lima, marqueteiro do Aliança pelo Brasil, partido que o presidente Jair Bolsonaro tenta criar.
DISPAROS – Otoni destinou cerca de R$ 167 mil à empresa Aplicanet entre março e dezembro de 2019. Nas eleições de 2014, o Ministério Público Eleitoral acusou a empresa de propaganda irregular para Garotinho por meio de disparos por SMS e WhastApp que se assemelhavam à prática de “telemarketing”, segundo a representação.
O processo foi arquivado porque a Justiça Eleitoral entendeu que não houve provas de um contrato celebrado entre a Aplicanet e a campanha de Garotinho, embora a própria empresa tenha divulgado à época que prestou serviços para o então candidato.
Desde janeiro de 2020, Otoni encaminhou mais R$ 71,5 mil à Agência Vírgula, registrada na Receita Federal em julho do ano passado em nome de Francisco Carlos de Rezende Junior. O responsável legal pela Agência Vírgula aparece em diversas fotografias, inclusive no ano passado, no escritório da Aplicanet e ao lado do fundador da empresa, o pastor Alan dos Santos, ligado, assim como Otoni, à Assembleia de Deus de Madureira.
Alan (de roupa social), dono da Aplicanet, abraçado por Francisco, dono da Agência Vírgula, no escritório da primeira empresa, em outubro de 2019; embora fosse presença recorrente em fotos e até no site da empresa, Alan diz que Francisco não trabalhava no | Reprodução
“LIMPEZA NAS REDES” – Após ser procurada pelo O Globo na tarde de segunda-feira, a Aplicanet excluiu de suas redes sociais as fotos em que Alan dos Santos aparece ao lado de Rezende Junior, inclusive nas comemorações de seus aniversários no ano passado, na sede da empresa. Nos últimos dois anos, enquanto Rezende figurava no site da Aplicanet como “gerente de projetos”, a Agência Vírgula apresentava em sua página um portifólio de clientes similar ao da empresa de Alan dos Santos.
Alguns dos clientes exibidos simultaneamente pela Vírgula e pela Aplicanet são políticos, como o deputado federal Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) e o próprio Otoni de Paula —  à época vereador — , além da prefeitura do Rio, na gestão de Marcelo Crivella.
A Aplicanet afirmou, em nota, que “não faz parte do quadro societário” da Agência Vírgula. A empresa afirmou ainda que “todos os serviços prestados a pessoas naturais ou jurídicas estão em conformidade com a legislação vigente”.
JUSTIFICATIVA – Procurado via assessoria de imprensa, Otoni de Paula negou que o serviço prestado pela Aplicanet a seu mandato tenha envolvido disparo de mensagens, e afirmou que tanto esta empresa quanto a Vírgula atuaram em “criação de edição de vídeos e imagens para as redes sociais do deputado”. Segundo Otoni, ele recebeu a indicação das empresas “através de um amigo”.
Rezende Junior informou que trabalhou como funcionário da Aplicanet, mas deixou de fazer parte da empresa e fundou oficialmente sua própria agência de marketing, a Vírgula. Ele afirmou ainda que as duas firmas são “independentes e concorrentes no mercado” e que os trabalhos prestados a Otoni de Paula foram realizados “com toda legalidade”. Rezende Junior disse ainda que não teve conhecimento sobre eventual atuação da Aplicanet em disparos de mensagens.
Na segunda-feira, O Globo mostrou que o inquérito do STF sobre atos antidemocráticos, que tem Otoni entre seus alvos, levantou pagamentos feitos por quatro deputados da base bolsonarista à Inclutech Tecnologia. A empresa, em nome do marqueteiro Sérgio Lima e originalmente cadastrada na Receita como “HH Cosméticos”, mudou sua razão social no início deste ano.
FINANCIAMENTO – Ao todo, os parlamentares Aline Sleutjes (PSL-PR), Bia Kicis (PSL-DF), General Girão (PSL-RN) e Guiga Peixoto (PSL-SP) destinaram R$ 58,1 mil à empresa em dois meses, entre março e maio deste ano. Girão também destinou, em janeiro e fevereiro, um total de R$ 18,8 mil a outra empresa de Lima, a S8 Sampa. A PGR investiga se o dinheiro foi usado para financiar a divulgação de manifestações pró-Bolsonaro nas redes.
Procurado, Girão afirmou através de sua assessoria que a S8 Sampa foi substituída pela Inclutech em março a pedido do próprio Lima, que argumentou querer utilizar outro CNPJ para prestar assessoria política. O parlamentar afirmou ainda que a empresa “nunca produziu nenhum card/banner” para ser veiculado em suas redes sociais, e que sua atividade envolve manutenção de seu site e acompanhamento de notícias.
SOCIEDADE – Sérgio Lima informou que passou a oferecer os serviços da Inclutech para “separar as coisas”, após ter decidido se “desligar da sociedade da S8 e seguir focado apenas no marketing político”. Ele, no entanto, ainda consta como sócio da S8 Sampa no cadastro da Receita Federal.
“Jamais compactuei ou financiei qualquer ação ou manifestação antidemocrática e isso ficará provado. Sou profissional, prestei serviço, emiti nota fiscal e paguei imposto. Qualquer alegação diferente é injusta”, disse o publicitário do Aliança.

