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terça-feira, março 19, 2019

Toffoli errou ao abrir inquérito para apurar ofensas ao Supremo, diz Marco Aurélio


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Marco Aurélio afirma que Toffoli errou até em escolher o relator
Carolina Brígido, André de Souza e Bernardo MelloO Globo
O inquérito aberto pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, para apurar ofensas à Corte gerou controvérsia na comunidade jurídica e não é unanimidade nem entre os ministros da própria Corte. A iniciativa, no entanto, recebeu apoio de entidades como a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Em entrevista à GloboNews, o ministro Marco Aurélio disse discordar do procedimento: “Se ele tivesse submetido a matéria, eu me pronunciaria contra a instalação do inquérito e contra a designação de um relator, o ministro Alexandre de Moraes, porque o inquérito deveria ter ido à distribuição aleatoriamente via computador.
PROCURADORIA – Para Marco Aurélio, o correto seria acionar a Procuradoria-Geral da República: “Somos Estado julgador e devemos manter a necessária equidistância quanto a alguma coisa que surja em termos de persecução criminal” — disse ele.
Outro integrante do Supremo disse ao Globo, em caráter reservado, que Toffoli não poderia ter aberto a investigação “de ofício” — ou seja, sem que a Procuradoria-Geral da República (PGR) tivesse feito o pedido antes. Um terceiro ministro afirmou que o inquérito, agora que já está aberto, deveria ser submetido à Procuradoria, para o órgão indicar as diligências a serem feitas.
Na portaria que instaurou o inquérito, Toffoli justificou o ato “considerando a existência de notícias fraudulentas (fake news), denunciações caluniosas, ameaças e infrações (…) que atingem a honorabilidade do Supremo Tribunal Federal, de seus membros e familiares”. Até agora, foram designados um delegado da Polícia Federal e um juiz auxiliar para iniciar as investigações.
INTERPRETAÇÃO – O presidente Dias Toffoli usou como base o artigo 43 do regimento interno, que estabelece: “Ocorrendo infração à lei penal na sede ou dependência do tribunal, o presidente instaurará inquérito, se envolver autoridade ou pessoa sujeita à sua jurisdição, ou delegará esta atribuição a outro ministro”.
De acordo com a GloboNews, no entendimento de Toffoli — e de outros integrantes da Corte — os ministros representam a sede do tribunal porque podem atuar de qualquer lugar do país.
Procurada pela emissora sobre as críticas à abertura do inquérito, a presidência do STF disse “que há precedentes nesse sentido. E que isso é o tipo de coisa no limite, que não precisa ser feito, mas se necessário, é preciso fazer”.
RAQUEL SE MEXE – Na sexta-feira, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge,enviou petição ao Supremo solicitando que o ministro Alexandre de Moraes forneça informações sobre o inquérito. Um dos pontos questionados foi o fato de que as apurações não terão a participação da PGR.
Dodge argumentou que a função de investigar não faz parte das competências do Judiciário, e que isso pode comprometer a imparcialidade no processo.
O inquérito foi aberto na quinta-feira e corre em sigilo. Formalmente, serão investigados fatos, e não pessoas. Por exemplo, o vídeo em que o coordenador da Lava-Jato em Curitiba, procurador Deltan Dallagnol, conclama a população a tomar partido do julgamento da semana passada que definiu o foro para investigar crimes conexos ao caixa dois.
MULHER DE MINISTRO – Entre os alvos do inquérito também está ação da Receita Federal, que recentemente apurou movimentações financeiras do ministro Gilmar Mendes e da mulher de Toffoli, a advogada Roberta Rangel.
Para o ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Gilson Dipp, que hoje é advogado, o regimento interno do STF não autoriza a Corte a abrir um inquérito por conta própria, somente instaurar processos para apurar fatos ocorridos nas dependências do tribunal:
— O Supremo deveria, essa é a lógica do nosso sistema penal constitucional, primeiro pedir a instauração de um inquérito perante a Procuradoria-Geral da República, ou perante a Polícia Federal, que são os órgãos de investigação. O Supremo não tem poderes para abrir uma investigação criminal.
INDEPENDÊNCIA –Segundo fontes do STF, o caso só irá ao Ministério Público (MP) se, ao fim das apurações, houver indicação que algum procurador cometeu ilícito. A praxe é a PGR pedir a abertura de investigação ao tribunal contra pessoas com direito ao foro especial.
No entendimento do presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros, Jayme de Oliveira, o procedimento, no entanto, tem sim amparo no Regimento Interno do STF, e não seria muito utilizado porque poucas vezes se precisou dele.
— O que é inadmissível é que se queira violar a independência do Judiciário, com pressão indevida sobre o órgão julgador, obrigando-o a decidir do jeito que quer a acusação ou a defesa — disse Oliveira.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Conforme se vê, o corporativismo fala mais alto e demonstra como estão esculhambadas as instituições brasileiras, inclusive as entidade da sociedade civil, como OAB e AMB. É lamentável. (C.N.)

