Prefeitura de Mata de São João informou apenas metade do valor que foi gasto com a festa no município
Símbolo de transparência e boa gestão com os recursos públicos, o Selo Transparência do MP se tornou uma espécie de troféu para muitas prefeituras que realizaram festas grandiosas para comemorar o período junino no estado. Ao todo, 192 municípios baianos que realizaram e estão realizando festejos de São João e São Pedro, receberam o selo do MP. Entretanto, como já havia sido alertado pela TV Jequié, o selo não garante que não há irregularidades.
Esse é o caso da prefeitura de São João da Mata, o prefeito, Agostinho dos Santos Neto, o Bira da Barraca (União Brasil), que curtiu o show da cantora Manu Bahtidão virando uma garrafa de whisky no gargalo, tentou ludibriar o Ministério Público informando valores muito abaixo do que realmente foi gasto na contatação de artistas para os festejos juninos.
Bira recebeu o "selo transparência" do MP e o município apareceu na posição 89 entre os 192 que enviaram dados ao Portal, com R$ 1,472 milhão de gastos informados para a contratação de 8 atrações. Mas, na prática, não foi bem assim.
Somente com Simone Mendes (R$ 650 mil), João Gomes (R$ 500 mil) e - aquela, do whisky - Manu Bahtidão (R$ 370 mil) foram gastos mais do que o repassado ao MP. A esses se somam Tarcísio do Acordeon (R$ 350 mil), Iguinho e Lulinha (R$ 330 mil), Fulô de Mandacaru (R$ 300 mil), Alcymar Monteiro (R$ 250 mil), Adelmário Coelho (R$ 200 mil) e Bruno Rosa (R$ 120 mil), totalizando, só em cachês, R$ 3,04 milhões distribuídos entre 9 atrações, de acordo com extratos publicados no Diário Oficial do Município.
Mais que o dobro que o registrado pelo Portal. Com esses números, Mata de São João entra no 'top 20' das cidades com maiores gastos juninos, ocupando a 17ª colocação e o maior valor médio por atração. Isso apenas no palco principal, sem contar eventos pré-São João, como o "Forró da Paquera" e a "Caravana do Forró".
FONTE/CRÉDITOS: A Tarde
Nota da redação deste Blog - Falta de transparência nas despesas com a festa junina em Jeremoabo:
O texto levanta encaminha sérias dúvidas sobre a transparência da Prefeitura de Jeremoabo na gestão dos recursos públicos destinados à festa junina. Essa dúvda deve as denúncias de vereadores através da Tribuna da Câmara com denúncas de superfaturamenete, um possível caso de omissão de informações e falta de prestação de contas adequada.
Preocupação com a gestão do dinheiro público:
A dúvida sobre se a prefeitura informou todos os gastos ao Tribunal de Contas (TC) e ao Ministério Público (MP) reforça a preocupação da população com o destino do dinheiro público. Afinal, a festa junina representa um investimento significativo de recursos, e a correta aplicação desses recursos é fundamental para garantir o bem-estar da comunidade.
Selo Transparência do MP: questionamentos sobre sua efetividade:
O texto também questiona a efetividade do Selo Transparência do MP como indicador de boa gestão. Se, por um lado, o Selo reconhece o esforço de 192 municípios baianos em promover os festejos juninos, por outro lado, as denuúncias dos vereadores em Jeremoabo demonstra que o Selo não garante a lisura das contas públicas.
Necessidade de investigação e medidas cabíveis:
Diante das dúvidas levantadas, é crucial que o TC e o MP investiguem o caso com rigor e tomem as medidas cabíveis caso sejam comprovadas irregularidades. A transparência na gestão pública é essencial para a construção de uma sociedade justa e democrática, e os órgãos competentes têm o dever de zelar por essa responsabilidade.
Papel da imprensa e da sociedade civil:
A mídia, como a TV Jequié, desempenha um papel fundamental na cobrança da transparência e na denúncia de possíveis irregularidades. A sociedade civil também deve se mobilizar para acompanhar o caso e exigir respostas das autoridades.
Reflexão final:
A situação em Jeremoabo serve como um lembrete de que a fiscalização da gestão pública é um dever de todos. Somente com o engajamento da sociedade, da imprensa e dos órgãos de controle poderemos garantir que os recursos públicos sejam utilizados de forma responsável e transparente, em benefício da população.
Recomendações:
- Acompanhamento das investigações do TC e do MP: É importante acompanhar o andamento das investigações e cobrar que sejam concluídas com celeridade e rigor.
- Cobrança de informações por parte da sociedade: A população tem o direito de saber como os seus impostos estão sendo utilizados. Cobrar informações da prefeitura e dos órgãos de controle é fundamental para garantir a transparência.
- Participação em debates públicos: Debater o caso em fóruns públicos e nas redes sociais é uma forma de pressionar por respostas e soluções.
- Apoio a entidades que lutam pela transparência: Existem diversas entidades que trabalham pela transparência na gestão pública. Apoiar o trabalho dessas entidades é uma forma de contribuir para a construção de uma sociedade mais justa.