Certificado Lei geral de proteção de dados

Certificado Lei geral de proteção de dados
Certificado Lei geral de proteção de dados

domingo, março 17, 2019

Faleceu hoje, aos 90 anos em Recife (PE), o chesfiano Periperi, ou simplesmente “Peri”


Por REDAÇÃO - PA4.COM.BR | 16 de Março de 2019 às 18:36

A alegria de seu Peri ao conduzir a Tocha Olímpica pelas ruas de Paulo Afonso no ano de 2016. Foto: Arquivo pessoal.

Faleceu hoje (16), aos 90 anos em Recife (PE), Amílton Ferreira Leal, 90 anos, mais conhecido como ‘Periperi”, ou simplesmente “Peri”.

Nascido em Salvador e radicado no município de Paulo Afonso há quase 60 anos onde trabalhou na Chesf e na prefeitura. Um dos momentos de orgulho de “Peri” foi quando recebeu o título de cidadão pauloafonsino, concedido pela Câmara Municipal em 1995.

Peri morava na rua do Ouvidor, no antigo acampamento da Chesf, ao lado da inseparável mulher Waldir. Ele era pai de Walmir, Djalma, Jorge, Tânia e Ana.

Peri morreu em um hospital de Recife onde estava lutando contra problemas de saúde. Ainda não há informações sobre o local do velório e horário do sepultamento.


Periperi e a mulher Waldir, com o sobrinho Gílson e os filhos Jorge, Ana, Tânia, Walmir e Djalma (Acervo de Djalma Leal)

Seleção Baiana: goleiro Periperi ganhou até apelido dos chilenos

Em abril do ano passado, às vésperas da Copa do Mundo da Rússia, o jornal Correio da Bahia prestou uma homenagem a Periperi, através de uma reportagem especial contando sua trajetória na Seleção Baiana e sua vida em Paulo Afonso. Veja a abaixo:

O ‘Pequeno Elástico’ foi destaque na Taça O’Higgins de 1957; aos 90 anos, hoje mora em Paulo Afonso

Apesar da euforia pela conquista da segunda edição da Taça O’Higgins, a mídia chilena arranjou um espaço considerável para falar do goleiro brasileiro Periperi, responsável por defesas milagrosas nos dois jogos realizados em Santiago, em que a Seleção Baiana representou a Seleção Brasileira.

Além de chamá-lo de “Pequeno elástico”, em referência ao seu tamanho (1,70m) e flexibilidade, ressaltou o fato de o time do Brasil se desestabilizar após ele ter deixado o campo contundido durante a prorrogação, após uma dividida com o atacante Fernández.

Torcedor do Galícia, Amílton Ferreira Leal, 90 anos, nascido em Salvador e criado no subúrbio ferroviário de Periperi, sempre recebeu em sua carreira, iniciada no Vitória no começo dos anos 50 do século passado, elogios generosos por sua agilidade e colocação.

“Numa partida no Pacaembu, entre as seleções baiana e paulista, em 1957, tive uma grande atuação, defendendo inclusive um pênalti cobrado por Pepe, que possuía um canhão no pé esquerdo”, lembra Periperi, ao frisar ter sido naquele dia parabenizado até pelos adversários.

“Pelé estava na reserva e, ao entrar em campo, mudou o jogo. Apesar dos cuidados de Nelinho, ele marcou duas vezes na vitória de São Paulo por 3×1. Num desses gols, ao buscar a bola no fundo das redes, passou a mão na minha cabeça e disse: ‘goleiro, você é bom, mas sozinho não vai fazer muita coisa’”, conta.
Reserva de Nadinho no título estadual pelo Vitória em 1953 – o primeiro do clube na era profissional – e inconformado com a situação, Periperi optou por dar baixa na Aeronáutica, onde servia e já alcançara a patente de cabo, e se transferiu no ano seguinte para o Fluminense de Feira, que formava o elenco para competir, pela primeira vez, na divisão de profissionais do Campeonato Baiano.

Ídolo no novo clube, foi vice-campeão estadual em 1956, perdendo o título para o Bahia, e diversas vezes convocado para participar do selecionado baiano, que disputava o antigo Campeonato Brasileiro de Seleções.

