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quinta-feira, janeiro 27, 2011

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Justiça decidirá sobre tempo especial

Ana Magalhães
do Agora

O STJ (Superior Tribunal de Justiça) anunciou ontem que dará, neste ano, uma decisão final sobre o direito à conversão do tempo especial (trabalho insalubre) em comum entre os anos de 1998 e 2003.

A conversão garante uma contagem maior de tempo para o trabalhador que exerceu atividade nociva por apenas um período e deseja se aposentar por tempo de contribuição, que exige 35 anos de pagamento ao INSS (homens) ou 30 anos (mulheres). Quem trabalhou todo o tempo em profissão insalubre pode se aposentar de forma especial após 15, 20 ou 25 anos de contribuição.

Até a decisão do STJ, que valerá para os tribunais inferiores de todo o país, os recursos sobre o tema estão suspensos (não serão julgados).

  • Leia esta reportagem completa na edição impressa do Agora

Tribunal de Justiça nomeia servidores aprovados em concurso em 2006

Decreto com a nomeação do 725 servidores foi publicado na edição de hoje do DJE
26.01.2011 | Atualizado em 26.01.2011 - 16:43
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Redação CORREIO DA BAHIA.

A Presidência do Tribunal de Justiça da Bahia publicou, na edição desta quarta-feira (26) do Diário da Justiça Eletrônico (DJE), o Decreto Judiciário que trata da nomeação 725 servidores aprovados no concurso público realizado pelo Poder Judiciário baiano no ano de 2006.
O Edital de Abertura do Concurso Público Nº 001/2006, destinou-se ao preenchimento de 1.349 vagas nos Juizados Especiais Cíveis, Criminais e Serviços de Atendimento Judiciário na capital e no interior do estado.
Alguns dos servidores foram colocados à disposição da Presidência do Tribunal de Justiça, já que não puderam ser lotados nas unidades para que prestaram o concurso. Segundo nota publicada no site do TJ, em alguns casos, esse impedimento se deu por conta da não instalação de Juizado Especial na comarca.
Segundo a presidente do Tribunal desembargadora Telma Britto, será realizada uma reunião com esses servidores para definir a unidade em que serão lotados. Dentre os cargos que serão ocupados pelos servidores estão o de Atendente Judiciário, Secretário, Digitador e Oficial de Justiça, todos dos Juizados Especiais.

Deputados eleitos ameaçados pela Justiça

Publicada: 27/01/2011 00:20| Atualizada: 26/01/2011 23:45
Lílian Machado
Ter o nome confirmado entre os 63 deputados diplomados para a Assembleia Legislativa e tomar posse na cerimônia a ser realizada no próximo dia 1º de fevereiro pode não garantir a participação de alguns parlamentares na nova legislatura. Deliberações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) podem mudar o destino de muitos deputados e alterar o cenário da Casa.
A depender dos resultados referentes a processos no TSE e da interpretação do Supremo Tribunal Federal (STF), diante de questionamentos sobre novas regras embutidas nas decisões, muitos dos eleitos correm riscos de ficarem de fora. Além das questões judiciais, alguns deixam a função parlamentar para assumir novos postos no poder Executivo.
Derrotado no pleito, o deputado Capitão Tadeu (PSB) conseguiu dar a volta por cima ao conquistar, através de uma liminar concedida pelo ministro do TSE, Marco Aurélio de Mello, o direito de tomar posse nessa legislatura. A Justiça que havia anulado os votos do candidato Wank Medrado (PSL) decidiu por fim validar, favorecendo o deputado socialista.
Apesar de assegurar a posse, o deputado ainda não está livre de perder o mandato, pois falta o julgamento final do mérito. “Estou muito confiante de que a decisão será favorável”, disse. Em seu lugar seria empossado o petista Carlos Brasileiro, premiado pelo governo com a Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes).
Apesar de confirmado para tomar posse na próxima terça-feira, uma questão judicial também pode colocar em risco o mandato do deputado Elmar Nascimento (PR), com chances de ascender um outro da coligação PRB-PP-PDT-PT. O republicano foi o último eleito pela coligação PR-PMDB-PSC-PR-PRTB. Quem põe Elmar em risco é o colega Joélcio Martins (PMDB), da mesma coligação.
O peemedebista não se reelegeu, mas teve 22.798 votos e estes podem ser anulados para o parlamentar e repassados para o PMDB. Isso porque Joélcio teve seu registro de candidatura negado pelo TSE.
Entretanto, o republicano afirma que está “tranquilo” e que tomará posse normalmente. Segundo ele, quatro ações impetradas (duas do DEM, uma do PTB e uma do PTC) no Supremo contra decisões do TSE podem ajudar na sua permanência no Legislativo. Elmar espera que, se for confirmada a determinação, a regra só passe a valer nos próximos pleitos.
O mandato do deputado democrata Paulo Azi também pode estar ameaçado pela anulação dos votos do companheiro de partido Carlos Gaban. Durante divulgação do fato em dezembro do ano passado, Gaban contou que o processo seria por conta de uma multa aplicada em 2002.
Tribuna da Bahia. Publicada: 27/01/2011 00:20| Atualizada: 26/01/2011 23:45

quarta-feira, janeiro 26, 2011

Dilma Rousseff chora ao homenagear Alencar

A presidente Dilma Rousseff afirmou ontem que o ex-vice-presidente José Alencar “dá um exemplo de dignidade” em sua luta contra o câncer. Durante seu discurso, Dilma ficou com olhos marejados e chegou a chorar. Ela entregou ao ex-vice a medalha 25 de janeiro, comenda conferida a personalidades pelos 457 anos da cidade de São Paulo.

“Ele foi, sem dúvida nenhuma, um grande vice-presidente ao lado de um grande presidente”, afirmou Dilma em referência aos oito anos de parceria entre Lula e Alencar.

A presidente enalteceu a trajetória de Alencar, que, a exemplo de Lula, nasceu em família pobre. “A gente deve reconhecer a importância desse homem que saiu de baixo e construiu um império econômico, mas não perdeu jamais o compromisso com a soberania do país e com o resgate de milhões de brasileiros da miséria”. Dilma elogiou a equipe médica do político e disse que ele trava “uma luta tenaz” pela vida - ele combate um câncer no abdome há 15 anos e está há três meses em idas e vindas no hospital Sírio-Libanês. Segundo ela, Alencar não só sobrevive com honradez, mas com energia.

O homenageado deixou o hospital por volta das 11h30, e esperou quase uma hora pela chegada de Dilma. Parte de sua equipe médica o acompanhou. O ex-vice foi liberado por médicos para comparecer à cerimônia. A mesma equipe proibiu, no começo do ano, que ele viajasse para testemunhar a posse de Dilma, em Brasília.

O atual vice-presidente, Michel Temer (PMDB), o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e o prefeito da capital, Gilberto Kassab (DEM), também estavam no palco que reuniu Lula. Antes de Dilma, Alencar discursou.

Os problemas de saúde deram o tom. “Eu tive problemas muito sérios. Hoje fazem exatos três meses, 90 dias, que estou internado. Quando fiquei sabendo que o ex-presidente Lula e a nossa presidente, Dilma, viriam para a homenagem, eu chorei de emoção.” “Se eu morrer agora, eu vou morrer feliz".

Fonte: Tribuna da Bahia

Oportunidades e armadilhas do Concurso Público

Adriano Villela

Agora, em janeiro, há cerca de 80 concursos com inscrições abertas, de instituições federais, estaduais ou municípais. Há oportunidades boas - como a seleção para consultor do Senado, com salários superiores a R$ 20 mil - mas a participação em concursos requer cuidados. No Brasil, cerca de 15 milhões de pessoas participam de concursos públicos a cada ano, porém o número de vagas deve chegar a 250 mil, o que representa uma concorrência de 20 pessoas por vaga.

Aliada a disputa acirrada, outro aspecto delicado é o chamado exército de reservas. Segundo o ex-presidente da OAB-BA e especialista em Direito Público e Civel, Dinailton Oliveira, não há previsão legal para este tipo de seleção. O jurista assegura que mesmo se estiver previsto em edital, o candidato que for aprovado, mas não ter sido chamado pode recorrer. “Já há um entendimento pacificado nos tribunais. Se o poder público abre o concurso para um determinado número de vagas é porque elas existem”, explica ele.

Porém, acrescenta Oliveira, o poder público tem o direito de escolher, à sua conveniência, quando chamar os aprovados; dentro do período de vigência de cada concurso. Em sua maioria, estas seleções têm validade de 2 anos, prorrogável por mais dois.

“Mas enquanto durar um concurso e houver candidatos não chamados, o poder público não pode realizar outro concurso”, completa o ex-presidente da OAB. Segundo Dinailton Oliveira, o contrário é permitido.

Os concursos são legislados por incisos do artigo 37 da Constituição Federal e normas jurídicas variadas, a exemplo das constituições estaduais, das leis que criaram o respectivo cargo e os estatutos de carreira.

