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sexta-feira, novembro 08, 2019

Sigilo de gastos do presidente da República é quebrado pelo STF | Revista Fórum

Julgamento virtual declarou inconstitucional artigo do decreto-lei 200, de 1967, que permitia o sigilo sobre gastos da Presidência da República como, por exemplo, com cartão corporativo

'Polos mais extremos da política passam a ganhar visibilidade, esvaziando o centro'

CBN
8 min
Gerson Camarotti avalia que, com a saída de Lula da cadeia após o STF vetar a prisão de condenados em segunda instância, o ex-presidente e Bolsonaro passarão a buscar protagonismo na política brasileira. #CBN #SextaNaCBN #ConexãoBrasília https://glo.bo/34NxO9z

Fontes do governo dizem temer Lula livre

Integrantes do governo Bolsonaro disseram que se Lula for libertado o 'barulho' que petistas e apoiadores farão pelo País irá dificultar a governabilidade

'Lula perdeu a liberdade e o Brasil desencontrou a paz', diz carta a Toffoli


por Mônica Bergamo | Folhapress
'Lula perdeu a liberdade e o Brasil desencontrou a paz', diz carta a Toffoli
Foto: Reprodução / Jota Info
A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann, enviou ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, um manifesto expressando "preocupação" com a "situação injusta que atinge o ex-presidente Lula".

O documento é assinado por 14 profissionais de diferentes meios, como o diplomata Celso Amorim, o escritor Raduan Nassar, os músicos Chico Buarque e Gilberto Gil, o cineasta Kleber Mendonça Filho e o fotógrafo Sebastião Salgado.

"Por entendermos que a prisão de Lula atinge o cerne da cidadania, do Estado de direito e da verdadeira justiça no Brasil, apoiamos e divulgamos este documento que denuncia os abusos e ilegalidades de um processo cruel, conduzido com parcialidade e objetivos políticos", afirma a carta.

"E como não há nada oculto que não venha a ser revelado, está nas mãos do Supremo Tribunal Federal corrigir esse erro, para restabelecer a verdade e proporcionar a pacificação democrática do país."

"Lula perdeu a liberdade e o Brasil desencontrou a paz. A sociedade brasileira foi envenenada pelo ódio político, inoculado nas redes sociais, na imprensa, nos templos, escolas e quartéis. Intolerância e desprezo se ergueram contra toda tentativa de duvidar da Lava Jato e seus métodos, de divergir do discurso dominante até mesmo nos meios acadêmicos. A prisão de Lula virou dogma da cruzada 'moral' que também condenou a visão política, social e econômica que seu governo representou: soberania nacional, justiça social e crescimento com inclusão. Era para marcar o fim de uma era."

O STF retomou nesta quinta (7) o julgamento sobre a constitucionalidade da prisão de condenados logo após a segunda instância. Segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), cerca de 5.000 réus podem ser beneficiados. O mais célebre deles é o ex-presidente Lula, preso desde abril de 2018.

O voto de Toffoli é o mais esperado. Como presidente da corte, é o último a votar, e o placar deve chegar a ele empatado em 5 a 5.



Leia a íntegra do texto abaixo:

"JUSTIÇA PARA LULA, PAZ PARA O BRASIL

Somos brasileiras e brasileiros de diversas origens, atividades e convicções, unidos por uma comunhão de valores: democracia, justiça e respeito aos direitos humanos. Neste momento grave na história de nosso país, consideramos nosso dever chamar a atenção da sociedade brasileira e da comunidade internacional para a grande injustiça que vem sendo cometida contra um líder que encarna aqueles valores, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Por entendermos que a prisão de Lula atinge o cerne da cidadania, do estado de direito e da verdadeira justiça no Brasil, apoiamos e divulgamos este documento que denuncia os abusos e ilegalidades de um processo cruel, conduzido com parcialidade e objetivos políticos. E como não há nada oculto que não venha a ser revelado, está nas mãos do Supremo Tribunal Federal corrigir esse erro, para restabelecer a verdade e proporcionar a pacificação democrática do país.