Na foto da esquerda, Periperi entre o zagueiro Walder e o lateral direito Pequeno. Na direita, mostrando a canela ao médico Eduardo Bahiana, da FBDT (Fotos: Acervo de Djalma Leal)
Parceiro de Garrincha e Nílton Santos no Botafogo

Em 1952, o goleiro teve uma rápida passagem pelo Botafogo do Rio, onde conviveu com craques como Garrincha, Nílton Santos, Geninho (técnico campeão brasileiro pelo Bahia, em 1959) e Pirilo. “Em General Severiano, tinha goleiro demais. Oswaldo Baliza e Gílson, que jogaram mais tarde pelo Bahia, além de Amauri e Arízio, e eu resolvi então voltar para Salvador”, explica.

Com sérios problemas nos meniscos, Periperi encerrou a carreira em 1960 e, logo a seguir, aceitou um convite da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) para treinar a Seleção de Paulo Afonso. Na empresa, onde ingressou como escrevente, exerceu os cargos de auxiliar de escritório e professor de educação física, aposentando-se como coordenador da equipe de mergulho.

Sobre a participação na II Taça O’Higgins e que lhe valeu uma remuneração de um salário mínimo (Cr$ 3,8 mil na época), lembra que, durante a prorrogação do segundo jogo, recebeu uma entrada desleal de Fernández, que atingiu a perna direita, obrigando-o a deixar o campo e a ser substituído por Albertino, então goleiro do Vitória.

“Naquele momento, o Chile pressionava, mas nós nos defendíamos bem, jogávamos fechadinhos”, revela, acrescentando que o objetivo do Brasil era manter o 0x0. “Não havendo data disponível para uma ‘negra’, por conta da participação chilena nas eliminatórias para a Copa da Suécia, diante de argentinos e bolivianos, ficara definido que o empate na prorrogação daria a vitória à seleção visitante”, explica.

Destaque do jogo, sua saída fez falta à equipe brasileira, que levou um gol aos 12 minutos da primeira fase do tempo extra, através do maldoso Fernández. Ele soube de maneira inusitada: “Quando era levado numa ambulância para o hospital, um enfermeiro que me acompanhava deu uma risada e eu perguntei o que houve. Ele respondeu alegremente: o Chile fez um gol”.

http://www.pa4.com.br/noticias/faleceu-hoje-aos-90-anos-em-recife-pe-o-chesfiano-periperi-ou-simplesmente-peri









Eleitores de cinco cidades voltam às urnas neste domingo

As eleições suplementares ocorrem devido à cassação ou à rejeição tardia do registro de candidatura dos eleitos

Tribuna da Bahia, Salvador 
16/03/2019 18:25 | Atualizado há 13 horas e 3 minutos

