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sábado, setembro 23, 2023

A velha politicagem vai criar mais ministérios, indicar ministros e o novo procurador-geral


Charge: Manual da (nova) política - Blog do AFTM

Charge do Cazo (Blog da AFTM)

Merval Pereira
O Globo

Com a possível ida do ministro Flavio Dino para o Supremo Tribunal Federal, começa a disputa para dividir o ministério da Justiça, com a recriação do ministério da Segurança Pública – como foi feito no governo Michel Temer – e assim abrir duas vagas de ministros para atender ao apetite dos aliados. Na gestão Lula, Flavio Dino não quis abrir mão da segurança pública e o ministério foi reagrupado novamente.

Acho que criar o ministério da Segurança Pública é o caminho mais acertado porque é um tema nacional e urgente para ser tratado. Não para distribuir cargos entre os partidos, e sim para colocar um especialista, pessoa que entenda a questão e possa encaminhar soluções. Mas é tudo politicagem.

A MESMA BRIGALHADA – O PT quer o Ministério da Segurança Pública e nem sabe para quem vai dar, quer fazer também o novo procurador-geral da República, enquanto os ministros do STF querem fazer o substituto de Rosa Weber, e assim vai aumentando o número de ministérios e não se resolve nada.

A questão da nomeação no STF é delicada, porque é normal que o presidente queira colocar um ministro que tenha a mesma linha ideológica dele.

Neste caso, Flavio Dino se enquadra perfeitamente. Lula já indicou vários ministros ligados ao PT e alguns se portaram como independentes, outros não.

EXEMPLOS DE LIGAÇÕES – Ayres Brito, que presidiu o julgamento do mensalão no Supremo, era militante petista em Sergipe, foi candidato a deputado federal pelo PT, era dirigente estadual do partido.

Dias Toffoli era advogado do PT, trabalhou na Casa Civil quando José Dirceu foi ministro, e continua se comportando como um aliado do Lula. Já teve atitudes independentes durante o mandato, mas agora voltou a ser o velho petista de sempre, em busca do perdão do Lula. Outro ministro, Edson Facchin, é ligado ao MST e tem uma posição muito admirável.

No STF não tem problema, mas na PGR ser ligado a partido é muito sério.

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