Celso Amorim, diplomata

Chico Buarque de Hollanda, compositor

Dalmo de Abreu Dallari, jurista

Gilberto Gil, compositor

Kleber Mendonça Filho, cineasta

Leonardo Boff, teólogo

Luiz Carlos Bresser-Pereira, economista

Maria da Conceição Tavares, economista

Maria Victoria Benevides, socióloga

Marilena Chauí, filósofa

Paulo Sergio Pinheiro, cientista político

Raduan Nassar, escritor

Rogério Cezar de Cerqueira Leite, físico

Sebastião Salgado, fotógrafo



Lula preso, corruptos soltos: a farsa da Lava Jato



Em dezembro de 2015, tão logo foi iniciado o processo de impeachment de Dilma Rousseff, a Operação Lava Jato dirigiu seus esforços para condenar e prender o ex-presidente Lula, contando com a sistemática colaboração da grande mídia. Daquele momento em que Sergio Moro começou a espionar o ex-presidente até agosto de 2016, o Jornal Nacional da TV Globo deu 13 horas de notícias contra Lula, 4 minutos por noite, segundo o Laboratório de Estudos de Mídia da UERJ. Assim o país foi preparado para a denúncia do PowerPoint de Deltan Dallagnol, que viria em setembro. Foi a maior campanha jamais vista contra um líder brasileiro, precedendo a prisão injusta e a cassação da candidatura de Lula em 2018.

Nunca é demais lembrar que Dallagnol denunciou Lula sabendo que o tríplex não era dele; que não havia fatos para acusar, só as 'convicções' dos procuradores e uma notícia de jornal velha e falsa. E que Sergio Moro nem poderia ter julgado Lula, pois admitiu no processo não haver relação entre a reforma do imóvel e os contratos suspeitos que atraíam os casos da Petrobrás para a Vara de Curitiba. Lula foi condenado por 'atos indeterminados', ou seja, porque o juiz queria assim e porque, mesmo sem provas, o réu já havia sido sentenciado nas manchetes e na TV.

Lula perdeu a liberdade e o Brasil desencontrou a paz. A sociedade brasileira foi envenenada pelo ódio político, inoculado nas redes sociais, na imprensa, nos templos, escolas e quartéis. Intolerância e desprezo se ergueram contra toda tentativa de duvidar da Lava Jato e seus métodos, de divergir do discurso dominante até mesmo nos meios acadêmicos. A prisão de Lula virou dogma da cruzada 'moral' que também condenou a visão política, social e econômica que seu governo representou: soberania nacional, justiça social e crescimento com inclusão. Era para marcar o fim de uma era.

Mas hoje é impossível não reconhecer que Lula merecia um julgamento justo e não a farsa judicial armada para prendê-lo. E hoje está claro que, ao contrário de enfrentar a impunidade e a corrupção, a Lava Jato corrompeu-se, corrompeu o sistema judicial e o processo eleitoral, mentiu ao país e aos tribunais, deixou impunes dezenas de criminosos confessos que Sérgio Moro perdoou e que continuam muito ricos. As prisões espetaculares, ao vivo na TV, criaram na população uma inédita sensação de justiça que, no entanto, era desfeita sem alarde no balcão de negócios das delações bem premiadas.

Sérgio Moro comandou cada passo da perseguição ao adversário político tratado por ele como inimigo a ser abatido, contrariando as leis e o Estatuto da Magistratura que dizem como deve se portar um juiz imparcial. Com o incentivo e a cobertura da mídia para cometer abusos e ilegalidades, Moro chefiou a força-tarefa do Ministério Público Federal no Paraná e as ações truculentas da Polícia Federal. Foi policial e acusador de um caso em que sequer poderia ter sido juiz.

Todas as violações e crimes cometidos contra Lula foram denunciados por sua defesa, mas sistematicamente censurados pela Globo. Cúmplices, contaminados ou intimidados, os grandes da mídia jamais deram uma versão equilibrada do que está nos autos do processo, nem mesmo quando, em outubro de 2016, o Comitê de Direitos Humanos da ONU aceitou preliminarmente a denúncia de perseguição judicial no Brasil contra Lula, o que transformou a Lava Jato num caso internacional de lawfare.

O muro de silêncio sobre a parcialidade do ex-juiz só começou a ruir quando Sérgio Moro largou a carreira para ser ministro de Bolsonaro, o presidente que ele ajudou a eleger quando condenou o líder das pesquisas eleitorais. Ali ficaram evidentes a motivação e o alinhamento político do ex-juiz ao candidato que montou a indústria de mentiras contra Lula e o candidato do PT, usando dinheiro sujo que o ministro Moro varre para debaixo do tapete ao invés de mandar investigar.

A partir de 9 junho de 2019, quando o site The Intercept Brasil começou a divulgar as mensagens secretas do wathsapp de Deltan Dallagnol para Moro e os procuradores de Curitiba, Brasília, São Paulo e Rio, os crimes da Lava Jato foram expostos ao público de maneira vergonhosa para o Ministério Público e o sistema judicial brasileiro. A imprensa mundial cessou os elogios que sempre fizera à Lava Jato e passou a denunciar a as fraudes e abusos cometidos contra Lula.