     
Foto: Reprodução

Mais de dois anos após votarem para prefeito nas eleições regulares, os eleitores de cinco cidades brasileiras terão de voltar às urnas amanhã (17) para novamente escolher os mandatários de seus municípios. São elas: Cajamar, Lagoinha e Macaubal, em São Paulo; Piên, na região metropolitana de Curitiba; e Cabedelo, município da região metropolitana de João Pessoa.
As eleições suplementares ocorrem devido à cassação ou à rejeição tardia do registro de candidatura dos eleitos, conforme explicação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com base na legislação. No caso de Cajamar, cidade com 57 mil eleitores, a prefeita originalmente eleita, Ana Paula Polotto Ribas (PSB), e sua vice Dalete de Oliveira tiveram os mandatos cassados por abuso de poder político e econômico nas eleições de 2016.
Elas foram condenadas por se beneficiar com a realização de obras de pavimentação em dezenas de ruas da cidade nos meses que antecederam a votação. Após sucessivos recursos, o processo que resultou na cassação da prefeita e da vice somente foi finalizado no plenário do TSE em novembro do ano passado.
No caso de Cabedelo, no litoral da Paraíba, com 47 mil eleitores, a nova votação foi convocada após Leto Viana (PRP), eleito em 2016, ter sido afastado pela Câmara de Vereadores e posteriormente renunciar ao cargo, em outubro do ano passado, após ser preso pela Polícia Federal numa operação de combate à corrupção.
Como a renúncia ocorreu antes de Viana completar dois anos no cargo, e o vice-prefeito Flávio Oliveira (PRP) faleceu em julho por insuficiência cardiorrespiratória, a eleição suplementar precisou ser convocada, conforme também prevê a legislação eleitoral.
O município de Piên tem uma história diferente. O prefeito eleito, Loir Drevek (MDB), foi morto com um tiro na cabeça em dezembro, antes de tomar posse, num crime com aparente motivação política. Em seu lugar assumiu o vice Livino Tureck (MDB), que em novembro do ano passado morreu vítima de câncer. Novamente, a eleição suplementar foi organizada devido à vacância do cargo antes da metade do mandato. 
Custos
Para realizar esses novos pleitos, são realizados diversos gastos, tais como o pagamento de despesas com auxílio-alimentação dos mesários, infraestrutura, logística e transporte de urnas eletrônicas. Em outubro do ano passado, o TSE assinou um convênio com a Advocacia-Geral da União (AGU) para tentar reaver o dinheiro público gasto com eleições suplementares convocadas devido à cassação dos eleitos.
Segundo levantamento feito pela AGU na ocasião, ao menos R$ 82,3 milhões foram gastos desde 2007 pela Justiça Eleitoral com a realização de 405 eleições suplementares.
Tribuna da Bahia

Governadores dão cargos a irmãs, cunhadas, primos, sobrinhos e até ex-mulher


por João Pedro Pitombo | Folhapress

Governadores dão cargos a irmãs, cunhadas, primos, sobrinhos e até ex-mulher
Governador de RR é um dos listados | Foto: Antonio Cruz / Agência Brasil
Eleitos em 2018 com um discurso de mudança nas práticas políticas, novos governadores nomearam parentes próprios ou de aliados para cargos estratégicos em suas respectivas gestões.

Levantamento da Folha de S.Paulo aponta que governadores deram cargos para mulheres, irmãs, cunhadas, primos, sobrinhos e até ex-mulher.

A maior parte dos casos não é considerado irregular pelo Supremo Tribunal Federal, que não considera nepotismo a indicação de parentes para cargos considerados políticos, caso de secretários de estado, por exemplo.

Em Roraima, o governador Antonio Denarium (PSL) nomeou duas cunhadas para o secretariado: Leila Perussolo assumiu a pasta da Educação e Tânia Soares de Souza é secretária do Trabalho e Bem Estar Social.

Em nota, o governador informou que as duas cunhadas são servidoras concursadas e foram nomeadas a partir de critérios de meritocracia.

Denarium ainda chegou a nomear sua irmã Vanda Garcia de Almeida e seu sobrinho Samuel Garcia de Oliveira par cargos de terceiro escalão na secretaria estadual de Cultura. Mas acabou sustando as nomeações diante à repercussão negativa. O caso poderia ser enquadrado como nepotismo, já que não eram cargos políticos.

O governador de Rondônia, Coronel Marcos Rocha (PSL), deu cargos para a mulher e para a ex-mulher na máquina estadual.

A primeira-dama Luana Nunes foi nomeada secretária de Assistência e Desenvolvimento Social. Já a ex-mulher do governador Irani Marques de Albuquerque ganhou o cargo de diretora-adjunta em uma policlínica estadual.

Em Goiás, o governador Ronaldo Caiado (DEM) nomeou dois primos para cargos no segundo e terceiro escalão.

O engenheiro Ênio Caiado foi nomeado presidente da Agetop (Agência Goiana de Transportes e Obras), enquanto o advogado Aderbal Ramos Caiado assumiu a Diretoria de Fiscalização e Monitoramento de Obras do mesmo órgão.

Pela legislação atual, as nomeações não são consideradas nepotismo: a legislação alcança parentes até o 3º grau e primos são enquadrados como parentesco colateral de 4º grau.

Caiado afirmou que os primos foram escolhidos pela competência, não pelo parentesco. E justificou as nomeações alegando que os primos sanearão a Agetop, que foi alvo de suspeitas de corrupção na gestão anterior.

