Certificado Lei geral de proteção de dados

Certificado Lei geral de proteção de dados
Certificado Lei geral de proteção de dados

quinta-feira, junho 11, 2020

Brasil tem 1.261 mortes por coronavírus em 24 horas, revela consórcio de veículos de imprensa; são 41.058 no total

Por G1
Brasil tem mais de 41 mil mortes por coronavírus, mostra consórcio de veículos
--:--/--:--
Brasil tem mais de 41 mil mortes por coronavírus, mostra consórcio de veículos
O Brasil teve 1.261 novas mortes registradas em razão do novo coronavírus nas últimas 24 horas, aponta levantamento feito pelo consórcio de veículos de imprensa junto às secretarias estaduais de Saúde. Com isso, são 41.058 óbitos pela Covid-19 no país até esta quinta-feira (11). Veja os dados, consolidados às 20h:
  • 41.058 mortes ; eram 39.797 até as 20h de quarta-feira (10), uma diferença de 1.261 óbitos
  • 805.649 casos confirmados; eram 775.184 até a noite de quarta
Os dados foram obtidos após uma parceria inédita entre G1, O Globo, Extra, O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo e UOL, que passaram a trabalhar de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 estados e no Distrito Federal.
O objetivo é que os brasileiros possam saber como está a evolução e o total de óbitos provocados pela Covid-19, além dos números consolidados de casos testados e com resultado positivo para o novo coronavírus.
Pelo terceiro dia consecutivo, houve mais de mil mortes e mais de 30 mil novos casos em um intervalo de um dia. O Nordeste tem mais casos que o Sudeste. São 285 mil casos confirmados nos nove estados, contra 281 mil em Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo.
Levantamento mostra mortes por Covid-19 no Brasil — Foto: Guilherme Gomes/G1
Levantamento mostra mortes por Covid-19 no Brasil — Foto: Guilherme Gomes/G1

Parceria

A parceria entre os veículos de comunicação foi feita em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de Covid-19. Personalidades do mundo político e jurídico, juntamente com entidades representativas de profissionais e da imprensa, elogiaram a iniciativa.
Mudanças feitas pelo Ministério da Saúde na publicação de seu balanço da pandemia reduziram por alguns dias a quantidade e a qualidade dos dados. Primeiro, o horário de divulgação, que era às 17h na gestão do ministro Luiz Henrique Mandetta (até 17 de abril), passou para as 19h e depois para as 22h. Isso dificultou ou inviabilizou a publicação dos dados em telejornais e veículos impressos. “Acabou matéria no Jornal Nacional”, disse o presidente Jair Bolsonaro, em tom de deboche, ao comentar a mudança.
A segunda alteração foi de caráter qualitativo. O portal no qual o ministério divulga o número de mortos e contaminados foi retirado do ar na noite da última quinta-feira (4). Quando retornou, depois de mais de 19 horas, passou a apresentar apenas informações sobre os casos “novos”, ou seja, registrados no próprio dia. Desapareceram os números consolidados e o histórico da doença desde seu começo. Também foram eliminados do site os links para downloads de dados em formato de tabela, essenciais para análises de pesquisadores e jornalistas, e que alimentavam outras iniciativas de divulgação.
Entre os itens que deixaram de ser publicados estão: curva de casos novos por data de notificação e por semana epidemiológica; casos acumulados por data de notificação e por semana epidemiológica; mortes por data de notificação e por semana epidemiológica; e óbitos acumulados por data de notificação e por semana epidemiológica.
Neste domingo (7), o governo anunciou que voltaria a informar seus balanços sobre a doença. Mas mostrou números conflitantes, divulgados no intervalo de poucas horas.
Nesta quinta (11), o Ministério da Saúde divulgou os dados completos, obedecendo a ordem do STF. Segundo a pasta, houve 1.239 novos óbitos e 30.412 novos casos, somando 40.919 mortes e 802.828 casos desde o começo da pandemia – números menores que os apurados pelo consórcio.

Qual a serventia do ventilador mecânico, no Hospital Municipal de Jeremoabo?