O advogado da União, Waldir Santos, assegura a legalidade do cadastro de reserva. “O que há é um projeto para proibir o cadastro de reserva. A administração pública não tem como prevê quando uma pessoa vai pedir para sair porque vai para outro trabalho”, alega.

Segundo a Associação Nacional de Proteção e Apoio aos Concursos (Anpac), esta forma de seleção movimentou cerca de R$ 30 bilhões na economia brasileira em 2010.

Em 2011, o número deve crescer para R$ 50 bilhões, incluindo os cursos preparatórios. Em determinadas situações, surgem vagas não previstas pela administração pública – em casos de morte ou demissão por justa causa, por exemplo.

Neste caso, é previsto em lei a convocação dos candidatos com nota média determinada para aprovação – situação em que o postulante não é eliminado, mas não obtém classificação para preencher a vaga.

Palestra dá dicas hoje

Waldir Santos profere na noite de hoje, na sede da seccional baiana da Ordem dos Advogados do Brasil, uma palestra com oito métodos de preparação para concursos públicos. Para o palestrante, mais pessoas participariam das seleções para carreira no estado se soubessem melhor como estudar. “Todos aqueles que estejam insatisfeitos com sua condição profissional e acreditem não ser difícil passar devem fazer concurso”.

Santos destaca que o penúltimo concurso do TRE aprovou mais gente nas convocações subsequentes do que na primeira relação de aprovados. “Quem viu a primeira lista só tinha aprovado com mais de 95% de aproveitamento. No final foi chamado candidato com nota 5”.

A palestra é uma iniciativa da OAB-BA para ajudar as vítimas dos danos das chuvas na serra fluminense. A entrada custa 10 peças de roupa ou um pacote de fraldas.

O palestrante frisa que candidatos a concurso não têm bom desempenho porque estudam errado. “Há candidatos que estudam o mínimo para obter a nota para passar, como fazem no colégio ou na faculdade, quando no concurso há a competição e com ela a necessidade de ter um diferencial”, afirma Waldir Santos, que também é advogado da União.

Ao final da apresentação do professor, serão sorteados livros de sua autoria e bolsas em cursos preparatórios.
Um método que será apresentado será o de estudo em grupo. “Muita gente diz que não tem tempo para fazer concurso. É porque não sabe estudar em grupo. Por esse método, estudando só nos finais de semana, aprende-se mais do que quem estuda todos os dias três, quatro horas, mas sozinho”.

Alguns concursos com inscrições

União

Universidade Federal do Recôncavo (UFRB) – inscrições de 1º a 23 de fevereiro – 74 vagas

Governo do Estado

Universidade Estadual de Feira de Santana (professor) – inscrições até 26 de janeiro – 50 vagas

Fundação Pedro Calmon –até dia 6 de fevereiro – 58 vagas

Universidade do Estado da Bahia (Uineb) – inscrições até 14 de fevereiro – 38 vagas

Municípios baianos

Prefeitura de Buritirama - inscrições até 29 de janeiro - 125 vagas

Guaratinga – até dia 11 de fevereiro – 165 vagas

Lagendinho – inscrições até10 de fevereiro - 120 vagas -

Fonte: www.pciconcursos.com.br abertas na Bahia

Fonte: Tribuna da Bahia

Ministro dá aula paga em órgãos que ele fiscaliza

Folha de S.Paulo

BRASÍLIA - Entidades e órgãos públicos submetidos à fiscalização do TCU (Tribunal de Contas da União) pagaram ao menos R$ 228 mil ao presidente do tribunal, ministro Benjamin Zymler, por palestras e cursos de um ou dois dias entre 2008 e 2010.

Após as palestras, Zymler seguiu como relator de procedimentos e participou de julgamentos de processos de interesse dos contratantes.

No fim de 2008, ele ministrou na Eletronorte (Centrais Elétricas do Norte do Brasil), por R$ 21,5 mil, curso de dois dias intitulado "Licitações e Contratos sob a Ótica do TCU". Zymler é ou foi relator de 41 processos que têm relação com a Eletronorte.

No ano passado, Zymler recebeu R$ 59 mil por um curso de dois dias. O pagamento foi feito pela UFABC (Fundação Universidade Federal do ABC), de Santo André (SP), vinculada ao Ministério da Educação.

Zymler abriu uma empresa, a EMZ Cursos e Treinamento, que passou a ser contratada pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), para sete palestras em várias capitais.

Por R$ 20.232,16, o Inpi (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) contratou Zymler para um curso de oito horas de duração, no Rio. A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), vinculada ao Ministério da Agricultura, pagou R$ 14,6 mil por um curso de 16 horas. Na AGU (Advocacia-Geral da União), o evento custou R$ 9,6 mil e foi acompanhado por "500 servidores", segundo o órgão, num total de oito horas.

O ministro foi contratado após a dispensa de licitações, sob o argumento de que havia notória especialização.

Fonte: Agora

Fotos do dia

Ana Cecília Cunha, 19 anos, é a miss mundo São Paulo 2011 A gata vai desfilar na Unidos da Tijuca A fofa tem mostrado muito samba no pé
Show em comemoração ao 457º aniversário de São Paulo em palco na avenida Ipiranga Criança faz escalada no vale do Anhangabaú Rap Hood em show comemorativo na esquina da av. São João com a av. Ipiranga

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Petrobras encerra inscrições para 839 vagas

Carol Rocha
do Agora

A Petrobras encerra amanhã as inscrições do concurso que vai preencher 839 vagas em todo o país. São 220 oportunidades para cargos de nível superior e 619 para nível médio. O interessado pode conferir o edital e fazer a inscrição no site da Fundação Cesgranrio. Em São Paulo, o concurso oferece 106 vagas para profissionais de nível médio.

Já os cargos de nível superior são disputados em esfera nacional --ou seja, não são divididos entre os Estados.

Para a prova de nível médio, a taxa de inscrição é de R$ 30. Já os candidatos de nível superior terão que desembolsar R$ 45. As provas objetivas estão previstas para o dia 27 de fevereiro.

  • Leia esta reportagem completa na edição impressa do Agora nesta quarta

A farsa do salário mínimo


Carlos Chagas

Marcado para hoje o encontro do secretário-geral da presidência da República, Gilberto Carvalho, com os representantes das centrais sindicais, a impressão é de que encenarão uma farsa. Enxugarão gelo ou irão ensacar fumaça. Porque qualquer que seja o resultado, pela aceitação ou não do salário-mínimo em 545, 550 ou até 560 reais, sindicalistas e governo estarão penalizando o trabalhador. Fazendo o jogo das elites sob o rótulo da proposta de reduzir os desníveis sociais.

Não dá para aceitar a campanha desenvolvida pelo andar de cima, de que cada real de aumento do salário-mínimo determinará um rombo de 286,4 milhões nas contas públicas. Ou de que mesmo fixado em 545 reais, o impacto será de 1 bilhão e 400 milhões.�

Começa que não é rombo nem impacto. Trata-se de investimento naquilo que o governo do país deveria ter como mais sagrado, no caso, fazer justiça ao trabalhador. Aliás, que não será feita através de nenhum dos números anunciados. Porque, pela Constituição, o salário-mínimo deveria bastar para o trabalhador e sua família enfrentarem despesas com habitação, alimentação, vestuário, transportes, educação, saúde e até lazer. Não será com 545, 550, 580 reais e nem com mil. Nenhum líder sindical, muito menos nenhum ministro, alto funcionário ou dirigente de empresas estatal sobreviveria com essa merreca.

A meta anunciada pelo popularíssimo Lula era de elevar o salário-mínimo a 100 dólares. Uma piada, acrescida do fato de que o dólar despencou de valor. Pior ficou a tramóia de atrelar-se o reajuste do salário mínimo ao crescimento do Produto Interno Bruto no ano anterior. Quer dizer, se diminuem os lucros do empresariado e dos banqueiros, quem paga é o trabalhador.

Está o país há mais de oito anos governado pelo Partido dos Trabalhadores. Que partido é esse que não cuida de seus supostos integrantes? Nem se fala de CUT, Força Sindical e penduricalhos. Retoricamente, podem rotular de nefasta a oferta do governo, de compensar o baixo nível do salário mínimo com mínimo refrigério nas declarações do imposto de renda, cujos beneficiários serão os melhor favorecidos. Nefastos são os que estarão sentados à mesa das negociações, hoje. �

USINA PRESIDENTE MÉDICI

Dilma Rousseff estará inaugurando, amanhã, a usina hidrelétrica de Candiota III, no Rio Grande do Sul, denominada de “presidente Médici”. Uma prova de que o Brasil alcançou a maioridade, de que ficaram para trás velhos ódios e justos ressentimentos? Ou apenas mais uma ironia da História? Pelo menos estamos distantes do Antigo Egito, onde um faraó que galgava o poder mandava raspar dos monumentos os caracteres expressivos do nome do antecessor, substituindo-os pelos seus, como se tivesse sido ele o construtor de tudo.