"Após esse processo de assepsia, eles voltarão para as suas atividades particulares. E Goiás terá uma agência de obras pronta para desempenhar suas atividades com a lisura e com a transparência que o cidadão goiano espera e deve ter", informou.

Outra parte dos governadores nomeou parentes de aliados políticos para cargos estratégicos. É o caso do governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB).

Ele nomeou a mulher do senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB), Ana Cláudia Vital do Rêgo, para comandar a secretaria de Desenvolvimento e Articulação Municipal.

Para comandar a Fundação Casa José Américo, principal museu sob responsabilidade do governo no estado, foi nomeada Viviane Coutinho, irmã do ex-governador Ricardo Coutinho (PSB), padrinho político de Azevêdo.

"São duas servidoras com vasta experiência profissional e passagem em cargos públicos de importância, capazes de contribuir com os avanços da gestão. E tão importante quanto: acreditam em nossa forma de governar", justificou o governador.

De forma semelhante, o governador do Acre, Gladson Cameli (PP), nomeou o filho do senador Márcio Bittar (MDB), João Paulo Bittar, para um cargo no Instituto de Assistência e Inclusão Social. O salário é de cerca de R$ 10 mil.

No Tocantins, o governador Mauro Carlesse (PHS) nomeou o advogado Rérison Antônio Castro Leite para comandar a Agência Estadual de Metrologia. Ele é filho do vice-governador Wanderley Barbosa (PHS).

Já o governador de Alagoas, Renan Filho (MDB), conforme revelado pela Folha de S.Paulo, nomeou pelo menos oito parentes de membros do Judiciário, Ministério Público e Tribunal de Contas do Estado.

Procurados, os governadores Gladson Cameli (AC), Coronel Marcos Rocha (RO) e Mauro Carlesse (TO) não se posicionaram sobre as nomeações.
Bahia Notícias

Vladimir Aras critica decisão de Toffoli sobre abertura de inquérito: 'Inconstitucional'


por Rodrigo Daniel Silva
Vladimir Aras critica decisão de Toffoli sobre abertura de inquérito: 'Inconstitucional'
Foto: Divulgação
O procurador regional da República, Vladimir Aras, criticou, em sua conta no Twitter, a decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, de abrir um inquérito para investigar mensagens falsas e ataques a ministros da Corte. Para o baiano, a medida é inconstitucional.

O relator do caso será o ministro Alexandre de Moraes. "A investigação criminal aberta esta semana pelo STF e que será conduzida por um de seus eminentes ministros é inconstitucional, porque ofende o sistema acusatório [separação de funções] e o princípio da inércia do Judiciário, além de violar o Regimento Interno do Tribunal Supremo", afirmou.

Aras ressaltou que todos os atos criminosos contra o STF devem ser apurados, mas "mediante o devido processo legal e por meio de procedimento próprio presidido pela autoridade correta", em regra, segundo ele, a Polícia Federal ou o Ministério Público Federal (MPF).

Associação protesta após CNJ pedir explicações a Gabriela Hardt, que substituiu Moro


Associação protesta após CNJ pedir explicações a Gabriela Hardt, que substituiu Moro
Foto: Divulgação
A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) protestou após o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por meio do ministro Humberto Martins, pedir explicações a juíza federal substituta Gabriela Hardt sobre um perfil no Twitter, que tem criticas ao Supremo Tribunal Federal (STF).

"A magistrada e a Justiça Federal do Paraná já informaram que referida conta não pertence à primeira. É inaceitável que magistrados sejam obrigados a se justificar em razão de perfis falsos constantes nas redes sociais. O trabalho dos magistrados federais é de reconhecida importância, não sendo possível admitir que tenham que utilizar o tempo que seria dedicado ao exercício da função pública para se manifestar sobre perfis fraudulentos. Está fora do alcance dos usuários das redes sociais - ou mesmo de quem não as utiliza - impedir a criação de perfis falsos ou excluí-los, posto que as próprias redes sociais devem adotar mecanismos e medidas para impedir seu uso indevido ou ilícito", diz Ajufe, por meio de nota.