Salvo-conduto de Gilmar é desmoralizado e Beto Richa vai preso pela terceira vez


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Solto por Gilmar, o ex-governador foi preso pela Justiça estadual
Estelita Hass CarazzaiFolha
O ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) foi preso na manhã desta terça-feira (19), pela terceira vez, suspeito de se beneficiar do desvio de recursos do governo estadual. A prisão preventiva foi decretada pela Justiça Estadual do Paraná, no âmbito das investigações da Operação Quadro Negro – que apura um esquema de fraude em obras de escolas públicas do Paraná.
Segundo o promotor Leonir Batisti, do Gaeco (Grupo de Combate ao Crime Organizado), Richa foi detido por obstrução de justiça. Ele não quis dar mais detalhes dos fatos que motivaram o mandado.
SALVO-CONDUTO – Batisti afirmou, porém, que eles não estão englobados pelo salvo-conduto concedido pelo ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal) –que, na sexta (15), impediu novas prisões do ex-governador e de sua família em relação a outra investigação por desvio de verbas no Paraná. “Nós não temos intimação disso, não nos diz respeito”, afirmou Batisti à Folha.
O Gaeco também cumpre mandados de busca e apreensão em três residências do tucano, incluindo duas casas na praia.
Esta é a terceira vez, desde o ano passado, que o tucano é preso. Ele já foi detido num desdobramento da Lava Jato, suspeito de se beneficiar de recursos desviados de concessões rodoviárias, e também pelo próprio Gaeco, que apurou um esquema de desvios em obras de manutenção de estradas rurais no Paraná. Richa acabou solto, nas duas ocasiões, por decisões de tribunais superiores.
OUTROS PRESOS – Além de Richa, foram presos preventivamente nesta terça o ex-secretário estadual Ezequias Moreira e o empresário Jorge Atherino, apontado como operador de propinas do tucano. Segundo o Gaeco, os fatos investigados desta vez dizem respeito à formação de uma organização criminosa para desvio de dinheiro nas escolas do Paraná, que teria a participação de Richa.
Parte do esquema já foi alvo de denúncia na 9ª Vara Criminal de Curitiba, mas o inquérito relativo a Richa havia sido distribuído ao STF em função de seu foro privilegiado. Ele voltou à Justiça Estadual do Paraná após a saída do tucano do governo estadual, em abril do ano passado, para disputar o Senado (ele perdeu a eleição).
A Folha não conseguiu contato com a defesa de Richa nesta manhã. O tucano tem negado as acusações e diz que nunca compactuou com desvios.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Por essa Gilmar Mendes não esperava. O bravo juiz paranaense atirou na lata do lixo o salvo-conduto que o ministro do STF concedera para proteger toda a família Richa. Se não conseguir uma maneira de libertar imediatamente o ex-governador gatuno, Gilmar se sentirá o mais desprestigiado dos juízes. É uma ironia do destino, como se dizia antigamente. Gilmar pode muito, mas não pode tudo(C.N.)

Conto: Minha visita ao Presidente Lula na cadeia





Era uma tarde de quinta-feira, e eu tinha acabado de chegar a Curitiba no Paraná. Saí direto do aeroporto da cidade para a vigília Lula Livre. Eu estava apreensivo com o que iria encontrar por lá. Tudo o que via daquele local era através da internet. Passamos pela frente do prédio da policial federal e naquele instante senti uma tristeza grande em meu coração. Vi pela primeira vez o local onde encarceraram injustamente o maior político mundial na atualidade.