Aqui, ainda mantém suas denominações a “rodovia Castello Branco”, a “ponte Costa e Silva” e agora a “usina presidente Médici”. Pior para a memória deles se algum usuário decidir pesquisar seus débitos para com a democracia. O que não dá, apesar da tentação, é ver alguns aloprados querendo mudar o nome das obras públicas de acordo com as características do regime vigente. Até porque, o mundo gira…

O NOVO CONGRESSO�

Os trabalhos do Congresso serão reabertos na próxima terça-feira. Em se tratando de uma nova Legislatura, com direito a tiros de canhão e revista às tropas pelo senador José Sarney. Tanto na Câmara quanto no Senado, caras novas em meio à maioria de velhas figuras. Indaga-se sobre a possibilidade de tudo ser diferente, a partir de agora. A resposta é negativa, ainda que não se torne necessário concordar com o amargo diagnóstico de Ulysses Guimarães, para quem “pior do que o atual Congresso, só o próximo”.

Velhos jornalistas adquirem o costume saudosista de dizer que “no tempo deles é que era bom, havia parlamentares como Afonso Arinos, Milton Campos, Gustavo Capanema, Aliomar Baleeiro e tantos outros luminares”. É bom sacudir a poeira da intolerância e imaginar que daqui a cinquenta anos os jovens repórteres de hoje estarão lembrando que Congresso bom era nos tempos em que eles começaram, com Geddel Vieira Lima, Mão Santa, Eduardo Suplicy e muitos mais…

O novo Congresso será como todos os anteriores: o retrato da nação. Nem melhor nem pior do que ela.�

CIDADE ARRASADA

De todos os governadores eleitos ou reeleitos em outubro passado, quem maiores agruras enfrenta é o do Distrito Federal, Agnelo Queiroz. Encontrou uma cidade arrasada, onde tudo são problemas. Além do tesouro vazio, os serviços públicos postos em frangalhos. Hospitais desmoronando, postos de saúde sem médicos e enfermeiros, filas intermináveis às suas portas. Um sistema de ensino público obsoleto e insuficiente para a demanda. O trânsito caótico, até a mais moderna ponte da cidade interditada e limitada por rachaduras em seus pilares.

A segurança pública à mercê do crime desorganizado, o tóxico grassando em progressão geométrica e um Judiciário lento e incapaz de atender as mínimas necessidades da população. São cobranças de todo lado, sem falar no êxodo que continua fazendo fluir para cá, à procura de empregos inexistentes, multidões oriundas do Centro-Oeste, do Norte e do Nordeste.

Fonte: Tribuna da Imprensa

Marxismo, Comunismo, Socialismo, realidade e ficção. Genialidade de Marx, mistificação do carrasco Stalin. A revolução não poderia surgir na Rússia. Se fosse na Inglaterra, teria resistido.

Helio Fernandes

GBR: “Helio, nunca pensei que você fosse marxista. Não esconde o sentimento e a preferência pela coletividade, minha admiração não diminuiu. Acredita que algum dia haverá governo marxista? Obrigado”.

Comentário de Helio Fernandes:
Você faz perguntas ótimas, embaraçosas mas bem colocadas. Por isso, espero que algum dia, dependendo de você mesmo, traduza essas três letras no nome verdadeiro.

Não sou marxista e sim grande admirador de Marx. Desde que tomei conhecimento de sua obra, imediatamente percebi sua genialidade, total e abrangente. Gênio mesmo, não só na formulação da tese (começando pelo “Manifesto”, logo seguido pelo “O Capital”, insubstituível), mas como pensador, analista, filósofo, escritor, debatedor, historiador. Homem que VIU o futuro e APRENDEU com o passado, é naturalmente polêmico, adorado e odiado, o que é o mais comum e acontece com gênios como ele.

Marxismo não é forma de governo, portanto jamais haverá “governo marxista”. A partir de 1918 e do fim dos 300 anos dos Romanoff, o Soviet Supremo, formado por 9 membros, precisou fazer ou refazer tudo, incluindo inicialmente o nome do novo país.

A ideia de Lenine e Trotsky era colocar no nome, toda a identificação da antiga Rússia. Na Constituinte de 1777/1778, nos EUA, grande discussão a respeito da definição do nome do país. Essa discussão vinha da extraordinária Convenção da Filadélfia, e os 7 fundadores reconhecidos pela Constituição, estavam a favor de uma identificação definitiva e definidora.

Ficou sendo Confederação dos Estados Unidos da América do Norte. Além da questão territorial, adotaram o político e o administrativo. Lenine e Trotsky tinham a mesma ideia. Desses 9 membros do Soviet Supremo, o pensador e maior intelectual era Trotsky. Mas o líder natural que mandava e era obedecido, Lenine, sem qualquer restrição.

Desde 1918, quando sofreu o atentado que o mataria em 1923/24 (ficou com uma bala “colada” no coração, não podia nem ser operado, todos recusavam a cirurgia, por causa da localização da bala) era tido e havido como o líder indiscutível.

Na Rússia que acabara, no novo país que surgia, a mesma controvérsia que aconteceu nos EUA. Alguns dos 9 do Soviet, chegaram a propor União das Repúblicas Marxistas Comunistas. Como esses 9 membros eram nominativos, mas apenas dois decidiam, esses dois ficaram intransigentes e resolveram de forma diferente.

Lenine e Trotsky não admitiam de forma alguma as palavras MARXISMO e COMUNISMO. Admiradores ferrenhos de Marx, vetaram a identificação, sabiam que Marx concordaria. Apenas recusaria a Rússia como país-sede da Revolução. Exigia massa de trabalhadores industrializados e esclarecidos, o que acontecia na Rússia era escravidão e escravatura pura e simples.

Lenine e Trotszy concordaram com União das Repúblicas, mas cortaram as outras palavras sugeridas, acrescentaram: SOCIALISTAS SOVIÉTICAS. Estavam cobertos de razão. Nem Comunismo nem Marxismo eram formas de governo, serviam apenas como rótulos de ocasião. Decidiram que inicialmente o governo da antiga Rússia, seria SOVIÉTICO. Depois então, definitivamente, teria que ser SOCIALISTA, que era o objetivo final, o que consideravam como a grande vitória da comunidade.

(Por questões complexas e variadas, incluindo a morte de Lenine, o banimento e expulsão de Trotsky, o medo de uma parte do mundo, e a visão GENIAL de Marx, que esperava que o Socialismo surgiria na Inglaterra por causa da Revolução Industrial de 1780, e não num país atrasadíssimo como a Rússia, o Socialismo nunca foi alcançado ou conquistado).

O Stalinismo foi o responsável principal e fundamental para o fracasso do Socialismo soviético. Primário, inculto, carrasco que acreditava na violência “como forma de realizar”, Stalin não permitiu o sucesso da idéia. Ganhou uma sobrevida e até repercussão internacional, com a Segunda Guerra Mundial.

O mundo ficou estarrecido, surpreendido mas dominado por aquele Stalin vestido com belíssimo uniforme branco, aparecendo sempre ao lado de líderes naturais como Roosevelt e Churchill. Terminada a Guerra, Stalin voltou para a selvagem politicalha de terror e incompetência.

Além disso, teve que enfrentar a “guerra fria”, com o desperdício de BILHÕES de dólares, o genial “Plano Marshall”, e a “corrida armamentista”, os EUA utilizando dólares falsos, enquanto a União Soviética estraçalhava seu orçamento.

***

PS– É muita coisa para um dia só. Em outra oportunidade, examinaremos. Stalin morreria 7 anos depois, não deixaria saudades e sim um país (e um sistema político) arruinado e destroçado.

PS2 – O mundo pode durar mais 5 mil ou 50 mil anos, e Marx ainda será História e realidade. Não importa que metade da coletividade esteja contra ele, é natural.

PS3 – Mas os outros 50 por cento continuarão a adorá-lo. Não seria diferente, como Marx desejava ardentemente que a Revolução surgisse na sua amada Alemanha.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011 | 05:07

Banco Central: quem tem mais de 100 mil dólares no exterior, precisa prestar contas

Helio Fernandes

A Circular 3.523 do BC está atormentando muita gente. Motivo: quem tiver no exterior depósitos que superem essa importância, terá que apresentar o total desses BENS, VALORES e a PROCEDÊNCIA.

A data final é 28 de fevereiro, e foi incluído um item que preocupa fortemente: “Ações e títulos de outros países precisam ser demonstrados, e sua procedência provada”.

Muitos lembram logo de Paulo Maluf e Daniel Dantas. O deputado está livre, os 242 MILHÕES DE DÓLARES que garantem que ele tem no exterior, “NÃO EXISTEM”. Pelo menos é o que ele proclama e repete com insistência.

