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sexta-feira, março 28, 2025

Réu por atos do 8/1, Léo Índio diz que está na Argentina, e Moraes cobra explicações

 Foto: Reprodução/Instagram

Leo Índio, durante os ataques golpistas de 8 de janeiro de 202327 de março de 2025 | 20:16

Réu por atos do 8/1, Léo Índio diz que está na Argentina, e Moraes cobra explicações

brasil

Réu acusado de golpe de Estado por causa dos ataques aos Três Poderes e com o passaporte apreendido, Léo Índio anunciou na quarta-feira (26) que está na Argentina. A defesa do primo dos três filhos mais velhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), então, foi intimada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), a dar explicações.

Leonardo Rodrigues de Jesus virou réu em 5 de março acusado de crimes relacionados aos ataques do 8 de janeiro, como golpe de Estado e associação criminosa armada. Ainda em janeiro de 2023, Alexandre de Moraes determinou a apreensão e cancelamento de seus passaportes.

Léo Índio foi embora do país nos últimos dias. Ele vivia no sudoeste do Paraná, perto da fronteira com a Argentina —os países do Mercosul só exigem identidade para se cruzar a fronteira.

Em vídeo divulgado na quarta, ele aparece ao lado de um corretor condenado pelo STF. Gilberto Ackerman está foragido na Argentina desde abril de 2024.

A ordem de Moraes não proíbe expressamente o réu de sair do país, e não há mandado de prisão contra ele. No entanto, um juiz criminal consultado pelo site UOL entende que essa proibição estava implícita quando Moraes mandou apreender seus passaportes. De toda a forma, ele entende que, nos próximos dias, o STF vai ordenar um mandado de prisão, momento em que Léo Índio seria considerado fugitivo ou foragido.

Após a divulgação do caso, Moraes determinou que a defesa se explique em até 48 horas. “Intimem-se os advogados regularmente constituídos por Leonardo Rodrigues de Jesus para que prestem esclarecimentos, no prazo de 48 horas, sobre as notícias de que o réu teria se evadido do país.”

Em entrevista ao UOL, advogado de Leo Índio, Rafael Castro Alves, disse que a decisão de sair do país foi tomada só por seu cliente. Também disse que, na Argentina, seu cliente pediu refúgio político no dia 6, quando obteve uma autorização para morar e trabalhar.

No entanto Leo Índio teme não conseguir renovar o documento daqui a três meses. Segundo o advogado, o motivo é a prisão de alguns militantes dos ataques do 8 de janeiro na Argentina. Cinco foram detidos.

Ele comparou a situação de Leo Índio com a do primo, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos EUA e disse que não pretende voltar ao Brasil por medo de retaliações. Em ambos os casos, não há mandado de prisão aberto contra eles. Castro Alves disse que a saída do Brasil foi uma medida tomada para evitar uma eventual detenção.

No processo, os advogados dele negaram todos os crimes apontados na denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República). Eles sustentam que o réu “não financiou ou patrocinou” os ataques para um golpe de Estado, como demonstrou a quebra de sigilo bancário do sobrinho do presidente.

A PGR afirma que Léo Índio tinha intenção criminosa ao participar dos movimentos. Ele mesmo divulgou uma fotografia sua em que aparece na rampa do Congresso Nacional, do lado de fora. Para exemplificar, o Ministério Público relata conversas dele com interlocutores defendendo uma bomba no Supremo.

Folhapress

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