Como os senhores estão vendo e ouvindo a mídia acima, o prefeito está falando a verdade a respeito do COVID-19, a situação não é para brincadeira, principalmente em Jeremoabo que não existe recursos, e sim um quebra galho, já que a depender da gravidade o paciente tem que se deslocar para outra localidade.
Recebi um PRINT que demonstra o precário atendimento médico na cidade de Jeremoabo, precário e que deixa muito a desejar.
Com isso não pretendo culpar os profissionais da saúde, mas as condições de trabalho que o município oferece,o  serviço é deficitário e precário.
Segundo o que consta do PRINT, a paciente chegou com INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA,  que poderia ser COVID-19 ou não, já que o teste rápido é insuficiente para atestar.
"Outro problema é que esses testes que foram aprovados em massa pela Anvisa têm apresentado sensibilidade baixa, de cerca de 60% a 70%, segundo Carlos Eduardo Ferreira, da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica / Medicina Laboratorial. “Ou seja, pelo menos 30% dos testes ainda podem dar falso negativo. Nos primeiros dias de sintomas, a chance de falso negativo é ainda maior." A partir do 14º dia, a chance de acerto é ainda maior, tempo em que normalmente os sintomas já desapareceram." (https://saude.estadao.com.br/)

A imagem pode conter: texto

Ônibus de São Paulo entra no interior baiano com 10 infectados pela covid-19

Veículo, que fez viagem clandestina, transportava 32 passageiros para nove cidades da Bahia

Em momentos como o que vivemos, o jornalismo sério ganha ainda mais relevância. Precisamos um do outro para atravessar essa tempestade. Se puder, apoie nosso trabalho e assine o Jornal Correio por apenas R$ 5,94/mês.