Hardt ganhou notoriedade por substituir o juiz Sergio Moro no julgamento dos processos da Operação Lava Jato. Entre outras atuações, ela foi responsável por condenar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no caso do sítio de Atibaia (SP) e por autorizar a prisão de Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, suposto operador de propinas do PSDB.
Bahia Notícias

E de repente, voltam à lembrança os prefeitos Celso Daniel e Toninho do PT


Resultado de imagem para celso daniel e toninho do pt
Ilustração reproduzida do Arquivo Google
Celso Serra
O assassinato de prefeito petista Celso Daniel, de Santo André faz 17 anos no próximo dia 18, segunda-feira, mas parece ter ocorrido em 1º de abril, que é o Dia da Mentira, porque o caso não foi esclarecido até hoje. Depois do Celso Daniel, foram assassinadas mais sete pessoas, entre testemunhas e envolvidos no caso. Como o número 7 é considerado conta de mentiroso, esses casos também não foram esclarecidos.
E como 13 representa o azar (ou falta de sorte, como diz Roberto Carlos, que jamais fala essa palavra) nenhum dos defuntos deveria ter se metido com qualquer coisa vinculada ao número 13, principalmente um partido político integrado por grandes e ilibadas personalidades, como o PT. Assim, com essa numerologia de botequim, fica mais fácil entendermos o caso, sem qualquer esclarecimento das autoridades apelidadas de “competentes”.
TONINHO DO PT – E tem também o caso do Toninho do PT. Era arquiteto e professor universitário, tudo corria bem para  Antônio da Costa Santos, até se filiar ao partido e se tornar conhecido como Toninho do PT. Foi eleito prefeito de Campinas e também foi assassinado a tiros no exercício do mandato, no dia 10 de setembro de 2001, que também parece ter sido 1º de abril, pois até hoje também ninguém pagou pelo crime.
O inquérito policial concluiu que o prefeito, durante uma viagem que fazia de automóvel, foi morto sem nenhum motivo além do fato de cruzar, por acaso, com um bando de criminosos que na ocasião passava pelo local. O carro do prefeito teria inadvertidamente fechado o veículo dos bandidos e por causa disso eles atiraram. A última das três balas atingiu Toninho na artéria aorta, matando-o instantaneamente, vejam só que coincidência.

Para nomear nas estatais, deputados têm de assumir por escrito apoio ao governo


Resultado de imagem para toma lá dá cá  chargesPedro do Coutto
Na edição de ontem de O Estado de São Paulo, reportagem de Naira Trindade e Vera Rosa revelou que o governo decidiu condicionar indicações de deputados para diretorias de empresas estatais, exigindo que assegurem apoio ao Palácio do Planalto, especialmente no caso da reforma da Previdência. O documento de compromisso, como está no título, destina-se a nomeação nos escalões de segundo e terceiro postos administrativos.
A ideia é que os parlamentares firmem um documento que permite que as indicações possam ser cobradas, caso o nomeado venha a se envolver em alguma irregularidade após assumir o posto.
CORTINA DE FUMAÇA – Entretanto, essa condição para que indicados sejam exonerados representa uma cortina de fumaça envolvendo a troca de nomeações por votos. Isso porque, se o nomeado para a diretoria de uma estatal cometer uma irregularidade ou uma ilegalidade, para demiti-lo não há necessidade de documento prévio reconhecendo a procedência de ações na área governamental.
A reportagem de O Estado de São Paulo acentua que as articulações com parlamentares para aprovar a reforma previdenciária encontram-se na esfera de atuação do Ministro Chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. No fundo o objetivo é trocar as nomeações por votos a favor do projeto do governo, num regime de mão dupla.
RESISTÊNCIAS – A matéria destaca ainda que a iniciativa criou resistências no Congresso Nacional, uma vez que os autores de indicações se responsabilizem pelo desempenho de dirigentes das estatais e das autarquias.
Ficou claro que, se o parlamentar votar contra a reforma da Previdência ou se omitir, não comparecendo a sessão do plenário os indicados, perderão os cargos nos quais foram colocados.
FALTA DE CONFIANÇA – A troca de votos por diretorias representa uma falta de confiança do governo no comportamento dos deputados e senadores.  De outro lado, fica clara uma contradição na área do Executivo.
Além disso tudo, o presidente da Petrobrás, Roberto Castelo Branco, em uma entrevista ao O Globo disse  que “sonha em privatizar a estatal ” e anunciou que até abril pretende vender ativos da Petrobrás num montante de 10 bilhões de dólares.
Roberto Castelo Branco afirmou que, em sua opinião, o BNDES deveria ser fechado. As reportagens econômicas na minha opinião devem tentar ouvir o presidente do Banco, Joaquim Levy.

