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quarta-feira, abril 08, 2020


Charge: Control S Comunicação
Vicente Limongi Netto
Aplaudo e endosso o expressivo artigo (Correio Braziliense-27/3) do presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo Federal e do Tribunal de Contas da União (Sindilegis), Petrus Elesbão, intitulado “Cada um por si e o Estado contra quase todos”, repudiando manobras sorrateiras e demagógicas de deputados contra servidores públicos. Elesbão salienta com rigorosa clareza: “Por que tirar dinheiro de quem consome para salvar quem produz? Certamente  será um suicídio econômico”.
Nessa linha, é lamentável que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, dê asas a essa colossal pantomima. Tudo indica que deputados obscuros como Carlos Sampaio, Alexis Fonteyne (conselheiro do Vasco, coitado do Vascão!), Marcel Vanhattem e Ricardo Izar, entre outros medonhos criadores da indecorosa PEC, foram infectados pelo vírus da patetice, do cinismo, da demagogia e dos holofotes fáceis, diante da desastrada iniciativa que pretende diminuir salários de servidores para ajudar no combate ao coronavírus.
FAZER CARIDADE… – É bom os transloucados Sampaio, Izar, Alexis etc. consultarem um infectologista. Devem achar cômodo fazer caridade com o chapéu alheio.
Por ora, a vil iniciativa foi derrotada. A emenda do partido Novo (leia-se: dos banqueiros) foi retirada da pauta da votação do “Orçamento de Guerra”.  Seguramente permanecerá derrotada, porque vai na contramão da legalidade e do bom senso.
Magistrados de tribunais superiores e outras respeitadas entidades de classe, a exemplo do Sindilegis, seguramente não permitirão que o imoral, inconstitucional, inconsequente, inacreditável e raquítico projeto ganhe fôlego nem ultrapasse o portão da sensatez.
O caso da pandemia mostra que os servidores públicos têm  o respeito dos brasileiros. Trabalham com dedicação. Contribuem para o crescimento do país. Como a maioria dos brasileiros, os servidores têm compromissos, obrigações e boletos a pagar. Muitos contribuem nas despesas de saúde, educação e vestuário também de filhos e netos.
É um absurdo cortar salários de quem movimenta a economia. O saudoso Carlos Lacerda lembrava que servidor público não ganha eleição. Mas atrapalha bastante.
Nesse sentido, se o Executivo, Legislativo e Judiciário desejarem realmente ajudar no combate ao coronovírus, ao invés de reduzir salários de abnegados servidores, poderiam abater outras despesas. Exemplos: cortar 50% dos gastos dos Palácios da Alvorada, Planalto, Buriti e residências dos presidentes da Câmara e do Senado; suspender o cartão corporativo das autoridades; colocar na garagem carros oficiais de autoridades e servidores de elite dos três Poderes; suspender vôos da FAB para atender a imensa turma de folgados engravatados; e extinguir suspender, por fim, o auxílio-moradia e outros penduricalhos.
As sessões e deliberações estão sendo virtuais. Ninguém precisa vir a Brasília.
Concluindo, o senador Fernando Collor manifestou irrestrito apoio, no facebook e no instagram, ao movimento #todoscontraocorona para transformar o milionário Fundo Eleitoral e o orçamento impositivo em fundos para combater o coronavírus. Os servidores gostariam de saber a opinião dos notáveis deputado Carlos Sampaio, Ricardo Izar e outros do melancólico time, sobre tal iniciativa.

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