Quando cheguei em uma das esquinas da rua onde fica aquele prédio imponente, encontrei centenas de companheiros. Muitos estão lá desde o primeiro dia. É hoje um terreno alugado para que as pessoas que lá queiram, ir e ficar, possam ter esse direito garantido. Alguns dizem que só vão sair com Lula Livre. É comum ao ouvir pessoas ver lagrimas escorem em seus rostos. Não é de tristeza, podem acreditar, é de uma certeza na inocência do Presidente e da injustiça que está sendo cometida contra ele. Eu também me emocionei várias vezes.

As pessoas que lá estão transpiram solidariedade, rezam seus credos, acolhem todas as religiões e se amam. A presença delas naquele lugar é uma homenagem a Lula. Todos os dias elas se reúnem para gritar, bom dia, boa tarde e boa noite ao Presidente Lula, que é ouvindo por ele dentro da cela onde está. Ele mesmo me disse que em nenhum desses dias teria ficado sem ouvir as pessoas. É vital para a sua autoestima. Falou ainda que para ele é o que lhe dá a certeza de que a luta continua. Não só pela sua liberdade, mas que, é também, nas ruas que vamos conseguir mudar o que estão fazendo hoje com o Brasil.

Uma coisa que não falta lá na vigília é gente para lhe perguntar se já comeu, se quer água. Não há muito no local, mas o pouco que há, é ofertado a todos. Como disse a presidenta do Partido dos Trabalhadores Gleisi Hoffman, “é quase um lugar de romaria”. Para quem quer ter uma lembrança da vigília, há camisetas, bonés e broches a venda nas barracas.

A organização no local chegou a um nível, que montaram uma área exclusiva para a imprensa com acesso direto a internet onde os jornalistas progressistas podem transmitir diariamente as informações. Para manter a turma mobilizada, há sempre atividades culturais todos os dias. É a forma encontrada para sustentar a mobilização de todos.

Na hora da visita, ao chegar aquele prédio imponente que se destaca da vizinhança, percebi o contraste que é ver o povo lutando por liberdade para Lula e policiais armados já na nossa chegada. De um lado a tristeza de uma prisão. Do outro a alegria de um povo que não perde a esperança e continua na luta, militando e esperando que a justiça, enfim seja feita.

A primeira visão que guardo até hoje é a da entrada. Ao olhar para o prédio, tive um medo que não sei explicar. Ele remete a restrição, não da liberdade física, mas também política e de expressão do Lula. Fiquei sabendo lá que o projeto é o mesmo para todos os estados do Brasil. Por ironia da vida, todos foram construídos durante os governos Lula e Dilma. Foi a época em que os presidentes valorizavam a instituição. Lá tem inclusive uma placa alusiva com o nome das autoridades que exerciam cargos no período. E lá está o nome de Lula inscrito.

Foram os metros mais longos da minha vida, percorridos a pé até chegar ao saguão. É a entrada principal onde fica a recepção e todos têm que passar por lá. Registre-se que os funcionários daquela área foram gentis e alguém me disse que sempre o são. Esperei o elevador. Até o barulho da porta dele abrindo me deixou mais emotivo. Subimos. Porta novamente aberta. Subi dois lances de escadas naquele prédio frio. A arquitetura o deixou ainda mais gélido. Meu coração acelerava a cada passo que eu dava e chegava mais perto. Eu sabia que em poucos instantes iria estar com o preso político Luís Inácio Lula da Silva e o que eu mais queria era lhe dar um abraço e o confortar.

A porta se abre e, surpresa, encontro um homem com o sorriso no rosto, os braços abertos e vindo ao meu encontro. Era ele, o homem mais temido pelos poderosos, o homem mais amado pelo povo brasileiro, estava em minha frente e eu paralisado. Recebi um forte abraço, dois tapas nas costas e um, “prazer lhe receber companheiro”.