Apesar da censura no Jornal Nacional às notícias sobre as mensagens e do esforço para criminalizar a 'Vaza Jato', 53% das pessoas souberam das conversas secretas de Moro e Dallagnol, segundo o instituto Vox Populi. A comunidade jurídica nacional e internacional repudiou o conluio ilegal entre juiz e promotores, que forjaram acusações, prenderam para intimidar, grampearam advogados e a presidenta da República, manipularam vazamentos, ocultaram provas, mentiram para a Suprema Corte, zombaram da lei e até do luto de Lula.

Não há mais como esconder tantos abusos. Por isso, dobram a aposta na mentira, até para influir no julgamento de ações que sequer dizem respeito diretamente a Lula, mas ao princípio constitucional da presunção da inocência. É falso, por exemplo, afirmar que milhares de criminosos seriam soltos porque a Constituição garante a todos o direito de recorrer em liberdade. A lei já determina a prisão cautelar de quem de fato ameaça a sociedade. Só não é nem poderia ser uma regra automática, tem de ser fundamentada em cada caso pelo juiz.

Não foram os recursos de 'advogados caros' nos tribunais superiores os responsáveis por soltar, até agora, pelo menos 120 dos 159 condenados na Lava Jato. Foi Sergio Moro e foram seus procuradores que promoveram tamanha injustiça, ao negociar acordos de impunidade com corruptos confessos, vendendo até o perdão que a lei não autoriza, em troca de qualquer palavra que lhes servisse, mesmo falsamente, para incriminar Lula. Foi Moro quem libertou, pela segunda vez, o doleiro Alberto Youssef, condenado a 122 anos por corrupção e lavagem de dinheiro, que já voltou a operar na bolsa.

Hoje não é mais possível protelar o julgamento pelo STF do habeas corpus em que a defesa de Lula requer a anulação da sentença de Moro e o direito do ex-presidente ao julgamento justo que ele não teve. A defesa demonstrou e a Vaza Jato escancarou que Moro foi parcial contra Lula desde o início do processo, assim como os procuradores. Por isso, renova-se a pressão sobre o STF, de forma a partidarizar uma decisão que deve ser tomada à luz da lei e dos autos unicamente.

Em abril de 2018, uma pressão absurda envolveu até o alto comando do Exército e resultou numa estranha decisão, em que o STF negou habeas corpus a Lula, apesar de a maioria dos ministros entender que ele tinha, como todo cidadão, direito de recorrer em liberdade. Em setembro, mecanismo semelhante foi acionado para fazer o Tribunal Superior Eleitoral desacatar a determinação da ONU que garantia a Lula o direito de ser candidato, mesmo estando preso. Rasgaram a lei eleitoral e o Pacto Internacional dobre Direitos Civis e Políticos, assinado e ratificado soberanamente pelo Brasil.

Chega! O estado de direito democrático não pode ser tutelado por pressões nem tolerar exceções que discriminem um único cidadão. Não há nada na Constituição dizendo que ela vale para todos, exceto os que se chamem Luiz Inácio Lula da Silva. Existe um só Código Penal Brasileiro; não pode haver um Código Penal do Lula, ou só para o Lula nem contra o Lula. O Brasil e a democracia já pagam altíssimo preço pela prisão ilegal do ex-presidente e a cassação de sua cidadania. Só a vingança política, o ódio cego e a insensibilidade fria podem prolongar uma injustiça que perdura desde 7 de abril de 2018.

Quatro anos depois do início da caçada a Lula, quem está hoje no banco dos réus é Sergio Moro, que enganou o país, violou a lei, perdoou milionários corruptos e condenou centenas de milhares de trabalhadores ao desemprego; são os procuradores de Deltan Dallagnol e Rodrigo Janot, que usaram a Lava Jato para obter fama, poder e fortuna, que entregaram a Petrobrás aos interesses dos Estados Unidos, num crime de lesa-pátria e num suborno judicial que renderia milhões a uma fundação privada sob seu controle, não fosse a reação indignada da sociedade e a tempestiva intervenção do STF. Foram eles que levaram a Petrobras ao banco dos réus em Nova Iorque, sangrando a estatal em 4,8 bilhões de dólares.

São estes fatos que exigem a reflexão da sociedade, a mobilização da cidadania e a ação da Suprema Corte, guardiã da Constituição. Por mais poderosos que sejam os interesses contrariados, políticos e econômicos, o país precisa reencontrar a plenitude do estado de direito para restabelecer as bases do diálogo democrático, que não pode excluir nenhuma corrente ou liderança política, seja pelo arbítrio, seja pela intimidação ou por qualquer forma de injustiça. Chega! Lula merece justiça e o Brasil precisa de paz.