Brasil tem saída, mas é preciso que os generais enquadrem o lobby dos banqueiros


Imagem relacionada
Charge do Duke (dukechargista.com.br)
Carlos Newton
Já comentamos diversas vezes, aqui na “Tribuna da Internet” a ardilosa manobra do mercado financeiro para manter o Brasil subjugado a seus interesses. Não é por mera coincidência que o maior problema do país – a dívida pública – jamais seja discutido pela equipe econômica do presidente Jair Bolsonaro ou pela mídia, que está em estado de falência e não pode enfrentar os interesses de um de seus principais anunciantes – os banqueiros.
A ocasião é propícia para que haja essa discussão, porque a crise econômica chegou a uma fase terminal. Se fossem empresas privadas, a grande maioria dos Estados e Municípios já estaria em situação técnica de falência, e a União não tem condições de ampará-los. Diante dessa realidade sinistra, o que propõe o ministro Paulo Guedes? Alguém lembra?
PLANO B – O que Guedes propôs é bestial, como dizem os portugueses – sua solução seria aumentar as dívidas dos Estados. O superministro propõe que a União avalize novos empréstimos aos governos estaduais, a serem obtidos junto a bancos estrangeiros. A única exigência é de que os Estados entreguem um plano de contenção de despesas em quatro anos — coincidindo com o mandato do atual governador.
Nesse Plano B, a União autoriza o governador a tomar emprestado o equivalente a cerca de 40% desse total a ser economizado. Ou seja, a solução mágica de Guedes é aumentar a dívida pública bruta, que já passou de todos os limites.
Mas o cobertor é curto e deixa de fora os municípios. O ministro então apresenta o Plano C, que é mais bestial ainda – a desvinculação dos orçamentos estaduais e municipais, que deixariam de cumprir a obrigação de gastar percentuais mínimos em educação e saúde. Ou seja, Guedes propõe a deterioração ainda maior dos serviços de educação e saúde, sem contemplação.
ALGO DE PODRE – Será que os militares que se encontram hoje no poder (e demonstram tanta preocupação com seus soldos e aposentadorias…) ainda não perceberam que há algo de podre neste reino shakespeariano. Eles sabem que o maior problema brasileiro é a dívida pública bruta, que inclui governo federal, estaduais municipais e INSS. Então, por que aceitam que essa questão estratégica e decisiva continue sem ser discutida?
Por que fingem acreditar que, aprovando a reforma da Previdência, a crise econômica será debelada? Sinceramente, não posso entender esse procedimento dos chefes militares. Será que o único interesse deles é manter privilégios das Forças Armadas, pouco se incomodando com os interesses nacionais? Não posso acreditar que estejam agindo assim deliberadamente. Seria crime de lesa-pátria, seria jogar no lixo o ensinamento do almirante Barroso – “O Brasil espera que cada um cumpra seu dever”.
###
P.S. 1
 – Ainda há tempo. Bolsonaro nada entende de economia, Guedes dá uma volta nele com a maior facilidade. Mas os generais são preparados. Fizeram curso de Estado Maior e a Escola Superior de Guerra, não podem nos decepcionar.
P.S. 2 – Se os generais bobearam, a equipe econômica lhes passará a perna e o Brasil continuará refém da dívida pública e dos interesses dos banqueiros. Pessoalmente, eu torço para que os generais acordem. Mas já tenho dúvidas se eles realmente querem defender os interesses nacionais. (C.N.)

Em destaque

A nova gestão de Aracaju não pode olhar apenas para o retrovisor

Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por VALDOMIRO JUNIOR (@jrnoticias.com.br)   Nota da redação ...

Mais visitadas