Um ônibus saiu de São Paulo com destino a nove cidades baianas, com, pelo menos, 10 contaminados pela covid-19. Dos infectados, nove tinham como destino final a cidade de Nova Soure. O município, que antes tinha 15 casos, ganhou também um décimo vindo de São Paulo, em outro veículo, passando para 25 no boletim epidemiológico divulgado no último domingo. O ônibus da empresa Moacir Tur, que fez a viagem de forma clandestina, saiu do lado de fora da rodoviária de Socorro, na capital paulista, na sexta-feira de manhã, com 32 passageiros. 
Desses, 14 (nove contaminados e cinco que tiveram contato com eles) desembarcaram no sábado à noite em Nova Soure. As outras 18 pessoas desembarcaram em outras oito cidades: um homem em Santo Estevão, um homem em Feira de Santana, um homem em Alagoinhas, um homem em Sátiro Dias, quatro mulheres e três homens em Inhambupe, duas mulheres em Cipó, uma mulher e um homem em Crisópolis, e três homens em Olindina.
Essa última cidade também teve um caso de coronavírus vindo do veículo, o que foi confirmado pela secretária de saúde do município, Sheila Matos de Oliveira. Nova Soure e Olindina fazem divisa entre si e estão localizadas no nordeste da Bahia, com uma população de cerca de 25 mil cada. Já a secretaria de Saúde de Cipó, cidade de 15 mil habitantes, informou que as duas passageiras testaram negativo e estão sendo monitoradas. A cidade possui cinco casos de coronavírus, três vieram de São Paulo.
Em Nova Soure, nessa segunda-feira, dois outros casos da doença foram registrados, totalizando 27 infectados. Desses, 25 são casos importados: um de Salvador, um de Curitiba e 23 de São Paulo. As outras duas pessoas se contaminaram em contato com os casos importados e uma precisou ser internada e transferida para o hospital de campanha do Governo do Estado montado na Arena Fonte Nova. Todos os outros registros são de casos leves, assintomáticos ou já curados.  
O CORREIO não conseguiu retorno ou não obteve contato com as outras cidades citadas para saber se mais casos vindos do veículo foram descobertos. 
Barreiras sanitárias são montadas para cadastrar as pessoas que chegam nas cidades do interior (Foto: Divulgação/Prefeitura de Cipó)
Sem se identificar, uma passageira disse que a viagem custou R$ 350 e explicou que todos embarcados usavam máscara, mas o ônibus, de janelas fechadas,  utilizava ar-condicionado. “Meu teste indicou que eu já tive o vírus quando estava em São Paulo. Tive sintomas leves em março, não precisei ir ao hospital”, disse.
Para a secretária de saúde de Olindina, essas pessoas não foram contaminadas no ônibus e já embarcaram com o vírus. “O resultado não dá positivo em menos de 48 horas de contato com uma pessoa infectada. Acredito que essas pessoas não sabiam que estavam contaminadas. Elas só são testadas quando chegam na cidade”, explicou Sheila.. 
Moacir Tur
Procurada, a Moacir Tur não informou se os funcionários que atuaram na viagem também estavam contaminados ou se estão sendo monitorados pela empresa. “As prefeituras sabiam que esses passageiros estavam chegando. Os passageiros estão em isolamento com o apoio da prefeitura e da empresa”, disse uma funcionária, que não se identificou.  
No site da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), a Moacir Tur não está cadastrada na lista de empresas que podem fazer transporte regular de passageiros em viagens interestaduais. A funcionária disse que isso acontece, pois o negócio é vinculado a outra empresa cadastrada, mas não informou o nome ou contato. Uma rede social da Moacir Tur informa que ela atua desde 1999 na área de turismo.
No entanto, há publicações que fazem propaganda dos serviços de transporte regular de passageiros e de encomendas. Nos comentários, diversas pessoas manifestam interesse em sair de São Paulo e voltar ao interior baiano em plena pandemia.
“Não existe maldade na atitude dessas pessoas. Elas estavam trabalhando em São Paulo, ficaram desempregadas e lá até passavam fome. Os municípios têm que se preparar para acolhê-los”, disse a secretária de saúde de Olindina, cidade que possui sete casos de coronavírus registrados, cinco vieram de São Paulo.
Agência Nacional de Transporte Terrestre é a responsável pela fiscalização do transporte interestadual (Foto: Divulgação)
Fiscalização 
Em todo o Brasil, a ANTT, responsável por fiscalizar o transporte clandestino interestadual, já autuou 307 veículos entre abril e o início desse mês. Na Bahia, apenas 25 ônibus do tipo foram apreendidos: 12 na região de Feira de Santana, cinco em Vitória da Conquista, sete entre Vitória da Conquista e Jequié e um em Eunápolis.  
Uma reportagem do CORREIO sobre a volta de baianos desempregados de São Paulo para o interior baiano mostrou que pelo menos cinco cidades da Bahia, de menos de 60 mil habitantes, tiveram o seu primeiro caso de coronavírus importado de São Paulo. Esse número pode ser maior, pois algumas cidades optam por não divulgar detalhes dos casos confirmados.  
O especialista em regulação da ANTT, Carlos Solrraique, confirma que o fluxo de passageiros está maior em direção ao Nordeste do país. “Pessoas desempregadas ou em quarentena estão retornando para a terra natal, ainda que temporariamente”, disse.  
Após serem pegos pela fiscalização, os motoristas são liberados e os veículos conduzidos para o pátio da ANTT, vindo a ser liberado depois de 72h, após pagamento de taxas. A empresa clandestina deve contactar uma empresa regular para fazer o transporte dos passageiros até o seu destino final. Ou seja, independente da fiscalização, as pessoas conseguem sair de São Paulo e chegar na cidade natal, em plena pandemia. A  principal  irregularidade  constatadas nos veículos apreendidos é a ausência de itens obrigatórios de segurança, como pneus carecas e para-brisas trincados. 
Os pneus dos veículos apreendidos não estavam em bom estado (Foto: Divulgação)
Em nota, a Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba), informou que muitas empresas têm conseguido liminar judicial autorizando a circulação de ônibus interestaduais. As decisões da Justiça são amparadas no fato de a regulação desse tipo de transporte ser de responsabilidade da ANTT, órgão federal. 
“O governador Rui Costa já fez apelos públicos aos ministros da Justiça e da Saúde para sensibilizar a ANTT a suspender a circulação desses ônibus. O Governo do Estado também já formalizou ao STJ pedidos para suspensão das liminares que permitem a circulação desses ônibus na Bahia”, afirmou a nota. 
O CORREIO tentou contato com a secretaria de saúde de Sátiro Dias, mas o telefone deu na caixa postal. A assessoria da prefeitura de Alagoinhas também foi procurada e não atendeu às ligações.
* Com orientação da chefe de reportagem Perla Ribeiro e da subeditora Clarissa Pacheco
***
Em tempos de coronavírus e desinformação, o CORREIO continua produzindo diariamente informação responsável e apurada pela nossa redação que escreve, edita e entrega notícias nas quais você pode confiar. Assim como o de tantos outros profissionais ligados a atividades essenciais, nosso trabalho tem sido maior do que nunca. Colabore para que nossa equipe de jornalistas seja mantida para entregar a você e todos os baianos conteúdo profissional. Assine o jornal.
Nota da redação deste Blog - Enquanto isso em Jeremoabo estão brincando com o perigo.
Por diversas ocasiões já documentamos passageiros clandestinos entrando livremente em Jeremoabo sem nenhum impendimento.
No interior o COVID-19 está se alastrando agora, e a previsão para agosto são das piores.
Professor PhD em Física prevê para um mês 875 pessoas infectadas em Paulo Afonso