Em relação a Daniel Dantas, o problema não deveria ter dificuldades para ser equacionado e resolvido. O empresário (?) tem importância enorme no exterior, e deve também uma fábula à Receita dos EUA, que “confiscou” todo o dinheiro. Como Dantas poderá se livrar da declaração?

Neste momento é obrigatório lembrar a frase famosa de Daniel Dantas e fazer a pergunta. A frase: “Tenho medo da Polícia e da Primeiro Instância, lá em cima em resolvo. A pergunta: “O Banco Central está lá em cima”, na avaliação de Dantas?

***

PS – Segundo levantamentos repetidos, brasileiros têm mais de 300 BILHÕES DE DÓLARES no exterior. Há muitos anos vários governos ofereceram FACILIDADES se trouxerem esse dinheiro, ninguém confia nos governos, venham de onde vierem.

PS2 – Agora surgiu problema novo com exportadores e importadores. Eles têm 210 dias para recolherem a importância ao Tesouro. Como o dólar está muito baixo, os exportadores pedem PRORROGAÇÃO DO PRAZO.

PS3 – Existe também (com as exceções naturais), o SUBFATURAMENTO na exportação, e o SUPERFATURAMENTO na importação. Esses empresários são poderosos e inatingíveis, como alcançá-los?

PS4 – Desculpa dada e aceita até agora: com a crise financeira mundial, a inadimplência é total, como recolher ao governo as importâncias que NÃO RECEBERAM? Pelo menos é o que dizem e até garantem.

Helio Fernandes/Tribuna da Imprensa

Justiça manda soltar barões dos jogos caça-níqueis em Salvador


Arivaldo Silva l A TARDE*

Uma decisão da 3ª Turma do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região colocou em liberdade, na terça-feira, à noite, quatro empresários apontados como líderes de uma organização criminosa que controlava o esquema de máquinas caça-níqueis em Salvador e em mais quatro municípios baianos. O jogo ilegal faturava cerca de R$ 50 milhões por ano.

O habeas corpus, impetrado pelos advogados Thomas Bacellar da Silva e seu filho Leonardo Bacellar da Silva, foi aprovado por unanimidade em favor de José Luiz de Oliveira Simões e foi extensivo também a Augusto César Requião da Silva, Leonardo Reis Almeida e Valdemir Acácio Osório.

De acordo com o advogado Thomas Bacellar – ex-presidente da OAB-BA, os seus clientes vão responder à ação penal em liberdade. “A Câmara observou que os mandados de prisão não estavam de acordo com todos os requisitos previstos no Código de Processo Penal, para a aplicação da medida coercitiva de liberdade”, disse o jurista.

Eles foram presos no dia 1º de dezembro do ano passado em bairros elegantes de Salvador, como Corredor da Vitória, Graça e Alphaville, acusados das práticas ilícitas de jogo de azar, contrabando, formação de quadrilha, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. As empresas 2M2B Montadora de Máquinas Ltda. e OM Recreativo Ltda. eram usadas como fachada.

A Operação Reset da Polícia Federal (PF) foi deflagrada em 2010 na Bahia, em São Paulo e no Ceará. Em Salvador, policiais estouraram a sede da OM Recreativo, na Av. Lima e Silva (Liberdade), e da empresa 2M2B, na Rua Djalma Dutra (Sete Portas). Uma frota composta por caminhonetes importadas (cinco blindadas) foi apreendida na OM Recreativa e a quantia de R$ 150 mil. A ação foi um desdobramento da Operação Aposta, realizada em 2007, também pela PF, oportunidade em que foram cumpridos mandados de busca e apreensão contra o mesmo grupo.

Segundo a investigação, os acusados vinham explorando a jogatina ilegal em Salvador, Itaparica, Vera Cruz, Nazaré das Farinhas, Salinas da Margarida e Ilhéus.

Leia reportagem completa na edição impressa do Jornal A Tarde desta quarta-feira

Nos jornais: Deputados estaduais de SP só trabalham 2 meses em 7


Folha de S. Paulo

Deputados estaduais de SP só trabalham 2 meses em 7

O Legislativo paulista retoma seus trabalhos na semana que vem depois de ter vivido sete meses de baixa produtividade, período em que o foco dos deputados esteve voltado para as eleições. Na prática, a Assembleia Legislativa funcionou em apenas dois meses desde julho.

Neste período, em que estão incluídos cerca 70 dias de recesso, os deputados estaduais custaram aos paulistas R$ 78,7 milhões. O levantamento feito pela Folha considera salários dos parlamentares e seus assessores, auxílio-moradia e verba de gabinete.

Do início do segundo semestre até 19 de outubro, a Casa não votou nenhum projeto. Nesse período, o Legislativo funcionou à base de sessões com discursos de raros parlamentares.

Suplentes que ficarão 45 dias no cargo terão 13º e auxílio-moradia

Sete suplentes de deputado que tomarão posse em 1º de fevereiro no Legislativo paulista e ficarão apenas 45 dias no cargo vão receber 13º salário e auxílio-moradia.

Um oitavo suplente, que tomou posse no dia 6, e ficará 69 dias no cargo, também ganhará os benefícios. Cada um deles deverá receber R$ 22,2 mil, já que o salário, a partir de fevereiro, subirá para R$ 20 mil, e o auxílio-moradia é de R$ 2.250.

A Assembleia gastará R$ 178 mil com verbas extras para os deputados em mandato-tampão. A partir de 1º de fevereiro, serão 12 deputados nessa condição.

"Assembleia não tem nada para votar", diz presidente

O presidente da Assembleia de SP, Barros Munhoz (PSDB), admite que a produtividade da Casa foi menor durante o segundo semestre, mas afirma que o Legislativo cumpriu todas as obrigações previstas para 2010.

"Talvez a gente possa ser criticado por agir corretamente. Estamos rigorosamente em dia com a pauta. A Assembleia não tem nada para votar", disse ele.

Entre a lei e o voto, instinto dos políticos escolhe o voto

É possível encontrar deputados que passaram a Legislatura sem tomar a iniciativa de propor uma só lei. Mas deputado sem voto não existe. Entre a lei e o voto, o instinto de sobrevivência do político exige que ele fique com o voto. Sem lei, pode ser. Sem voto, nunca.

É essa a explicação da inoperância da Assembleia Legislativa de São Paulo -e de outros Legislativos- em anos eleitorais.

Os deputados, nesse período, precisam se jogar de corpo e alma na campanha política e muitas vezes suas bases eleitorais ficam distantes da Casa de leis.

A hora dos silêncios

QUALQUER QUE SEJA a versão, dentre as várias em oferta, para a exoneração de Pedro Abramovay com menos de duas semanas na Secretaria Nacional de Políticas Antidrogas, é um fato, além de raro, com uma força de advertência capaz de efeitos inovadores pelo governo afora.
Se exonerado por determinação da própria presidente; ou por decisão do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, com a concordância dela; ou por conclusão comum a ambos, o que continua a importar é o motivo do afastamento abrupto do jovem e bem conceituado Abramovay. Foi a extensa entrevista a "O Globo" em que lançou conceituações e propostas, como o fim da prisão para "pequenos traficantes", não adotadas, ou nem sequer discutidas, em instância decisória do governo.

PSDB escala publicitário envolvido em escândalo em MG

Publicitário escalado para a produção do programa nacional do PSDB, Eduardo Pereira Guedes Neto é um dos 11 réus do esquema batizado de mensalão mineiro.

Secretário-adjunto do governo tucano de Eduardo Azeredo (1995-1998), Guedes é acusado de viabilizar, em 1998, transferência de recursos da Comig (Companhia Mineradora de MG) e da Copasa (Companhia de Saneamento de MG) para a SMPB -agência do publicitário Marcos Valério- para patrocínio de evento sem licitação.

Kassab muda equipe para ampliar base

Prestes a se filiar ao PMDB, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), prepara uma minirreforma em seu secretariado com objetivo de ampliação de sua base política no Estado.

Kassab -que busca se viabilizar como liderança alternativa à disputa entre PSDB e PT- ofereceu espaço ao PR, PC do B, PDT e PV.

Ele ensaiou seus primeiros passos no fim do ano passado, quando Geraldo Alckmin (PSDB) buscava uma aproximação com os partidos do chamado bloquinho para a montagem de sua equipe.

Fim de pensões vitalícias depende de decisão do STF

O fim das superaposentadorias de ex-governadores depende do Supremo Tribunal Federal -que tem o poder de avaliar as ações contra as leis estaduais que concedem esses benefícios e decretar sua inconstitucionalidade, como já fez em 2007.

A alternativa seria que os próprios Estados tomassem a iniciativa de acabar com as leis que concedem pensões.

A extinção dos benefícios pelo STF, porém, pode demorar. As ações de inconstitucionalidade precisam ser analisadas individualmente porque devem questionar algo específico das leis.

Governo vai criar mais de 1.300 cargos sem fazer concurso

O governo de Minas Gerais vai criar 1.314 cargos comissionados (de preenchimento sem concurso) nos próximos quatro anos.