Vi vários livros em um canto. Outros em uma mesa. Uma cama simples e arrumada. Pensei, como alguém consegue encarcerar a esperança do povo? Durante os minutos que lá fiquei, ouvi histórias, vi sorrisos no rosto de quem achei que encontraria triste e conselhos para que eu nunca desistisse dos meus sonhos. Não encontrei uma pessoa derrotada, encontrei ali, preso injustamente, a esperança de dias melhores para o país. E esperança não se encarcera, sonhos não são presos, ideias nunca serão aprisionadas.

Os métodos e a formas com que colocaram Lula naquele ambiente não conseguiram fazer com que boa parte dos agentes deixasse de ter uma simpatia pessoal por Lula. É visível pelo tratamento que eles dispensam ao presidente. Não é só o respeito, é admiração por quem ele é e representa para o povo brasileiro.

Ao sair, olhei para trás. Não vi mais o rosto dele. Mas sai com a certeza de que a luta pela liberdade de Lula só vai acabar quando ele estiver novamente entre nós e seus algozes todos na cadeia.

Conversando com a presidenta do PT, Gleisi, ela me disse que, “visitar aquele local é sempre um misto de tristeza, de raiva muitas das vezes, pelo que está acontecendo, mas de esperança e de alegria de poder ver que, mesmo na adversidade resistimos solidariamente com muita força”.

PS.: a história é linda, emociona a todos, mas é um conto. Claro que eu, como muitos dos brasileiros, gostaríamos de ter visitado presidente Lula.

https://www.dimasroque.com.br

Nomeação de Quitéria reforça discurso vazio do fim de negociação por cargos


por Fernando Duarte
Nomeação de Quitéria reforça discurso vazio do fim de negociação por cargos
Foto: Bahia Notícias
Há uma queda de braço entre o discurso da “nova política” e a nomeação da ex-prefeita de Cardeal da Silva, Maria Quitéria, para uma gerência na Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba). Aliada do governador Rui Costa (PT), Quitéria foi alçada ao cargo sob as bênçãos do vice-líder do governo, José Rocha (PR). No entanto, o chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, garantiu que ela não permaneceria no posto. O padrinho argumentou o oposto.

Por mais que funcione como estratégia retórica, a ideia de que cargos não serão negociados politicamente não passa de um discurso vazio. É impossível para qualquer governo – independente do posicionamento político-ideológico – trabalhar sem qualquer tipo de contrapartida para assegurar votos no Congresso Nacional. E, por mais que possam tratar o tema como imoral, uma das práticas mais antigas no relacionamento entre poderes está longe de acabar. Quitéria é apenas um exemplo público disso.

A ex-presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB) era uma candidata em potencial à Câmara dos Deputados ou à Assembleia Legislativa da Bahia. Um erro primário, de desincompatibilização, impediu que Quitéria estivesse disputando uma vaga nas urnas pelo Avante. Porém era necessária uma compensação para esse potencial desperdiçado: um cargo de escalões mais baixos para não deixar uma pobre ex-prefeita desamparada – e cuja capacidade eleitoral a tornou até mesmo possível candidata em 2020.

Não é estranho que ela tenha encontrado esse lugar ao sol em um cargo federal, na cota reservada para indicações de congressistas. Era até natural, já que as alianças políticas não nasceram ontem e Quitéria sabe disso. No entanto, eles só não contavam que esse discurso virulento contra as práticas da “velha política” seria aplicado tão efetivamente. Dificilmente Onyx Lorenzoni saberia que a indicada de José Rocha para a Codeba é aliada do petismo na Bahia e fez campanha para Fernando Haddad. Ao não passar despercebida, a nomeação da ex-prefeita precisava ser criticada antes de ser mantida.

Mesmo que a ex-dirigente da UPB seja defenestrada do posto, ela não deve ficar desamparada. Inclusive com cargos no plano federal. Como o governo de Jair Bolsonaro precisa de votos para projetos como a Reforma da Previdência, chegará o momento em que será preciso ceder para pleitos de deputados e senadores. Quitéria será apenas um exemplo em um universo de milhares possíveis, razão pela qual não pode ser tratada como bode expiatório. Sob pena do governo ver naufragar qualquer possibilidade de relação civilizada com o Congresso Nacional.