Casa Branca projeta 5.000 mortes diárias por Covid-19 no Brasil em agosto

Por Luciana Freire no dia 07 de Junho de 2020 ⋅ 10:00

O IHME, instituto de métrica da Universidade de Washington, projeta mais de 165 mil mortes no país até agosto

O IHME, instituto de métrica da Universidade de Washington, com um dos principais modelos utilizados pela Casa Branca para monitorar os números sobre o coronavírus atualizou com piora o cenário no Brasil e agora projeta mais de 165 mil mortes no país até agosto, com 5 mil mortes em um único dia no início daquele mês. A informação foi divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo.
Em maio, quando o IHME divulgou pela primeira vez dados sobre o Brasil, a previsão era de que 88 mil pessoas morressem por Covid-19 até 4 de agosto no país.
No fim do mês, esse número foi atualizado para cerca de 125 mil óbitos até agosto e, agora, no início de junho, a segunda atualização elevou a previsão para 165.960 mortes até lá.
Com mais de 647 mil casos confirmados, o Brasil escalou para o segundo lugar em diagnósticos no mundo, atrás somente dos EUA, que tem mais de 1,9 milhão. (https://www.metro1.com.br/)
Nenhuma descrição de foto disponível.

O POBRE DE DIREITA

O POBRE DE DIREITA


A tradicional classe média brasileira sempre foi de típicos profissionais liberais e de servidores públicos. Alguns são os pobres de direita. Pobres de direita são pessoas que colocam seu mérito, sua relevância, no preço das coisas que possuem, ou dos serviços que usufruem. Pertencem à classe média, dependem de uma renda mensal para sobreviverem, mas se acham ricos.
Ser especial, para o pobre de direita, é consumir coisas caras. Tudo se resume em "ser rico" e se sentir, por isso, especial e melhor do que os outros. Danuza Leão, no famigerado texto Ser Especial, definiu essa mentalidade fútil e mesquinha. Para ela, certamente porta voz dos pobres de direita, "Ir a Nova York perdeu a graça. Até o porteiro do meu prédio vai. Imagine ir e dar de cara com o porteiro!". (Leão, 2012.).
Sim, por que como o pobre de direita irá se diferenciar e se achar superior se "qualquer um" também puder viajar para os lugares que ele vai, comprar as marcas que ele usa ou ir para o shopping que ele frequenta? Para o pobre de direita, não basta que ele ganhe um bom salário, é necessário que o outro continue mal pago, mantenha distância dos shoppings e dos aeroportos.


POBRE PAÍS

Educação é coisa muito séria. Não há país no mundo que tenha conseguido resolver seus problemas crônicos, como a pobreza extrema, sem que fosse adotado um plano para ampliar o acesso à escola e para melhorar a qualidade do ensino. Exemplos no mundo não faltam. Infelizmente, o Brasil não faz parte desse time de vencedores. É verdade que, ao longo de um par de anos, o país deu passos importantes para educar sua população. Mas boa parte das conquistas acabou se perdendo no meio do caminho. Em vez de avançarmos, estamos regredindo. E não há perspectiva de melhora.

A ignorância do povo é o projeto político da elite brasileira A pergunta "como podemos eleger tantos ineptos?" não tem resposta simples como apontam as análises facebuqueanas