O número representa um acréscimo de 7% no total de comissionados do Estado, mas a administração de Antonio Anastasia (PSDB) defende que a ampliação é necessária.

Dos cargos a serem criados, 580 estão destinados ao sistema prisional e demorarão mais a serem preenchidos, segundo a secretária do Planejamento, Renata Vilhena.

Congresso paga aposentadoria a 658 ex-parlamentares e 602 viúvas

O Congresso vai gastar neste ano R$ 88 milhões para o pagamento de aposentadorias e pensões a ex-parlamentares, seus parentes e ex-servidores que ainda recebem benefícios pelo extinto IPC (Instituto de Previdência dos Congressistas).

O modelo, desativado em 1997, concede privilégios que foram extintos pelo Legislativo após mudança de sistema. Estão vinculados ao regime 583 ex-deputados, 75 ex-senadores e 602 viúvas de congressistas, além de ex-servidores, cujo número não foi informado pelo Congresso.Sozinho, o Senado gasta, mensalmente, R$ 938,2 mil com o pagamento aos beneficiários do IPC.

"Nota futura" de doação de senador foi erro, diz creche

DE CURITIBA - A creche de Curitiba para qual o senador Alvaro Dias (PSDB) diz ter doado sua aposentadoria de ex-governador afirma que errou ao confeccionar um recibo com o valor do repasse.

Na sexta-feira, Dias apresentou como comprovante da doação uma nota datada de 30 de novembro de 2011. A creche, chamada Assistência Social Santa Bertilla Boscardin, afirmou que a data no recibo foi resultado de um erro e que já providenciou um novo documento.

Furnas vira foco de crise entre PMDB e PT

A disputa de poder entre PMDB e PT por cargos no segundo escalão do governo Dilma Rousseff ganhou tons ruidosos ontem com a vinda a público de um documento em que supostos engenheiros de Furnas atacam o domínio da empresa por nomes ligados ao deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

A existência do documento foi revelada pelo jornal "O Globo". A Folha obteve uma cópia do texto, segundo o qual "a interferência do deputado hoje faz parte do cotidiano de Furnas". O texto não tem assinatura.

Estado de S. Paulo

Alckmin põe condenado em seu governo

São dez ações em que José Bernardo Ortiz figura como réu, oito delas com base na Lei da Improbidade. Em três casos, novo presidente da FDE foi absolvido, mas o Ministério Público recorreu ao TJ, e em quatro ainda não há decisão de primeira instância

O governador Geraldo Alckmin nomeou para o cargo de presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE) o ex-prefeito de Taubaté José Bernardo Ortiz (PSDB), condenado judicialmente por ato de improbidade administrativa. Vinculada à Secretaria da Educação, a FDE dispõe de orçamento de R$ 2,5 bilhões destinados à construção e reformas de escolas e projetos pedagógicos.

Ortiz, de 75 anos, é amigo de Alckmin, a quem dá apoio político no Vale do Paraíba, berço do governador, ex-prefeito da cidade de Pindamonhangaba. Ortiz carrega em seu currículo três mandatos de prefeito de Taubaté, que somam 14 anos de gestão, e pendências na Justiça.

''É um homem público reconhecidamente honesto''

Em nota, a assessoria de imprensa do governador Geraldo Alckmin destacou que José Bernardo Ortiz "é um homem público reconhecidamente honesto". "Sobre os processos em questão, todos eles ainda passíveis de recursos, é preciso ressaltar que foi explicitada, em mais de uma decisão, a inexistência de prejuízo ao erário público e de enriquecimento ilícito", afirma a nota. "Os serviços objeto do processo judicial foram efetiva e comprovadamente prestados."

O filho de Ortiz, advogado José Bernardo Ortiz Júnior, argumenta que as ações se referem ao mesmo fato: contratação de servidores por meio de processos seletivos por prazo determinado - medida amparada na lei orgânica do município (lei 01/90) que previa a admissão de servidor temporário pela CLT. Essa lei foi considerada inconstitucional pelo Tribunal de Justiça em 2007, quando Ortiz já não ocupava mais a administração.

Correios excluem empresa pivô do caso Erenice

Peça principal dos escândalos de tráfico de influência na Casa Civil, a Master Top Linhas Aéreas (MTA) está proibida de qualquer tipo de prestação de serviço para a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos pelo prazo de cinco anos. A penalidade de suspensão do direito de licitar e impedimento de ter contratos com a estatal foi publicada ontem no Diário Oficial da União. A decisão vale para o período entre 21 de janeiro de 2011 e 21 de janeiro de 2016.

O motivo da aplicação da penalidade, conforme a publicação, foi "o inadimplemento na execução de contratos". Em setembro, o Estado revelou que a empresa está em nome de laranjas no Brasil. Seu verdadeiro dono é Alfonso Conrado Rey, um empresário argentino que mora em Miami. O episódio culminou com a demissão do coronel Eduardo Artur Rodrigues Silva da direção de Operações dos Correios. Ele era testa de ferro de Alfonso Rey na MTA - ou seja, dirigia o setor de operações da estatal e, ao mesmo tempo, a empresa contratada por ela.

De Sanctis nega recurso à defesa de Dantas

O juiz Fausto Martin De Sanctis, da 6.ª Vara Criminal Federal, julgou improcedente exceção de incompetência por meio da qual a defesa do banqueiro Daniel Dantas pedia o deslocamento dos autos do processo Satiagraha para a Justiça Federal no Rio. O argumento dos advogados do dono do Opportunity é que os fatos supostamente ilícitos, segundo a investigação, teriam sido praticados na gestão do banco e do fundo, que são sediados no Rio.

De Sanctis não reconheceu incompetência para o caso. Amanhã é seu último dia na 6.ª Vara. Na quinta, toma posse como desembargador. Ele encaminhou a decisão para o Ministério Público. O criminalista Andrei Zenkner Schmidt, defensor de Dantas, disse que só vai se manifestar depois de formalmente intimado da decisão de De Sanctis.

Dilma quer ''time'' nos direitos humanos

O presidente Fernando Henrique Cardoso criou a Comissão de Mortos e Desaparecidos e estabeleceu o direito à indenização aos perseguidos pela ditadura militar. Seu sucessor, Luiz Inácio Lula da Silva, continuou pagando reparações, abriu arquivos e preparou o projeto de lei que cria a Comissão Nacional da Verdade, para esclarecer violações de direitos humanos naquele período. A meta de Dilma Rousseff agora é conseguir a aprovação do projeto no Congresso e terminar o mandato com a comissão funcionando.

A estratégia do governo para atingir esse objetivo já foi delineada. Em primeiro lugar acertou-se que os ministros envolvidos com o assunto deverão trabalhar juntos, evitando a discussão presenciada no governo anterior entre Paulo Vannuchi, de Direitos Humanos, Nelson Jobim, da Defesa, e, por tabela, Tarso Genro, da Justiça. O trio atual, formado por Maria do Rosário, Jobim e José Eduardo Martins Cardozo toca afinado, com a seguinte orientação: a comissão é um projeto do governo e não deste ou daquele ministério, portanto, todos devem atuar como um time.

Em SP, hegemonia tucana não garante continuidade

Embora governado pelo mesmo partido - o PSDB - há quatro mandatos, São Paulo não é exemplo de continuidade. Há menos de um mês no Palácio dos Bandeirantes, o governador Geraldo Alckmin já ordenou a revisão de todos os contratos da administração anterior com empresas terceirizadas. Também bloqueou R$ 1,5 bilhão do Orçamento do Estado logo em sua primeira semana no cargo, ordenando à sua equipe que passasse um "pente fino" no plano de investimento dos antecessores José Serra e Alberto Goldman.

Em 2007, quando sucedeu Alckmin no governo, Serra também ordenou uma auditoria de todos os contratos da administração anterior. No atual governo, a principal inflexão deverá ser na política educacional. Alckmin não deve continuar com o programa de progressão continuada dos alunos da rede pública estadual. Instituída no governo Mario Covas, a iniciativa foi mantida pelos demais governadores. Era um dos pontos mais polêmicos da gestão tucana, e já na campanha Alckmin prometeu encerrá-lo.

Governo usa PAC para ter superávit

Para cumprir a meta de fazer um superávit primário de 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010, o governo vai utilizar uma brecha prevista pela legislação e reduzir das suas despesas parte dos investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Segundo apurou o "Estado", o "desconto" chega a R$ 11 bilhões, ou 0,3% do PIB.

O instrumento contábil foi necessário por causa da escalada de gastos em 2010. A meta de superávit primário (arrecadação menos despesa, antes do pagamento dos juros da dívida) engloba as contas do Governo Central (Tesouro Nacional, INSS e Banco Central), Estados e municípios. As estatais foram retiradas do cálculo em decisão anunciada pela equipe econômica no fim do ano passado.