Brasil, 6 de novembro de 2019"

Maia diz que Congresso não deve enfrentar STF sobre prisão após 2ª instância

Sexta, 08 de Novembro de 2019 - 06:40

por Folhapress

Maia diz que Congresso não deve enfrentar STF sobre prisão após 2ª instância
Foto: Câmara dos Deputados
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quinta-feira (7) que o Legislativo não deve avançar com propostas que tratam da prisão após condenação em segunda instância. A declaração do deputado foi dada à reportagem antes de o plenário do STF definir que a execução da pena deve aguardar até que todos os recursos se esgotem (o chamado trânsito em julgado).

A decisão do Supremo repercute no Congresso. A mudança da jurisprudência leva a embates entre deputados e senadores, que são favoráveis e contrários à nova jurisprudência. Maia já indicou que vai trabalhar para aprovar a proposta sugerida pelo presidente do STF, Dias Toffoli, para alterar o Código Penal e evitar que processos penais prescrevam quando um réu recorrer às instâncias superiores.

“A gente tem de tomar certo cuidado porque tivemos a oportunidade de ter tratado disso [segunda instância] em março. [Apreciar as propostas] logo depois que o Supremo decidir que ia revisitar o tema pode parecer que a gente está querendo enfrentar o Supremo, e não é o caso”, afirmou Maia.

No dia 28, Toffoli enviou a Maia e ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), uma sugestão para alterar o Código Penal e evitar que processos penais prescrevam quando houver recurso para as instâncias superiores. Com a decisão do STF, deputados e senadores se articulam para aprovar uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) para mudar a lei e impedir que a execução da pena fique condicionada ao trânsito em julgado.

O presidente da Câmara afirmou que “os deputados mais próximos ao governo seguraram” por oito meses na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) a PEC de autoria do deputado Alex Manente (Cidadania-SP). “Quando o Supremo resolve pautar [o tema], eles resolvem tratar [da proposta]. Não pode ser assim”, disse Maia.

O deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ) também defende que a decisão seja do STF. "Não tem nenhuma chance de passar no plenário. Até o presidente Rodrigo Maia já se posicionou contra. Não vai colocar dois poderes em choque", disse. O presidente da CCJ, Felipe Francischini (PSL-PR), tentou acelerar a tramitação da PEC na comissão, mas a articulação foi frustrada e a proposta está parada.

"A PEC agora já está apta para discussão e votação. Conversei com alguns ministros do STF e eles me disseram e reiteraram que não veem como afronta do Legislativo a pauta dessa PEC, até porque são Poderes independentes", disse Francischini. "Não adianta eu tentar atropelar uma pauta e não aprová-la, o que eu quero é entregar a aprovação", afirmou o deputado. O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) lamentou a decisão do Supremo.

"Não é surpresa, infelizmente. É uma mudança de entendimento feita sob medida para os réus ricos e poderosos. Agora cabe ao Congresso corrigir o erro do Supremo, sob pena de garantir um paraíso da impunidade", afirmou. Pela proposta, os prazos de prescrição deverão parar de correr quando um condenado apresentar recurso ao STJ (Superior Tribunal de Justiça), que é considerado uma terceira instância, e ao Supremo.

Bahia Notícias

Deputado Rui Falcão apresenta reclamação disciplinar contra Deltan Dallagnol no CNMP

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Deputado aponta relação suspeita entre advogado e Dallagnol
Deu na Folha
O deputado Rui Falcão (PT-SP) apresentou uma reclamação disciplinar contra o procurador Deltan Dallagnol e outros integrantes da Operação Lava Jato no  Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), que fiscaliza a atuação dos integrantes do órgão.
Na peça, ele afirma que integrantes da força-tarefa “instrumentalizaram a punição da Petrobras” nos EUA por causa do escândalo do petrolão em benefício próprio e de terceiros, como clientes do advogado Modesto Carvalhosa. A estatal recebeu multas de US$ 685 milhões, nos EUA, que deveriam ser revertidos às autoridades brasileiras.
“COSTURA” – “Surpreendentemente, e em patente desvio de finalidade”, diz o texto, “a força-tarefa costurou acordo com a Petrobras destinando 50% para a satisfação de eventuais condenações ou acordos com acionistas que investiram no mercado acionário brasileiro e ajuizaram ação de reparação, inclusive arbitragens”, até outubro de 2017.
Falcão e seus advogados afirmam que houve “direcionamento de dinheiro público para acionistas específicos cujo advogado que seria beneficiado possuía e possui laços subjetivos com os procuradores”. Os valores seriam de “aproximadamente R$ 1,5 bilhão”.
NEGATIVA – O advogado nega que qualquer benefício tenha sido direcionado a ele ou a seus clientes. “Antes de mim, vários advogados entraram com ações, duzentos advogados fizeram pedidos”, afirma ele.
“E as ações que foram promovidas por nós são muito anteriores a esse acordo”, segue. “Nunca conversei com o Dallagnol a não ser em eventos. Nunca ligue, nunca troquei mensagens. Podem olhar todos os meus telefones”, completa. “Estou à disposição.”