Foragida há seis dias, a mulher de Queiroz aguarda o julgamento do pedido de habeas corpus


Mulher de Queiroz está foragida e deve entrar na mira da Interpol
Marcia estaria hospedada na casa de algum advogado?
Deu no Correio Braziliense(Agência Estado)
A defesa de Márcia Oliveira de Aguiar, mulher de Fabrício Queiroz, entrou com pedido de habeas corpus na Justiça do Rio nesta segunda-feira, dia 22. Ela está foragida desde a quinta-feira da semana passada, quando foi alvo de mandado de prisão preventiva. O marido está preso desde então.
O pedido foi apresentado na segunda-feira à noite pela banca do advogado Paulo Emílio Catta Preta. Na manhã desta terça, foi distribuído para a 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça – colegiado de cinco desembargadores que julgará, nesta quinta-feira, dia 25, um habeas corpus de Flávio Bolsonaro, senador pelo Rio de Janeiro (Republicanos) e filho do presidente da República, Jair Bolsonaro.
OBISTRUÇÃO DE JUSTIÇA – Márcia Aguiar é acusada de ajudar na suposta obstrução de Justiça ao longo das investigações sobre a “rachadinha” no antigo gabinete do deputado Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). O então assessor Queiroz seria o operador do esquema criminoso de desvio de dinheiro dos funcionários do parlamentar estadual.
Nesta terça-feira, dia 23, bem cedo, agentes deflagraram uma operação em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, em endereços de familiares de Queiroz, mas não encontraram Márcia Aguiar.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Como o jurista Jorge Béja ensinou aqui na TI, no pedido do habeas tem de constar o endereço do réu (chamado de paciente), mas o advogado Paulo Emílio Catta Preta mentiu na petição. Aliás, para encontrar as pessoas ligadas a Fabricio Queiroz, é recomendável procurar primeiro na casa dos advogados. Eles entram sem ser convidados e lá permanecem, comendo e bebendo do bom e do melhor, sem que os advogados nem percebam… (C.N.) 

Presidente da OAB abre processo disciplinar contra Frederick Wassef


MP de Contas observou conduta de obstrução à Justiça por Wassef
Patrik Camporez
Estadão
O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Felipe Santa Cruz, deu início nesta terça-feira, dia 23, a um processo disciplinar contra o ex-advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef. A medida atende a um pedido do Ministério Público de Contas, com sede em Brasília, que disse ter observado ‘clara conduta de obstrução à justiça’ no episódio envolvendo o ex-assessor parlamentar do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), Fabrício Queiroz.
Defensor do senador Flávio Bolsonaro até este domingo, Frederick Wassef alegou ‘questão humanitária’ para ter abrigado Queiroz em um imóvel seu em Atibaia, no interior de São Paulo. Queiroz e Flávio são investigados sob suspeita de manterem um esquema de ‘rachadinha’ – divisão do salário dos funcionários de gabinete – na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
RACHADINHA – Segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro, o ex-assessor comandava a arrecadação irregular e repassava parte dos recursos ao filho do presidente Jair Bolsonaro. Wassef se afastou do caso após a repercussão negativa da descoberta de que abrigava Queiroz em seu imóvel.
Em ofício encaminhado ao gabinete de Lucas Rocha Furtado, subprocurador-geral do MP de Contas, o presidente nacional da OAB disse que recebeu a solicitação para que o Conselho Federal da OAB adote as medidas consideradas pertinentes no tocante ‘à instauração de processo disciplinar contra o advogado nele nomeado’, no caso, Frederick Wassef.
O Estadão teve acesso ao ofício assinado por Santa Cruz. Nele, o presidente da OAB informa que o respectivo protocolo seria encaminhado, já nesta terça-feira, ao Conselho Seccional de OAB/São Paulo, ‘para adoção das providências que entender cabíveis’.
NEGATIVAS – O Estadão tenta contato com Wassef, que ainda não respondeu aos contatos da reportagem. Em entrevista ao telejornal SBT Brasil, o advogado afirmou não ter escondido o ex-assessor de seu então cliente. “O que eu tenho para dizer é o seguinte: jamais escondi Fabrício Queiroz. Ele estar lá não é nenhum crime, nenhum ilícito, não é obstrução de justiça, não há nenhuma irregularidade”, afirmou.
Questionado se foi uma questão humanitária, uma vez que o ex-assessor passou por tratamento contra um câncer no ano passado, o advogado confirmou. “Também foi uma questão humanitária. Porque uma pessoa que está abandonada, uma pessoa sem recursos financeiros, uma pessoa com problemas de saúde e que o local era perto.”
Queiroz foi preso sob suspeita de, entre outros motivos, tentar interferir nas investigações. A localização do ex-assessor na casa do advogado do parlamentar levantou suspeitas de autoridades sobre uma possível tentativa de obstrução de Justiça.