Itamaraty elimina brecha que valeu passaporte especial a filhos de Lula

Sob cerco do Ministério Público e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o Itamaraty concluiu a proposta de mudanças nas regras do passaporte diplomático. A portaria, que foi submetida ontem à presidente Dilma Rousseff e será publicada no Diário Oficial de hoje, restringe a emissão do documento e elimina o critério subjetivo hoje permitido ao ministro das Relações Exteriores - que tornou possível sua concessão aos filhos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a dois dias do fim do mandato.

Uma das medidas exige a publicação no Diário Oficial da União de cada novo passaporte diplomático emitido. Outra limita a validade do documento ao tempo de duração da missão no exterior, no caso de servidores não diplomatas. Hoje, a emissão do documento não é transparente e sua validade, de quatro anos, geralmente ultrapassa a duração da missão no exterior para a qual o portador foi designado.

Médicos liberam Alencar para festa

O ex-vice-presidente José Alencar deve comparecer hoje à festa de 457 anos de São Paulo, onde será homenageado com a Medalha 25 de Janeiro. O médico Francisco Carnevale, que faz parte da equipe que trata de Alencar informou ontem que ele estará presente na homenagem.

Alencar, que está internado desde 22 de dezembro, sairá do hospital por volta das 11h30 no próprio carro, mas será acompanhado por uma ambulância e pela equipe médica liderada pelo cardiologista Roberto Kalil.

A autorização médica veio somente ontem à tarde, depois de nova avaliação que concluiu que o quadro do ex-vice-presidente é estável. Mas, como ele não recebeu alta definitiva, deverá voltar para o hospital logo depois de receber a medalha.

OAB vai a Temer e prega fim do voto de legenda

Escalado pela presidente Dilma Rousseff para costurar as primeiras discussões sobre a reforma política, o vice Michel Temer discutiu ontem o tema com o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante. No encontro, Ophir pregou, principalmente, o fim do voto de legenda, mecanismo que permitiu que vários parlamentares com pouquíssimos votos chegassem ao Congresso na esteira da votação do palhaço Tiririca (PR-SP).

"Queremos o voto majoritário para a eleição da Câmara. Entendemos que na democracia é preciso que quem foi votado leve a eleição", disse Ophir, lembrando que parlamentares com centenas de milhares de votos ficaram de fora, enquanto outros entraram apesar do fraco resultado nas urnas.

SC suspende benefício a empresas importadoras

O Pró-Emprego, instituído pelo ex-governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB), no início de seu segundo mandato, em 2007, figura entre os programas afetados com a descontinuidade "parcial" na largada do governo Raimundo Colombo (DEM) em Santa Catarina.

A determinação é válida por 120 dias a contar do dia 3 de janeiro. Será o tempo necessário para que os técnicos da Secretaria de Estado da Fazenda revisem dispositivos da lei a fim de "salvar" o Programa. A pausa, segundo o secretário Ubiratan Rezende, é necessária para dar "segurança jurídica" a investidores no Estado.

Sem concurso, Anastasia incha folha com 1.314 cargos

O governo de Minas irá criar mais 1.314 cargos comissionados até 2014. A decisão consta do decreto de lei delegada 182 assinada pelo governador Antonio Anastasia (PSDB) e publicado no último sábado no Minas Gerais, diário oficial do Estado. Os novos cargos representam um aumento de 28,85% no número de postos comissionados de chefia, direção e assessoramento já existentes. Do total de comissionados (17,5 mil), o porcentual representa um acréscimo de 7,4%.

Ao comentar recentemente a falta de espaço para a concessão de reajustes ao funcionalismo público neste ano, o próprio governador admitiu que no Orçamento sancionado para 2011, os gastos com pessoal deverão ultrapassar o limite prudencial previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), de 46,55%, e ficar próximo do limite de 49%.

Sucessão interrompe programas nos Estados

Em Estados onde os governadores não foram reeleitos, a falta de continuidade administrativa vem provocando corte de programas e suspensão de projetos. A interrupção mais brusca ocorreu em Tocantins, Estado que está parcialmente paralisado após a demissão de 15,6 mil dos 24 mil funcionários comissionados.

O tucano José Wilson Siqueira Campos, no quarto mandato como governador de Tocantins, suspendeu praticamente todos os programas do antecessor, Carlos Henrique Gaguim (PMDB), e o acusou de cometer "irresponsabilidades e crimes".

Um tema que sempre esteve na agenda da presidente

O tema da comissão da verdade é muito caro à presidente Dilma Rousseff, que foi perseguida e torturada no anos do regime militar. Foi sob sua batuta, quando chefiava a Casa Civil, que boa parte da documentação relativa àquele período que se achava sob o controle do governo foi transferida para o Arquivo Nacional. Ela influiu na redação do texto do projeto de lei da Comissão da Verdade que foi enviado ao Congresso, no qual se diz, entre outras coisas, que ela ficará vinculada à Casa Civil.

A preocupação da presidente é não ficar sob os holofotes durante o debate, nem parecer revanchista. Sob esse aspecto lembra sua colega de cargo Michelle Bachelet, que presidiu o Chile entre 2006 e 2010, e também enfrentou momentos dramáticos no período da ditadura do general Augusto Pinochet: seu pai, um militar que apoiava o presidente deposto Salvador Allende, foi preso e morreu no cárcere; e ela também enfrentou perseguições e torturas.

Após mandato-tampão, DF tem 10 mil demissões

O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), tomou algumas decisões drásticas logo depois da posse, há 25 dias. Entre elas, o corte na metade dos cargos comissionados, passando de 20 mil para 10 mil, o contingenciamento de R$ 1,5 bilhão nos recursos previstos no Orçamento para este ano e auditoria em todos os contratos do governo anterior.

De acordo com informações da assessoria do governo, Rogério Rosso (PMDB), o governador-tampão que assumiu a administração de Brasília depois da prisão e cassação do mandato de José Roberto Arruda (DEM e, depois, sem partido), deixou uma dívida de R$ 600 milhões para ser paga neste mês.

No dia em que tomou posse, Agnelo encontrou a capital com lixo acumulado por cerca de dez dias em frente às residências do Plano Piloto e das cidades-satélites. O mato invadira os canteiros e as calçadas de todas as avenidas, até mesmo as que ficam próximas à Praça dos Três Poderes.

O Globo

Alckmin põe condenado em seu governo

São dez ações em que José Bernardo Ortiz figura como réu, oito delas com base na Lei da Improbidade. Em três casos, novo presidente da FDE foi absolvido, mas o Ministério Público recorreu ao TJ, e em quatro ainda não há decisão de primeira instância

O governador Geraldo Alckmin nomeou para o cargo de presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE) o ex-prefeito de Taubaté José Bernardo Ortiz (PSDB), condenado judicialmente por ato de improbidade administrativa. Vinculada à Secretaria da Educação, a FDE dispõe de orçamento de R$ 2,5 bilhões destinados à construção e reformas de escolas e projetos pedagógicos.

Ortiz, de 75 anos, é amigo de Alckmin, a quem dá apoio político no Vale do Paraíba, berço do governador, ex-prefeito da cidade de Pindamonhangaba. Ortiz carrega em seu currículo três mandatos de prefeito de Taubaté, que somam 14 anos de gestão, e pendências na Justiça.

Brasileiro reprova transporte público e sofre com engarrafamentos diários

SÃO PAULO. Enfrentar congestionamentos já faz parte do cotidiano de 66,6% dos brasileiros. É o que revela um estudo feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) com 2.770 famílias e divulgado ontem. Os moradores da Região Norte alegaram sofrer mais com engarrafamentos do que a média nacional: 76,3%. Sudeste e Sul também superam a média, com 69,1% e 67,3% respectivamente.

Abaixo da média nacional estão Centro-Oeste e Nordeste, regiões onde 61,5% e 59,4% dos entrevistados no estudo Sistema de Indicadores de Percepção Social: Mobilidade Urbana afirmaram enfrentar engarrafamentos.

Longa espera nos pontos de ônibus, condução lotada, pouca ou nenhuma interligação entre os meios de transporte, custo elevado e baixo conforto são reclamações constantes entre os usuários de transporte público. Segundo o Ipea, 70% dos brasileiros qualifica o serviço como regular, ruim e muito ruim. A falta de interligação de transportes afeta um em cada quatro brasileiros. A maioria da população conta apenas com a interligação ônibus-ônibus (33,2%). Só 6% dos brasileiros podem combinar ônibus-trem ou ônibus-metrô.

Centrais rejeitam proposta de Dilma para novo mínimo

As centrais sindicais rejeitam a proposta em estudo no governo de oferecer a correção da tabela do Imposto de Renda (IR) em 6,46% em troca da manutenção do salário mínimo em R$545. Vão tentar melhorar o valor do mínimo na negociação que será aberta oficialmente amanhã, em reunião dos representantes dos trabalhadores com o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, no Palácio do Planalto. As duas principais centrais sindicais - CUT e Força Sindical -, embora alinhadas ao governo petista, criticaram a ideia: seria uma troca nefasta para o trabalhador e para a economia, e que veste um santo e descobre outro.