Nesses tempos de pandemia em que estamos vivendo, há questionamentos sobre o fato de a população brasileira ignorar as orientações dos órgãos oficiais de saúde, que indicam o isolamento social como forma de conter a propagação do novo coronavírus. Para entender o motivo disso, é preciso reconhecer que, para além de Bolsonaro ser a expressão máxima da necropolítica estabelecida no Brasil na atualidade, temos contra o povo a negação histórica de acesso a uma política de educação que hoje agrava esse momento social.
Essa negação, que é cunhada na estrutura desta sociedade racista, patriarcal e de exploração que perdura via herança escravagista colonial e é potencializada na recrudescência do conservadorismo brasileiro, tem sua expressão máxima nas eleições de 2018.
A ignorância funcional de uma camada do povo brasileiro serve a um projeto genocida da elite branca deste país, que tem na mercantilização da vida humana sua principal fonte de dividendos. O sistema capitalista, ao promover a exacerbação do lucro, aprofunda consideravelmente nas últimas décadas o rompimento da humanidade com a natureza. É a produção e a reprodução da morte. Mata-se o povo, mas garante-se o lucro.
É certo ser intencional todo o comportamento inapropriado do presidente Jair Bolsonaro no comando desta crise, e isso nada tem a ver com adoecimento mental desse senhor. Não podemos relevar o fato de que ele obteve 55,13% dos votos válidos no pleito eleitoral. Eleição oriunda de golpe, mas que assumiu a aparência de democrática.
O esquema de fake news produzido na ocasião reverberou em grande parte do eleitorado devido ao solo fértil da ignorância enraizada na sociedade brasileira. Estamos vivendo um período histórico em que as análises tendem a ser individualizadas – repartidas em caixinhas – e se sobrepõem umas às outras. Existe um rebaixamento da política quando não se consegue explanar a profundidade da causa sob a consequência.
Nesse sentindo apontamos o eleitorado bolsonarista como “gado” e outros adjetivos. Essa expressão – “gado” – talvez seja apropriada para o desprezo com o qual a elite brasileira sempre tratou e fez política para o povo que, segundo dados historiográficos, tem cor e sexo. Ainda usamos os termos “voto de cabresto” e “curral eleitoral” para explicar os votos expressivos das bancadas da bíblia, da bala e do boi diante da concentração de renda dessa galera em contraste com a escassez de recursos das regiões do país que essa turma representa. A pergunta "como podemos eleger tantos ineptos?" não tem resposta simples como às vezes as análises facebuqueanas apontam e reproduzimos acriticamente. Assim como as aglomerações nas ruas mesmo com a indicação de quarentena.
Veja só, em 2018, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice de analfabetismo absoluto no Brasil era de 11,3 milhões de pessoas com 15 anos ou mais de idade, e o analfabetismo funcional chegava a 38 milhões de pessoas. Tal cenário mostra o enraizamento da ignorância citada acima e, portanto, é terreno fecundo para as ideias fascistas e obscurantistas da atualidade.
Não são dados menores esses demonstrativos da educação, sobretudo quando se aprofunda o olhar sobre quando, como e quem acessa o ensino público brasileiro, assim como sobre qual cartilha essa escola tem seus pilares construídos e a quais interesses ela se submete enquanto projeto de sociedade. Se pensarmos que a educação como um direito social foi instituído na década de 1930, mas foi somente em 1988 que o ensino obrigatório foi assumido pela Constituição, visualiza-se o tamanho da reparação histórica que este país tem que realizar junto ao seu povo.
Ao passo que essa reparação histórica não se realiza, estamos todas e todos submetidos à perversidade da elite brasileira, que não tem nenhum pudor em sustentar um estólido como o atual presidente para garantir seus interesses. O mau-caratismo dessa elite atualmente expõe todo o povo e nos retira a possibilidade de dar um salto enquanto sociedade brasileira no que tange à nossa soberania nacional. O golpe de 2016 freia qualquer avanço para dentro da ordem de avanços educacionais e de superação dessas estatísticas. É fato que os militares já operacionalizam a máquina por dentro e que o projeto educacional de 1964, via escola sem partido e outros mecanismos, está na disputa política institucional. Só falta uma comunicação oficial que nos diga que neste momento são os militares que nos governam, cabendo a Bolsonaro a distração pública. A democracia brasileira segue sendo a simbologia da brincadeira do gato-e-o-rato. Advinha quem é o rato?
Em Cuba se assumiu o compromisso de erradicar o analfabetismo após a revolução de 1959, já que era inviável a tomada de consciência popular e assegurar valores anti-imperalistas com a população em sua grande maioria sem conhecimento formal e com dificuldades de interpretar a vida. O escritor Almícar Cabral – o pedagogo da revolução, segundo Paulo Freire – ao teorizar sobre o enfrentamento ao colonialismo nos ensina que para sonhar a libertação do povo se faz necessário pensar métodos políticos pedagógicos para a realização dessa tarefa.
Portanto, podemos estar nas redes sociais lamentando que o povo não está seguindo as regras impostas para esse período ou usar desse ócio para pensar e criar novos métodos pedagógicos de tomada de consciência e enfrentamento à ignorância imposta por um sentido de projeto de colonização que segue firme e coeso.
Cabe, neste momento em que toda a humanidade se volta para dentro, nos questionar se esse momento conjuntural é uma janela histórica e o que faremos a partir dela, inclusive nos métodos coletivos.
A meu ver é fundamental seguir a máxima da poesia leminskiana: na luta de classes todas as armas são boas: pedras, noites e poemas. Até a vitória!
*Andréia Roseno (Makota Kinanjenu) é assistente social, cantora do Afoxé Bandarere, militante da Rede de Mulheres Negras de Minas Gerais.