Caetano Veloso e Chico Buarque vão à Justiça contra deputado bolsonarista


Bibo disse que cantores recebiam dinheiro para apoiar Lula e Dilma
Deu no Estadão
Nomes icônicos da cultura brasileira, Caetano Veloso e Chico Buarque vão acionar a Justiça contra o deputado Bibo Nunes (PSL-RS), por afirmar, em entrevista concedida no último sábado, dia 20, que os músicos recebiam dinheiro para apoiar os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Roussef.
Segundo o advogado de Caetano, Ticiano Figueiredo, a medida tem o objetivo de ‘acabar com o sentimento de ódio contra a cultura’. “Antigamente, só se incentivava a cultura com seus apaniguados. Se dava dinheiro ao Chico Buarque da vida, ao Caetano Veloso, músicos já consagrados, artistas consagrados, para apoiarem o governo”, afirmou Bibo Nunes à Globonews.
ACUSAÇÕES – “Para que dar dinheiro para quem já tem, para quem já tem sucesso? Só para apoiar o governo, na época de eleição? ‘Eu apoio Lula’, ‘eu apoio Dilma’.”, seguiu o parlamentar. A informação foi divulgada pelo jornalista Lauro Jardim e confirmada pelo Estadão.
O advogado de Caetano afirmou à reportagem que vai interpelar o deputado e entrar com ação de reparação de danos morais por causa das declarações. Chico também apresentará ação de danos morais contra Bibo e ainda pedirá retratação.
Após a repercussão sobre o caso, Bibo escreveu em sua conta no Twitter que os músicos querem processá-lo porque ‘a verdade doí’. A postagem incluía o trecho de sua entrevista e as hashtags #FechadoComBolsonaro e #SomosTodosBolsonaro.

Justiça acata pedido do MPSP e condena ex-prefeito por danos ao erário ao contratar advogado pessoal para o setor jurídico da prefeitura

Justiça acata pedido do MPSP e condena ex-prefeito por danos ao erário ao contratar advogado pessoal para o setor jurídico da prefeitura

O ex-prefeito de Guareí João Batista Momberg foi condenado por dano ao erário por ter contratado seu advogado pessoal, Alan da Silva Oliveira, para atuar no setor jurídico da prefeitura. Os dois terão de pagar o equivalente a R$ 200 mil (valor do ressarcimento e da multa imposta), quantia a ser revertida à municipalidade. Além disso, ambos tiveram suspensos os direitos políticos por cinco anos. E Momberg ainda foi condenado à perda de qualquer função pública que porventura detenha.
Em 2014, a Prefeitura de Guareí mantinha dois assessores jurídicos em seus quadros. Ainda assim, o ex-prefeito realizou um procedimento licitatório para que seu advogado fosse contratado pelo município. O procedimento foi fraudado. A fraude se deu pela contratação na modalidade “carta-convite”. Sem nenhuma explicação, primeiro a prefeitura escolheu duas empresas para apresentarem orçamentos. Em um segundo momento,  as empresas que participariam da licitação foram “selecionadas”. Foi nesse momento do processo viciado que apareceu a empresa de Oliveira.  A Polis Citizen apresentou o menor preço e foi convidada.
As investigações realizadas no inquérito civil instaurado pelo promotor de Justiça Diego Dutra Goulart demonstraram que Oliveira, além de ter sido contratado mediante licitação fraudada por Momberg, na realidade, sequer atuou efetivamente como advogado da prefeitura.
Conforme comprovado, o contrato entre o poder Executivo municipal e a Polis Citizen foi firmado em 2014 e prorrogado duas vezes, vigorando até 2016. Nesse período o advogado recebeu R$ 149,5 mil e participou somente em quatro processos judiciais, trabalho que poderia e deveria ter sido realizado pelos dois assessores jurídicos da prefeitura.
A contratação de Oliveira, além de absolutamente desnecessária, mostrou-se, igualmente, perdulária. Alan recebia mais que o dobro da remuneração mensal dos dois assessores jurídicos somadas. Cada assessor recebia em média cerca de R$ 2,7 mil mensalmente e Oliveira, sozinho, recebia por mês R$ 6,5 mil.
Para cessar essa situação e punir os responsáveis, o promotor ajuizou ação civil pública, solicitando, liminarmente, a suspensão do contrato de Oliveira com a prefeitura e, consequentemente, dos pagamentos destinados a ele, além do bloqueio de bens dos envolvidos. Os pedidos foram atendidos pela Justiça. 