Para a Força Sindical, segundo nota divulgada ontem, a negociação terá que envolver três pontos: Imposto de Renda, mínimo e aumento dos benefícios dos aposentados que ganham acima do mínimo. A CUT, também em nota divulgada em sua página oficial, manteve a defesa dos R$580 para o mínimo. Gilberto Carvalho recebe amanhã, no Palácio do Planalto, os dirigentes de seis centrais sindicais.

Documento aponta sobrepreço em usina de Furnas

Elaborado por engenheiros de Furnas Centrais Elétricas, o documento que o deputado federal licenciado Jorge Bittar (PT-RJ) fez chegar às mãos do ministro Luiz Sérgio, da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência, denuncia de que a Hidrelétrica de Simplício, erguida pela estatal na divisa do Rio de Janeiro com Minas Gerais, já acumula um sobrepreço de 100%. De acordo com os autores, o prejuízo anula a rentabilidade estimada, argumento que justificou a entrada da empresa no leilão do projeto.

Integrante do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a hidrelétrica é uma obra do Consórcio Construtor Simplício (CCS), formado pelas empresas Norberto Odebrecht e Andrade Gutierrez. O presidente de Furnas, Carlos Nadalutti Filho, admitiu ontem que problemas encontrados no decorrer da execução do projeto exigiram modificações que encareceram a obra. Mas ele negou que o sobrepreço tenha chegado a 100%. O presidente disse que o custo inicial de R$1,5 milhão saltou para R$2,2 milhões, uma diferença de R$700 milhões desembolsados pela estatal.

Em AL, veto a reajuste de 109% para deputados

MACEIÓ. Os 27 deputados estaduais de Alagoas tiveram aumento nos próprios salários vetado pelo governador Teotonio Vilela Filho (PSDB). O veto foi publicado no Diário Oficial do estado.

Eles queriam reajuste de 109% nos vencimentos, que passariam de R$9,6 mil para R$20 mil. A Assembleia Legislativa custa, por ano, aos cofres públicos, R$119 milhões. Os parlamentares reclamam que este repasse está congelado há três anos, e por isso atrasam a votação do Orçamento para 2011.

De acordo com o governador, o aumento dos deputados "é inconstitucional porque fere a Lei de Responsabilidade Fiscal", diz a mensagem, publicada no Diário. - Esta matéria tem que ser votada pelos deputados, que decidem se mantêm ou derrubam o veto do governador - reagiu o procurador da Assembleia, Marcos Guerra.

Luiz Estevão busca acordo para pagar dívida de quase R$1 bi

BRASÍLIA. Acusado de comandar um dos maiores e mais ruidosos casos de corrupção do país, ao lado do juiz aposentado Nicolau dos Santos Neto, o ex-senador Luiz Estevão quer parcelar o que deve ao erário em suaves prestações. Após 11 anos do desvio de recursos da obra do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT-SP), o ex-parlamentar tem quase R$1 bilhão a pagar, nas contas da Advocacia-Geral da União (AGU). Sem sucesso numa desgastante batalha judicial para anular a cobrança, propõe dividir em 15 anos, e com desconto, o pagamento de uma dívida que é cobrada há quase dez.

Varrido da cena política e acumulando condenações pelo superfaturamento do prédio, Estevão diz que não está arrependido ou assinando recibo de culpa. O principal motivo é a asfixia financeira causada pelo bloqueio dos bens do Grupo OK, de sua propriedade. Por ordem judicial, a incorporadora de imóveis não pode vender ou negociar nada desde 2000. E 25% da receita com aluguéis (cerca de R$2,5 milhões mensais) têm de ser depositados em juízo, graças a decisões dos últimos três anos. Mas para fazer o acerto, ele quer o desbloqueio dos bens.

Ex-governador, Dias mostra recibo de novembro de 2011 para provar doação

SÃO PAULO. Recibo apresentado pelo senador Álvaro Dias (PSDB-PR) na semana passada - para confirmar a doação a uma instituição de caridade do seu primeiro vencimento de aposentadoria vitalícia como ex-governador paranaense - tem a data de novembro de 2011. A assessoria do senador atribuiu a um erro da Assistência Social Santa Bertilla Boscardin, beneficiada pela doação, a data referente a este ano e informou que um novo recibo, com a data de 30 de novembro de 2010, já havia sido providenciado ontem pela instituição. A entidade administra uma creche em Curitiba. Cópia desse segundo documento foi encaminhada ao GLOBO pela assessoria do senador.

Dias, que governou o Paraná entre 1987 e 1991, tem assegurado por uma lei estadual o direito a um subsídio mensal de R$24,1 mil. Ele requereu a remuneração em outubro passado, vinte anos após ter deixado o cargo, e passou a receber a quantia no mês seguinte. Na semana passada, ele anunciou que já havia doado os primeiros dois pagamentos e que faria o mesmo com os demais.

Lula e Dilma se encontram com Alencar hoje

SÃO PAULO. A presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva devem participar hoje da homenagem que a prefeitura de São Paulo fará ao ex-vice-presidente José Alencar, no 457º aniversário da cidade. A presença de Alencar, que está internado no Hospital Sírio-Libanês desde 22 de dezembro, era dada como certa ontem à tarde, mas só deve ser confirmada poucas horas antes da cerimônia, marcada para as 12h.

Caso não ocorra nenhum imprevisto, a homenagem ao ex-vice-presidente será o 1º evento público a contar com a participação de Dilma e Lula, desde a posse da nova presidente, em 1º de janeiro. Os dois tiveram um encontro reservado no dia 16 no Aeroporto de Congonhas.

Nadalutti admite indicação política

O presidente de Furnas Centrais Elétricas, Carlos Nadalutti Filho, reconheceu ontem que chegou ao cargo por indicação do PMDB, "com muita honra", mas negou que tenha atendido a pressões de parlamentares de seu partido em dois anos e meio de gestão. Embora conheça o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), apontado como responsável por sua indicação, disse que o político fluminense nunca esteve em seu gabinete ou fez qualquer pedido.

- Alguém me disse que tinha de ter padrinho político. Em algum lugar, a escolha se dá pelo currículo? Se fosse, eu já teria virado presidente de Furnas há muito tempo. Nadalutti disse que foi surpreendido com o documento produzido por engenheiros da empresa, entregue a autoridades federais e parlamentares, denunciando o aparelhamento político de Furnas pelo PMDB do Rio. Ele classificou de "ilações e inverdades" as situações descritas no dossiê, que os autores associaram ao mau resultado financeiro da estatal.

Passaporte diplomático mais difícil

BRASÍLIA. O Itamaraty divulgou ontem portaria com regras mais rígidas para a concessão do passaporte diplomático. Se as novas regras já estivessem em vigor no final do ano passado, os filhos do ex-presidente Lula não teriam direito ao documento especial. Segundo a norma, pessoas que tenham o benefício "por interesse do país" - motivo alegado no caso dos filhos de Lula - só poderão usar o documento durante uma missão diplomática específica. Ou seja, a validade do passaporte será limitada a uma viagem determinada.

A medida foi negociada entre o Itamaraty e o Palácio do Planalto ao longo dos últimos dias. Ontem, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, reuniu-se com a presidente Dilma Rousseff para discutir os últimos detalhes. As mudanças foram acertadas depois de divulgada a informação de que cinco filhos e três netos de Lula tinham o passaporte especial.

OAB vai ao Supremo contra três estados para derrubar aposentadorias

BRASÍLIA e SÃO PAULO. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) vai entrar com ação direta de inconstitucionalidade (Adin) contra três estados que pagam pensão a ex-governadores: Sergipe, Paraná e Amazonas. Os documentos deverão ser protocolados até a semana que vem, informou o presidente da entidade, Ophir Cavalcante. Ele disse que, por enquanto, somente esses estados serão alvo, porque a OAB já tem a documentação em mãos que embasou a concessão dos benefícios. Outros estados também poderão sofrer o mesmo tipo de ação:

- Ingressaremos com Adin contra cada uma dessas leis estaduais que estabeleceram esse privilégio, que é uma agressão à sociedade civil brasileira - afirmou.

Queda de braço vem desde agosto

A novela do reajuste do mínimo, como todos os anos, se arrasta desde agosto, quando o governo enviou a proposta do Orçamento de 2011 ao Congresso prevendo apenas a reposição da inflação, sem aumento real. O desfecho chegou nos últimos dias de dezembro, quando o ex-presidente Lula editou a medida provisória 516, fixando o valor do salário mínimo em R$540 para 2011, com correção de 5,88% em relação aos R$510 vigentes. Nesta MP, o governo utilizou uma previsão defasada do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). As centrais sindicais não gostaram e prometeram mobilização dos trabalhadores por um mínimo de R$580.