O tal do “toma lá, dá cá” pode não ser explícito, mas nunca vai deixar de existir. O máximo que vai acontecer será o constrangimento de ter feito um discurso que não se aplica na prática. Porém, nesse ponto, não há muito o que se preocupar. Afinal, faz parte da política falar mais do que se faz, não é mesmo?

Este texto integra o comentário desta terça-feira (19) para a RBN Digital, veiculado às 7h e às 12h30, e para as rádios Excelsior, Irecê Líder FM, Clube FM e RB FM.
Bahia Notícias

Palocci confirma que filho de Lula recebeu repasses ilícitos de montadoras


O ex-ministro Antonio Palocci Foto: Geraldo Bubniak
Depoimentos de Palocci mostram a verdade sobre Lula e família
Patrik CamporezO Globo
Em depoimento prestado à Justiça Federal na manhã desta segunda-feira, o ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci disse que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou sua influência política para conseguir a aprovação de uma Medida Provisória em favor do setor automobilístico. Como contrapartida à negociação ilícita, Lula conseguiu obter pagamentos a seu filho Luís Cláudio Lula da Silva, segundo o ex-ministro
A negociação, de acordo com Palocci, foi feita com o lobista Mauro Marcondes Machado e envolveu a atuação de Lula para evitar que a então presidente Dilma Rousseff (PT) vetasse a emenda da MP 627, que previa a manutenção de benefícios para montadoras.
ZELOTES – O depoimento foi prestado no âmbito da operação Zelotes, via teleconferência, e durou pouco mais de uma hora. Na ocasião, Palocci reiterou a acusação já feita em dezembro, de que Lula acertou com Marcondes pagamentos de R$ 2,5 milhões para que Luís Cláudio Lula da Silva conseguisse realizar eventos de futebol americano no Brasil.
Palocci disse que o próprio filho caçula de Lula o procurou, diversas vezes, para tratar do assunto.
— O Luiz Cláudio eventualmente me pedia para ajudá-lo na promoção de um evento nacional que ele fazia, que é um evento de futebol americano que ele promove no Brasil. Algumas vezes ele me procurou para apoiá-lo a buscar doações de empresas para apoiar essa iniciativa dele.
ACUSAÇÕES – O ex-presidente Lula é réu por suposto tráfico de influência na compra dos caças suecos da marca Grippen e também na edição da MP 627. No depoimento, Palocci relatou que a MP 627 foi a “campeã das propinas” e teve em seu texto um número “altamente desproporcional de contrabandos”. A informação foi antecipada pela colunista Bela Megale.
Palloci afirmou também que houve propinas na compra de submarinos e helicópteros franceses, com participação de Lula.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– Como dizia o grande Cazuza, em parceria com nosso amigo Arnaldo Brandão, da banda Hanói, Lula transformou o país inteiro num puteiro, só para ganhar mais dinheiro. É lamentável saber que ele chegou a ser comparado com Nelson Mandela, que era um líder de verdade. (C.N.)