Fonte: Ministério Público – SP

Promotor processa prefeito por contratar advogado particular

por Carlos Demarchi
12/02/2009 - 07h00



Chavantes - O Ministério Público ajuizou ação civil pública contra o prefeito de Chavantes (120 quilômetros de Bauru), Luiz Severino de Andrade (PP), por contratar o escritório do advogado Mayr Godoy com sede em São Paulo, entre 2006 e 2007, na primeira gestão do governo mesmo tendo assessoria jurídica própria.
Para o promotor Marcelo Saliba, o prefeito teria autorizado gastos desnecessários na contratação do escritório Mayr, porque a prefeitura conta com três advogados. Andrade, no entanto, teria efetuado os pagamentos irregulares ao profissional, com honorários de R$ 7 mil por mês. No período dos serviços prestados, a soma chega a R$ 150 mil. “Será que o município de Chavantes, com 12 mil habitantes, passando necessidades nas áreas de saúde e educação, precisa gastar R$ 7 mil por mês com esse escritório?”, questiona o promotor na ação. Também não houve licitação para a contratação do advogado.
Saliba sustenta no processo a ausência de interesse do município para contratar Godoy e pede a anulação do contrato assinado pelo prefeito. Mayr Godoy também atuou como advogado particular de Severino nas ações que quase impossibilitaram o prefeito de assumir o segundo mandato.
O prefeito de Chavantes responde a outras ações na Justiça, como a por uso irregular de carro oficial da prefeitura. Ele conseguiu tomar posse com uma liminar da Justiça, depois que uma ação civil pública o condenou por improbidade administrativa por comprar aparelhos celulares sem licitação. Entre as punições estão a suspensão dos direitos políticos, mas há um recurso pendente que protelou a execução final da sentença.
O processo ainda está em andamento, mas ele corre o risco de ser cassado a qualquer momento. O mesmo advogado, Mayr Godoy, defendeu o prefeito e agora é alvo da investigação do MP.
Andrade disse ao JC que não há irregularidade na contratação do advogado. “Nós contratamos pelo fato de ele ser um expert em alguns casos. A razão maior é ele ser um especialista”, disse. O prefeito afirmou que não conta mais com o trabalho do advogado desde 2008. “Não precisávamos mais dos serviços e por essa razão ele não foi mais contratado. Encontramos advogados da região”, disse.
O prefeito reconheceu que o advogado Mayr prestou serviços particulares também, mas alegou que os trabalhos eram separados. “Nunca misturamos as coisas”, disse ao JC.
O advogado Mayr Godoy disse ontem que não houve irregularidade na contratação. Segundo ele, o fator confiança é inerente à contratação do advogado. “O contrato do advogado depende do fator confiança e isso não se licita. O Tribunal entende isso como questão vencida”, afirma.
Sobre os valores pelos quais foi contratado, Mayr disse não haver motivos para preocupação. “Não há irregularidade. O promotor quer “ver pêlo em ovo”. O STF já afirmou que isso (o serviço de advocacia) não se licita. Cada advogado tem o mérito do seu trabalho e o valor a ser pago”, explicou.
Jaú tem processo igual
O caso é semelhante ao que ocorreu em Jaú (47 quilômetros de Bauru) com o mesmo escritório de Mayr Godoy. Na ocasião, o advogado foi contratado sem licitação pelo presidente da Câmara de Jaú, José Carlos Zanatto. O pagamento de R$ 6 mil ocorreu em duas situações: em 18 de novembro 1998, para propor uma ação direta de inconstitucionalidade contra dispositivos da Lei Orgânica do Município e em 3 de fevereiro de 1999, para patrocinar a defesa de Zanatto em ação popular movida contra ele.
O Tribunal de Justiça considerou procedente a ação civil do MP, alegando não haver a necessidade desse tipo de contratação e condenou os dois para ressarcirmento dos cofres públicos das despesas.
A sentença considerou improbidade administrativa lesiva ao erário, com violação dos princípios constitucionais da proporcionalidade e razoabilidade. O relator do acordão, Corrêa Vianna, decretou na sentença a nulidade dos contratos. Na decisão, os réus foram condenados a restituir a quantia os cofres públicos solidariamente do que gastou com os contratos, devidamente atualizados a partir de cada pagamento, além dos juros legais a partir da citação. Eles ainda levaram multa civil de duas vezes o valor dos contratos, o réu José Carlos teve a perda da função pública e suspensão dos direitos políticos pelo prazo de cinco anos. Não houve, no entanto, condenação em honorários advocatícios porque a ação foi ajuizada pelo Ministério Público.