Antes de resolver essa pressão das centrais, o governo da presidente Dilma já anunciou que editará nova MP fazendo o ajuste no valor do mínimo, usando o INPC cheio, de 6,41% - mesmo índice usado para o reajuste dos aposentados que ganham acima do piso previdenciário (que é o salário mínimo). Mas o governo pode tentar, primeiro, um entendimento com as centrais, para já estabelecer nesta nova MP o valor acordado.

UFMG: falhas no Enem prejudicam vestibular

BELO HORIZONTE e BRASÍLIA. Problemas decorrentes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) causaram confusão no vestibular de uma das maiores instituições de ensino superior do país, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Os 3,3 mil candidatos do estado que tiraram nota zero ou ficaram sem nota registrada em pelo menos uma das provas do Enem obtiveram na Justiça o direito de realizar a segunda etapa do processo seletivo. No entanto, por causa de uma guerra de liminares entre a UFMG e a Defensoria Pública da União em Minas, eles foram convocados para fazer o exame menos de 24 horas antes da primeira prova da segunda etapa, no domingo, por e-mail. Resultado: menos de 10% compareceram ao local de exames nos dois dias.

Ontem, 93% dos estudantes beneficiados pela Justiça não compareceram, percentual próximo do registrado no dia anterior, quando 95% se ausentaram. A coordenadora da comissão do vestibular da UFMG, Vera Resende, admite que parte da abstenção se deve ao horário em que os jovens foram convocados. Mas diz acreditar que a universidade fez sua parte, e que agora caberá ao MEC apontar eventuais erros no lançamento de notas do Enem.

Correio Braziliense

A escalação de Maia para a Mesa

Candidato oficial à Presidência da Câmara, Marco Maia (PT-RS) tem praticamente definida a chapa que apresentará ao plenário no próximo dia 1º, data da eleição, com todos os cargos da Mesa Diretora da Casa. Os acordos foram fechados ao longo de dois meses de intensa negociação com os partidos — uma operação que, aos poucos, asfixiou candidaturas adversárias e loteou o poder no parlamento com as principais legendas. Além de Maia, só resta agora o deputado Sandro Mabel (PR-GO), que avisou ontem a amigos que irá continuar na disputa, embora os ministros palacianos ainda tenham esperanças que Mabel desista para que a Mesa possa ser escolhida dentro da chapa única montada por Marco Maia e partidos aliados (Leia quadro).

Mabel tem dito aos parlamentares com quem conversa que sua esperança é o “caldo de insatisfações” dentro das bancadas. A maioria dos partidos e os observadores palacianos consideram, contudo, que esse caldo ainda está ralo. Embora uma candidatura adversária sempre possa trazer surpresa, a expectativa é de que Mabel não alcance 150 dos 513 votos da Casa. Isso porque as grandes legendas estão consolidadas. No PT, por exemplo, mesmo entre os mais dissidentes, passou a prevalecer a tese de que é melhor alguém da bancada do que um estranho.

Correção do IR e estudo para sair dos R$ 545

O governo federal decidiu entregar parte das reivindicações feitas pelas centrais sindicais. De olho em corrigir a tabela do Imposto de Renda, a presidente Dilma Rousseff pediu que o Ministério da Fazenda faça cálculo sobre o impacto dessa decisão e do aumento do salário mínimo nas contas públicas. O reajuste no IR pode ser de até 6,46% e Dilma sinalizou uma flexibilização em relação ao valor de R$ 545.

O estudo vai embasar reunião amanhã entre o ministro da Secretaria-Geral, Gilberto Carvalho, e sindicalistas de sete centrais, entre elas a Força Sindical e a Central Única dos Trabalhadores. Pelas contas da equipe econômica, a atualização da tabela no patamar defendido pelos sindicalistas significaria renúncia de arrecadação próxima de R$ 5 bilhões. Já o salário mínimo geraria impacto na economia de R$ 286 milhões a cada R$ 1 de reajuste.

Dilma e Lula juntos em nome do ex-vice

São Paulo — A presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vão se encontrar hoje pela primeira vez desde que a petista tomou posse, em 1º de janeiro. O palco do encontro será a cidade de São Paulo, que comemora 457 anos. Quem vai unir criador e criatura será o ex-vice-presidente José Alencar, que sairá do Hospital Sírio-Libanês para receber a medalha 25 de janeiro.

Só ontem pela manhã os médicos de Alencar confirmaram que ele poderá sair do centro clínico para o evento. Ele está há um mês internado para tratar de uma hemorragia decorrente do câncer que tem na região do abdômen. Com a confirmação, Lula resolveu prestigiar o evento. Dependendo do quadro clínico, Alencar poderá deixar o hospital em uma cadeira de rodas.

Engavetaram a troca de chefia

A alternância no cargo de chefe do Ministério Público de Contas no Tribunal de Contas da União (TCU) foi defendida ontem em nota conjunta assinada por sete entidades representativas de procuradores, auditores e servidores de tribunais de contas da União dos estados e dos municípios. O atual chefe do Ministério Público no TCU, Lucas Furtado, concluiu, em novembro do ano passado, o quinto mandato consecutivo, estando há mais de 11 anos à frente do órgão. “Mais uma recondução implicará 12 anos de mandato e 13 de efetivo exercício de chefia, o que se apresenta desarrazoado e contrário à Constituição da República”, diz a nota assinada pela Associação Nacional do Ministério Público de Contas (Ampcon), pela União dos Auditores Federais de Controle Externo (Auditar), pelo Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo e do TCU (Sindilegis) e por mais quatro entidades.

A nota sustenta que o sistema republicano tem como princípio “a transitoriedade das funções de chefia”, o que é observado na presidência do TCU. A alternância no cargo seria essencial para a “renovação de ideias e práticas gerenciais”. As entidades lembram que a magistratura e o Ministério Público são constitucionalmente norteados pelo princípio da meritocracia. “Imprimir meritocracia a essas carreiras implica necessariamente a alternância dos chefes dessas instituições”, diz a nota conjunta. Os procuradores do Ministério Público de Contas integram uma carreira própria no tribunal.

Mais vereadores a R$ 251 mi

A partir do mês que vem, os vereadores de todo o Brasil terão pela frente um projeto a mais para votar em plenário — e não é necessariamente um tema de interesse direto da população. Trata-se da criação de 7.816 vagas nas câmaras municipais. O custo com os novos parlamentares seria de pelo menos R$ 251,6 milhões por ano, incluído o 13º salário e levando-se em conta o piso salarial dos vereadores. Para que os cargos estejam na disputa das eleições de outubro de 2012, basta a inclusão deles na lei orgânica do município um ano antes do pleito.

As novas cadeiras atendem à Emenda Constitucional nº 58, que estabeleceu 24 faixas populacionais para a fixação da composição das câmaras, e ao Censo 2010, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em dezembro do ano passado, com o número atualizado de habitantes dos mais de 5 mil municípios brasileiros. As câmaras podem ter entre nove e 55 cadeiras — para cidades com até 15 mil habitantes e com mais de 8 milhões, respectivamente. Mas as entidades que representam os vereadores alertam que, antes de atingir o número máximo de cadeiras permitidos pela Constituição a partir de 2013, os vereadores devem levar em consideração os gastos com a nova composição.

Fonte: Congressoemfoco

Sandro Mabel é candidato à presidência da Câmara

Rudolfo Lago

O governo não conseguiu demovê-lo. O deputado Sandro Mabel (PR-GO), mesmo sem ter o apoio oficial do seu próprio partido, anunciou hoje (25) que será candidato à presidência da Câmara, contra o deputado petista Marco Maia (RS). Para intensificar sua campanha, Mabel deixou o cargo de líder do PR.

Apesar do lançamento oficial, ainda é cedo para se garantir que Mabel levará mesmo sua candidatura até o fim. Em outros anos, deputados já lançaram candidaturas para negociar outras vantagens depois. Isso aconteceu, por exemplo, com Severino Cavalcanti (PP-PE) em anos anteriores ao que acabou se elegendo presidente. Mesmo que leve sua candidatura até o fim, suas chances hoje parecem pequenas. Mabel só tem apoios avulsos. Nenhum dos partidos com representação na Câmara fechou com ele.

“A partir de hoje, entro na luta. Vou ser o próximo presidente desta Casa, com muita fé em Deus. A Casa vem num ritmo de alguns anos e precisamos dar uma sacudida em algumas coisas”, disse Mabel, na entrevista em que lançou sua candidatura.

Para convencer a maioria dos deputados, Mabel apostará no fato de ser empresário, dono de uma conhecida fábrica de biscoitos (que fabrica as rosquinhas Mabel). Dirá na campanha que a Câmara precisa mais da experiência de um administrador que da habilidade de um político. Ele também prega a necessidade da disputa para estimular o debate interno. “Uma candidatura única num parlamento? É preciso conversar, é preciso ter discussão de ideias. Não se pode ter apenas uma candidatura numa casa que é a casa do debate”.

Fonte: Congressoemfoco

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