“Olavo de Carvalho não me conhece, não vou polemizar com ele”, diz Mourão


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Mourão é xingado por Olavo num dia sim e no outro, também…
Deu no Correio BrazilienseAgência Estado
Um núcleo estratégico do Planalto entrou na mira de influenciadores das redes sociais do entorno do presidente Jair Bolsonaro e de seus filhos. O vice-presidente Hamilton Mourão e os militares passaram a enfrentar uma onda de críticas por não darem apoio público, por exemplo, à ofensiva pela liberação de armas.
Novo alvo da artilharia do escritor Olavo de Carvalho, Mourão prefere ignorar as críticas. “O senhor Olavo não me conhece, nunca conversou comigo. Não sabe quais as minhas ideias e, por conseguinte, não vou polemizar com ele”, afirmou ele ao jornal O Estado de S. Paulo, sobre o “guru” do presidente Jair Bolsonaro.
“É UM IDIOTA“ – O mais recente petardo foi desferido no sábado à noite, após um encontro com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, em Washington. “Mourão é um idiota”, afirmou Olavo a jornalistas, emendando que o vice-presidente tem “mentalidade golpista”.
O ataque faz parte de uma ofensiva do escritor e seus seguidores contra o general da reserva – que assumiu a Presidência interinamente com a viagem de Bolsonaro aos Estados Unidos. Dos 287 posts de Olavo no Twitter nas duas primeiras semanas deste mês, 77 (27%) são críticos a Mourão e a militares de forma geral. Nas mensagens, o escritor alimenta a especulação de que o vice atua para derrubar o presidente.
FORO DE SÃO PAULO – No dia 11, Olavo chamou a atenção de seus seguidores para um projeto de lei apresentado pelo ex-deputado e senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB), que dá mais poderes ao vice. O texto não é tratado como prioridade pelo Senado, mas mereceu a atenção de Olavo. “O deputado que quer ‘ampliar as funções do vice-presidente da República’ é do PSB, pertencente ao Foro de São Paulo. O Mourão vive no coração dessa gente”, disse Olavo pelo Twitter.
Pela proposta, o vice-presidente deve dar assistência “direta e imediata” na coordenação das ações de governo, no monitoramento dos órgãos, na supervisão dos ministros e nas análises de políticas públicas. Na contramão de Olavo, Mourão gostou da ideia por traçar um “norte” para o cargo que ocupa atualmente. “O vice poderia ser, por exemplo, um coordenador de determinadas ações governamentais, para utilizar melhor o potencial dele”, afirmou ele.
PRENCHER LACUNA – Autor do texto, Veneziano disse que sua intenção foi apenas a de “preencher a lacuna constitucional”. “Hoje, a Carta Magna só fala em substituição e sucessão como atribuição do vice-presidente”, justificou.
Ao lado de Bolsonaro, Olavo integra o núcleo central de uma rede bolsonarista “jacobina”. O grupo atua na internet na promoção de linchamentos virtuais até mesmo de aliados do governo. As páginas desses influenciadores têm em comum a defesa da liberação de armas e os ataques a todos os que se opõem a isso, o que explica o fato de os militares terem virado alvo.
IRA DE OLAVO – No início do mês, Olavo escancarou sua ira contra Mourão. “Por que, durante a campanha, o general Mourão jamais mostrou sua verdadeira face de desarmamentista, de adepto do abortismo, de protetor de comunistas, de inimigo visceral do bolsonarismo, de amante da mídia inimiga? Ele fingiu-se de companheiro fiel até chegar ao cargo”, escreveu.
Entre os generais do círculo de Bolsonaro, não se costuma comentar ações dos filhos do presidente em relação à indústria de armas. Na última quarta-feira, por exemplo, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) apresentou um projeto – o primeiro de seu mandato – para autorizar a instalação de fábricas civis de armas de fogo e munições e evitar restrições à participação de empresas privadas estrangeiras do setor. O controle de armas no País é hoje de responsabilidade do Exército. Há um movimento para flexibilizar essa prerrogativa.
SEMPRE OPOSIÇÃO – Interlocutora de Olavo, a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) se incomoda com as críticas públicas do escritor ao governo. “Olavo sempre foi oposição e não está sabendo lidar agora, na situação. Se ele tem o telefone do Bolsonaro e quer realmente ajudar, poderia fazer uma ligação para aconselhar o presidente”, afirmou Carla ao Estado. “Se fosse guru, falaria no privado, e não de forma a desestabilizar o governo.”
A própria deputada foi alvo do escritor, que a chamou de “caipira” e “semianalfabeta” por ter viajado para a China numa comitiva com outros colegas, no início do ano. Carla é próxima de Bolsonaro e costuma frequentar o Palácio do Planalto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
RECADO – Nesta segunda-feira, Mourão deixou um encontro com o governador de São Paulo, João Doria, defendendo que o governo federal precisa ter um “relacionamento positivo” com todos os estados. Foi uma resposta a Olavo de Carvalho , que acusou o general de fazer encontros políticos quando o presidente está fora do país.
“O presidente Bolsonaro tem uma visão muito clara do relacionamento positivo que temos que ter com todos os governadores e prefeitos. É importante que a gente compreenda e veja o que se passa em cada estado da nação para que as políticas públicas possam atingir seus objetivos” — disse Mourão.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG –
 É bom Olavo de Carvalho jamais voltar ao Brasil. Se por acaso cruzar com Mourão, vai apanhar mais do que tapete em dia de faxina. (C.N.)

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