JOGOS DE INTERESSES


.


ESCOLHA ERRADA

Infelizmente estamos vivenciando uma época onde a falta de conhecimento a ignorância e a ausência de educação estão predominando. Como se tudo isso não bastasse vemos pobres discutindo e se degladiando na defesa de líderes que estão envolvidos em processo de corrupção ou loucos que menosprezam os interesses do nosso povo.

Delmiro Gouveia: Presidente Kel promulga Lei que concede reajuste aos servidores da Educação Assessoria de Comunicação PMDG

Paulo Afonso - Bahia 10/06/2020
Assessoria de Comunicação PMDG

Foto: Divulgação
O presidente da Câmara de Vereadores de Delmiro Gouveia, Ezequiel de Carvalho Costa (Kel), promulgou a Lei 1.290/20, que concede o reajuste de 8% aos servidores municipais da Educação.
A assinatura foi realizada na manhã desta quarta-feira (10), e prevê o benefício de 4% na competência de maio e 4% na competência de setembro deste ano. “Estou muito feliz em promulgar essa Lei porque concede o reajuste aos profissionais da educação. Esta Casa não poderia se furtar ao seu papel de estar ao lado da categoria”, reforça Kel.

O Projeto de Lei que concedia o reajuste foi aprovado por unanimidade pelos parlamentares, mas foi vetado pelo gestor municipal. Em votação no dia 4 de junho, os vereadores derrubaram o veto do Executivo, concedendo o abono salarial para a classe.

OMS descarta ligação entre baixa temperatura e aumento de casos da Covid-19


OMS descarta ligação entre baixa temperatura e aumento de casos da Covid-19
Foto: Reprodução/Pixabay
A existência de uma relação comprovada entre temperaturas mais baixas e um aumento na disseminação do novo coronavírus foi negada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), nesta quarta-feira (10).

A entidade afirmou que não há qualquer evidência científica que estabeleça uma relação sobre o impacto da Covid-19 em diferentes estações e temperaturas.

O vírus da Influenza apresenta um salto de infecções no inverno, mas a OMS ressalta que ainda não é possível estabelecer semelhanças entre as duas doenças. As informações foram publicadas em reportagem do Estadão.

"Sabemos que o vírus da Influenza tem um ciclo, mas não sabemos como o novo coronavírus vai se comportar diante da mesma situação. E mesmo no Influenza não há um padrão, pois temos diferenças entre as zonas temperadas e as regiões mais próximas à linha do Equador, no inverno do hemisfério sul. Não temos nenhum dado que sugira que haverá uma transmissão maior ou um comportamento mais agressivo do coronavírus nesse período", esclareceu o diretor do programa de emergências da OMS, Michael Ryan.

Bahia Notícias

Advogado confronta Toffoli e Moraes durante sessão do STF: 'A pior ditadura é a do judiciário'


Advogado confronta Toffoli e Moraes durante sessão do STF: 'A pior ditadura é a do judiciário'
Foto: Reprodução / Youtube
O advogado dr. Luis Gustavo Pereira da Cunha, representando o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) confrontou durante sua fala na Ação por Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), os ministros Dias Toffoli e Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal, que pede a anulação da portaria que deu origem ao chamado “inquérito de Toffoli”, nesta quarta-feira (10).

Em sua exposição, o advogado fez uma lista dos problemas que podem ser observados no inquérito, e afirmou: “excelências, isso é inadmissível no Estado Democrático de Direito”. O advogado comparou o inquérito ao Ato Institucional nº 5 e afirmou que configura-se uma situação de tribunal de exceção, segundo a Folha Política.

O advogado explicou que o inquérito desrespeita o Regimento Interno do STF, a Constituição Federal, a Lei Orgânica da Magistratura Nacional, Súmula Vinculante do próprio STF, e a jurisprudência da própria Corte. 

Cunha mencionou a frase de Ruy Barbosa: "A pior ditadura é a ditadura do judiciário. Contra ela não há quem recorrer".

Veja o vídeo:

Em destaque

Desaceleração da China é inevitável e o Brasil precisa se situar melhor

Publicado em 4 de novembro de 2024 por Tribuna da Internet Facebook Twitter WhatsApp Email Queda da população está enfraquecendo a economia ...

Mais visitadas