Conservadores assustam os desavisados alardeando um suposto avanço da esquerda

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Charge do Vêrsa (Arquivo Google)
Roberto Nascimento
Modernidade no Brasil é sinônimo de tirar direitos dos trabalhadores e manter o povo abaixo da linha da pobreza. Os populistas conservadores falam sempre sobre um suposto avanço do esquerdismo, como forma de amedrontar o povo. Assim como: “Se vocês não estão satisfeitos, então é porque querem a volta da esquerda em 2022”. Esse discurso ilusório ainda mantém muitos votos da mentira.
Lula e o PT nunca foram comunistas nem da esquerda tradicional, que não existe mais desde a implosão da URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas). Konstantin Chernenko (1984-85) foi o último presidente comunista. Depois veio Mikhail Gorbachev e acabou om a URSS e com comunismo, criando um regime hibrido.
CHINA CAPITALISTA – A China não é comunista há muito tempo, na verdade desde a morte de Mao Tsé Tung, em 1976. Hoje, a China é um país capitalista na economia e ditadura ferrenha na política. Lembrem-se do massacre na Praça da Paz Celestial e. agora, da duríssima repressão aos manifestantes de Hong Kong.
Por falar em repressão, tanto os liberais, os conservadores e os ditos progressistas, quando o povo sai às ruas para protestar, não há diferença entre eles – é bala e bomba para cima dos manifestantes. No Chile, na Venezuela, no Equador, na Bolívia, não importa o regime, o problema é a grave crise socioeconômica. Esperem quando o povo argentino for para às ruas e provavelmente irá.
Os empresários precisam ter em mente que não se pode ir muito fundo na acumulação capitalista do lucro exacerbado. Alguma coisa deve ser distribuída para as classes trabalhadoras. Tirar todos os benefícios sociais pode-se configurar como jogar gasolina no fogaréu da insatisfação política.
FALTA CONSUMO – Depois lamentam e ficam desesperados com a queda no consumo das famílias, o que afeta a arrecadação de impostos, provoca quebradeira das empresas e, consequentemente, maior desemprego, uma coisa levando a outra, até que explode como no Chile, o país queridinho do Paulo Guedes, que não consegue alavancar nossa economia.
Não há planos de Guedes para soluções a curto prazo. Mas acontece que,  como dizia Lord Keynes, a longo prazo todos estaremos mortos. Será que Guedes tem a competência que o setor produtivo e o mercado achavam que tinha?
O ministro da Economia defende os bancos, quer a capitalização das aposentadorias, almeja o controle dos Fundos de Pensão e das Seguradoras, sonha com a volta da CPMF e com a transferência do FGTS da Caixa Econômica para os bancos privados.
REFORMA LEONINA – O czar econômico conseguiu a Reforma da Previdência restritiva de direitos, agora entrega ao Parlamento um pacote de leonina reforma administrativa contra o servidor público.
Seus planos se orientam em dar um “shutdow” nos servidores para levá-los ao “brokenhard”, ele adora essas expressões inglesas. Esse “shutdow/brokenhard” se refere à demissão sumária e redução de salários, em casos emergenciais e de bonança também.
Na seara da Previdenciária, o ministro defende o direito de os planos de saúde aumentarem a mensalidade dos clientes, quando completarem 60 anos e muito mais acima de 80 anos, sob o frágil argumento, de que gastam muito após os oitenta, sem considerar o tempo em que pouco usaram o plano ou muito pouco. Maldade pura. Deixam o SUS e os hospitais públicos à míngua e impedem os idosos de terem seguro de saúde.
PRIVATIZAR TUDO – Nesse diapasão, querem os ultraliberais privatizar o Estado, seus bancos públicos, suas empresas estatais, até a estratégica Eletrobrás entrou na lista.
Defendem um shutdown em tudo que é público, com exceção das Forças Armadas, porque de bobos eles não têm nada e vão dar aumento salarial aos militares e esquecer os civis.
E não há para quem apelar, pois o Rodrigo Maia e o Davi Alcolumbre estão com o Guedes e não abrem.
Só nos resta torcer pelo Flamengo e gritar gol todo domingo.

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