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sábado, março 01, 2025

Gleisi encarna opção de Lula pregar para convertidos e se isolar ainda mais

Publicado em 28 de fevereiro de 2025 por Tribuna da Internet

Lula escolheu Gleisi Hoffmann para a articulação política nesta sexta-feira, 28 Foto: Pedro Kirilos/Estadão

Ao escolher Gleisi, Lula mostra preferir a radicalização

Fabiano Lana
Estadão

Se você quer saber como pensa a bolha petista, basta ver as postagens da presidente do PT e futura ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann no “X”, a rede do multibilionário e representante do governo americano, Elon Musk. Raramente Gleisi consegue dar alguma declaração sem algum tipo de revanchismo, ressentimento ou acusação. É fel para todo lado: contra o mercado, os economistas, a oposição, sobra até para os moderados.

Não há conciliação, não há construção, não há diálogo ou generosidade com quem pensa diferente. Articulação parece passar longe ali – o que se vê nesse tipo de declaração pública usual da deputada pelo Paraná é revanchismo puro, sectarismo de manual.

PÚBLICO INTERNO – É possível até pensar que são declarações apenas para a base petista, não para todos os brasileiros. Seriam apenas pontuações para acalmar uma turma que muitas vezes ainda sonha com o socialismo real, com a estatização dos meios de produção, que vê banqueiros, empresários, inimigos internos e até mesmo a classe média como inimigos a serem combatidos. Uma turma meio diretório de centro acadêmico de faculdade de humanas de universidade pública.

O problema é que esse tipo de pessoa que admira as falas de Gleisi (ou seria ela apenas um fantoche do casal Lula/Janja?) está cada vez mais em minoria. Mesmo com a virtual condenação de Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado, o Brasil segue dividido.

E temos uma opção presidencial por mais beligerância, pelo menos na aparência. Que Gleisi tenha feito muitos favores, não há dúvidas, mas temos na mesa uma decisão de alto risco.

VOTO DECISIVO – Quem vai definir a fatura eleitoral é aquele eleitor moderado que quer distância tanto do bolsonarismo como de gente com a estrutura ideológica de Gleisi. Nesse sentido, a não ser que a futura ministra mude radicalmente de persona, levá-la para o primeiro escalão deixará o governo mais isolado e acuado do que está.

Outra hipótese é que Gleisi tenha sido chamado para dobrar a aposta. Ser mais um elemento do governo que pressione por mais gastos, menos responsabilidade fiscal, mais enfrentamento. Para que Lula realmente faça um governo de esquerda. Ir para o tudo ou nada.

Mas nesse caso seria melhor colocar a presidente do PT no lugar do Haddad e enfrentar o tranco dos mercados e da inflação.


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