A piada do São João, advogado Adelmo falar em omissão de vereador de Jeremoabo



Caro advogado Adelmo, omissão e conivência é a marca registrada dos vereadores de Jeremoabo, é por essa omissão que o prefeito de Jeremoabo de forma ilegal e imoral, está cometendo uma verdadeira sangria nos cofres públicos com pagamento irregular a ESCRITÓRIO DE ADVOGADOS DE SALVADOR.
De forma vergonhosa e ao arrepio da Lei, o prefeito contratou o escritório de uma advogado de Salvador que era seu advogado pessoal, e isso não é permitido por Lei, e o pior, sem licitação.
Quem duvidar entre no site do TSE e observe quem defendeu o prefeito no processo contra a candidatura da ex-prefeita e  candidata naquela época Anabel. 
Desde o início do ano já publiquei mais de três matérias comprovando essa anomalia, e essa sangria contra o dinheiro do povo de Jeremoabo;  os vereadores nada fazem, amparados na omissão e na traição  contra o povo.
É por isso que querem perseguir a imprensa, para que o povo não saiba dos seus direitos sendo lesados.
Leiam essa matéria e entendam do que estão falando:

Improbidade administrativa

Prefeito é condenado por contratar advogada pessoal para defender município

O político responde a nove processos por improbidade administrativas e duas ações penais e está afastado das funções até fevereiro de 2020.
terça-feira, 10 de dezembro de 2019

O juiz de Direito Edison Alvanir Anjos de Oliveira Júnior, da vara única de Bom Retiro/SC, decidiu pela perda do cargo do prefeito do município por improbidade administrativa. Além disso, determinou a suspensão dos direitos políticos por três anos e o pagamento de multa civil no valor de R$ 11,6 mil. O chefe do Executivo contratou sua advogada para defender o município em processo em que é acusado de causar prejuízos de mais de R$ 195 mil quando era secretário de Obras.
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Em ACP ajuizada pelo MP, prefeito e causídica foram acusados de improbidade por violação aos princípios da administração. Além de a advogada não ter feito concurso para atuar como servidora, a prefeitura possuía uma procuradora municipal, que exercia cargo comissionado. A contratação também não foi feita por meio de licitação, como dispõe a lei, uma vez que a inexigibilidade é admitida apenas em casos específicos de profissional especializado para desempenhar atividade em serviço complexo e singular.
Em defesa, os réus alegaram que a contratação foi feita de maneira emergencial para suprir a ausência da procuradora do município, que estava em férias. Nos autos ficou provado que a ré atuou pelo município em datas distintas e antes de a procuradora entrar em férias.
A profissional que defendia interesses pessoais do prefeito e ao mesmo tempo atuava nas causas do município foi condenada a suspensão dos direitos políticos por três anos e multa civil de R$ 11,5 mil, que era o valor do empenho pela prestação do serviço, com atualização pela taxa Selic.
"Reconheço que os acionados incorreram em ato de improbidade, pois sua conduta fere os princípios da administração pública, especialmente a legalidade e a moralidade."
O político responde a nove processos por improbidade - quatro como prefeito e outros cinco enquanto secretário municipal. Ainda há duas ações penais: uma por porte e posse de armas, outra por falsidade ideológica. Em uma delas, a Justiça determinou o afastamento cautelar das funções até fevereiro de 2020.


Prefeito não é rei nem está acima da lei



Quem não luta pelos seus direitos não é digno deles.
É isso mesmo, ninguém está acima da lei, acabou o tempo em que o povo era tolo e ficava calado. Hole existem muitas portas para  batida.
Daqui até o final das eleições muitas ações irão pipocar, ninguém é tolo nem tão pouco irá aceitar nem concordar com coisas erradas.
A imprensa independente como nunca, estará com os olhos abertos e bem aberto, para botar a boca no trombone.

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